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sábado, 25 de abril de 2015

Primeiro espectro de exoplaneta obtido na luz visível



Esta concepção artística mostra o exoplaneta do tipo Júpiter quente 51 Pegasi b, também chamado Beleforonte, o qual orbita uma estrela que se encontra a cerca de 50 anos-luz de distância da Terra na constelação setentrional do Pégaso. Este objeto foi o primeiro exoplaneta a ser descoberto em torno de uma estrela normal em 1995. Vinte anos mais tarde é também o primeiro exoplaneta a ser detectado diretamente no visível.Crédito:ESO/M. Kornmesser/Nick Risinger

Com o auxílio do instrumento HARPS, o principal “caçador” de exoplanetas instalado no Observatório de La Silla no Chile, astrônomos detectaram pela primeira vez de forma direta o espectro visível refletido por um exoplaneta. Estas observações revelaram também novas propriedades deste objeto famoso, o primeiro exoplaneta a ser descoberto em torno de uma estrela normal: 51 Pegasi b. O resultado promete um futuro brilhante para a técnica utilizada, particularmente com o advento da nova geração de instrumentos, tais como o ESPRESSO, para o VLT, e futuros telescópios como o E-ELT.

O exoplaneta 51 Pegasi b situa-se a cerca de 50 anos-luz da Terra na constelação do Pégaso. Foi descoberto em 1995 e será lembrado para sempre como o primeiro exoplaneta confirmado descoberto em órbita de uma estrela normal, como o Sol. É também considerado o arquétipo dos exoplanetas do tipo Júpiter quente - uma classe de planetas que se sabe agora serem bastante comuns, e que são semelhantes a Júpiter em termos de massa e de tamanho, mas com órbitas muito mais próximas das suas estrelas progenitoras.

Desde esta descoberta crucial, foi já confirmada a existência de mais de 1900 exoplanetas em 1200 sistemas planetários, no entanto, no ano em que a sua descoberta faz 20 anos, 51 Pegasi b volta à cena para fazer avançar uma vez mais o estudo dos exoplanetas.  A equipe que fez esta nova detecção foi liderada por Jorge Martins do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Universidade do Porto, que atualmente faz o seu doutoramento no ESO, no Chile. A equipe utilizou o instrumento HARPS montado no telescópio de 3,6 metros do ESO no Observatório de La Silla, no Chile.

Atualmente, o método mais utilizado para estudar a atmosfera de um exoplaneta consiste em observar o espectro da estrela hospedeira quando este é filtrado pela atmosfera do planeta durante um trânsito - uma técnica chamada espectroscopia de transmissão. Uma aproximação alternativa será observar o sistema quando a estrela passa em frente do planeta, o que dará essencialmente informação sobre a temperatura do exoplaneta. A nova técnica não depende de um trânsito planetário, por isso pode potencialmente ser usada para estudar muito mais exoplanetas, e permite que o espectro planetário seja detectado diretamente no visível, o que significa que características diferentes do planeta, que não são acessíveis através de outras técnicas, possam ser inferidas.

O espectro da estrela hospedeira é usado como modelo para procurar uma assinatura semelhante, que se espera que seja refletida pelo planeta que a orbita. Trata-se de uma tarefa extremamente difícil já que os planetas são muitíssimo tênues quando comparados com as suas estrelas progenitoras resplandecentes. O sinal emitido pelo planeta é também muito facilmente diluído por outros pequenos efeitos e fontes de ruído. Perante tal adversidade, o sucesso da técnica utilizada quando aplicada aos dados do HARPS relativos ao 51 Pegasi b, valida o conceito de forma muito valiosa. 

Jorge Martins explica: “Este tipo de técnica de detecção tem uma grande importância científica, já que nos permite medir a massa real do planeta e a sua inclinação orbital, o que é essencial para compreendermos completamente o sistema. Permite-nos também estimar a refletividade do planeta, ou albedo, o que pode ser depois usado para inferir a composição tanto da superfície do planeta como da sua atmosfera”.

Descobriu-se que 51 Pegasi b tem uma massa de cerca de metade da de Júpiter e uma órbita com uma inclinação de cerca de nove graus na direção da Terra. O planeta parece também ser maior que Júpiter em termos de diâmetro e extremamente refletivo. Estas são propriedades típicas de um planeta do tipo Júpiter quente, que se encontra muito próximo da sua estrela progenitora e por isso exposto a intensa radiação estelar.

O HARPS foi essencial para o trabalho efetuado pela equipe, mas o fato do resultado ter sido obtido com o telescópio de 3,6 metros do ESO, que tem um limite de aplicação da técnica, constitui uma boa notícia para os astrônomos. O equipamento que existe atualmente será ultrapassado por instrumentos muito mais avançados instalados em telescópios maiores, tais como o Very Large Telescope do ESO e o futuro European Extremely Large Telescope.

“Esperamos com impaciência a primeira luz do espectrógrafo ESPRESSO que será montado no VLT, com o qual faremos estudos mais detalhados sobre este e outros sistemas planetários”, conclui Nuno Santos, do IA e Universidade do Porto, co-autor do novo artigo científico que descreve estes resultados.

Buracos negros, buracos brancos e buracos de minhoca - qual a diferença?



Nos dias atuais, vêm se falando muito sobre buracos negros, buracos brancos de buracos de minhoca, principalmente depois da investida científica vista pelos diretores do filme Interestelar na qual representou-se mais fiel possível a ciência por trás destes objetos estelares. Apresentaremos a seguir a diferença entre cada uma destas fendas espaciais

O que é um buraco negro?



De acordo com a teoria da relatividade geral, um buraco negro é uma região do espaço da qual nada, até mesmo a luz, pode escapar. É o resultado da curvatura do espaço-tempo provocada por uma massa muito compacta. Em torno de um buraco negro é uma superfície indetectável que marca o ponto de não retorno, chamado de horizonte de eventos. É chamado de "negro" porque absorve toda a luz que o atinge, não refletindo nada, considerado apenas como um corpo negro perfeito na termodinâmica. De acordo com a teoria da mecânica quântica, os buracos negros possuem uma temperatura e emitem radiação Hawking através da dissipação lenta pelos anti-prótons.

Apesar de seu interior indetectável, um buraco negro pode ser observado através de sua interação com a matéria. Um buraco negro pode ser inferido, acompanhando o movimento de um grupo de estrelas que orbitam uma região no espaço. Alternativamente, quando o gás cai em um buraco negro estelar de uma estrela companheira ou nebulosa, as espirais de gases internos são aquecidas  temperaturas muito altas e emitem grandes quantidades de radiação que podem ser detectadas por telescópios terrestres e em órbita da Terra.

Astrônomos identificaram numerosos candidatos de buracos negros estelares, e também encontraram evidências de buracos negros supermassivos no centro de cada galáxia. Depois de observar o movimento de estrelas próximas por 16 anos, em 2008, os astrônomos encontraram evidências convincentes de que um buraco negro supermassivo de mais de 4 milhões de massas solares estaria localizado perto do Sagitário A * região no centro da Via Láctea .



Representação da distorção do buraco negro sob o espaço. A luz é tragada para dentro do Horizonte de Eventos, na qual nada escapa. [Imagem: Sheng et al./Nature Photonics]
Como são formados os Buracos Negros?

A maioria dos buracos negros são feitos quando uma estrela gigante, chamada de super gigante, pelo menos vinte vezes maior do que o nosso próprio Sol morre e deixa para trás uma massa que é pelo menos uma massa solar. Estrelas morrem quando elas consomem o hidrogênio ou outro combustível nuclear e começar a entrar em colapso.

A Morte de uma estrela super gigante é chamada de supernova. A maioria das estrelas estão geralmente em equilíbrio, o que significa que elas estão gerando energia suficiente para empurrar a massa para fora, contra a força da gravidade. Quando a estrela esgota seu combustível para produzir energia, a gravidade assume. A gravidade então puxa o centro da estrela para dentro muito rapidamente, e ele cai em uma pequena esfera. O colapso é tão rápido e violento que provoca uma onda de choque, e isso faz com que o resto da estrela exploda para fora. À medida que a gravidade empurra a estrela para dentro, a pressão no centro da estrela chega a um nível tão extremo que permite que as moléculas mais pesadas tais como ferro e carbono, interajam para libertarem a energia nuclear. A libertação de energia a partir da estrela durante um período muito curto de tempo (cerca de uma hora) é com uma taxa tão elevada que supera uma galáxia inteira.

Uma das melhores representações artísticas de um buraco negro encontram-se no recente filme "Interestelar", no qual podemos viajar juntos com os astronautas através de um buraco de minhoca, um buraco negro e um buraco branco.

A esfera no centro é tão densa (com uma grande quantidade de massa em um pequeno espaço, ou volume), que se você pudesse coletar uma apenas uma colher de chá de material e trazê-lo para a Terra,  você seria afundado até o núcleo do planeta. Se a estrela original é grande o suficiente, a esfera densa é chamada de singularidade, o núcleo de um buraco negro, mas se não fosse, ela se tornaria uma estrela de nêutrons ou uma estrela anã. Mesmo sem uma supernova, um buraco negro pode se formar a qualquer momento com uma grande quantidade de matéria em um espaço pequeno, sem energia suficiente para agir contra a gravidade e impedi-lo de entrar em colapso. Se supernovas são tão brilhantes, por que não as vemos com frequência? Na verdade, há geralmente centenas de anos entrem  a explosão de supernova e um avistamento a olho nu até porque a velocidade da luz não é instantânea.  A probabilidade (possibilidade) de olhar para uma estrela no céu e esta encontrar-se em estado super nova é igual à razão de uma hora ao longo de vários bilhões de anos.

Vale a pena mencionar que todos os materiais mais pesados ​​como o carbono, oxigênio, todos os metais, etc, que tornam a vida na terra, são ingredientes possível de todos os seres vivos, se formam exclusivamente sob a  pressão extrema no centro de um super nova. Então, todos nós somos cinzas remanescentes de uma estrela que explodiu há vários bilhões de anos.

Os buracos negros também foram encontrados no meio de todas as grandes galáxias no universo. Estes são chamados de buracos negros supermassivos, e são os maiores buracos negros de todos. Eles se formaram quando o Universo era muito jovem, e também ajudaram a formar todas as galáxias.

Alguns buracos negros também são responsáveis ​​por fazer coisas chamadas quasares. Um quasar ocorre quando um buraco negro consome todo o gás que o rodeiam. À medida que o gás se aproxima do próprio buraco negro, ele se aquece a partir de um processo chamado atrito, e brilha tão intensamente que essa luz pode ser vista do outro lado do Universo. Muitas vezes, é mais brilhante do que toda a galáxia na qualo quasar está. Quando os astrônomos encontraram quasares primeiro, eles pensaram que tinham encontrado os objetos perto de nós. Depois de usar uma técnica de medição chamado desvio para o vermelho, eles descobriram esses quasares foram realmente muito longe no universo.

O que é um buraco de minhoca?



Um buraco de minhoca ou Ponte de Einstein Rosen é uma hipotética passagem entre um buraco negro e um buraco branco, representando um atalho no espaço-tempo.

Em física, um buraco de minhoca é uma característica topológica hipotética do espaço-tempo que seria, fundamentalmente, um "atalho" através do espaço-tempo. Um buraco de minhoca é, em teoria, muito parecido com um túnel com duas extremidades cada em ponto separados no espaço-tempo. Em 1935, Albert Einstein e Nathan Rosen, foram os primeiros a sonharem com a ideia de um buraco de minhoca. Eles perceberam que a relatividade geral permite a existência de "pontes", originalmente chamada de pontes de Einstein-Rosen, mas agora conhecidos popularmente como buracos de minhoca. Estes tubos de espaço-tempo agem  como atalhos que ligam regiões distantes do espaço.

Veja a imagem abaixo que mostra como um buraco de minhoca conecta buracos negros com buracos brancos. Não há nenhuma evidência observacional para buracos de minhoca, mas em um nível teórico existem soluções válidas para as equações da teoria da relatividade geral que contêm buracos de minhoca.

O que são buracos brancos?



Um buraco branco, na relatividade geral, é uma região hipotética do espaço-tempo que não pode ser introduzida a partir do exterior, mas a partir do qual a matéria e a luz podem escapar. Neste sentido, é o inverso de um buraco negro, que pode ser introduzido a partir do exterior, mas a partir do qual nada, incluindo a luz, pode escapar. (No entanto, é teoricamente possível para um viajante entre em um buraco negro em rotação, evite a singularidade, e viaje em um buraco branco rotativo que permite que o viajante fuja para outro universo. Buracos brancos aparecem na teoria eterna dos buracos negros. Além de uma região buraco negros no futuro, uma tal solução das equações de Einstein tem uma região de buraco branco no seu passado. No entanto, esta região não existe para buracos negros que se formariam através colapso gravitacional, nem existem quaisquer processos físicos conhecidos através do qual um orifício branco pode ser formado.

Como os buracos negros, buracos brancos têm propriedades como massa, carga e momento angular. Eles atraem imatéria como qualquer outra massa, mas a queda de objetos para um buraco branco nunca realmente chega ao horizonte de eventos do buraco branco (embora no caso da solução de Schwarzschild maximamente estendida, o horizonte de eventos buraco branco no passado torna-se um horizonte de eventos de um buraco negro no futuro, de modo que qualquer objeto caindo em direção a ele acabará por atingir o horizonte do buraco negro).

Existem teorias que sugerem que buracos brancos criam novos universos da matéria originárias do buraco negro de outro universo.

Mistério cósmico resolvido: maior estrutura conhecida no universo deixa sua marca na radiação CMB

A cold cosmic mystery solved

Em 2004, os astrônomos examinaram um mapa da radiação residual do Big Bang (a radiação cósmica de fundo, ou CMB) e descobriram o ponto frio, uma área excepcionalmente fria maior que o esperado do céu. A física em torno da teoria do Big Bang prevê pontos mais quentes e mais frios, de vários tamanhos no universo infantil, mas esse ponto é muito grande e esse frio foi inesperado.

A área de ponto frio reside na constelação Eridanus no hemisfério sul galáctico. As inserções mostram o ambiente desta parte anômala do céu como mapeados pela equipe de Szapudi usando PS1 e dados do WISE e como observado nos dados de temperatura de fundo cósmico de microondas feitos pelo satélite Planck. O diâmetro angular do vasto super vazio é alinhado com o Ponto Frio, o que excede 30 graus, é marcado pelos círculos brancos. Crédito: ESA Planck Collaboration. 

Agora, uma equipe de astrônomos liderada pelo Dr. Istvan Szapudi do Instituto de astronomia na Universidade do Havaí em Manoa pode ter encontrado uma explicação para a existência do ponto frio, que Szapudi diz que pode ser "a maior estrutura individual já identificada pela humanidade. Se o ponto frio originou-se o próprio Big Bang, pode ser um sinal raro exótico da física que a cosmologia padrão (basicamente, a teoria do Big Bang e a física relacionadas) não explica. Se isso, no entanto, é causada por uma estrutura de primeiro plano entre nós e a CMB, seria um sinal de que há uma estrutura extremamente rara em larga escala na distribuição em massa do universo.

Usando dados do telescópio de Pan-STARRS1 (PS1) do Havaí localizado em Haleakala, Maui e do satélite da  NASA satélite (WISE), a equipe do Szapudi descobriu um grande super vazio, uma vasta região 1,8 bilhões de anos-luz de diâmetro, no qual a densidade de galáxias é muito menor do que o habitual no universo conhecido. Esse vazio foi encontrado pela combinação de observações feitas pelo PS1 em comprimentos de onda ópticos com observações feitas pelo WISE em comprimentos de onda de infravermelhos para estimar a distância e posição de cada galáxia em que parte do céu.

Estudos anteriores, também feitos no Havaí, observaram uma área muito menor na direção do ponto frio, mas eles poderiam estabelecer apenas que nenhuma estrutura muito distante estaria nesta parte do céu. Paradoxalmente, identificar coisas do tipo proximidades de grandes estruturas é mais difícil do que encontrar em partes distantes. Os grande mapa do céu tridimensional  criado a partir de PS1 e do WISE pelo Dr. András Kovács (Universidade Eötvös Loránd, Budapeste, Hungria) foi, portanto, essencial para este estudo. O super vazio está apenas cerca de 3 bilhões anos-luz de nós, uma distância relativamente curta no esquema cósmico das coisas.

Imagine que há um enorme vazio com muito pouca matéria entre a CMB e você (o observador). Agora imagine o vazio como uma colina. Quando a luz entra no vazio, ela deverá subir este monte. Se o universo não estivesse em fase de expansão acelerada, então o vazio não iria evoluir significativamente, e luz iria descer a colina e recuperar a energia que perdeu quando ela sair do vazio. Mas com a expansão acelerada, a colina é mensuravelmente esticada na medida que a luz viaja sobre ela. Quando que a luz desce a colina, a colina torna-se mais plana do que quando a luz entrou, então, a luz não pode pegar toda a energia que perdeu ao entrar no vazio. A luz sai do vazio com menos energia, e, portanto, no comprimento de onda mais longo, que corresponde a uma temperatura mais fria.

Passar por um super vazio pode levar milhões de anos, até mesmo à velocidade da luz, para que este efeito mensurável, conhecido como o efeito Sachs-Wolfe Integrado (ISW), pudesse fornecer a primeira explicação dentre as anomalias mais significativas encontradas até esta data na CMB, primeiramente por um satélite da NASA chamado o Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP) e, mais recentemente, pelo Planck, um satélite lançado pela Agência Espacial Europeia.

Enquanto a existência do super vazio e seus efeitos esperados sobre a CMB não explicam totalmente o ponto frio, é muito improvável que o super vazio e o ponto frio no mesmo local são uma coincidência. A equipe continuará seu trabalho usando dados melhorados do PS1 e da pesquisa da energia escura sendo realizada com um telescópio no Chile para estudar o ponto frio e o super vazio, bem como outro grande vazio localizado perto da constelação de Draco.

O estudo está sendo publicado on-line em 20 de abril no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society pela Oxford University Press. Além de Szapudi e Kovács, pesquisadores que contribuíram para este estudo incluem UH Manoa aluno de Benjamin Granett (agora no Instituto Nacional de astrofísica, Itália), Zsolt Frei (Eötvös Loránd) e Joseph Silk (Johns Hopkins).

Alma revela campo magnético intenso próximo de buraco negro supermassivo



Esta impressão artística mostra o meio circundante de um buraco negro supermassivo típico, como muitos dos que se encontram no coração de muitas galáxias. O buraco negro propriamente dito está rodeado por um brilhante disco de acreção de material muito quente a cair para o buraco negro e mais longe encontra-se o toro de poeiras. Vemos também frequentemente jatos de matéria lançados a altas velocidades a partir dos polos do buraco negro, que podem estender-se até enormes distâncias no espaço. Observações obtidas com o ALMA detectaram um campo magnético muito intenso próximo do buraco negro, na base dos jatos, estando este campo muito provavelmente envolvido na produção dos jactos e sua colimação.

O ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) revelou um campo magnético extremamente potente, muito para além do que tinha sido anteriormente detetado no núcleo de uma galáxia, muito próximo do horizonte de eventos de um buraco negro supermassivo. Esta nova observação ajuda os astrónomos a compreender melhor a estrutura e formação destes habitantes massivos dos centros das galáxias e os jatos gémeos de plasma que frequentemente ejetam a alta velocidade dos seus polos. Estes resultados foram publicados a 17 de abril de 2015 na revista Science.

Os buracos negros supermassivos, frequentemente com massas de milhares de milhões de vezes a do Sol, situam-se no coração da maior parte das galáxias existentes no Universo. Estes buracos negros podem acretar enormes quantidades de matéria sob a forma de um disco que os rodeia. Enquanto a maioria desta matéria alimenta o buraco negro, uma parte pode escapar momentos antes de ser capturada, sendo lançada no espaço com velocidades próximas da velocidade da luz sob a forma de um jato de plasma. A maneira como isto acontece não é muito bem compreendida, embora se pense que campos magnéticos fortes atuando muito próximo do horizonte de eventos tenham um papel crucial no processo, ajudando a matéria a escapar às “mandíbulas escancaradas da escuridão”.

Apenas se tinham observado até agora campos magnéticos fracos longe dos buracos negros - a vários anos-luz de distância. No entanto, astrónomos da Universidade de Tecnologia Chalmers e do Observatório Espacial Onsala na Suécia, utilizaram o ALMA para detetar sinais diretamente relacionados com um campo magnético intenso localizado muito perto do horizonte de eventos do buraco negro supermassivo da galáxia distante PKS 1830-211. Este campo magnético situa-se precisamente no local onde a matéria é lançada repentinamente para longe do buraco negro sob a forma de um jato.

A equipa mediu a intensidade do campo magnético através da polarização da radiação, à medida que esta se afastava do buraco negro. A polarização é uma propriedade importante da luz muito usada na vida diária, por exemplo nos óculos de sol ou nos óculos 3D no cinema," diz Ivan Marti-Vidal, o autor principal deste trabalho. "Quando produzida naturalmente, a polarização pode ser usada para medir campos magnéticos, uma vez que a radiação muda a sua polarização quando viaja através de um meio magnetizado. Neste caso, a radiação detetada pelo ALMA viajou através da matéria situada muito próximo do buraco negro, um local cheio de plasma altamente magnetizado."

Os astrónomos aplicaram uma nova técnica de análise desenvolvida para os dados ALMA e descobriram que a direção da polarização da radiação vinda do centro da PKS 1830-211 rodou. Estes foram os comprimentos de onda mais curtos de sempre usados neste tipo de estudo, o que permitiu que se investigassem regiões muito próximas do buraco negro central.

"Descobrimos sinais claros da rotação da polarização, que são centenas de vezes maiores do que os maiores alguma vez encontrados no Universo," diz Sebastien Muller, coautor do artigo científico que descreve estes resultados. "A nossa descoberta constitui um enorme passo em frente em termos de frequência observada, graças ao uso do ALMA, e em termos de distância ao buraco negro onde estudámos o campo magnético - da ordem de apenas alguns dias-luz do horizonte de eventos. Estes resultados, assim como estudos futuros, ajudar-nos-ão a perceber o que é que se passa realmente na vizinhança imediata dos buracos negros supermassivos."

Fonte: Astronomia Online

Estudo confirma que a Lua tem 4,47 bilhões de anos

Idade da Lua


A recente datação do nosso satélite foi obtida através da analise de alguns fragmentos que caíram na Terra após uma gigantesca colisão que deu origem à Lua, ocorrida na época da formação do Sistema Solar.

Idade da Lua

De acordo com o modelo atual de formação da Lua, nosso satélite se formou a partir daquilo que é considerado o "maior impacto" da história do Sistema Solar. Na ocasião, um protoplaneta - uma espécie de embrião planetário - teria colidido com outro objeto celeste que mais tarde se transformaria na Terra. De acordo com o estudo, publicado recentemente na revista Science, após o choque, diversos meteoritos com mais de um quilômetro colidiram violentamente em um paredão de asteroides. Esse impacto aqueceu os meteoritos muito acima do normal, deixando neles uma cicatriz única e permanente.

Bilhões de anos depois, muitos fragmentos da época da colisão caíram na Terra e até hoje são usados para estudos lunares. Agora, uma equipe internacional de cientistas analisou novamente esses fragmentos, mas empregou uma nova técnica de análise, com especial interesse na assinatura térmica criada durante a colisão dos fragmentos com o paredão de asteroides. Os resultados foram então comparados aqueles obtidos das análises das rochas trazidas à Terra pelas missões Apollo, entre 1969 e 1972 e reforçaram o que já se conhecia até então sobre a idade do nosso satélite.

De acordo com a equipe, formada por cientistas da Nasa, Universidade do Arizona e Instituto Superior de Estudos Teológicos (ISET), a idade da formação da Lua obtida por esse método não difere daquela já obtida por meios diferentes. Ela apenas confirma a idade da Lua, que teria 4,47 bilhões de anos, um número que aumenta a precisão das datações anteriores. Esta pesquisa está nos ajudando a definir nossas escalas de tempo para saber quando as coisas aconteceram no Sistema Solar", disse Bill Bottke, coautor do estudo e ligado ao Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona.

A nova forma de datação é bastante promissora e poderá ser empregada para saber como se formaram outros antigos corpos celestes, como por exemplo, o gigantesco asteroide Vesta, situado no cinturão de asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Missão da MESSENGER aproxima-se do FIM



A sonda MESSENGER (MErcury Surface, Space ENvironment, GEochemistry, and Ranging) viajou durante mais de seis anos e meio antes de entrar em órbita de Mercúrio no dia 18 de março de 2011. Crédito: NASA/JHU APL/Instituto Carnegie de Washington

Depois de descobertas científicas e inovações tecnológicas extraordinárias, uma sonda da NASA lançada em 2004 para estudar Mercúrio vai impactar a superfície do planeta, muito provavelmente no dia 30 de abril, quando ficar sem combustível. A Sonda MESSENGER (MErcury Surface, Space ENvironment, GEochemistry, and Ranging) vai colidir com a superfície do planeta a mais de 3,91 km/s no lado do planeta oposto à Terra. Devido ao local esperado, os engenheiros não serão capazes de ver em tempo real a localização exata do impacto. Na semana passada, os operadores da missão no Laboratório de Física Aplicada (APL) da Universidade Johns Hopkins em Laurel, no estado americano de Maryland, completaram o quarto numa série de manobras de correção orbitais destinadas a retardar o impacto da sonda na superfície de Mercúrio.

A última manobra está agendada para sexta-feira, dia 24 de abril. Após esta última manobra, vamos finalmente declarar a sonda sem combustível, pois esta manobra gastará praticamente todo o nosso gás hélio," afirma Daniel O'Shaughnessy, engenheiro de sistemas da missão. "Nesse momento, a sonda não será mais capaz de combater o empurrão da gravidade do Sol. Apesar de Mercúrio ser um dos vizinhos planetários mais próximos da Terra, pouco se sabia sobre o planeta antes da missão da MESSENGER. "Pela primeira vez na história temos conhecimento real sobre o planeta Mercúrio, que mostra ser um mundo fascinante como parte do nosso Sistema Solar diversificado," afirma John Grunsfeld, administrador associado do Diretorado de Missões Científicas na sede da NASA em Washington.

Embora as operações terminem, estamos a celebrar a MESSENGER como mais do que uma missão bem-sucedida. É o início de uma longa jornada para analisar os dados que, esperamos, revelarão todos os mistérios científicos de Mercúrio. A sonda viajou durante mais de seis anos e meio antes de entrar em órbita de Mercúrio no dia 18 de março de 2011. A missão principal era orbitar o planeta e recolher dados durante um ano terrestre. A boa saúde da sonda, o combustível restante e as novas questões levantadas pelas descobertas iniciais resultaram na aprovação de dois prolongamentos das operações, permitindo com que a missão continuasse durante quase quatro anos e resultando em mais marcos científicos. Uma descoberta chave em 2012 prestou um apoio convincente à hipótese que Mercúrio abriga água gelada abundante e outros materiais voláteis nas suas crateras polares permanentemente à sombra.

Os dados indicaram que o gelo nas regiões polares de Mercúrio, casso estivesse espalhado numa área equivalente a uma grande cidade, teria uma espessura superior a 3 km. Pela primeira vez, os cientistas começaram a ver claramente um capítulo na história de como os planetas interiores, incluindo a Terra, adquiriram água e alguns dos blocos químicos de construção da vida. Uma camada escura que cobre a maioria dos depósitos de água gelada suporta a teoria que compostos orgânicos, assim como a água, foram entregues a partir do Sistema Solar exterior até aos planetas interiores e tal pode ter levado à síntese química pré-biótica e, desta forma, à vida na Terra.

"A água, agora armazenada em depósitos de gelo no chão de crateras de impacto permanentemente à sombra nos polos de Mercúrio, foi provavelmente entregue ao planeta mais interior por impactos de cometas e asteroides ricos em voláteis," comenta Sean Solomon, investigador principal da missão e diretor do Observatório da Terra Lamont-Doherty da Universidade de Columbia em Palisades, Nova Iorque. "Esses mesmos impactos também provavelmente forneceram o material orgânico escuro."

Além das descobertas científicas, a missão proporcionou muitos marcos tecnológicos, incluindo o desenvolvimento de um guarda-sol cerâmico vital, resistente ao calor e altamente refletivo que isolou os instrumentos e os componentes eletrónicos da sonda da radiação solar direta - cruciais para o sucesso da missão dada a proximidade de Mercúrio ao Sol. A tecnologia vai ajudar a informar os projetos futuros para missões planetárias dentro do nosso Sistema Solar. O lado frontal do guarda-sol rotineiramente acusava temperaturas superiores a 300º Celsius, ao passo que a maioria dos componentes à sombra operava perto da temperatura ambiente (20º C)," explica Helene Winters, gestora do projeto da missão no APL. "Esta tecnologia que protegeu os instrumentos da MESSENGER foi a chave para o sucesso da missão durante a operação principal e durante as estendidas."

NASA em Mercúrio




Uma sonda da Nasa que circulou Mercúrio durante os últimos quatro anos vai dar um mergulho para a morte na superfície do planeta no final de abril, quando ficará sem combustível.

A sonda MESSENGER (sigla em inglês para Superfície, Espaço, Ambiente, Geoquímica e Alinhamento de Mercúrio) vai terminar sua corrida, como planejado, por volta de 30 de abril, disse a agência espacial norte-americana.

Sua missão foi inicialmente apenas para durar um ano, mas como estava operando bem e retornando dados interessantes e descobertas, os cientistas prolongaram sua vida o máximo que podiam.

A principal descoberta da MESSENGER ocorreu em 2012: uma espessa camada de gelo nas regiões polares de Mercúrio, fornecendo "apoio convincente para a hipótese de que o planeta abriga abundante água congelada e outros materiais voláteis em suas crateras polares permanentemente sombreadas", segundo a Nasa.

"Pela primeira vez os cientistas começaram a ver claramente um capítulo na história de como os planetas internos, incluindo a Terra, adquiriram água e alguns dos blocos químicos de construção da vida", explicou a agência em comunicado.
Os cientistas acreditam que o planeta mais próximo do Sol provavelmente obtiveram sua água quando cometas e asteroides voláteis ricos fizeram impacto, em algum momento da História.

A MESSENGER foi lançada em 2004 e viajou por mais de seis anos antes de finalmente começar a orbitar Mercúrio em 18 de março de 2011.

Uma vez que a sonda não tripulada é colocada para fora do propulsor, ela não será mais capaz de lutar contra o impulso para baixo da gravidade do Sol e vai cair, atingindo o planeta a mais de 234,6 km/h no lado do planeta que não dá para a Terra.
Não são esperadas imagens do impacto.

"Pela primeira vez na história temos um conhecimento real sobre o planeta Mercúrio, que nos mostra um mundo fascinante como parte de nosso sistema solar diversificado", disse John Grunsfeld, administrador associado da diretoria de Missões Científicas da Nasa.

Os cientistas vão continuar a analisar os dados obtidos a partir da MESSENGER durante os próximos anos, disse ele.

Curiosity encontra indícios de água líquida em Marte

Curiosity encontra indícios de água líquida em Marte


Salmoura de Marte


O robô Curiosity, que está em Marte desde 2012, encontrou indícios de que pode existir água em forma líquida nas camadas de Marte próximas à superfície. Por sua distância do Sol, o planeta vermelho é gelado demais para que a água permaneça na forma líquida na superfície, mas sais no solo podem diminuir seu ponto de congelamento, permitindo a formação de camadas de água bem salgada - como uma salmoura.

Os cientistas da NASA acreditam que finas camadas de água se formam quando os sais no solo, chamados de percloratos, absorvem vapor de água da atmosfera. A temperatura dessas camadas líquidas seria de -70°C. Formadas nos 15cm mais superficiais do solo marciano, essas salmouras também estariam expostas a altos níveis de radiação cósmica - algo considerado um obstáculo para a existência de vida microbiana. Mas ainda é possível que organismos existam em algum lugar sob a superfície de Marte, onde as condições são mais favoráveis.

Percloratos
As conclusões sobre a salmoura marciana resultaram da junção dos resultados de vários instrumentos do robô. O Sistema de Monitoramento do Ambiente (REMS, na sigla em inglês) - basicamente, a estação meteorológica do veículo - mediu a umidade relativa e a temperatura do local de pouso do robô na cratera Gale. Os dados do instrumento chamado Albedo Dinâmico de Nêutrons foram extrapolados para se estimar o teor de água do subsolo, reforçando a ideia de que a água do solo estava ligada a percloratos. Finalmente, o instrumento Análise de Amostras de Marte deu aos pesquisadores o conteúdo de vapor de água na atmosfera. Juntando tudo, os cientistas da NASA concluíram que há condições adequadas para que se formem salmouras em noites de inverno no equador de Marte, onde o Curiosity aterrissou. Mas o líquido evaporaria durante o dia de Marte, quando a temperatura aumenta.


Sinais indiretos
Javier Martin-Torres, membro da missão do Curiosity e cientista-chefe do instrumento REMS, reconhece que os dados ainda são indiretos, mas ele afirma serem convincentes. O que nós vemos são condições para a formação de salmouras na superfície. Podemos ver um ciclo de água diário, o que é muito importante. Esse ciclo é mantido pela salmoura. Na Terra, temos uma troca entre a atmosfera e o solo pela chuva. Mas nós não temos isso em Marte," afirmou.

NGC 454



NGC 454 é uma galáxia na direção da constelação de Phoenix. O objeto foi descoberto pelo astrônomo John Herschel em 1834, usando um telescópio refletor com abertura de 18,7 polegadas.

Devido a sua moderada magnitude aparente (+12,7), é visível apenas com telescópios amadores ou com equipamentos superiores.


Terra já engoliu um planeta e isso foi crucial para a vida existir por aqui

Divulgação NASA

Um dos aspectos mais desconhecidos pelo ser humano sobre a Terra é o interior do planeta. Diversos materiais raríssimos estão no manto de lava que fica abaixo da crosta e, mais ainda, nas proximidades do núcleo. Lá por, exemplo, é criada a energia responsável pelo campo magnético de nosso planeta. E tudo isso pode ser fruto do choque entre a Terra e um outro planeta há bilhões de anos. Publicada na conceituada revista Nature, uma pesquisa dá conta de que não foram apenas meteoros que trouxeram materiais orgânicos para a Terra. O estudo propõe que um planeta que teria o tamanho de Mercúrio pode ter se chocado com a Terra, fazendo com que materiais raríssimos fossem adicionados à composição do nosso planeta.

Esse choque teria sido primordial para a criação do campo magnético que hoje sustenta a gravidade. Recentemente especialistas já haviam divulgado que a existência da Lua e a relação posterior do satélite com a Terra podem ser frutos de um choque entre planetas — o que indica que esses choques poderiam ser mais comuns do que se imagina. Agora, cientistas procuram descobrir se esse suposto choque, responsável pela chegada de novos elementos químicos, também foi responsável por criar a atmosfera terrestre e, principalmente, manter o oxigênio no planeta, fator crucial para o desenvolvimento da vida por aqui.

Pesquisadores observam buracos negros supermassivos prestes a se fundir

buracos negros binarios



Conforme duas galáxias entram nos estágios finais de fusão, cientistas têm teorizado que seus buracos negros supermassivos formariam um “binário” – dois buracos negros em uma órbita tão próxima que são gravitacionalmente ligados um ao outro. Em um novo estudo, astrônomos da Universidade de Maryland (EUA) apresentaram evidências diretas de um quasar pulsante, o que pode comprovar a existência desses buracos negros binários.  Acreditamos que observamos dois buracos negros supermassivos em maior proximidade do que nunca.

Estes buracos negros podem estar tão próximos que estão emitindo ondas gravitacionais, que foram previstas pela teoria da relatividade geral de Einstein”, explica Suvi Gezari, também da Universidade de Maryland, coautora do trabalho publicado na revista “Astrophysical Journal Letters”.

A descoberta pode lançar luz sobre a frequência com que os buracos negros se aproximam o suficiente para formar um binário gravitacionalmente ligado e, eventualmente, se fundir. Os buracos negros tipicamente devoram matéria, que acelera e se aquece, emitindo energia eletromagnética e criando alguns dos pontos mais luminosos no céu, chamados quasares. Quando dois buracos negros orbitam como um binário, absorvem matéria ciclicamente, o que leva os teóricos a preverem que o quasar binário responderia clareando e escurecendo periodicamente.

A metodologia

Os pesquisadores realizaram uma busca sistemática pelos chamados quasares variáveis usando o Telescópio de Pesquisa Panorâmica e Sistema de Resposta Rápida (Pan-STARRS1) de Vistoria de Profundidade Média. Este telescópio fica baseado no Havaí, em Haleakala, e fotografa o mesmo pedaço de céu uma vez a cada três dias, recolhendo centenas de dados para cada objeto ao longo de quatro anos. Nestes dados, a equipe de astrônomos encontrou o quasar PSO J334.2028+01.4075, que tem um grande buraco negro de quase 10 bilhões de massas solares e emite um sinal óptico periódico que se repete a cada 542 dias. O sinal do quasar era incomum porque as curvas de luz da maioria dos quasares são arrítmicos. Para verificar a sua descoberta, a equipe de pesquisa executou rigorosos cálculos e simulações e examinou dados adicionais, incluindo dados fotométricos de outros telescópios e sistemas de monitoramento.

“A descoberta de um candidato a sistema compacto binário de buracos negros supermassivos como o PSO J334.2028+01.4075, que parece a uma separação orbital tão pequena, acrescenta ao nosso conhecimento limitado das etapas finais da fusão entre os buracos negros supermassivos”, aponta a estudante de mestrado em astronomia da Universidade de Maryland, Tingting Liu, principal autora do artigo. Os pesquisadores planejam continuar a procurar novos quasares variáveis. A partir de 2023, sua pesquisa poderia ser auxiliada pelo telescópio Synoptic Large Telescope Survey. Espera-se que este aparelho possa fazer o levantamento de uma área muito maior, possibilitando identificar a localização de milhares destes buracos negros supermassivos que estão se fundindo no céu noturno.

Fogos Celestiais





Assemelhando-se as nuvens de fumaça e faíscas de uma queima de fogos de verão nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble da NASA, estes filamentos delicados são realmente folhas de escombros de uma explosão estelar em uma galáxia vizinha.

Hubble encontra estrela companheira escondida por 21 anos no brilho de uma Supernova.


A supernova se originou em um sistema duplo estelar onde um membro era uma estrela massiva que explodiu após isso a maior parte do seu envelope de hidrogênio foi para sua estrela companheira. 

Depois de duas décadas, os astrônomos finalmente identificou o azul de queima de hélio companheiro estrela, visto no centro da nebulosa em expansão de detritos da supernova. O telescópio espacial Hubble identificou o brilho ultravioleta do companheiro sobrevivo embutido no brilho desaparece da supernova.

Uma galáxia espiral com um único braço




Enquanto a maior parte das galáxias, incluindo a nossa Via Láctea, possuem dois ou mais braços espirais, a NGC 4725 possui apenas um. Nessa imagem composta e colorida, a galáxia de um único braço parece ter sido soprada de um anel proeminente de aglomerados de estrelas recém-nascidas, azulado e de regiões de formação de estrelas avermelhadas.

A estranha galáxia também apresenta linhas de poeira escuras e uma barra central amarelada composta de uma população estelar mais velha. A NGC 4725 tem mais de 100 mil anos-luz de diâmetro e localiza-se a cerca de 41 milhões de anos-luz de distância da Terra na constelação de Coma Berenices.

Simulações computacionais da formação de braços espirais únicos sugerem que eles podem estar tanto à direita como à esquerda com relação à rotação da galáxia. Na imagem também pode-se observar uma galáxia espiral mais distante, ostentando uma aparência visivelmente mais tradicional.

Telescópio espacial Hubble, 25 anos revolucionando a astronomia




O primeiro telescópio espacial Hubble, que revolucionou a astronomia e a nossa visão do Universo com imagens espetaculares de galáxias distantes geradas por ele, celebra esta semana seu 25º aniversário no espaço. "O Hubble mudou a forma como a humanidade olha para o universo e vê seu lugar nele", diz a astrônoma Jennifer Wiseman, cientista do telescópio no centro Goddard da Nasa, em Greenbelt, Maryland (nordeste dos Estados Unidos).  Este telescópio mostrou-nos que o cosmos tem mudado ao longo do tempo; que as estrelas produzem todos os elementos necessários para a vida e para a formação de planetas", continuou em entrevista à AFP na sala de controle do Hubble. Desde que foi lançado em 24 de abril de 1990 pelo ônibus espacial Discovery, o Hubble orbita a Terra a 570 km de altitude.

O telescópio teve seus contratempos na primeira infância, mas já estava em pleno funcionamento três anos após sua implantação. A concavidade de seu espelho principal tinha uma falha que provocou o envio de uma nave espacial para instalar um mecanismo de correção em uma operação muito delicada, realizada em 1993. Foi depois disso que o Hubble, uma máquina do tempo real dedicada a explorar as profundezas do espaço, começou a transmitir impactantes imagens de supernovas, explosões cataclísmicas que marcam a morte de uma estrela e outros corpos celestes. Uma de suas mais famosas fotos mostra colunas gigantescas de gás e poeira interestelares a 6.500 anos-luz da Terra, na Nebulosa da Águia, que ganhou o nome de "Pilares da Criação". O telescópio de 11 toneladas tem o nome de um dos pioneiros da astronomia, Edwin Powell Hubble (1889-1953), e é uma colaboração entre a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA).
Descobertas do Hubble

O Hubble revelou além disso buracos negros no coração de galáxias cuja existência até então a ciência conseguia apenas supor. Ele também fez um milhão de imagens de corpos celestes, alguns dos quais nos confins do cosmos, o que permitiu aos astrônomos calcular com mais precisão a idade do Universo: cerca de 13,8 bilhões de anos. Graças a todas essas imagens, de uma nitidez muito maior do que as obtidas pelos mais poderosos telescópios terrestres, os astrofísicos foram capazes de confirmar, em 1998, que a expansão do universo está se acelerando. Esta descoberta valeu o Prêmio Nobel de Física em 2011 a dois norte-americanos. Esta aceleração é resultado de uma misteriosa força chamada energia obscura, que constituiria cerca de 70% do Universo.

O restante do cosmos é composto por 5% de matéria visível e 27% de matéria escura invisível, cuja presença se manifesta por seus efeitos gravitacionais sobre corpos celestes. Outras descobertas do Hubble incluem a detecção da primeira molécula orgânica na atmosfera de um planeta orbitando uma estrela distante em nossa galáxia, a Via Láctea. Além disso, o telescópio permitiu concluir que a formação de planetas é relativamente comum. Mais recentemente, o venerável telescópio permitiu o avanço do conhecimento do sobre o sistema solar. A Nasa anunciou há pouco tempo que o Hubble detectou um grande oceano subterrâneo de água salgada em Ganimedes, a maior lua de Júpiter - descoberta que fornece pistas para a busca de vida extraterrestre na nossa vizinhança.

Verdadeira estrela da astronomia, "o Hubble tem desempenhado um papel muito importante para incutir nos habitantes do nosso planeta um sentimento de admiração ao universo em que vivemos", nas palavras da astrônoma Wiseman. Ela também disse estar convencida de que o Hubble ainda tem muitos anos ainda pela frente. Deve coexistir com seu sucessor, o telescópio espacial infravermelho James Webb, que será lançado em 2018 e será cem vezes mais poderoso. Segundo o astrônomo Matt Greenhouse, da Nasa, "o Webb poderá revolucionar a astronomia mais uma vez".

Pulsares são estrelas de nêutrons muito pequenas e muito densas.





Os pulsares podem apresentar um campo gravitacional até 1 bilhão de vezes maior que o campo gravitacional terrestre.

Eles provavelmente são os restos de estrelas que entraram em colapso, fenômeno também conhecido como supernova. 

Foram observados pela primeira vez pela astrônoma Jocelyn Bell Burnell.

O Pulsar de Caranguejo. Esta imagem combina informação óptica recolhida pelo Hubble (a vermelho) e imagens raio x do Chandra (a azul).

Por que ocorrem as marés alta e baixa ?




É só passar o dia fazendo um grande buraco ou um castelo de areia na praia e você perceberá o fenômeno das marés: foi virar as costas e o mar subitamente invadiu seu empreendimento.
As marés alta e baixa estão ligadas à força de gravitacional da Lua e da Terra, explica o professor de Oceanografia Física da Fundação Universidade de Rio Grande (Furg) Osmar Möller Júnior.

A Lua atrai os corpos em sua direção - todos os corpos, mas como as águas dos oceanos fluem mais livremente, a mudança é mais visível. Quando a Lua e a Terra estão alinhadas, a Lua exerce atração no ponto mais próximo.

Em um determinado momento, quando se estiver "embaixo" da Lua, haverá maré alta. Cerca de seis horas mais tarde, a rotação da Terra terá levado esse ponto a 90° da Lua, e ele terá maré baixa. Dali a mais seis horas e doze minutos, o mesmo ponto estará a 180° da Lua, e terá maré alta novamente. "Como a Terra segue girando, a rotação faz com que um mesmo ponto passe pela maré alta e pela baixa, em ciclos de 12 horas e 25 minutos, aproximadamente", diz Möller.

Também a força gravitacional do Sol interfere nas marés, apesar de menos intensamente. Quando a Lua está cheia ou nova, essa força está na mesma direção da atração lunar - isso torna as marés mais altas.

Do mesmo jeito, nas fases minguante e crescente, parte da força gravitacional da Lua é anulada; assim, as marés baixas são menos baixas.

Lixo Espacial




O espaço celeste está se tornando um terreno valorizado. Principalmente a chamada órbita geoestacionária, que corre acima da linha do Equador, onde pairam os satélites de comunicação. 

Garantir espaço nessa órbita é cada vez mais estratégico. Para um satélite cobrir o território brasileiro, por exemplo, ele precisa ficar em uma posição de onde dê para “enxergar” todo o país.

A faixa é regulada pela International Telecommunication Union (ITU), da ONU. Com o aumento na procura de vagas lá em cima, o perigo é que o céu se torne um território à venda, palco de monopólios e especulações financeiras.

E aqui algumas curiosidades sobre o assunto:

Dois satélites podem ocupar uma posição similar, desde que não operem na mesma freqüência. Eles podem ficar em linha, como se fossem carros num estacionamento

Quem controla os satélites na Terra são bases espaciais como a de Guaratiba, no Rio de Janeiro. Se um satélite precisa mudar de inclinação, ele é dirigido daqui

A órbita geoestacionária é um anel que circula a terra na linha do Equador, a uma altura de 36 mil km. Os satélites de comunicação estacionam ali porque precisam acompanhar a rotação do planeta e, nessa faixa, o esforço para mantê-los é menor. Hoje, há 241 satélites na órbita

O tempo de vida útil de um satélite é de 15 anos. Quando o combustível está prestes a acabar, a base aciona um propulsor que o lança para fora de órbita e ele acaba como lixo espacial

Os satélites azuis são dedicados aos sinais de rádio e TV. Amarelos são para transmissão de dados, internet e TVs pagas. O Brasil tem seis satélites na órbita, mas o céu acima de nosso país abriga outros 35, sendo 20 americanos.

O que é mais velho - as rochas que você vê no chão ou a luz que você vê do céu?



Geralmente são as rochas que são mais velhas , com os seus sedimentos depositados bem antes da luz que deixou as estrelas ou nebulosas que você vê no céu.

No entanto, se você pode ver, através de um telescópio , uma galáxia distante do outro lado do universo, então você está vendo uma luz ainda mais antiga que as rochas. Destaque aqui , o disco central de nossos arcos Via Láctea e formações rochosas no norte do Arizona , EUA.

Monte Olimpo



Para entender um pouco mais sobre o Monte Olimpo, um extinto vulcão do Planeta Marte, é necessário saber primeiramente o que é um monte. Em sua maioria, os montes são largos escudos balsáticos com flancos que apresentam baixa inclinação (inferior a 6º) e são delimitados por falésias. 

Com uma aparência semelhante a dos escudos balsáticos da Terra, mas com uma escala de tamanho muito maior, o vulcão do Monte Olimpo de Marte tem diâmetro de aproximadamente 620 quilômetros e atinge a altura de 25 quilômetros, três vezes mais alto que o Monte Everest.

O Monte Olimpo é considerado o maior vulcão do Sistema Solar, mas não está em atividade. Seu nome em latim é Olympus Mons e foi descoberto pela NASA em 1971 por uma sonda espacial chamada Mariner 9, apesar disso, alguns astrônomos do século XIX já tinham conhecimento da existência do Monte Olimpo.

Plutão à vista!

Imagem colorida de Plutão e Caronte obtida pela New Horizons em 9 de abril (Crédito: Nasa)


Imagem colorida de Plutão e Caronte obtida pela New Horizons em 9 de abril (Crédito: Nasa)

Divulgada na terça-feira (14) pela Nasa, a fotografia foi obtida no dia 9, enquanto a sonda viaja a uma velocidade inacreditável de cerca de 1 milhão de km por dia até a aproximação máxima, marcada para 14 de julho. No momento, a espaçonave está a cerca de 110 milhões de km de seu alvo — pouco menos que a distância entre o Sol e Vênus. A imagem — a primeira colorida enviada pela sonda — revela Plutão, mais avermelhado, e a maior de suas luas, Caronte, bem menos brilhante. E, com isso, a empolgação começa a escalar, enquanto metade da população do mundo experimenta pela primeira vez a sensação de se aproximar de um mundo nunca antes explorado.

Diferentemente do que está acontecendo no planeta anão Ceres, onde a sonda Dawn entrou em órbita no mês passado, a visita a Plutão será apenas um sobrevoo — a nave passa zunindo por ali, fotografando tudo pelo caminho, e depois segue seu rumo, para fora do Sistema Solar.

AVENTURA DE UMA GERAÇÃO

A emoção e o entusiasmo remontam ao que aconteceu quando as sondas Voyager 1 e 2 fizeram um reconhecimento completo dos quatro planetas gigantes — Júpiter, Saturno, Urano e Netuno — entre 1979 e 1989. Durante a entrevista coletiva desta terça, Jim Green, diretor de Ciência Planetária da Nasa, relembrou esse tempo. “Muitos de nós estávamos por aqui na época das Voyagers e foi muito empolgante. Aquela coisa de ciência instantânea a cada nova imagem, embora muitos cientistas se sentissem desconfortáveis com isso.”

É o que a New Horizons deve recapturar agora, com um mundo que fascina muita gente — Plutão. Você ainda se lembra de como foi com as Voyagers? Eu confesso que me lembro vagamente da passagem por Urano (1986, eu tinha sete anos) e só com clareza da visita a Netuno (1989), antes que a Voyager 2 avançasse na direção do grande vazio interestelar. Mas Alan Stern, cientista-chefe da missão New Horizons, destaca uma pesquisa que mostrou que cerca de 50% da população americana não se lembra disso, e possivelmente o mesmo se aplica à população global. “Não há nada como isso no mundo hoje. É sem precedentes em nossa época.”

E você, estava por aqui quando a Voyager visitou os planetas exteriores? Está ansioso pela chegada da New Horizons?

Uma diferença importante entre essa nova aventura e as que a antecederam, no cada vez mais longínquo século 20, é a evolução tecnológica. A New Horizons, lançada em 2006, é uma espaçonave moderna, com câmeras de alta resolução e alta capacidade de memória. As Voyagers eram máquinas dos anos 1970, com meio milésimo do poder computacional da primeira geração do iPhone, hoje já ultrapassado. Então, a coleta de dados de Plutão e suas luas será extraordinária. Em compensação, as leis da física continuam as mesmas, e transmitir bits por distâncias de bilhões de quilômetros faz a gente ter saudade das conexões discadas à internet.

Não acredita? A Nasa provavelmente entrará no Guiness Book com o download mais longo da história. Para baixar todas as informações colhidas durante a passagem por Plutão, serão necessários 16 meses! Após o sobrevoo, em julho, a sonda apontará sua antena para a Terra e seguirá transmitindo os dados gravados até outubro de 2016!  Ainda assim, a Nasa formulou um planejamento bacana para que recebamos diversos aperitivos de alta qualidade durante a chegada e logo após a aproximação máxima. Será uma daquelas experiências que definem uma geração!

Nossa Posição no Universo



A partir da nossa posição no universo, vemos um vasto mar de galáxias em todas as direções, com o brilho da radiação cósmica de fundo vindo da borda distante do universo visível.

Não porque o universo é uma bolha fechada, mas porque quanto mais distante da fonte de luz, mais novo o universo era quando a luz começou sua jornada.


Classificação das Galáxias



Ao contrário das estrelas que produzem imagens puntiformes e, portanto, todas iguais, as galáxias se mostram como objetos extensos e com formas variadas.

Segundo o critério proposto pelo astrônomo Hubble, as galáxias são classificadas em três principais tipos segundo suas formas: elípticas, espirais e irregulares.

Para a classificação das galáxias elípticas emprega-se a letra E seguida por um nú
mero entre 0 e 7. Assim, estas galáxias vão de quase esféricas, chamadas E0, a bem achatadas, chamadas E7. Vale lembrar que observamos apenas o achatamento aparente, e não sua forma real. Uma galáxia muito achatada vista de frente pode parecer esférica.

Ainda usando a classificação de Hubble, as galáxias espirais, podem ser normais (S) ou barradas (B). No primeiro caso, os braços espirais originam-se do núcleo, enquanto nas barradas eles se desenvolvem a partir dos extremos de uma barra luminosa que atravessa o núcleo.

As espirais, tanto normais quanto barradas, são divididas em subclasses a, b ou c, que indicam diferentes graus de enrolamento dos braços, e diferentes proporções de tamanho da parte central em relação à galáxia inteira.

As irregulares, por sua vez, são galáxias cujas formas não se enquadram nos casos acima.

Nossa galáxia, a Via Láctea, segundo esta classificação, é considerada uma espiral barrada, intermediária entre os tipos SBb e SBc. 

A curiosa chuva de diamantes em Urano e Netuno



Alguns planetas do nosso Sistema Solar têm chamado a atenção de várias nações que executam missões espaciais. Urano e Netuno são dois desses planetas.  Mas, ao invés de avanços científicos, as motivações que cercam os interesses por esses planetas estão mais relacionadas às ambições financeiras. Isso acontece porque Urano e Netuno são maravilhas do Sistema Solar por suas propriedades químicas e físicas.  Pesquisadores da Nasa planejam enviar missões a Netuno para explorar a chamada chuva de diamantes, um fenômeno que se forma na atmosfera ultra-densa do planeta em função da pressão exercida sobre os átomos de carbono, que se transformam em nuvens e chuvas de diamantes.

Dá para imaginar uma chuva dessas?

Netuno está localizado a 4 bilhões de quilômetros da Terra, o que dificulta muito uma viagem espacial. Ainda assim, o interesse de explorar as riquezas desse planeta faz com que os homens quebrem a cabeça pensando numa alternativa para chegar até lá. Segundo especialistas, uma viagem espacial para Netuno numa nave convencional demoraria cerca de 30 anos.  Há quem pense que o esforço vale a pena. Em Netuno e em Urano o ar é tão denso que chove diamante.

Alguns estudos também dão conta de que a superfície dos planetas é repleta de diamantes e que existe ainda a possibilidade de haver oceanos de diamante líquido e icebergues de diamantes nos dois planetas. Qualquer pessoa ficaria feliz em explorar essas riquezas, não?  A ideia dos pesquisadores é construir uma vela de 250 mil metros quadrados, que seria inflada pela luz do Sol. Esse equipamento alcançaria uma supervelocidade e chegaria a Netuno em três anos.  Por enquanto, tudo está apenas no campo das ideias, mas quem sabe um dia o homem não seja realmente capaz de explorar a curiosa chuva de diamantes de Urano e Netuno.

'Supervazio' no Universo que 'suga' luz intriga astrônomos

Imagem: ©ESA e Planck Collaboration

Astrônomos de uma universidade no Havaí podem ter decifrado um mistério de dez anos e encontrado a maior estrutura conhecida do Universo.
Imagem: ©ESA e Planck Collaboration

A área onde fica o chamado Ponto Frio fica na constelação de Eridano no hemisfério galático sul, como mostra a imagem feita pela Agência Espacial Europeia em colaboração com o telescópio Planck (Imagem: ©ESA e Planck Collaboration)

Em 2004, ao examinar um mapa da Radiação Cósmica de Fundo (CMB, na sigla em inglês), resíduo do Big Bang presente em todo o Universo, astrônomos descobriram uma área diferente, surpreendentemente ampla e fria, batizada de Ponto Frio. A física que estuda a teoria do Big Bang para a origem do Universo prevê pontos quentes e frios de vários tamanhos em um Universo ainda jovem, mas um ponto tão grande e tão frio como o desta descoberta não era esperada pelos cientistas. Mas uma equipe, liderada por István Szapudi, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí, em Manoa, pode ter a explicação para a existência deste Ponto Frio que, segundo Szapudi, seria "a maior estrutura individual já identificada pela humanidade".

Supervazio
Usando dados do telescópio Pan-STARRS1 (PS1), em Haleakala, Maui, e também do satélite Wide Field Survey (WISE), da Nasa, a equipe de Szapudi descobriu o que chamaram de "supervazio", uma grande região de 1,8 bilhão de anos-luz de largura, na qual a densidade das galáxias é muito menor do que o normal encontrado no Universo conhecido. Os cientistas dizem que essa região é tão grande que é difícil encaixá-la na nossa compreensão convencional sobre dimensões e espaço.  Ela é mais fria do que outras partes do universo, e apesar de não ser um vácuo ou totalmente vazia, parece ter cerca de 20 por cento a menos de matéria do que outras regiões. O "supervazio", localizado a 3 bilhões de anos-luz da Terra, "sugaria" energia da luz que viaja através dela, o que explica o intenso frio da região. Segundo os cientistas, atravessá-la pode levar milhões de anos, mesmo à velocidade da luz. O estudo foi publicado no Notices of the Royal Astronomical Society.

sábado, 18 de abril de 2015

Os 6 lugares mais prováveis de ter vida extraterrestre em nosso Sistema Solar


Nesse ranking, editado pelo nosso site, você conhecerá os 6 planetas e/ou luas do nosso Sistema Solar que têm a maior probabilidade de hospedar a vida primitiva (como a conhecemos). Isso significa que, se (ou quando) encontrarmos a primeira forma vida extraterrestre, provavelmente será em um desses mundos. Confira!



6 - Vênus

Muita gente vai discordar do nosso sexto lugar,mas tudo bem, ele é realmente inusitado. Nosso "planeta irmão" (ou irmã) possui altas temperaturas em sua superfície além de um clima "infernal" para a vida como a conhecemos, além de vários outros fatores que colocariam Vênus como um dos piores lugares para se encontrar qualquer tipo de vida..... correto? Sim... mas por outro lado, o cientista planetário David Grinspoon, astrobiólogo curador do Museu "Denver Museum of Nature and Science", aponta que a temperatura na alta atmosfera venusiana pode ser agradavelmente tolerável. O dióxido de carbono e o monóxido de carbono podem servir de alimentos para micróbios flutuantes, segundo Grinspoon. Para se ter uma idéia do ambiente hostil de Vênus, a temperatura em sua superfície ultrapassa os 460°C tranquilamente. Mas ele é somente o sexto lugar...



5 - Ganimedes e Calisto - luas de Júpiter

Calisto e Ganimedes são duas das principais luas de Júpiter. Calisto é o terceiro maior satélite natural do Sistema Solar, sendo que Ganimedes ocupa o primeiro lugar desse ranking. Vizinhos de Europa, Ganimedes e Calisto podem ter oceanos líquidos (água salgada) escondidos em seu interior, a pelo menos 100 quilômetros abaixo das rochas. Encontrar algum tipo de vida nesses dois corpos pode ser uma tarefa muito, muito difícil, mas não impossível. A temperatura média de superfície de Calisto é de -139°C, e a de Ganimedes é de -163°C.



4 - Encélado - lua de Saturno

É o sexto maior satélite natural de Saturno, e aparenta possuir água líquida em sua superfície. Em 2005, a sonda Cassini da NASA fotografou gêiseres de água e de gelo sendo expelidos de rachaduras no hemisfério sul de Encélado. Os cientistas acreditam que os reservatórios de água líquida abaixo da superfície congelada são aquecidos por interações gravitacionais entre Encélado e outras luas de Saturno. Os requisitos para a vida estão lá... A temperatura média em sua superfície é de -198°C.



3 - Marte

Marte é um planeta rochoso, sendo o quarto a partir do Sol. Marte permanece eternamente popular para aqueles à procura de vida extraterrestre. Um dos fatores intrigantes de Marte são suas faixas escuras que surgem principalmente durante o verão, como na cratera Horowitz. Cientistas acreditam que esses canais podem ter água salgada fluindo na superfície do Planeta Vermelho, fruto do degelo de água a apenas alguns centímetros abaixo da superfície, cuja temperatura média é de -63°C.



2 - Titã - lua de Saturno

Titã é a maior lua de Saturno e o único corpo do Sistema Solar (além da Terra) que possui lagos líquidos. Seus lagos são de etano e metano (gás natural liquefeito), e a chuva de Titã é de hidrocarbonetos. Apesar dos ingredientes estranhos e das temperaturas gélidas de Titã ( média de -179 graus Celsius), é um mundo que possui uma química rica e favorável, e quem sabe, abrigar alguns tipos primitivos de vida.



1 - Europa - lua de Júpiter

Europa é uma das quatro luas Galileanas do gigante Júpiter, e um dos locais mais prováveis de abrigar vida no Sistema Solar. Não é à toa que essa lua gelada é um dos mundos mais intrigantes que conhecemos. Ela é coberta por uma crosta espessa de gelo, mas logo abaixo dessa crosta, há um oceano líquido que poderia abrigar alguns tipos curiosos de vida (primitiva ou não). Alguns cientistas acreditam que seu interior sofra aquecimento geotérmico, o que eleva ainda mais a possibilidade de haver vida em seus oceanos, e talvez, quem sabe, até parecidas com as vidas existentes nas profundezas dos mares da Terra. A temperatura média de sua superfície é de aproximadamente -171°C, porém, fontes térmicas podem existir em algumas regiões, o que amplia a probabilidade de no futuro, quem sabe, encontrarmos vida nesse mundo gelado e distante.