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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Sirius, maior acelerador de partículas do Brasil, revela primeiras imagens

 Imagem com detalhes de ventrículo de coração de camundongo feita a partir do Sirius - Divulgação/CNPEM


Primeiro teste, com uma rocha e o coração de um camundongo, foi realizado a uma potência 13 mil vezes menor do que a projetada para a máquina. O Sirius, a maior construção científica já feita no Brasil, estimada em R$ 1,8 bilhão, revelou suas primeiras imagens nesta quinta-feira (19). Trata-se de dois raios-x, um tirado de uma rocha e outro do coração de um camundongo.

Neste primeiro teste simples, como definiram os cientistas, e realizado a uma potência 13 mil vezes menor do que a projetada para a máquina, foi possível observar a chegada da luz síncrotron (de extrema potência e velocidade) pela primeira vez em uma das futuras estações experimentais do Siriús

O que o Sirius é capaz de fazer?

O aparelho poderá analisar de maneira inédita a estrutura e o funcionamento de estruturas micro e nanoscópicas, como nanopartículas, átomos, moléculas e vírus. É como se os pesquisadores pudessem tirar um raio-x em três dimensões, e em movimento, de materiais e partículas extremamente pequenas e densas, como pedaços de aço e rocha, e até de neurônios. Isso pode levar, por exemplo, à criação de uma bateria para celular que, quando carregada apenas uma vez, dure cinco anos.

O Sirius será o segundo acelerador de partículas de 4ª geração do mundo, mas será o mais moderno por diversos fatores, principalmente por emitir luz com o brilho mais intenso e capacidade superior de análise

Quais segredos do Sol conseguiremos descobrir com o novo supertelescópio ?

 


Pode parecer pé-de-moleque, pode parecer pipoca doce. Na verdade, a imagem acima mostra a superfície do Sol, tal qual observada pelo recém-inaugurado telescópio solar Daniel K Inouye, no Havaí. Com quatro metros de diâmetro, é o maior telescópio solar do mundo, e inaugura uma nova era de estudos do nosso astro-rei. De certa forma, é surpreendente que ainda se invista tanto no estudo do Sol. Afinal, em termos astronômicos, ele está aqui do lado, a uma distância de meros 8 minutos-luz. Enquanto isso, estudamos galáxias a distância de dezenas de bilhões de anos-luz, cada uma composta por centenas de bilhões de sóis. O que podemos aprender com apenas um? 

A resposta é: muito. O Sol é uma estrela relativamente comum, nem muito grande nem muito pequena, e (literalmente) trilhões de estrelas semelhantes existem universo afora. No entanto, justamente por ser nosso vizinho, ele representa uma oportunidade única de investigar em detalhes o funcionamento de uma estrela típica. Ainda há muito que não entendemos sobre o funcionamento de uma estrela. Por exemplo, por que a coroa solar, que fica acima da superfície, é tão quente, com milhões de graus Celsius (a superfície solar tem apenas 6000 graus)? Ou como explicar as erupções solares e sua relação com o campo magnético que observamos no Sol?

Tudo isso tem relação com o clima espacial e os efeitos observados aqui na Terra. Em doses moderadas, os ventos solares podem interagir com o campo magnético terrestre e gerar as lindas auroras que podem ser observadas próximas aos polos. Em casos extremos, os mesmos ventos podem afetar seriamente equipamentos de telecomunicação e linhas de transmissão de energia elétrica. Seria ótimo poder prever com precisão estes fenômenos. No final, isso tem uma relação fundamental com a própria busca por vida em outros planetas. Afinal, a existência de vida aqui na Terra não depende apenas da distância ao Sol e da possibilidade de haver água em estado líquido, mas de toda uma série de condições.

No final, isso tem uma relação fundamental com a própria busca por vida em outros planetas. Afinal, a existência de vida aqui na Terra não depende apenas da distância ao Sol e da possibilidade de haver água em estado líquido, mas de toda uma série de condições que deram origem ao delicado equilíbrio que permitiu a existência da nossa atmosfera. Será que poderíamos sobreviver a uma estrela com erupções solares constantes? Quem sabe o novo telescópio não nos dará as respostas nos próximos anos?

Cientistas de Harvard encontram buracos negros que podem se fundir

Arte de dois buracos negros perto de se fundirem - Reprodução NASA

Astrofísicos da Universidade de Harvard e do Instituto Smithsonian encontraram um objeto composto por dois buracos negros que podem se fundir. Segundo os especialistas, caso aconteça a fusão, poderemos entender melhor o que acontece quando duas galáxias se juntam.

O evento poderia ajudar os especialistas a resolver o Problema do Último Parsec, que nada mais é do que, quando duas galáxias colidem, os buracos negros gigantescos que ficam no centro são atraídos para a região central da nova galáxia formada. Os especialistas observam que quando galáxias estão perto de se fundirem, os buracos negros novos podem ser uma consequência da fusão de buracos negros menores ou então buracos negros orbitando perto (na medida parsec, cerca de 3,26 anos-luz) um do outro.

Porém, a questão é que quando eles estão cerca de um parsec um do outro, a força gravitacional não é suficiente para que haja a união, sendo necessário uma "ajuda" final, que pode ser de um fluxo de matéria. "Não temos uma boa compreensão do que acontece nesse parsec final", diz Matthew Graham, cosmologista do Instituto de Tecnologia da Califórnia. "Temos um entendimento teórico, mas não temos boas evidências observacionais para comparar com a teoria"

Foto histórica da Terra, Pálido Ponto Azul completa 30 anos

Foto histórica da Terra completa 30 anos  - NASA/JPL-Caltech


Há exatos 30 anos a sonda espacial da Nasa Voyager I fez uma foto da Terra que entrou para a história da astronomia e da humanidade. A uma distância de 6 bilhões de quilômetros foi dado o clique que ficou conhecido como Pale Blue Dot, ou Pálido Ponto Azul.
A imagem feita pela Voyager I, quando a sonda já estava a caminho do espaço interestelar, faz parte de um conjunto de fotos de planetas, intitulado Retrato de Família.


Astrônomos em alerta: conheça a super estrela que pode explodir.

Betelgeuse é quase mil vezes maior que o Sol e tem perdido sua luminosidade desde meados de novembro - Divulgação/ESO

Paris, 14 Fev 2020 (AFP) - Os astrônomos capturaram imagens da estrela gigante Betelgeuse que mostram um dos astros mais brilhosos da Via Láctea perdeu bastante luminosidade nos últimos meses, segundo comunicado do Observatório Austral Europeu (ESO), divulgado nesta sexta-feira (14). As imagens, tiradas por meio do Very Large Telescope (VLT) do ESO, um conjunto de quatro enormes telescópios, permitem visualizar a superfície dessa "Super Gigante Vermelha" situada na constelação de Orión, que mostra perda de luminosidade, assim como aparente mudança de forma.

A estrela aparecia entre as 10 mais brilhosas da galáxia, mas no final do último ano seu brilho começou a diminuir e agora corresponde a aproximadamente 36% do seu brilho normal, o que deu início a uma grande campanha de observação dos astrônomos.



Smartphone do ET? Sinais de rádio misteriosos chegam de galáxias distantes.




Imaginem só. Você está observando as estrelas de noite, e de repente uma luz forte começa a piscar rapidamente. O fenômeno pode durar várias horas. E depois desaparece para sempre. O que você acha? Era um alienígena visitando a Terra? Talvez tenha sido isso que Duncan Lorimer e David Narkevic pensaram quando descobriram o primeiro "Fast Radio Burst" (algo como "Rajada Rápida de Rádio" ou FRB na sigla em inglês), em 2007. A diferença é que não eram flashes de luz, mas sim ondas de rádio. E podem ser muito fortes em sua origem, mas como estão muito distantes vemos uma quantidade de energia mil vezes menor que um celular na superfície da Lua.

Ainda assim, é um mistério que continua até os dias de hoje na astronomia. Desde então, cientistas tentam descobrir a origem dessas rajadas, que podem ser causadas por buracos negros, supernovas, estrelas de nêutrons ou algum outro objeto astronômico compacto. O grande problema sempre foi observar o fenômeno. A maioria dos FRBs acontecia uma vez e desaparecia mais tarde; apenas dois deles voltaram a brilhar, e ainda assim de forma irregular e inesperada.

A origem do fenômeno ainda é desconhecida. Por ser periódico, deve ter alguma relação com órbitas ou algo astronômico que se repita. Ainda assim, essa nova descoberta fornece uma oportunidade inédita: agora sabemos para onde olhar e quando, o que nos permite apontar os telescópios para o lugar certo e na hora certa. Se enxergarmos algum ET dando tchauzinho, prometo publicar aqui no blog primeiro.

Como seria se... o Sol fosse "desligado"?

Estúdio Rebimboca


Já desejou que o Sol "desligasse" num daqueles dias de calor insuportável de verão? Mas, como seria se o Sol realmente apagasse? Vamos unir um pouco de criatividade a conceitos de astronomia e imaginar uma situação na qual a estrela "desse um tempo", mas continuasse existindo e exercendo sua influência gravitacional sobre os planetas do nosso sistema —do contrário, a Terra e os demais corpos que orbitam a estrela sairiam pela tangente no momento em que o Sol sumisse. No caso da Terra, isso significaria sair em uma viagem sem volta pelo espaço a mais ou menos 110 mil km/h.

Mas calma que piora: no segundo mês, a temperatura seria de 75 K (-198ºC). Esses cortes de temperatura continuariam ocorrendo até que ela ficasse entre 1 e 2 K, que é a temperatura típica do meio interestelar —e bem próxima do chamado "zero absoluto". Esse ritmo de esfriamento seria ligeiramente retardado pelo calor interno da Terra, mas ainda assim a estimativa é que em poucos anos a temperatura por aqui seria similar à encontrada no meio interestelar.

A essa altura, pouca coisa não estaria congelada na Terra. Precisamos considerar a composição da ar, que corresponde a uma mistura de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, cerca de 1% de gás carbônico e o restante por outros gases nobres, como argônio, hélio e xenônio, entre outros. Considerando apenas o nitrogênio, aos 63 K (-210°C) ele se solidifica. Pouco tempo depois, é a vez do oxigênio, que fica sólido aos 54,36 K (-218,79°C). Próximo da temperatura "final" da Terra, algo entre 1 e 2 K, poucos elementos não estariam em estado sólido —caso do hélio, por exemplo.

Por que cientistas de renome cada vez mais defendem a busca por vida extraterrestre

Getty Images/iStockphoto

O diretor de um dos observatórios nacionais dos Estados Unidos diz que a busca por vida inteligente em outras partes do universo deve ser levada mais a sério. Como Anthony Beasley disse à BBC, deveria haver mais apoio do governo para esse campo de pesquisa que foi rejeitado por aqueles que financiam projetos governamentais há décadas.

Seu apoio à busca por inteligência extraterrestre (SETI, na sigla em inglês) marca uma mudança radical de comportamento em relação a um campo considerado até recentemente como uma ciência marginal. Beasley fez essas declarações em um encontro da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Seattle (EUA). [ x ] Diretor do Observatório Nacional de Radioastronomia dos EUA em Charlottesville, no Estado da Virgínia, ele disse que "era hora do SETI sair da sombra e integrar-se adequadamente a todas as outras áreas da astronomia"

Segundo Siemion, foi essa descoberta que convenceu muitos cientistas respeitáveis de que a busca por vida inteligente em outros mundos deveria ser levada mais a sério. "Quando os seres humanos olham para o céu noturno, eles se perguntam 'há alguém lá fora?' Agora temos a capacidade de responder a essa pergunta e talvez fazer uma descoberta que seria considerada a mais profunda descoberta científica na história da humanidade".

Jovem de 17 anos descobre novo planeta em 3° dia de estágio na Nasa


Reprodução/Instagram


Um jovem de 17 anos surpreendeu o mundo da ciência ao descobrir, em seu terceiro dia de estágio na Nasa, agência espacial norte-americana, a existência de um novo planeta. Tudo começou no fim do ano passado, quando o estudante Wolf Cukier ganhou uma oportunidade para ficar por dois meses trabalhando com cientistas da agência

"Eu estava procurando nos dados tudo o que os voluntários sinalizaram como um binário eclipsante, um sistema em que duas estrelas circulam entre si e, do nosso ponto de vista, eclipsam-se a cada órbita", iniciou o jovem ao explicar como conseguiu o feito. "Cerca de três dias após o estágio, vi um sinal de um sistema chamado TOI 1338. No começo, pensei que fosse um eclipse estelar, mas o tempo estava errado. Acabou sendo um planeta", falou o adolescente

Projeto com brasileiros melhora em 100 vezes visão de "caçador de planetas"

Observatório de La Silla, no Chile, onde está instalado o equipamento a laser que busca planetas - Divulgação

Uma pesquisa desenvolvida por um consórcio internacional com participação de cientistas brasileiros deve revolucionar a busca por exoplanetas no universo. Trata-se do novo pente de frequências a laser, que aumentou a visão do caçador de planetas similares à Terra em pelo menos 100 vezes. Nos últimos 25 anos, cerca de 4.000 exoplanetas foram descobertos no universo. O grupo de pesquisadores que se dedicou ao projeto inclui cientistas de Brasil, Alemanha e Espanha. Três integrantes são da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

O pente está instalado desde abril de 2015 no tal "caçador de planetas", que na verdade é o espectrômetro HARPS (sigla em inglês para Buscador de Planetas em Velocidade Radial de Alta Precisão) do Observatório de La Silla, no Chile, operado pelo ESO (Observatório Europeu do Sul). O Brasil é um dos países com pesquisadores e operadores dos equipamentos instalados no local. O projeto que criou o pente chegou à sua fase final e já está em operação. A pesquisa foi desenvolvida ao longo dos últimos nove anos.

Nasa divulga missões finalistas do Discovery; Vênus pode ser destino

Reprodução

A Nasa (agência espacial norte-americana) divulgou quatro finalistas para a próxima rodada do Discovery, programa que seleciona e planeja futuras missões. Dois dos escolhidos apresentam projetos que envolvem uma ida ao planeta Vênus. A atmosfera do segundo planeta mais próximo ao Sol poderá ser visitada caso um dos dois projetos (batizados de "Veritas" e "Davinci+") se torne campeão do programa da agência, que já deu US$ 3 milhões (cerca de R$ 13 milhões) para cada finalista investir no plano de missão..

Os dois projetos com relação direta com Vênus chegam à fase final do processo seletivo pela 2ª vez. Além deles, os outros dois finalistas são o "Ivo" (missão orbital em Júpiter) e o "Trident" (que iria até Tritão, lua de Netuno). O vencedor será conhecido no ano que vem e as partidas devem ocorrer entre 2025 e 2029, segundo a agência

"Essas missões selecionadas têm o potencial de transformar nossa compreensão de alguns dos mundos mais ativos e complexos do sistema solar", falou Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da Nasa, em comunicado à imprensa internacional. "Explorar qualquer um desses corpos celestes ajudará a desvendar os segredos de como ele e outros como ele chegaram ao cosmos", completou Zurbuchen.

Vem, meteoro! MIT faz plano para desviar "destruidores de planetas"

Asteroide próximo da Terra - Getty Images/iStockphoto


Embora as chances de um asteroide gigante atingir a Terra sejam bastante remotas, cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) querem estar preparados para evitar o pior. Uma equipe de pesquisadores desenvolveu um sistema para descobrir o melhor o método para evitar a colisão com o que eles descrevem como asteroides "destruidores de planetas". Ao observar a massa e a cinética de um asteroide, a proximidade do "buraco da fechadura gravitacional" e a quantidade de tempo de aviso, eles acreditam que podem identificar a missão de maior sucesso para evitar uma catástrofe

O próximo asteroide "assassino de planetas" deve passar perto da Terra em 13 de abril de 2029. Conhecido como 99942 Apophis — nome inspirado em um demônio da mitologia egípcia —, ele será um dos maiores a passar perto da Terra na próxima década.

Observações iniciais sugeriram que Apophis poderia entrar no buraco da fechadura gravitacional da Terra, ou seja, chegar perto o suficiente para que a gravidade do nosso planeta alterasse sua trajetória. Isso poderia colocá-lo no caminho certo para impactar a Terra em sua próxima passagem, em 2036. Posteriormente, no entanto, os cientistas concluíram que ele deverá passar com segurança nas duas ocasiões — mas os pesquisadores do MIT querem pensar adiante.

Descoberta em Júpiter pode revelar origem da água no Sistema Solar



Dados da sonda Juno divulgados essa semana mostraram uma grande quantidade de água no planeta Júpiter. O estudo, liderado por Cheng Li, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, determinou que 0,25% das moléculas na atmosfera do planeta são de água. Pode parecer pouco, mas isso é três vezes mais que o valor encontrado para o Sol. O resultado é fundamental para podermos entender as origens de água em planetas do Sistema Solar, e como essa água é transportada de um lugar para outro.

Será que Júpiter foi bombardeado por pequenos corpos com quantidades diferentes de água em sua infância ou talvez ele tenha capturado uma grande quantidade de gelo do material ao seu redor enquanto se formava?

O resultado é particularmente surpreendente porque contrasta com o que já havíamos visto antes. A sonda Galileo mostrou em 1998 uma abundância menor que a solar ao realizar a medida. No entanto, os cientistas notaram que o satélite registrava quantidades cada vez maiores de água à medida que penetrava na atmosfera de Júpiter, sem um resultado conclusivo antes de perder contato permanentemente com a nave.

Morre aos 101 anos a matemática negra que ajudou a Apollo 11 a chegar à Lua

Katherine Johnson  - Getty Images

Katherine Johnson, uma das matemáticas que ajudou a colocar a Apollo 11 em órbita, morreu nesta segunda-feira (24), informou a Nasa, agência espacial norte-americana em que ela trabalhou durante 33 anos. O trabalho de Katherine e de outras mulheres afro-americanas ficou desconhecido para o grande público durante anos, até a chegada do filme "Estrelas Além do Tempo" (2016). 

Maior Galáxia Conhecida




Ilustração do tamanho comparativo entre as galáxias IC 1101, Messier 87, Andrômeda e a nossa Via Láctea (Imagem: cdn1.qcmeme.ca/Arte UOL)

IC 1101 é a maior galáxia conhecida no nosso Universo observável. Foi descoberta em 19 de junho de 1790 pelo astrônomo britânico Frederick William Herschel. Foi catalogada em 1895 por John Louis Emil Dreyer, como o objeto nº 1101 do “Index Catalogue of Nebulae and Star Clusters” (IC). Foi identificada como um objeto celeste de aparência difusa. Em 1932, após Edwin Hubble ter descoberto que alguns dos “objetos difusos” na realidade eram galáxias independentes, foram conduzidas análises subsequentes dos mesmos, e o IC 1101 foi identificado como uma dessas galáxias.
– Nome
IC 1101

– Tipo
Galáxia elíptica supergigante (Classificação:E) a lenticular (SO)

– Localização
No centro do enxame de galáxias Abell 2029, na constelação de Virgem
Obs: A denominação “enxame” caracteriza um aglomerado entre cem e dez mil galáxias.

– Coordenadas Celestes
– Ascensão Reta: 15h 10m 56.1s
– Declinação: +05° 44′ 41”

– Distância à Terra
1,04 bilhão de anos-luz, ou 320 Mpc (megaparsecs).

– Magnitude Aparente
14,73

– Forma e Dimensões
É bem provável, que o formato da IC 1101 seja um disco plano ou lenticular, uma vez que ela é visível da Terra nas suas dimensões máximas, “em planta”, não havendo uma visão “de perfil” da mesma.

Há um debate na literatura astronômica sobre como definir o tamanho de uma galáxia. No caso da IC 1101, verifica-se que:
  1. Chapas fotográficas em luz azul (estrelas de amostragem), permitem revelar o seu “raio efetivo” (o raio no qual metade da luz é emitida) no valor de (212 ± 39) mil anos-luz;
  2. Já o seu halo de luz difusa estende-se num raio de 2 a 3 milhões de anos-luz, segundo a maioria das fontes, o que resulta num diâmetro de até 6 milhões de anos luz, equivalente a 60 vezes o da nossa Via Láctea.

– Quantidade de estrelas
100 trilhões, enquanto a Via Láctea tem de 200 a 400 bilhões de estrelas.
– Massa
Como a maioria das grandes galáxias, a IC 1101 é povoada por estrelas ricas em metais, algumas das quais são 7 bilhões de anos mais velhas do que o Sol, e que têm uma cor amarelo-dourada. A IC 1101 tem uma brilhante fonte de rádio no seu centro, o que provavelmente está associado com a existência de um buraco negro incrivelmente denso, com massa na faixa de 40 a 100 bilhões de massas solares.

– Evolução
A IC 1101 não se tornou a maior galáxia conhecida do universo do dia para noite. O processo provavelmente levou bilhões de anos.
Os cientistas afirmam que galáxias menores foram atraídas umas pelas outras, colidindo entre si. Este processo, apesar de longo e árduo, acabou criando uma galáxia exponencialmente gigante, com os novos materiais e estrelas que foram agregadas a ela.

Da mesma forma, a nossa Via Láctea se aproxima pouco a pouco da galáxia de Andrômeda, e em alguns bilhões de anos deverão colidir, resultando numa grande galáxia elíptica, com aproximadamente um trilhão de estrelas.
Entretanto este número ainda é cem vezes menor em relação às estrelas que compõe a IC 1101.

Maior Estrela conhecida


UY Scuti é considerada a maior estrela conhecida da nossa galáxia, ultrapassando outras recordistas como Betelgeuse, VY Canis Majoris e NML Cygni. Foi catalogada pela primeira vez em 1860, por astrônomos alemães do Observatório de Bonn. Seguem suas principais características:
– Nome
UY Scuti

– Tipo
Supergigante vermelha e variável pulsante (período aproximado de 740 dias), e de tipo espectral M4

– Localização
Constelação de Scutum (o Escudo). Acha-se a poucos graus ao norte de Gamma Scuti, e a nordeste da Nebulosa da Águia.

– Coordenadas Celestes
Ascensão Reta: 18h 27m 36.5334s
Declinação: – 12° 27′ 58.866”

– Distância à Terra
9.500 anos-luz

– Magnitude Aparente
10,56 (mínima) até 8,29 (máxima)

– Magnitude Absoluta
– 6,2

– Luminosidade
340.000 vezes superior à do Sol

– Diâmetro médio
Estimado em 2.376.000.000 km, considerando o seu raio médio com o valor de 1708 raios solares
Obs.1: O astrofísico Jillian Scudder da Universidade de Sussex declarou que a margem de erro (ou incerteza) nesta medida é de cerca de 192 raios solares para mais ou para menos.

– Volume
5 bilhões de vezes o tamanho do Sol
Obs.2: Se a estrela fosse colocada no centro do nosso “astro-rei”, sua fotosfera encheria todo o Sistema Solar até a órbita de Júpiter;
Obs.3: Um hipotético objeto voador, viajando à velocidade da luz, levaria cerca de sete horas para dar uma volta em torno da UY Scuti, porém apenas cerca de 14,5 segundos para circundar o nosso Sol.

– Massa
Inicialmente, considerava-se que a UY Scuti tinha uma massa estimada equivalente à de 25 massas solares, mas atualmente este valor foi reavaliado para 7 a 10 massas solares, o que não a deixa nem de perto do topo da lista de estrelas de maior massa.

-Temperatura na superfície
3.365°Kelvin
– Evolução esperada
Com base nos modelos correntes da evolução estelar, UY Scuti começou a fundir hélio, e continua a fundir hidrogênio numa casca em torno do seu núcleo. A posição mais interior da estrela no disco da Via Láctea, sugere que ela é rica em componentes metálicos.
Após fundir elementos mais pesados como lítio, carbono, oxigênio e silício, seu núcleo começará a produzir ferro, interrompendo o equilíbrio entre gravidade e radiação, e resultando num gigantesco colapso.
É esperado que estrelas como a UY Scuti sofram grandes mudanças de temperatura, de modo a se transformar em uma hipergigante amarela ou em uma variável luminosa azul, por exemplo, antes de explodir como uma supernova.