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sábado, 24 de setembro de 2011

Supernova deixaria Hemisfério Sul sem noite por um mês


Entre todos os fenômenos descritos na Ciência, a explosão de uma supernova está entre os mais potentes no que diz respeito à liberação de energia.

Ao explodirem, essas estrelas produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis, passadas algumas semanas ou meses.

Se muito próxima da Terra, uma supernova poderia liberar radiação gama e X suficiente para aquecer a superfície do nosso planeta e fazer a atmosfera e os oceanos evaporarem.

Contudo, conforme explica o astrônomo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Kepler Oliveira, essa possibilidade não representa uma ameaça, já que as explosões realmente perigosas teriam que ocorrer a menos de 30 anos-luz de distância e não existe nenhuma candidata a supernova tão perto do nosso planeta.

Por outro lado, explosões a uma distância bem maior podem acontecer e, mesmo longe, o brilho seria tão intenso que praticamente faria a noite virar dia por um mês inteiro.

Encontrado no espaço substâncias que compõem DNA

 
Análise do solo onde meteoritos foram encontrados descarta a hipótese de contaminação terrestre.

Pesquisadores da agência espacial americana acharam provas de substâncias de DNA em meteoritos que foram criados no espaço.

Os pesquisadores defendem a teoria de que um “kit” de partes prontas e criadas no espaço vieram parar na Terra por meio de meteoritos e cometas.

“Componentes de DNA vêm sendo descobertos em meteoritos desde os anos 1960, mas pesquisadores tinham dúvidas se eles eram realmente criados no espaço ou se vinham por contaminação de vida terrestre”, disse Michael Callahan do Centro Espacial Goddard, da Nasa.

“Pela primeira vez, temos provas que nos dão a certeza de que estes compostos de DNA foram de fato criados no espaço”, disse Callahan, autor do estudo publicado na segunda-feira (8) no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences.

De acordo com a Nasa, a descoberta contribui para o número crescente de provas de que a química dentro de asteroides e cometas é capaz de trazer componentes de moléculas biológicas essenciais.

Anteriormente, cientistas do Centro Espacial Goddard descobriram aminoácidos em amostras do cometa Wild 2 da Nasa, além de vários meteoritos ricos em carbono.

Vale destacar que aminoácidos formam proteínas, moléculas essenciais à vida. Eles estão presentes em tudo, desde estruturas capilares até enzimas - catalisadores que aceleram ou regulam reações químicas.

No novo estudo, a equipe Goddard coletou doze amostras de meteoritos ricos em carbono, nove dos quais foram retirados da Antártida.

A equipe descobriu adenina e guanina - componentes de DNA chamados de nucleobases. O DNA tem o formato parecido ao de uma escada em espiral, a adenina e a guanina se conectam com outros dois nucleobases para formar os “degraus da escada”.

Além disso, os pesquisadores identificaram em dois meteoritos, pela primeira vez, traço de três moléculas relacionadas com nucleobases: purina, 2,6-diaminopurina, e 6,8-diaminopurina; os dois últimos quase nunca são usados em biologia.

De acordo com o estudo, estes compostos têm o mesmo núcleo molecular que nucleobases, mas com estruturas adicionadas ou removidas.

Eles foram a primeira prova de que os compostos nos meteoritos vieram do espaço e não por contaminação terrestre.

“Não é esperado ver estes análogos de nucleobase por contaminação terrestre, pois eles não são usados em biologia”, disse Callahan.

Para descartar a possibilidade de contaminação terrestre, a equipe também analisou 21,4 quilos da amostra de gelo da Antártida, onde a maioria dos meteoritos no estudo foi encontrada.

As nucleobases encontradas no gelo eram muito menores - partes por trilhão - do que aquelas presentes nos meteoritos e nenhum dos análogos de nucleobase foram detectados nas amostras de gelo.

Um dos meteoritos caiu na Austrália, e a equipe também analisou uma amostra de solo. Assim como acontece com as amostras de gelo, não havia nenhuma das moléculas analógicas de nucleobase no solo da Austrália.

Trinta novos projetos

Na segunda-feira (8), a Nasa também anunciou o financiamento de 30 novos projetos, entre eles como proteger os astronautas da radiação no espaço, como eliminar os dejetos espaciais e como melhorar a tecnologia espacial.

Cada uma das propostas receberá 100.000 dólares de financiamento durante o período de um ano no âmbito do NIAC (Instituto de Conceitos Avançados da Nasa.

"Estes conceitos inovadores têm o potencial de se tornar a capacidade transformadora que a Nasa precisa para melhorar nossas operações atuais de missões espaciais, semeando os avanços de tecnologia necessários para as desafiadoras missões espaciais no futuro da Nasa", disse o chefe de tecnologia da agência, Bobby Braun.

Outros projetos incluem o uso de tecnologia tridimensional de impressão para criar um posto avançado planetário e uma pesquisa sobre várias formas de combustível para futuras missões de exploração, entre elas, a energia solar e a nuclear.

O NIAC operou de 1998 a 2007 como um fórum independente "para complementar as atividades de conceitos avançados realizadas no âmbito da Nasa", destacou a agência espacial.

Os trabalhos do instituto foram suspensos para uma revisão em 2008 e foram restabelecidos no ano fiscal de 2011 "para pesquisar conceitos avançados visionários e de longo alcance, como parte da missão da agência".

Antimatéria da Terra poderá ser útil


O campo magnético da Terra captura antimatéria e uma fina camada de antiprótons rodeia o planeta, mostram dados do satélite Pamela (sigla em inglês para “carga para exploração da antimatéria e astrofísica de núcleos leves”).

Em artigo publicado online pelo periódico científico “ Astrophysical Journal Letters”, cientistas descrevem como quando o satélite passa pela chamada “Anomalia do Atlântico Sul”, uma região em que o campo é particularmente retorcido próximo do céu sobre o Brasil, há uma quantidade de antimatéria milhares de vezes maior que a esperada do decaimento normal de partículas.

Lançado em 2006, o Pamela tem entre seus objetivos estudar como o choque de raios cósmicos com o campo magnético da Terra produz pequenas quantidades de antimatéria que acaba presa em seus cinturões, sendo posteriormente aniquilada ao encontrar matéria comum na atmosfera do planeta.

Segundo os pesquisadores, esses antiprótons são a maior fonte de antimatéria do planeta e podem, um dia, abastecer naves espaciais na órbita da Terra.

- Os antiprótons capturados se perdem nas interações com a atmosfera, especialmente a baixas altitudes, onde a aniquilação passa a ser o principal mecanismo do seu desaparecimento – disse à BBC Alessandro Bruno, da Universidade de Bari e um dos autores do estudo. - Em altitudes acima de várias centenas de quilômetros, essa taxa de perda é significantemente menor, permitindo que um grande suprimento de antiprótons seja produzido.

Anti Matéria ao redor da Terra

Satélite detectou antiprotões presos no cinturão de radiação de Van Allen, confirmando uma antiga teoria. Cientistas italianos acreditam que poderá vir a servir de combustível para futuras naves espaciais.
Uma descoberta de cientistas italianos confirmou a antiga teoria de que o campo magnético da Terra poderia reter antimatéria. Pela primeira vez foi observada uma pequena linha de partículas de antimatéria (antiprotões) no cinturão de radiação de Van Allen. Já se prevê a possibilidade que esta revelação possa vir a contribuir para utilizar a antimatéria no combustível das naves espaciais, tornando-as mais eficientes - ideia que já estava a ser explorada pela NASA.

Os antiprotões foram registados pelo Pamela - detector que está anexado a um satélite de observação russo lançado para o espaço em 2006 -, destinado a explorar raios cósmicos com origem no Sol, mas também além do nosso sistema solar

Oceano em Plutão ?


A crosta de gelo que envolve Plutão pode esconder um oceano líquido com condições de abrigar vida.

Agora considerado um planeta anão, Plutão está tão distante do Sol que a temperatura na sua superfície varia em torno de -230 graus Celsius, mas há muito tempo pesquisadores especulam se seu núcleo pode gerar energia suficiente para sustentar um oceano.

Segundo Guillaume Robuchon e Francis Nimmo, da Universidade da Califórnia, há uma boa chance que a resposta seja sim.

Eles calculam que a existência do oceano depende de dois fatores: a quantidade de potássio radioativo no núcleo rochoso de Plutão e a densidade do gelo que o cobre.

Medições sugerem que o núcleo rochoso responde por 40% do volume do planeta anão. Assim, se ele contém potássio a uma concentração de 75 partes por bilhão, seu decaimento pode produzir calor suficiente para derreter parte do gelo sobre ele, que é feito de uma mistura de nitrogênio e água.

A Terra, provavelmente formada em um ambiente com menor quantidade deste elemento volátil devido a sua proximidade do Sol, tem 10 vezes essa concentração em seu núcleo.

Planeta com 2 Sóis


Astrônomos descobriram o primeiro caso de um planeta com dois sóis. Batizado Kepler-16b, ele orbita o centro de gravidade de um sistema estelar binário a cerca de 200 anos-luz da Terra na direção da constelação de Cygnus (Cisne).

Um hipotético habitante deste planeta veria um pôr do sol parecido com o visto em Tatooine, lar adotivo de Luke Skywalker na saga cinematográfica "Guerra nas estrelas".

Mas, diferente do astro da ficção, ele não é um mundo deserto. Com o tamanho aproximado de Saturno, o Kepler-16b provavelmente é um gigante gasoso com um núcleo sólido rochoso nada propício para abrigar vida.

- O Kepler-16b é o primeiro e único exemplo confirmado de um planeta circumbinário, isto é, que orbita não uma, mas duas estrelas – diz Josh Carter, do Instituto Harvard-Smithsonian de Astrofísica e um dos autores de artigo sobre a descoberta publicado na edição desta semana da revista “Science”.

- Mais uma vez vemos que nosso Sistema Solar é apenas um exemplo da variedade de sistemas planetários que a natureza pode criar.

As duas estrelas que iluminam o Kepler-16b têm 20% e 69% da massa do Sol, completando uma órbita excêntrica em torno do centro de gravidade comum a cada 41 dias. Já o planeta descreve uma órbita quase circular em torno delas a cada 229 dias, a uma distância comparável à de Vênus.

Como as estrelas são bem menores e menos brilhantes que o Sol, porém, ele é um mundo frio, com temperaturas que variam entre -70 graus e -100 graus Celsius.

O planeta foi detectado pelo observatório espacial Kepler, que encontra os astros deste tipo medindo as ínfimas reduções que eles causam no brilho de suas estrelas em seus trânsitos, isto é, quando passam entre elas e a Terra

Novo Planeta Descoberto


Com uma massa 3,6 vezes maior que a da Terra, o novo planeta fica em uma região considerada "habitável" por cientistas: a estreita faixa ao redor de uma estrela em que poderia haver água em estado líquido.

Batizado de HD85512b, o planeta orbita uma estrela da constelação de Vela. Ele seria quente, com temperaturas entre 30 e 50 graus centígrados, e muito úmido.
50 novos planetas
O novo planeta é apenas um dos 50 descobertos pelos cientistas do Observatório Europeu do Sul, usando o telescópio Harps, que fica no deserto do Atacama, no Chile.

A descoberta foi anunciada durante um encontro de astrônomos nos Estados Unidos e será publicada na revista científica Astronomy and Astrophysics.

Destes planetas, 16 são considerados Super-Terras, planetas com uma massa maior que a da Terra, mas menor que a de gigantes gasosos como Júpiter, considerados inapropriados para abrigar vida.
Descobertas futuras
Cinco dos novos planetas têm uma massa não mais que cinco vezes maior que a da Terra.

"Estes planetas vão estar entre os melhores objetos de estudo para futuros telescópios espaciais, que vão procurar sinais de vida nas atmosferas dos planetas tentando encontrar, por exemplo, indícios da existência de oxigênio", disse Francesco Pepe, do Observatório de Genebra, que contribuiu para a pesquisa.

"Nos próximos dez a 20 anos, devemos ter a primeira lista de planetas possivelmente habitáveis nas proximidades do Sol", concluiu o líder do estudo, Michel Mayor.

Teoria das Estrelas


Dados obtidos no observatório Herschel da agência espacial europeia (ESA) levam cientistas a acreditar que a colisão entre galáxias não é necessária para causar o nascimento de estrelas, conforme se pensava antes.

O Herschel observou mais de mil galáxias no universo a diferentes distâncias da Terra. O telescópio tem a capacidade de detectar luz infravermelha. Isso lhe permite registrar o nascimento de estrelas de maneira nunca antes alcançada.

Cientistas já sabiam que a fase com a maior formação de estrelas no universo foi há cerca de 10 bilhões de ano.

À época, se formavam cerca de 100 vezes mais estrelas do que hoje. Mas acreditava-se que era a colisão entre galáxias que gerava o nascimento de novos astros. Agora, percebe-se que estrelas muito antigas se formaram de forma diferente.

As análises mostraram que o nascimento de estrelas depende da quantidade de gases que elas possuem mais do que o fato de ocorrerem colisões.

Os gases são a matéria prima dos astros e cientistas concluíram, simplesmente, que quanto mais gás uma estrela possui, mais estrelas ela é capaz de gerar. Apenas nas galáxias com pouco gás disponível, as colisões são necessárias.

Novo Cometa Descoberto


O astrônomo amador russo Artyom Novichonok, estudante da Universidade Petrozavodsk, descobriu um novo cometa, de acordo com o site ASTRONET. O cometa é o primeiro descoberto no território russo desde 1989.

A descoberta de Novichonok foi confirmada pela União Astronômica Internacional. O cometa foi designado como P/2011 R3 (Novichonok), disse o Observatório Ka Dar, onde Novichonok fez sua descoberta, em seu site. Novichonok descobriu o cometa em seis fotos tiradas em setembro.

Buraco Negro Próximo do Sistema Solar


Astrônomos descobriram o primeiro par de buracos negros supermassivos em uma galáxia espiral similar a da Via Láctea a cerca de 160 milhões de anos luz, o mais próximo da Terra descoberto até agora.

Os cientistas calcularam que ambos estão separados por apenas 490 anos luz, por isso que acreditam que podem ser o remanescente da fusão de duas galáxias de massa desigual que aconteceu há mais de 1 bilhão de anos.

"Se esta galáxia não estivesse tão perto, não teríamos tido nenhuma possibilidade de ver os dois buracos negros separados como os vimos", disse Pepi Fabbiano do Centro de Atrofísica Harvard-Smithsonian (CfA) em Cambridge (Massachusetts).

"Esta galáxia está bem diante de nossos narizes no que se refere aos padrões cósmicos, por isso que nos faz questionar quanto deles nós ainda precisamos encontrar", assinalou em uma nota de imprensa divulgada pela Nasa.

As observações anteriores em frequência raios-X e em outras longitudes de onda faziam crer que havia apenas um buraco negro supermassivo no centro da galáxia NGC 3393.

No entanto, um olhar de longo alcance realizado com os potentes instrumentos de Chandra permitiu aos pesquisadores detectar e separar os buracos negros.

Os buracos negros são objetos tão densos que a força da gravidade que geram não deixa escapar nada, nem sequer a luz, e engolem tanto matéria, visível ou escura, que cai em seu campo de ação.

Alguns podem ter um tamanho "estelar" e se supõe que procedem da explosão de uma estrela gigante, uma supernova, mas outros têm um tamanho equivalente ao de bilhões de sóis e se denominam "supermassivos".

Talvez Supernova Seja Observável da Terra

 
Quem se encontra no hemisfério norte do planeta terá talvez uma chance raríssima de observar uma supernova, que é gerada a partir da explosão de uma estrela.

Os cientistas, porém, dividem-se sobre se ela será visível ou não da Terra por telescópios comuns. Alguns dizem que sim e outros afirmam que não.

Mark Sullivan, que liderou o grupo da Universidade de Oxford responsável pela descoberta da supernova, disse à revista "Nature" que o brilho vai se intensificar nos próximos dez anos, em torno do início de setembro.

Conhecida como PTF11kly, a supernova estará tão perto da Terra que possibilitará estudos adicionais, incluindo aqui a energia negra, que teria acelerado a expansão do Universo.

A explosão da estrela que originou a supernova teria ocorrido entre 20 milhões a 25 milhões de anos-luz da Terra, na galáxia do Catavento, ou M101, que fica na constelação da Ursa Maior.

A última vez que uma supernova dessa classe ocorreu foi em 1972.

Buraco Negro Destruindo Estrela

Representação mostra como seria o jato de raios-X
Um buraco negro, descrito como um "monstro cósmico" à espreita no centro de uma galáxia, foi flagrado no momento em que dilacerava uma estrela, anunciaram astrônomos em um artigo publicado na edição de quarta-feira da revista científica Nature.

Em 25 de março, o telescópio orbital Swift, da Nasa, captou uma emissão de raios-X do espaço sideral, expelido claramente por uma fonte imensamente poderosa.

Uma observação mais próxima revelou um buraco negro supermassivo com massa 1 milhão de vezes superior àquela do sol.

O lampejo de raios-X foi um "jato relativístico" ou um jato de matéria de alta energia que jorrou da estrela à medida em que era atraída pelo empuxo gravitacional do buraco negro e foi arrastada na direção de suas entranhas.

O jato, chamado Swift J164449.3+573451, moveu-se a 99,5% da velocidade da luz. Os buracos negros supermassivos são comumente encontrados no centro de galáxias.

O buraco negro recém-descoberto tem cerca de metade do tamanho de seus similares em nossa galáxia, a Via Láctea. Mesmo assim, são relativamente jovens perante alguns espécimes supermassivos, cuja massa foi medida em mais de um bilhão de sóis.

domingo, 18 de setembro de 2011

Novos Exoplanetas


Graças a um telescópio no Chile, astrônomos descobriram 50 exoplanetas até então desconhecidos.
Os novos mundos incluem 16 “super-Terras”, que são planetas com uma massa maior do que a nossa, mas abaixo dos gigantes gasosos como Júpiter.
Uma dessas super-Terras orbita dentro da zona habitável, uma região em torno de uma estrela onde as condições poderiam ser favoráveis à vida.
“Descobrimos uma população excepcionalmente rica de super-Terras e planetas semelhantes a Netuno, hospedados por estrelas muito semelhantes ao nosso sol”, disse o autor principal do estudo, Michel Mayor, da Universidade de Genebra, na Suíça. “Os novos resultados mostram que o ritmo de descoberta está se acelerando”, afirma.
Das novas descobertas, um total de cinco planetas têm massas menores do que cinco vezes a da Terra. “Estes planetas estão entre os melhores alvos para telescópios espaciais procurarem sinais de vida na atmosfera, buscando assinaturas químicas como evidência de oxigênio”, disse Francesco Pepe, do Observatório de Genebra.
Um dos mundos, chamado HD 85512 b, é estimado para ter apenas 3,6 vezes a massa da Terra. Ele está localizado na borda da zona habitável, a estreita faixa em torno de uma estrela onde a água líquida pode estar presente na superfície de um planeta. A água líquida é considerada essencial para a existência da vida.
Além disso, as observações permitiram aos astrônomos chegar a uma melhor estimativa da probabilidade de que uma estrela como o sol ser a anfitriã de planetas de baixa massa como a Terra (ao contrário de gigantes como Júpiter). Eles descobriram que cerca de 40% de estrelas como o sol têm pelo menos um planeta menos massivo do que Saturno.


Foto : A Lua Vista de Cima




Aqui está uma visão da lua que você nunca verá aqui da Terra: vista de cima, ou pelo menos uma reconstituição de como ela deve ser.
Cientistas da NASA criaram esse mosaico unindo 983 imagens do Pólo Norte da lua, capturadas pelo Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO). A sonda robótica do LRO, que vem mapeando a parte superior da lua desde 2009, conseguiu milhares de imagens das regiões polares da lua com uma câmera grande-angular.
Como a lua se inclina sobre seu eixo em um ângulo de 1,54 graus (a Terra tem um grau de inclinação de 23,5 graus), algumas partes da superfície nunca recebem a luz do sol. Um dos objetivos da missão LRO é identificar essas regiões de sombra permanente.
A sonda tirou as fotos da imagem composta acima no auge do verão no hemisfério norte de nosso satélite – o momento em que o pólo é mais iluminado. Assim, as áreas escuras – como as presentes ao longo das bordas de crateras profundas e nas imediações do pólo – são, provavelmente, permanentemente escuras

Buraco Negro Visível ?




Só há uma maneira dos buracos negros se tornarem visíveis, sendo possível captar imagens do fenômeno aqui na Terra. Isso acontece quando uma matéria, como uma estrela, é puxada para dentro dele.
Eventos como esses são incrivelmente raros, mas um deles aconteceu recentemente. Astrônomos descobriram uma explosão cósmica que aconteceu quando uma estrela se aproximou de um buraco negro e foi sugada por suas gigantescas forças gravitacionais.
A explosão de energia é ainda visível por telescópio, mesmo dois meses e meio depois do acontecimento. A descoberta do fato só foi possível porque a nave espacial Swift varre o céu constantemente em busca de flashes de radiação.
Os buracos negros residem na região central da maioria das grandes galáxias. Alguns deles são cercados por matéria na forma de gases, e a luz é emitida quando eles são arrastados para dentro do buraco. Entretanto, a maioria das galáxias é desprovida de gás, portanto, esses buracos negros ficam invisíveis a Terra.
Quando uma estrela é puxada para dentro de um buraco negro, ela libera radiação que normalmente é visível na Terra por aproximadamente um mês. As explosões desse tipo – rápidas, únicas e com grande energia – geralmente indicam a implosão de uma estrela já envelhecida

Estrela Estranha



Uma estrela recém-descoberta está deixando os astrônomos confusos. Segundo a teoria vigente de formação estelar, a estrela simplesmente não deveria existir. Isso porque a estrela primordial, que está nas bordas exteriores da Via Láctea, não tem materiais suficientes que são considerados necessários para a formação de estrelas de baixa massa.
A estrela, com o complexo nome SDS J102915 172927, nasceu logo no início do universo. Ela se formou há 13 bilhões de anos (estima-se que o próprio universo tenha 13,7 bilhões de anos) a partir da morte da primeira geração de estrelas.
Uma análise da composição da estrela revelou que ela se formou de maneira relativamente rápida, após explosões de supernovas, mortes de algumas estrelas originais de curta duração.
Após o Big Bang – evento que se acredita ter dado origem ao nosso universo – o espaço estava inundado de hidrogênio e hélio, com traços de lítio. As primeiras estrelas que foram formadas criaram elementos mais pesados (chamados de “metais” pelos astrônomos) por meio de fusões nucleares em seus núcleos.
Então, violentas e explosivas mortes da primeira geração de estrelas espalharam elementos como carbono, oxigênio e nitrogênio em todo o universo, semeando as estrelas mais duradouras que vemos hoje.
Usando simulações e observações de outras estrelas de pequena massa, os astrônomos determinaram os níveis mínimos de vários elementos que seriam necessários para que uma estrela tivesse massa suficiente para se manter na gravidade. Mas a composição da estrela primordial descoberta pesa muito abaixo desses números.
Uma teoria de formação estelar afirma que uma estrela de pequena massa, como essa, não pode se formar se os metais e materiais forem menores do que uma determinada quantidade. De acordo com essa teoria, carbono e oxigênio são elementos necessários para resfriar o material, então o gás pode se colapsar em uma estrela.
Mas a estrela recém-descoberta não possui quantidade suficiente de nenhum desses dois elementos. Cientistas afirmam que uma estrela tão pobre em metais, sem um grande acréscimo de carbono e oxigênio, seria astronomicamente impossível de existir.
Na última década, cientistas vêm procurando estrelas extremamente pobres em metais, a partir de uma varredura do céu. Afinal, elas podem nos ensinar muitas coisas. As estrelas são relíquias antigas do universo primitivo, e a composição química delas é como o registro fóssil da composição do meio interestelar no momento em que foram formadas.
Apesar da estrela recém-descoberta ser incomum, os pesquisadores não acreditam que ela seja necessariamente um caso único. A intenção é de continuar examinando outros possíveis alvos com esperanças de encontrar outra estrela do tipo, para tentar compreender melhor a formação das estrelas.
Apenas alguns elementos pesados separam essa estrela das criações originais do universo. Pelo menos uma supernova primitiva deve ter fornecido uma pequena quantidade de elementos pesados a estrela.
Antes da descoberta, os astrônomos pensavam que estrelas como a SDSS J102915 172927 precisariam esperar mais tempo antes de se formar, para que mais mortes de estrelas supernovas pudessem fornecer elementos necessários. Mas a estrela recém-descoberta demonstra o contrário.
A nova observação mostra que, nessa composição química primitiva, estrelas de baixa massa já estavam se formando. A questão agora é entender quantas delas se formaram nesse cenário, o que também pode dar respostas sobre a evolução das galáxias.

Curiosidade : E se Todos os Planetas Orbitassem Próximo da Terra ?



Já se perguntou como seria a nossa visão de outros planetas do sistema solar se eles estivessem tão próximos de nós quanto a lua? Brad Goodspeed não só tinha essa curiosidade, como criou um vídeo que nos dá uma ideia de como seriam esses planetas de perto.
A visão pode até ser bonita, mas os efeitos que esses planetas provocariam na Terra poderiam ser devastadores.
A atração gravitacional da nossa pequena lua já traz alterações nas marés. Se Júpiter estivesse perto de nós, a sua forte gravidade poderia causar grandes estragos nesse sentido. Sua forte atração poderia transformar cada onda em algo semelhante a um tsunami. Ainda bem que Júpiter está bem distante de nós

Planeta que pode abrigar Vida !



Mais de 50 novos planetas foram descobertos por um telescópio de caça a exoplanetas, incluindo um chamado super-Terra, que poderia suportar a vida.
A recém-descoberta de planetas alienígenas inclui 16 super-Terras, que são mundos rochosos mais massivos que o nosso planeta. Um em especial – chamado de HD 85512 b – tem captado a atenção dos astrônomos, porque orbita no limite da zona habitável de sua estrela, sugerindo que poderia ser maduro para suportar a vida.
De acordo com a equipe da missão, as descobertas superaram todas as expectativas, incluindo uma população excepcionalmente rica de super-Terras e planetas como Netuno, hospedados por estrelas muito semelhantes ao nosso sol.
A potencialmente habitável super-Terra, HD 85512 b, é apenas 3,6 vezes mais massiva que a Terra e sua estrela-mãe está localizada a cerca de 35 anos-luz de distância. Ela foi encontrada em órbita na borda da zona habitável de sua estrela, que é uma estreita região em que a distância é certa para que a água líquida possa existir, dadas as condições adequadas.
Uma análise mais aprofundada da HD 85512 b e dos outros exoplanetas descobertos será capaz de determinar mais sobre a potencial existência de água na superfície. Os pesquisadores estão animados.
Astrônomos usaram o projeto para observar 376 estrelas parecidas com o Ssl. Ao estudar as propriedades de todos os planetas detectados até agora, os pesquisadores descobriram que aproximadamente 40% de estrelas similares ao sol hospedam pelo menos um planeta que é menos massivo que Saturno.
Em outras palavras, aproximadamente 40% de estrelas similares ao sol tem pelo menos um planeta pouco massivo orbitando a sua volta. Por outro lado, a maioria dos planetas com massa similar a Netuno parecem estar em sistemas com vários outros planetas.
Os astrônomos já descobriram 564 planetas alienígenas. E, provavelmente, estão cada vez mais próximos de encontrar vida fora da Terra.


sábado, 3 de setembro de 2011

Mistérios dos Gigantes Gasosos





Planetas gasosos são enormes planetas constituídos por grandes volumes de materiais gasosos, com essa característica temos no sistema solar: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. 
Júpiter encontra-se na condição de maior planeta do sistema solar, possui várias cores formadas a partir de gases, sendo 85% de hidrogênio. No universo existe uma abundância desse elemento, principal responsável pela formação das estrelas. As camadas do planeta são compostas por hélio em forma líquida e hidrogênio molecular, sua atmosfera se formou com hidrogênio e hélio gasoso. 


Saturno é um dos maiores planetas do sistema solar, superado somente por Júpiter, sua principal característica é a presença de anéis cintilantes que são visíveis da Terra. O planeta em questão possui um significativo percentual de hidrogênio em sua composição, além do hélio em menor quantidade. O interior possui um núcleo repleto de gelo e rochas, em volta é possível identificar uma extensa porção de hidrogênio metálico e outra camada com gases variados. 
Urano é um planeta gasoso, embora seu núcleo seja constituído por gelo e rochas. Sua atmosfera consiste na junção de hidrogênio e hélio, essa camada responde por aproximadamente 15% da massa que forma o planeta. 


Netuno tem sua formação baseada na composição de elementos como rocha fundida, água, amônia líquida e metano, além da junção de gases quentes constituídos por hidrogênio, hélio, água e metano, o último é determinante na coloração azulada do planeta .


NÚCLEO


Júpiter é dividido em 4 estágios :


1°: Na superfície 
- Nuvens de amônia
- Nuvens de sulfeto hidrogenado de amônia
- Nuvens de gelo
(1.000 KM)


2° Abaixo da superficie
- Hidrogênio liquido
(esta camada é densa e quente) 


3° Acima do nucleo
- Hidrogênio metálico liquido


4°Nucleo
- Nucleo (rochas e gelo)


Tudo isso tem 69.000 km


SATURNO:
Como Júpiter, Saturno é cerca de 75% hidrogênio e 25% hélio com traços de água, metano, amônia e "rochas", similar à composição da Nebulosa Solar da qual o sistema solar foi formado.
O interior de Saturno é similar ao de Júpiter consistindo de um núcleo rochoso, uma camada de hidrogênio líquido metálico e uma camada de hidrogênio molecular. Traços de vários gelos também estão presentes.
O interior de Saturno é quente (12.000 K no núcleo) e Saturno irradia mais energia no espaço do que recebe do Sol. Muito de sua energia extra é gerada pelo mecanismo Kelvin-Helmholtz como em Júpiter. Mas isto não é suficiente para explicar a luminosidade de Saturno; algum mecanismo adicional pode estar em curso, talvez a "chuva" de hélio nas profundezas do interior de Saturno.


URANO:
Urano tem um núcleo composto de rochas e gelo de diferentes tipos, este último muito mais abundante. O planeta tem uma densa atmosfera formada por uma mistura de hidrogênio e hélio que pode representar até 15% da massa planetária. Urano (assim como Neptuno) é em muitos aspectos um gigante gasoso cujo crescimento se interrompeu sem ter acumulado as grandes massas dos gigantes planetas gasosos internos Júpiter e Saturno.


NETUNO:
O núcleo de Netuno é bastante semelhante ao de Urano, consistindo num amálgama de silício, ferro e outros elementos pesados, mas com propriedades físicas diferentes das rochas comuns.
Acima do núcleo há um manto gelado de água, metano e amoníaco sobre o qual se estende uma camada mais externa, a atmosfera propriamente dita.
O núcleo de Netuno ocupa 60 a 70 % da massa do planeta.


1 - Qual a origem do Hidrogênio na atmosfera dos planetas Gasosos?
 O Universo é formado basicamente por H (Hidrogênio), ou seja, é muito mais provável haver um planeta de H, do que um de C (Carbono). Quando o Sol estava se formando, os planetas gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) começaram a se formar roubando uma pequena parte do H destinado ao Sol.


2 - A quantidade de Hidrogênio na atmosfera destes planetas continua a aumentar?
É mais provável que não, por causa do vento-solar que "varre" os gases da atmosfera de qualquer planeta sem campo magnético. Mas como os planetas gasosos do nosso Sistema Solar possuem um campo magnético e a velocidade de escape de cada um é maior do que a do H, talvez não estejam perdendo nem ganhando.

3 - Porque a Maioria dos Gigantes Gasosos conhecidos são compostos por hidrogênio e hélio ?
Assim que uma estrela ela empurra para longe os detritos cósmicos restantes de sua poeira que são basicamente hidrogênio e hélio . Esses elementos são tão leves que voam facilmente para bem longe , porém são os mais abundantes no Universo
Longe dali eles se aglutinam e formam os gigantes gasosos que por possuírem muita massa consequentemente muita gravidade , incomparáveis campos magnéticos , pressão atmosférica e também inúmeros satélites .

Dinâmica dos Fluídos



Os fluidos e gases podem se mover de forma estranha e misteriosa, que nem sempre são evidentes aos nossos olhos. Certas técnicas e um pouco de sorte, entretanto, podem capturar a dinâmica dos fluidos em ação. Conheça algumas das formas belas no qual eles fluem:

1 – ONDA DE CHOQUE SUPERSÔNICA



Quando um objeto se move mais rápido que a velocidade do som, coisas engraçadas acontecem. A bala na imagem acima está se movendo tão rápido que o ar na frente dela não consegue sair do caminho com a rapidez necessária. Então ele começa a se acumular na frente da bala, formando uma área de ar comprimido: uma onda de choque.
A mesma coisa acontece com jatos supersônicos. Como eles voam mais rápido que a velocidade do som, constroem uma onda de choque na frente deles. O som que acompanha essas aeronaves é a própria onda de ar comprimido.

2 – “ESTEIRA DE VÓRTICE” VON KÁRMÁN



Na imagem acima, os ventos que sopram nuvens sobre o Oceano Pacífico encontram obstáculos (ilhas do Alasca). Duas das ilhas são visíveis como manchas escuras no lado direito da foto. Quando os fluxos, como correntes de ar, encontram um objeto como uma ilha, eles se separaram e contornam o obstáculo. Isso configura uma área de baixa pressão logo atrás do objeto. Como o ar circula ao redor da ilha, os fluxos se curvam. Essas ondas, ou vórtices, giram e se separam do fluxo.

3 – MOVIMENTO INVERTIDO



Isso acontece quando um objeto principal encontra objetos “mais lentos” atrás dele. Um exemplo é quando os fluxos encontram objetos passivos, como bandeiras, dispostas uma atrás da outra. Bandeiras são consideradas passivas porque flutuam com a brisa conforme ela muda, a seu dispor, ao contrário dos humanos que são considerados objetos rígidos.
Nessa imagem, duas linhas brancas em forma de S são bandeiras. A bandeira de trás corta o rastro da bandeira da frente, reduzindo a resistência dela.

4 – INSTABILIDADE DE SAFFMAN-TAYLOR



Esses belos padrões são o resultado de interações entre fluidos de viscosidade diferente (uma medida do quão grosso um líquido é). Por exemplo, a água é menos viscosa do que o mel. Na imagem, um fluido viscoso chamado glicerina é imprensado entre duas placas. Quando um fluido menos viscoso como a água é injetado, se “intromete” formando figuras como “dedos”.

5 – CONVECÇÃO




Um exemplo clássico de convecção começa com a taça na imagem acima, cheia de água quente. Como o ar em torno do vidro esquenta, ele começa a subir. Eventualmente, o ar perde seu calor para o ambiente fresco e afunda novamente.
Na segunda imagem abaixo, um cubo de gelo flutuando em uma piscina de água esfria o líquido em torno dele. Como a água fria é mais densa que a água quente, o líquido mais pesado começa a afundar.

6 – CAVITAÇÃO



Quando um objeto como uma hélice se move através de um fluido com velocidade suficiente, cria um vazio no líquido. A cavidade, ou bolha, gera ondas de choque e jatos de água. Bolhas de cavitação também podem se formar quando uma pequena área de água é atingida por uma faísca elétrica ou laser, o que cria uma bolha de gás que rapidamente implode, também gerando ondas de choque e jatos de água.
Na imagem acima, um laser criou uma bolha de cavitação em uma gota de água. Quando ela entrou em colapso, formou dois jatos – um mais alto e fino, no meio de um mais curto e largo. O pequeno anel de bolhas no interior da gota são os restos da primeira bolha de cavitação.

7 – INSTABILIDADE DE KELVIN-HELMHOLTZ



As ondas nas nuvens da imagem acima ilustram o que acontece quando dois fluxos viajam ao lado um do outro em velocidades diferentes, criando o que é conhecido como instabilidade de Kelvin-Helmholtz. Quando isso ocorre, a área onde os dois fluxos passam acumula atrito, que “enrola” uma camada em vórtices. Esse movimento aparece bem em planetas como Saturno (abaixo), que têm faixas atmosféricas alternadas.

8 – JATO SALTITANTE


Normalmente, quando você derrama um líquido em outro líquido, o fluxo “mergulha” (um dentro do outro). Mas se esse primeiro líquido estiver se movendo quando o outro líquido o atingir, o fluxo pode saltar ao longo de uma fina camada de ar logo acima da superfície.
Na imagem, óleo de silicone é colocado em uma piscina em movimento do mesmo líquido. Quando o fluxo atinge a camada de ar acima da piscina, o peso “encurva” a superfície como um elástico. O óleo então salta e forma arcos sobre a piscina.

Saiba mais sobre a Água





Um cientista da Universidade de Portland (Oregon, EUA), Enrico Uva, resolveu fazer um experimento para mostrar, de maneira simples e prática, que a água é azul, e não transparente. Quase todos pensam na água como transparente, ainda que seja possível observar tonalidades azuis na neve, em geleiras e em qualquer quantidade significativa de água.
Toda essa questão, segundo ele, se resume a como interpretamos a incidência da luz sobre a água. Acompanhe o experimento de Enrico: primeiro, ele pegou uma tigela média, usada em receitas, da cor branca. Ao encher um quarto da tigela, a água continuava parecendo transparente, exatamente como havia saído da torneira. Continuou enchendo, e aos três quartos já era perfeitamente visível enxergá-la em um tom azul pálido.
O motivo, segundo ele, é a cor branca da tigela. O branco reflete, como se sabe, toda a luz que incide sobre ele. A opacidade de um objeto (que na água é nula) e a quantidade de luz são duas variáveis que influenciam na intensidade da cor. Quanto mais transparente o objeto for, mais ele permite que a luz incida e torne a cor refletida mais intensa, porque as moléculas internas vibram mais. No caso da água, uma tigela branca aguça praticamente ao máximo a vibração das moléculas, e com isso a água absorve o espectro de luz vermelho e mostra o máximo de seu azul natural (parte do espectro de luz vermelha é oposto ao da tonalidade azul, por isso a relação de absorção-reflexo).
Enrico afirma que alguém poderia argumentar que a água da torneira não é pura, já que vários fatores podem adicionar alguma coloração à água. Para refutar essa possibilidade, ele repetiu a mesma operação com água destilada, e o resultado foi o mesmo.
Existem métodos, conforme apurou o cientista, ainda mais eficazes para demonstrar que a água de fato é azul. Um deles consiste em colocar a água em um tubo comprido (3 metros de comprimento e 4 centímetros de largura) de alumínio, com um vidro tampando o recipiente, para evidenciar a coloração. Enrico conseguiu tal efeito, e a cor aparece claramente na fotografia que ele tirou.
Para modificar a cor intrínseca da água, conforme ele explica, seria necessário alterar suas moléculas. A primeira vez em que um cientista indicou a água como sendo de fato azul foi em 1983, mas ainda há atualmente pessoas que a consideram como sendo naturalmente sem cor

Porque a Matéria Existe ?



O bom e já um pouco velho LHC (Large Hadron Collider, o famoso acelerador de partículas que está no subterrâneo da fronteira Franco-Suíça e faz simulações físicas de como o universo teria surgido) continua levantando teorias. A mais recente põe em dúvida, simplesmente, o motivo pelo qual tudo existe!
Aparentemente, uma nova descoberta viola uma lei física que comprova a existência de matéria no universo.
A história começa quando os cientistas da Organização Europeia de Pesquisas Nucleares (CERN, na sigla em inglês) resolveram analisar a fundo a partícula quark-b (nome dado a partir de uma configuração que leva em conta a carga elétrica e outras características da partícula), que é um dos seis tipos de quark conhecidos. Observando a partícula, eles notaram a ausência de uma anti-partícula, simétrica, ligada ao quark-b.
Isso é uma grave contestação a uma lei física que explica o surgimento das coisas. Segundo tal teoria, a grosso modo, toda a matéria existente no universo tem um vestígio de anti-matéria equivalente, e ambas – matéria e anti-matéria – existiam em quantidades iguais quando houve o Big Bang. Na teoria, matéria e anti-matéria deveriam eliminar-se mutuamente, deixando apenas o vazio e nenhum universo, mas de algum modo a matéria prevaleceu.
A “junção” do quark-b com a sua anti-matéria (o antiquark-b) forma o méson-B. O méson-B, fisicamente, tende a decair para outras partículas, e por alguma razão ele tende a decair para matéria, e não anti-matéria. Isso foi comprovado por um estudo no ano passado, e legitima a teoria da simetria entre matéria e anti-matéria. Mas a descoberta feita agora mostra algo diferente: não há qualquer tendência de decaimento para a matéria, ou seja, essa simetria pode não existir.
A descoberta cria um problema para várias outras teorias sobre o surgimento do universo, todas amparadas pela tese da simetria. Para evitar conclusões precipitadas, no entanto, os cientistas do CERN pretendem fazer testes com outras partículas nucleares. O erro, segundo eles, pode estar na análise de alguma condição relacionada ao quark-b. Isso significa que a teoria da simetria entre matéria e anti-matéria não está descartada por completo