O telescópio Kepler, da NASA, fez uma descoberta incrível: em
episódio inédito, dois planetas foram flagrados compartilhando a mesma
órbita.
Os planetas descobertos co-orbitando se localizam no sistema de quatro planetas KOI-730.
Além da teoria não comprovada de que a nossa lua foi criada quando um
corpo partilhou a órbita da Terra, chocando-se com ela, até agora
ninguém tinha encontrado evidências de planetas co-orbitantes em outros
lugares do universo.
Segundo a ciência, é possível que tal fenômeno ocorra quando a matéria em torno de uma estrela recém-nascida forma planetas.
Na órbita de um planeta em torno de uma estrela, há dois lugares onde
um terceiro corpo poderia orbitar com segurança. Estes pontos,
conhecidos como pontos de Lagrange, são 120 graus para a frente e para
trás do corpo menor.
Os plantes co-orbitantes estão sempre a 120 graus de distância, objetos permanentes nos céus noturnos um do outro.
Tal ideia dá gás à teoria da nossa lua. 50 milhões de anos após o
nascimento do nosso sistema solar, a lua pode ter sido formada a partir
dos restos de uma colisão entre a Terra e um corpo do tamanho de Marte,
chamado Theia. Para que isso seja verdade, Theia teria de ter batido na
Terra a uma velocidade relativamente baixa.
Isso só poderia ter acontecido se Theia tivesse se originado em um
ponto de Lagrange. A descoberta dos planetas KOI-730 mostra que isso é
possível.
Talvez um dia estes co-orbitais se colidirão e formarão uma outra
lua. Mas isso não vai acontecer tão cedo, já que as simulações dos
cientistas mostram que os planetas continuarão a compartilhar órbita
durante pelo menos 2,22 milhões de anos, ou mais.
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