Pop up my Cbox

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Um planeta com três sóis surpreendente



Uma equipe de astrónomos usou o instrumento SPHERE montado no Very Large Telescope do ESO para obter imagens do primeiro planeta alguma vez encontrado numa órbita extensa num sistema triplo de estrelas. Esperava-se que a órbita de um tal planeta fosse instável, resultando muito provavelmente num planeta que seria rapidamente ejectado para fora do sistema. No entanto, este planeta tem sobrevivido. Esta observação inesperada sugere que tais sistemas possam ser efectivamente mais comuns do que o que se pensava anteriormente. Estes resultados serão publicados online a 7 de julho de 2016 na revista Science. Tatooine, o planeta natal de Luke Skywalker da saga da Guerra das Estrelas, era um mundo estranho com dois sóis no céu, no entanto os astrónomos acabam de descobrir um planeta num sistema ainda mais exótico, onde um observador desfrutaria ou de um dia constante, isto é, sem noite, ou de triplos nasceres e pores de sol todos os dias, dependendo das estações, estações estas que neste planeta duram mais que uma vida humana.

Este mundo foi descoberto por uma equipa de astrónomos liderada pela Universidade do Arizona, no EUA, através de imagens diretas obtidas pelo Very Large Telescope do ESO (VLT), no Chile. O planeta, chamado HD 131399Ab não é como nenhum outro mundo conhecido — a sua órbita em torno da estrela mais brilhante das três é a maior conhecida num sistema estelar múltiplo. Tais órbitas são frequentemente instáveis, devido à atração gravitacional, complexa e variável, das outras duas estrelas do sistema, e por isso pensava-se que seria muito improvável existirem planetas em órbitas estáveis nestas condições.

Situado a cerca de 320 anos-luz de distância da Terra na constelação do Centauro, o HD 131399Ab tem cerca de 16 milhões de anos de idade, o que o torna igualmente num dos exoplanetas mais jovens  descobertos até à data, e um dos muito poucos a serem diretamente fotografados. Com uma temperatura de 580 graus Celsius e uma massa estimada de cerca de quatro vezes a massa de Júpiter, este exoplaneta é também um dos mais frios e menos massivos a ter sido diretamente fotografado. O HD 131399Ab é um dos poucos exoplanetas que foram diretamente fotografados, tratando-se do primeiro a ser encontrado numa configuração dinâmica tão interessante,” disse Daniel Apai, da Universidade do Arizona, EUA, e um dos co-autores do novo artigo científico que descreve estes resultados.

“Durante cerca de metade da órbita do planeta — que no total tem uma duração de 550 anos terrestres — as três estrelas estão visíveis no céu; as duas mais ténues encontram-se sempre muito juntas, variando a sua separação aparente relativamente à estrela mais brilhante ao longo do ano,” acrescenta Kevin Wagner, o primeiro autor do artigo e descobridor da HD 131399Ab. Kevin Wagner, estudante de doutoramento da Universidade do Arizona, identificou o planeta no meio de centenas de candidatos e liderou as observações de seguimento para verificar a sua natureza. O planeta marca também a primeira descoberta de um exoplaneta com o auxílio do instrumento SPHERE montado no VLT. O SPHERE é sensível à radiação infravermelha, o que lhe permite detectar assinaturas térmicas de planetas jovens. Ao mesmo tempo possui sofisticadas características que corrigem distúrbios atmosféricos e bloqueiam a luz das estrelas hospedeiras que, de outro modo, seria ofuscante.

Apesar de serem necessárias observações de repetição e de longo termo para determinar de forma precisa a trajectória do planeta no seio das suas estrelas hospedeiras, observações e simulações parecem sugerir o seguinte cenário: estima-se que a estrela mais brilhante seja 80 % mais massiva que o nosso Sol (chamada HD 131399A) e que esteja a ser orbitada pelas duas estrelas menos massivas, B e C, a cerca de 300 UA (sendo que 1 UA corresponde à distância entre a Terra e o Sol). Ao mesmo tempo, as estrelas B e C rodopiam em torno uma da outra, como se fossem um haltere, separadas por uma distância de aproximadamente a distância que separa o Sol de Saturno (10 UA).

Neste cenário, o planeta HD 131399Ab desloca-se em torno da estrela A numa órbita com um raio de cerca de 80 UA, o que corresponde a cerca de duas vezes a órbita de Plutão no Sistema Solar, trazendo o planeta até cerca de um terço da separação entre a estrela A e o par B/C. Os autores apontam para a possibilidade de uma de variedade de cenários orbitais, sendo que o veredicto para a estabilidade a longo prazo do sistema terá que esperar pelas observações de seguimento planeadas que irão limitar melhor a órbita do planeta.

“Se o planeta estivesse mais afastado da estrela mais massiva, seria certamente lançado para fora do sistema, “explica Apai. “As nossas simulações de computador mostraram que este tipo de órbita pode ser estável, mas se variarmos os parâmetros apenas um bocadinho, o sistema torna-se instável muito rapidamente. Planetas em sistemas de estrelas múltiplas têm um interesse especial para os astrónomos e cientistas planetários porque mostram como funciona a formação planetária em cenários muito extremos. Apesar dos sistemas de estrelas múltiplas nos parecerem exóticos, uma vez que a nossa órbita se faz em torno de uma estrela solitária, o certo é que os sistemas de estrelas múltiplas são tão comuns como as estrelas individuais.

“Não é claro perceber como é que este planeta acabou por ficar retido numa órbita tão extensa neste sistema extremo e não podemos ainda dizer o que é que este facto poderá significar para a compreensão dos tipos de sistemas planetários, no entanto mostra que existe mais variedade do que julgávamos possível,” conclui Kevin Wagner. “O que sabemos é que planetas em sistema de estrelas múltiplas têm sido muito pouco estudados, mas são potencialmente tão numerosos como planetas em sistemas de estrelas únicas.”

DAWN mapeia crateras em CERES onde o gelo acumula-se


Nos polos de Ceres, cientistas descobriram crateras que estão permanentemente à sombra (zonas azuis). Estas crateras têm o nome "armadilhas frias" caso tenham temperaturas inferiores a -151º C.  Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA

Cientistas da missão Dawn da NASA identificaram regiões permanentemente à sombra no planeta anão Ceres. A maioria destas áreas são provavelmente frias o suficiente para reter água gelada durante mil milhões de anos, sugerindo que os depósitos de gelo podem lá existir agora. As condições em Ceres são as ideais para a acumulação de depósitos de água gelada," afirma Norbert Schorghofer, investigador convidado da Dawn e da Universidade do Hawaii em Manoa, EUA. "Ceres tem massa suficiente para segurar moléculas de água, e as regiões permanentemente à sombra que identificámos são extremamente frias - mais frias do que a maioria das regiões idênticas que existem na Lua e em Mercúrio."

As regiões permanentemente à sombra não recebem luz solar direta. Estão normalmente localizadas no chão de crateras ou ao longo de secções das paredes viradas para o polo. As regiões ainda recebem luz solar indireta, mas caso a temperatura fique abaixo dos -151º C, a área permanentemente à sombra é uma armadilha fria - um bom local para a água gelada se acumular e permanecer estável. As armadilhas frias já tinham sido previstas em Ceres, mas só foram identificadas agora. Neste estudo, Schorghofer e colegas estudaram o hemisfério norte de Ceres, melhor iluminado que o hemisfério sul. As imagens das câmaras da Dawn foram combinadas para produzir a forma do planeta anão, mostrando crateras, planícies e outras características em três dimensões. Usando estes dados, um modelo sofisticado de computador desenvolvido no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA, em Greenbelt, no estado americano de Maryland, determinou as áreas que recebem luz solar direta, a quantidade de radiação solar que atinge a superfície e como as condições mudam ao longo do ano de Ceres.

Os investigadores encontraram dúzias de regiões permanentemente à sombra em todo o hemisfério norte. A maior região encontra-se dentro de uma cratera com 16 km de diâmetro localizada a menos de 65 km do polo norte. Como um todo, as regiões permanentemente à sombra de Ceres ocupam cerca de 1800 quilómetros quadrados. É apenas uma pequena fração do planeta anão - muito menos do que 1% da superfície do hemisfério norte. A equipa espera que estas regiões em Ceres sejam mais frias do que aquelas em Mercúrio ou na Lua. Isto porque Ceres está muito longe do Sol, e as áreas nas crateras à sombra recebem muito pouca radiação indireta.  Em Ceres, estas regiões agem como armadilhas frias até latitudes relativamente baixas," explica Erwan Mazarico, investigador convidado da Dawn em Goddard.

"Na Lua e em Mercúrio, só as regiões permanentemente à sombra muito perto dos polos ficam frias o suficiente para o gelo ser estável à superfície. A situação em Ceres é mais semelhante à de Mercúrio do que à da Lua. Em Mercúrio, as regiões à sombra correspondem a mais ou menos à mesma fração do hemisfério norte. A eficiência de armadilhas - a capacidade para acumular água gelada - é também comparável. Pelos cálculos da equipa, cerca de 1 em cada 1000 moléculas de água geradas à superfície de Ceres acaba em armadilhas frias durante o ano de Ceres (1682 dias terrestres). Isso é suficiente para construir depósitos de água, finos, mas detetáveis, ao longo de 100.000 anos ou mais.

"Enquanto as armadilhas frias podem fornecer depósitos de água gelada à superfície como as observadas na Lua e em Mercúrio, Ceres pode ter sido formado com um relativamente maior reservatório de água," acrescenta Chris Russell, investigador principal da missão Dawn, com base na Universidade da Califórnia em Los Angeles, EUA. "Algumas observações indicam que Ceres pode ser um mundo rico em voláteis que não é dependente de outras fontes externas no dia-a-dia. Os resultados estão disponíveis online na revista Geophysical Research Letters.

A imagem mais profunda de sempre de Orion


O instrumento infravermelho HAWK-I do ESO montado no Very Large Telescope (VLT), no Chile, foi utilizado para sondar as profundezas do coração da Nebulosa de Orion. A imagem obtida revela cerca de dez vezes mais anãs castanhas e objetos de massa planetária isolados do que os que se conheciam anteriormente. Esta descoberta desafia o cenário normalmente aceite da história de formação estelar em Orion. Uma equipa internacional utilizou o instrumento infravermelho HAWK-I montado no Very Large Telescope do ESO (VLT) para produzir a imagem mais profunda e completa da Nebulosa de Orion obtida até à data. A equipa obteve não apenas uma imagem de beleza espectacular, mas também revelou uma enorme abundância de anãs castanhas ténues e objetos de massa planetária isolados.

A presença destes objetos de baixa massa ajuda-nos a compreender melhor a história de formação estelar no seio da própria nebulosa. A famosa Nebulosa de Orion, com uma dimensão de cerca de 24 anos-luz, situa-se na constelação de Orion e pode ser vista a olho nu a partir da Terra, apresentando-se como uma mancha difusa na espada de Orion. Algumas nebulosas, como a de Orion, encontram-se fortemente iluminadas por radiação ultravioleta emitida por muitas estrelas quentes nascidas no seu seio que ionizam o gás, o que o faz brilhar intensamente. A relativa proximidade da Nebulosa de Orion faz dela um laboratório ideal para o estudo dos processos e história de formação estelar e para determinar a quantidade de estrelas de diferentes massas que se formam no seu interior.

Amelia Bayo (Universidad de Valparaíso, Valparaíso, Chile; Max-Planck Institut für Astronomie, Königstuhl, Alemanha), co-autora do novo artigo que descreve estes resultados e membro da equipa de investigação, explica porque é que isto é importante: “Compreendermos porque é que tantos objetos de baixa massa se encontram na Nebulosa de Orion é importante pois ajuda-nos a colocar limites nas atuais teorias de formação estelar. Sabemos agora que o modo como estes objetos de baixa massa se formam depende do meio que os envolve.”

Esta nova imagem causou um enorme entusiasmo pois revela uma quantidade inesperada de objetos de massa muito baixa, o que, por sua vez, sugere que a Nebulosa de Orion pode estar proporcionalmente a formar muito mais objetos de baixa massa do que outras regiões de formação estelar mais próximas e menos ativas. Os astrónomos contam quantos objetos de diferentes massas se formam em regiões como a Nebulosa de Orion para tentar compreender o processo de formação estelar. Antes deste trabalho, o maior número de objetos encontrado tinha massas de cerca de um quarto da massa do nosso Sol. A descoberta desta enorme quantidade de novos objetos com massas muito inferiores a esta na Nebulosa de Orion, criou um segundo máximo a massa muito menor na distribuição de contagem de estrelas.

Estas observações sugerem também que o número de objetos do tamanho de planetas pode ser muito maior do que o que se pensava anteriormente. Apesar da tecnologia necessária para observar imediatamente estes planetas ainda não existir, o futuro European Extremely Large Telescope do ESO (E-ELT), previsto para 2024, foi concebido com vários objetivos, sendo um deles precisamente este tipo de observações. O cientista líder deste trabalho, Holger Drass (Astronomisches Institut, Ruhr-Universität Bochum, Bochum, Alemanha; Pontificia Universidad Católica de Chile, Santiago, Chile) conclui: “O nosso resultado é para mim como um espreitar para uma nova era da formação planetária e estelar. O enorme número de planetas isolados encontrados com os nossos atuais limites observacionais, faz-me pensar que iremos certamente ainda descobrir uma imensa quantidade de planetas mais pequenos que a Terra com o E-ELT.”

Buraco negro faz material oscilar em seu redor



Esta impressão de artista mostra o disco de acreção em redor de um buraco negro, no qual a região interior sofre precessão. "Precessão" significa que a órbita do material em redor do buraco negro muda de orientação.  Nesta três imagens, o disco interior brilha com radiação altamente energética que atinge a matéria no disco de acreção em redor, fazendo com que os átomos de ferro emitam raios-X, tal como indicado no brilho do disco de acreção à direita (imagem a), em frente (imagem b) e à esquerda (imagem c).  Crédito: ESA/ATG medialab

O observatório de raios-X XMM-Newton da ESA provou a existência de um "vórtice gravitacional" em torno de um buraco negro. A descoberta, assistida pela missão NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array) da NASA, resolve um mistério que iludia os astrónomos há mais de 30 anos, e permitirá mapear o comportamento da matéria muito perto dos buracos negros. Também pode abrir a porta a futuras investigações da relatividade geral de Albert Einstein. A matéria que cai sobre um buraco negro aquece à medida que mergulha para a sua ruína. Antes de passar para o buraco negro e de se perder para sempre da vista, pode atingir milhões de graus. A essa temperatura, emite raios-X para o espaço. Na década de 1980, os pioneiros astrónomos que usavam os primeiros telescópios de raios-X descobriram que os raios-X provenientes de buracos negros de massa estelar, na nossa Galáxia, cintilam. As mudanças seguem um padrão definido. Quando essa oscilação começa, o escurecimento e reavivamento pode demorar até 10 segundos para completar. À medida que passam dias, semanas e meses, o período diminui até que a oscilação ocorre 10 vezes por segundo. Aí, a cintilação pára subitamente e completamente.

O fenómeno foi apelidado de Oscilação Quasi-Periódica (OQP). "Reconheceu-se imediatamente que era algo fascinante porque vinha de uma zona muito próxima de um buraco negro," afirma Adam Ingram, da Universidade de Amesterdão, na Holanda que, em 2009, começou a trabalhar na compreensão das OQPs para a sua tese de doutoramento.
Durante a década de 1990, os astrónomos começaram a suspeitar que as OQPs estavam associadas com um efeito gravitacional previsto pela relatividade geral de Einstein: que um objeto giratório cria uma espécie de vórtice gravitacional. É um pouco como torcer uma colher com mel. Imagine que o mel é o espaço e tudo o que está embebido no mel será 'arrastado' em redor da colher," explica Ingram. "Na realidade, isto significa que qualquer coisa em órbita de um objeto giratório verá o seu movimento afetado." No caso de uma órbita inclinada, irá sofrer "precessão". Isto significa que toda a órbita vai mudar de orientação em torno do objeto central. O tempo que demora para a órbita voltar à sua condição inicial é conhecido como ciclo de precessão.

Em 2004, a NASA lançou a Gravity Probe B para medir este chamado efeito de Lense-Thirring em redor da Terra. Após uma análise cuidadosa, os cientistas confirmaram que a sonda iria completar um ciclo de precessão a cada 33 milhões de anos. No entanto, em torno de um buraco negro, o efeito será muito mais percetível devido ao muito mais forte campo gravitacional. O ciclo de precessão levaria apenas uma questão de segundos ou menos para ficar concluído. Estes valores são tão parecidos com os das OQPs que os astrónomos começaram a suspeitar de uma ligação. Ingram meteu mãos à obra focando-se no problema e observando o que acontecia no disco plano de matéria em redor de um buraco negro. Conhecido como disco de acreção, é o local onde o material espirala gradualmente na direção do buraco negro. Os cientistas já suspeitavam que, perto do buraco negro, o disco de acreção plano "incha" para um plasma quente, no qual aos eletrões são retirados os seus átomos. Denominado fluxo interno quente, diminui de tamanho ao longo de semanas e meses à medida que é "comido" pelo buraco negro.

Em conjunto com colegas, Ingram publicou um artigo, em 2009, que sugeria que a OQP é impulsionada pela precessão de Lense-Thirring deste fluxo quente. Isto porque quanto menor o fluxo interior, mais perto se aproxima do buraco negro e, portanto, mais rápido o ciclo Lense-Thirring se torna. A questão era: como provar isto?

"Passámos muito tempo a tentar encontrar evidências conclusivas deste comportamento," comenta Ingram. A resposta é que o fluxo interno liberta radiação altamente energética que atinge a matéria no disco de acreção em redor, fazendo com que os átomos de ferro no disco brilhem como um tubo de luz fluorescente. O ferro liberta raios-X num único comprimento de onda - a que se dá o nome "linha espectral.  Dado que o disco de acreção se encontra em rotação, a linha do ferro vê o seu comprimento de onda ser distorcido pelo efeito Doppler. A linha de emissão do lado do disco que gira na direção da Terra é "esmagada" - desvia-se para o azul - e a linha de emissão do lado do disco que gira na direção contrária é "esticada" - desvia-se para o vermelho. Se o fluxo interno está realmente em precessão, vai, por vezes, brilhar no disco de material em aproximação e por vezes no material em recuo, fazendo com que a linha oscile para a frente e para trás ao longo de um ciclo de precessão.

Foi na observação desta oscilação que o XMM-Newton entrou em ação. Ingram e colegas de Amesterdão, de Cambridge Durham, Southampton e de Tóquio, solicitaram uma observação de longa-duração que lhes permitisse ver a OQP repetidamente. Escolheram o buraco negro H 1743-322, que exibia na altura uma OQP de quatro segundos. Observaram o objeto durante 260.000 segundos. Também o observaram durante 70.000 segundos com o Observatório de raios-X NuSTAR da NASA. A capacidade de alta-energia do NuSTAR foi muito importante," realça Ingram. "O NuSTAR confirmou a oscilação na linha do ferro e, adicionalmente, vimos uma característica no espectro chamada 'protuberância de reflexão' que acrescenta mais evidências para a precessão."

Após um processo rigoroso de análise, que consistiu na aglomeração de todos os dados observacionais, viram que a linha do ferro oscilava de acordo com as previsões da relatividade geral. "Estamos a medir diretamente o movimento de matéria num forte campo gravitacional perto de um buraco negro," comenta Ingram. É a primeira vez que se mede o efeito Lense-Thirring num campo gravitacional forte. A técnica permitirá aos astrónomos mapearem a matéria nas regiões interiores dos discos de acreção em torno de buracos negros. Também sugere uma nova e poderosa ferramenta com que testar a relatividade geral.

A teoria de Einstein tem permanecido praticamente não testada em campos gravitacionais tão fortes como este. Por isso, se os astrónomos puderem compreender a física da matéria que flui para o buraco negro, poderão então testar as previsões da relatividade geral como nunca antes - mas só se o movimento da matéria no disco de acreção puder ser completamente compreendido. Se conseguirmos esmiuçar a astrofísica, podemos testar verdadeiramente a relatividade geral," salienta Ingram. Um desvio das previsões da relatividade geral será bem-recebido por uma grande quantidade de astrónomos e físicos.

Será um sinal concreto de que existe uma teoria mais profunda da gravidade. Os maiores telescópios de raios-X, no futuro, poderão ajudar na pesquisa porque são mais poderosos e podem recolher raios-X de forma mais eficiente. Isto permitirá com que os astrónomos investiguem o fenómeno da OQP em mais detalhe. Mas, por agora, os astrónomos podem contentar-se em ter visto o papel da gravidade de Einstein em redor de um buraco negro."Este é um grande avanço, pois o estudo combina informação acerca dos tempos e da energia dos fotões de raios-X para encerrar o debate de 30 anos em torno da origem das OQPs. A capacidade de recolha de fotões do XMM-Newton foi fundamental para este trabalho," conclui Norbert Schartel, cientista do projeto XMM-Newton da ESA.
Fonte: Astronomia Online

Explosão estelar permite-nos observar linha de neve da água



Impressão artística da linha de neve da água em torno da jovem estrela V883 Orionis.Fonte:ESO

O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) obteve a primeira observação bem resolvida de uma linha de neve de água no interior de um disco protoplanetário. Esta linha marca o lugar onde a temperatura no disco que rodeia uma estrela jovem decresce o suficiente para que se possa formar neve. O aumento drástico no brilho da jovem estrela V883 Orionis aqueceu a zona interior do disco, empurrando a linha de neve da água para uma distância muito maior do que o que é normal numa protoestrela, permitindo assim observá-la pela primeira vez. Estes resultados são publicados a 14 de julho de 2016 na revista Nature. As estrelas jovens encontram-se muitas vezes rodeadas por densos discos de gás e poeira em rotação, os chamados discos protoplanetários, a partir dos quais os planetas se formam.

O calor de uma estrela jovem do tipo solar faz com que a água no seio do disco protoplanetário se mantenha no estado gasoso até uma distância de cerca de 3 UA da estrela — menos de 3 vezes a distância média entre a Terra e o Sol — ou cerca de 450 milhões de km. Mais longe, devido à pressão extremamente baixa, as moléculas de água passam diretamente do estado gasoso a uma camada de gelo que cobre grãos de poeira e outras partículas. A região no disco protoplanetário onde a água passa da fase gasosa para a fase sólida é chamada linha de neve da água.

No entanto, a estrela V883 Orionis é invulgar. Um aumento drástico no seu brilho empurrou a linha de neve para uma distância de cerca de 40 UA (cerca de 6 mil milhões de km ou aproximadamente o tamanho da órbita do planeta anão Plutão no nosso Sistema Solar). Este enorme aumento, combinado com a resolução do ALMA para grandes linhas de base, permitiu à equipa, liderada por Lucas Cieza (Millennium ALMA Disk Nucleus e Universidad Diego Portales, Santiago, Chile) obter as primeiras observações resolvidas de uma linha de neve de água num disco protoplanetário.

O brilho repentino que a V883 Orionis sofreu é um exemplo do que acontece quando enormes quantidades de material do disco que rodeia a estrela jovem caem na sua superfície. A V883 Orionis é apenas 30% mais massiva que o Sol, mas devido a esta explosão que está a ocorrer, a sua luminosidade é atualmente 400 vezes maior que a do Sol, apresentando-se também muito mais quente. O autor principal Lucas Cieza explica: “As observações ALMA revelaram-se surpreendentes para todos nós. As nossas observações estavam preparadas para procurar fragmentações no disco, as quais levam à formação de planetas. Não vimos nada disso, no entanto encontrámos o que parece ser um anel a 40 UA. Isto mostra bem o poder transformador do ALMA, que nos dá resultados excitantes mesmo não sendo os que estamos à procura.”

A ideia estranha de neve em órbita no espaço é fundamental para a formação planetária. A presença de água regula a eficiência da coalescência dos grãos de poeira — a primeira etapa da formação planetária. É no interior da linha de neve, onde a água se evapora, que se pensa que nasçam os planetas rochosos mais pequenos, como a Terra. Para lá da linha de neve, a presença de gelo de água permite a rápida formação de bolas de neve cósmicas, que eventualmente irão formar planetas gasosos massivos como Júpiter.

A descoberta de que estas explosões na estrela podem lançar a linha de neve da água para cerca de 10 vezes o seu raio típico é bastante significativa para o desenvolvimento de bons modelos de formação planetária. Pensa-se que estas explosões sejam uma etapa da evolução da maioria dos sistemas planetários, por isso esta pode bem tratar-se da primeira observação de uma ocorrência comum. Neste caso, esta observação do ALMA poderá contribuir de modo significativo para uma melhor compreensão de como é que os planetas se formam e evoluem no Universo.

Como o universo poderia ter surgido do nada?




Meu objetivo não é destruir a religião, apesar de isso ser um efeito colateral interessante. Meu objetivo não é diferente do que o de Charles Darwin com seu livro “A Origem das Espécies”. Meu objetivo é usar essa fascinante questão, que todos fazem, e motivar as pessoas a aprender sobre o universo real”.

De onde veio o Universo?
O físico teórico Lawrence Krauss já tomou parte em muitos tópicos complicados, da evolução até o estado das políticas científicas, passando pela física quântica e até a ciência em Star Trek. Mas em um de seus livros, ele talvez fale sobre o assunto limite: como nosso universo surgiu do nada sem uma intervenção divina.  O argumento de que Deus foi o responsável pelo toque inicial, dando vida ao cosmos, vem desde Aristóteles e Tomás de Aquino. Em debates com teólogos, “a questão ‘porque existe algo ao invés de nada’ sempre aparece como ‘inexplicável’ e implica a existência de um criador”, afirma Krauss. “Nós já fomos tão longe, que responder essa pergunta – ou fazer questões similares – virou parte da ciência.  Ele comentou essa intrigante questão em uma palestra gravada, em uma conferência da Aliança Ateísta Internacional, em 2009. O vídeo já teve mais de um milhão de visualizações, e incitou Krauss a publicar seu mais novo livro, “A Universe From Nothing”.

Porque existe algo ao invés de nada? O cientista afirma que essa questão implica uma pesquisa que não está realmente no propósito científico. “O ‘porque’ nunca é realmente um ‘porque’… de verdade, quando dizemos ‘porque’, estamos querendo saber ‘como. Ok, mas então como temos um universo do nada? Krauss traça uma série de descobertas, desde a teoria geral da relatividade de Einstein até os últimos estudos da energia escura, exemplificando como os cientistas determinaram que os espaços vazios estão preenchidos com energia, na forma de partículas virtuais. Da perspectiva da física quântica, as partículas entram e saem da existência a todo o tempo. Pra Krauss e muitos outros teóricos, o nada é tão instável que ele tem que criado algo: em nosso caso, o universo.

E ainda mais. Krauss e seus colegas tem a visão de que pode haver uma sucessão infindável de big bangs, criando muitos universos com diferentes parâmetros e leis físicas. Alguns desses volta ao nada imediatamente, enquanto outros – como o nosso – ficam por aí tempo suficiente para dar origem às galáxias, estrelas, planetas e vida. Os cientistas ainda não têm uma forma de testar essa hipótese, mas isso explicaria como temos sorte de estar vivos: ganhamos na loteria cósmica.  Alguns dizem ‘Bom, isso é só uma escapatória’”, comenta Krauss. “Mas é uma desculpa menor do que Deus”.

Positivos e negativos - O livro de Krauss não é o primeiro a colocar que Deus é desnecessário para a criação do universo. Stephen Hawking apresentou um ponto parecido em seu livro “The Grand Design”. O argumento chave é que a energia positiva da matéria é balanceada pela energia negativa do campo gravitacional. Da perspectiva quântica, a energia total do universo é zero e a evidência matemática disso seria o fato do universo ser plano e não esférico. Portanto, a energia do “nada” é conservada, mesmo que “algo” entre na história. A ideia de um balanço entre a energia positiva e negativa tem gerado críticas por parte do criacionismo, mas Krauss afirma que o conceito bate com as teorias cosmológicas atuais.

“Soa como uma fraude, mas não é. Uma vez com a gravidade, o incrível é que você pode começar com zero energia e acabar com diversas coisas, e essas podem ter energia positiva, contanto que você faça o efeito contrário com energia negativa. A gravidade permite que a energia seja negativa”, afirma o cientista. Daqui a muito tempo, quando todas as galáxias tiverem expandindo até o fim, e todas as estrelas morrido, os positivos e negativos vão se cancelar, levando nosso universo a voltar à uniformidade do espaço vazio. “O ‘algo’ talvez esteja aqui por um pequeno período de tempo”, afirma Krauss.

Acentuar o positivo - Para muitos isso pode soar um tanto suicida. O famoso evolucionista (e um dos ateus mais famosos do mundo) Richard Dawkins afirma o seguinte: “Se você acha que isso é sombrio e pouco entusiasmante, que pena. Realmente não traz conforto”. Mas Krauss não pretende ser um depressor. Krauss afirma que a perspectiva científica sobre as origens e o destino do universo oferece uma alternativa válida para o tradicional “consolo” que a religião propõe. Aqui estão estas marcantes leis da natureza que surgiram e produziram tudo que você conhece, algo muito mais interessante do que qualquer conto de fadas”, comenta Krauss. “Nós somos os beneficiários sortudos disso, e deveríamos aproveitar o fato de termos consciência para apreciar o universo. É um acidente fantástico, como temos sorte de ser parte disso! E você pode criar uma ‘teologia’ ao redor disso, se quiser. É claro que Krauss não se refere à teologia no sentido literal, do estudo de Deus, mas em um sentido de atitude com a vida e seus significados (ou falta de). Qual é a sua atitude? Sinta-se livre para expressar sua opinião, mas com respeito.

Físicos demonstraram que o Big Bang pode ter sido um Big Bounce





Uma equipe internacional de pesquisadores demonstrou que a hipótese de que o Big Bang foi na verdade um Big Bounce é possível. Isso significa que o universo não surgiu de uma grande explosão que trouxe tudo à existência. Ao invés disso, simplesmente começou a se expandir novamente depois de se contrair totalmente. O novo estudo foi publicado na revista Physical Review Letters.

O que é o Big Bounce?
A teoria do Big Bounce, pensada pela primeira vez mais de cem anos atrás, foi criada para explicar como o universo se formou. Ao contrário do modelo do Big Bang, que afirma que o nosso universo nasceu de uma gigantesca explosão de um ponto infinitamente denso, o Big Bounce propõe que o universo está em constante expansão e contração. Isto significa que o universo funciona como uma espécie de balão: se expande a partir de um único ponto, cresce até atingir uma certa distância máxima, e depois se contrai de volta ao ponto original, para começar todo o processo novamente. Até agora, um dos maiores problemas com este modelo hipotético era explicar como o universo faria a transição de contração para expansão uma vez que estivesse totalmente “esvaziado”. O novo estudo tentou resolver essa questão usando as propriedades da mecânica quântica.

Modelo computacional
De acordo com os físicos do Imperial College London (Reino Unido) e do Perimeter Institute for Theoretical Physics (Canadá) envolvidos no estudo, quando o universo está em seu menor ponto, é governado pela mecânica quântica, em vez da física clássica que rege o mundo cotidiano em torno de nós. Nesta escala extremamente pequena, o universo seria salvo da destruição porque os efeitos da mecânica quântica, em essência, evitam que as coisas se quebrem e se separem. Para chegar a essa conclusão, a equipe construiu um modelo de computador que simula como o universo pode ter evoluído ao longo do tempo. Eles descobriram, usando a mecânica quântica, que o universo poderia ter se ampliado a partir de um único ponto mesmo com a quantidade mínima de ingredientes – radiação e um pouco de matéria – presentes no momento. Enquanto o atual modelo explica como o universo pode fazer a transição entre expansão e contração, a equipe ainda precisa determinar se ele pode eventualmente produzir objetos dentro do universo como galáxias e outras estruturas celestes.

NGC 2359

NGC 2359 conhecida como "Nebulosa Elmo de Thor" é uma nebulosa na direção da constelação de Canis Major. O objeto foi descoberto pelo astrônomo William Herschel em 1785, usando um telescópio refletor com abertura de 18,6 polegadas.

Nebulosas




Nebulosas são nuvens moleculares de hidrogênio, poeira, plasma e outros gases ionizados. 

São regiões de constante formação estelar, e isso ocorre quando partes do material que constitui a nebulosa começam a se aglutinar, formando estrelas e sistemas planetários, assim como o nosso.

NGC 6888



A Nebulosa Crescente, também conhecida como NGC 6888, é uma nebulosa de emissão, localizada na constelação de Cygnus, a cerca de 4700 anos-luz de distância da Terra. Ela é uma nebulosa do tipo Wolf-Rayet, formada pelo forte vento estelar gerado pela estrela WR 136, localizada no seu interior, que se choca e energiza o vento mais lento gerado pela própria estrela quando ela se converteu numa gigante vermelha a cerca de 400000 anos.

A WR 136 é uma estrela muito grande e muito quente, situada no interior da nebulosa, que sofre grandes perdas de massa devido a seus intensos ventos estelares. Sua luminosidade é 500000 vezes maior que a do Sol, tem uma temperatura superficial de 73000 graus Celsius, e sua idade estimada é de somente 4.5 milhões de anos, um milésimo da idade do Sol, mas que já se encontra na sua fase final de evolução estelar.

Superaglomerado de galáxias de Hércules



Detalhe : Em pensar que não são estrelas e sim bilhões delas nesses pontinhos!



M106


Os braços espirais da brilhante galáxia ativa M106 se espalham por essa impressionante imagem composta por múltiplos comprimentos de onda, provenientes de dados que cobrem o espectro eletromagnético das ondas de rádio até os raios-X. Também conhecida como NGC 4258, a M106 pode ser encontrada na direção da constelação do norte de Canes Venatici. 

A distância bem medida para a M106 é de 23.5 milhões de anos-luz, fazendo com que essa cena cósmica se espalhe por cerca de 60000 anos-luz de diâmetro. 

Mas essa composição destaca dois braços anômalos em dados de ondas de rádio, em roxo, e em dados de raios-X em azul que parecem nascer na região central da M106, evidência de jatos energéticos de material explodindo pelo disco da galáxia. Os jatos são provavelmente energizados pela matéria que está caindo em direção ao buraco negro massivo central da galáxia.


Foto :Eta Carinae



Eta Carinae, estrela variável que forma um sistema binário com período de 5,5 anos

NGC 7424



NGC 7424 uma bela galáxia do tipo espiral barrada encontrada na constelação do Grus

NGC 1398



NGC 1398 é uma galáxia barrada localizada na direção da constelação de Fornax. Possui uma declinação de -26° 20' 14" e uma ascensão recta de 3 horas, 38 minutos e 52,0 segundos

Revendo as zonas habitáveis das estrelas



Jacob Haqq-Misra, cientista do Instituto Espaço da Ciência de Seattle Blue Marble, está trabalhando em um modelo novo para determinar as atividades de planetas nas bordas das zonas habitáveis de uma estrela.

Dessa forma, ficaria mais fácil mirar nos mundos certos para tentar encontrar possibilidades de formação de vida. Os planetas que estão nas bordas externas das zonas habitáveis de suas estrelas passam por maus bocados, mas mesmo assim, apresentam condições incríveis para o surgimento de vida – condições essas que ainda não entendemos totalmente.

As 10 melhores imagens de Plutão segundo a NASA




Há um ano atrás, a sonda New Horizons da NASA entrava para a história da Astronomia ao explorar um mundo totalmente novo – bem diferente do que achávamos que fosse.

A missão deu para as gerações presentes um novo olhar sobre o planeta anão e suas luas e, para comemorar a data, trouxemos as dez melhores imagens produzidas durante os um ano de atividade da sonda.

Saiba mais em: http://goo.gl/WKFMuF


NGC 3324



NGC 3324 - Um aglomerado aberto com nebulosa em direção da constelação de Carina. Descoberto em 1826 pelo astrônomo James Dunlop, que utilizou um telescópio refletor com abertura de 9 polegadas.

3 Dimensões do Universo



Nova (e fantástica) imagem em 3 dimensões do universo observável, contendo aproximadamente 1,2 milhões de galáxias

Foto : O Pólo Norte de Saturno




O Pólo Norte de Saturno visto pela sonda Cassini.

Créditos: NASA - National Aeronautics and Space Administration

Foto : A Via Láctea



A Via Láctea acompanhada de uma belíssima tempestade nesta imagem incrível registrada no espaço.

NGC 6537



NGC 6537 é uma nebulosa planetária na constelação de Sagitário cerca de 3000 anos luz da Terra. É conhecida também com o nome de Nebulosa da Aranha Vermelha.

Foto : Estrelas de nêutrons



As estrelas de nêutrons ou estrelas de neutrões são corpos celestes supermassivos, ultracompactos e com gravidade extremamente alta.

Foto : Tempestade no Panamá



O piloto da Ecuador Airlines, Santiago Borja, registrou uma impressionante tempestade enquanto sobrevoava o Oceano Atlântico, ao sul do Panamá a mais ou menos 37 mil pés (11277 metros) de alturas.

Fonte: Washington Post


Cabeça de Cavalo



A nebulosa Cabeça de Cavalo é uma nebulosa escura na constelação de Orion. A nebulosa está localizada logo abaixo de Zeta Orionis, estrela que faz parte do cinturão de Órion. Está a aproximadamente 1500 anos-luz da Terra.

Três Marias



Três Marias é o nome popular dado a um asterismo de três estrelas que formam o cinturão da constelação de Orion, o caçador. Outro nome popular para este grupo é Três Reis.

As estrelas, facilmente identificáveis no céu pelo brilho e por estarem alinhadas, têm o nome de Mintaka, Alnilan e Alnitak.

Foto : NGC 6960: A Nebulosa da Vassoura da Bruxa!



NGC 6960: A Nebulosa da Vassoura da Bruxa!

Foto : Viking 2

Há exatamente 40 anos, pousava com sucesso a primeira sonda espacial americana em solo marciano, a Viking 1. Viking 1 foi parte da missão Viking da NASA, que incluiu uma segunda nave espacial, idêntica, com o nome Viking 2.

Na foto, o astrônomo Carl Sagan com o modelo da sonda Viking enviada a Marte. Sagan analisou possíveis locais de pouso para a Viking, juntamente com Mike Carr e Hal Masursky.

Data Histórica : 20 de julho de 1969. Um gigantesco passo para a Humanidade



A chegada do Homem à Lua foi sem sombra de dúvida uma das maiores conquistas concebidas pelo engenho humano. Foi a coroação de uma história repleta de descobertas e experimentos que começou com os chineses há mais de 700 anos e continua até os dias de hoje com as fantásticas missões que nos fascinam cada vez mais.

O céu em outros planetas - Mercúrio



Por não ter atmosfera, o céu de Mercúrio é sempre negro, com direito a estrelas – incluindo uma enorme, o Sol. Assim, o céu mercuriano seria semelhante àquele que os astronautas viram na Lua. Vênus e a Terra, seriam os objetos mais brilhantes no céu a noite.

O céu em outros planetas - Vênus






Vênus por ter sua atmosfera altamente densa com nuvens de ácido, fazem os astrônomos presumirem que o céu seja branco-amarelado, mas imagens das sondas soviéticas Venera na década de 1970 mostram uma cor alaranjado

Na imagem temos o registro realizado pela sonda Venera 13 1 de março de 1982, sobrevivendo por 127 minutos, à temperatura de 456°C e à pressão de 89 atmosferas.


Foto : SpaceX

SpaceX faz história em cada lançamento do Falcon 9. 

Linda imagem do último lançamento noturno, sendo capturado sua ida e a volta!


Nebulosa do Coração



A Nebulosa do Coração localiza-se a cerca de 7500 anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação da Cassiopeia. Na parte superior direita da imagem está a sua companheira, a Nebulosa da Cabeça de Peixe.

O brilho vermelho e a forma maior são criados por um grupo pequeno de estrelas perto do centro da nebulosa. No centro da Nebulosa do Coração estão estrelas jovens que pertencem ao aglomerado estelar Melotte 15 e que estão erodindo alguns pitorescos pilares de poeira com sua luz energética e seus ventos.

O aglomerado aberto de estrelas contém algumas estrelas brilhantes, com aproximadamente 50 vezes a massa do Sol, muitas estrelas apagadas com somente uma fração da massa do Sol e um microquasar ausente que foi expelido a milhões de anos atrás.

Fonte: NASA

Foto : M31



M31, a nossa vizinha Galáxia de Andrômeda, que irá colidir com a nossa galáxia em alguns bilhões de anos.

Foto : Constelação de Leo



Revelando milhares de galáxias coloridas na constelação de Leo (o leão). O telescópio espacial Hubble capta esta vibrante vista do início do universo.

A primeira imagem da Terra




Nada da Terra azul e cheia de cores que tão bem conhecemos, a primeira imagem registrada de nosso planeta do espaço foi esta fotografia em branco e preto e granulada. 

Tirada em 24 de outubro de 1946, foi produzida por uma câmera de cinema acoplada a um míssil V2 lançado da base de White Sands no Novo México, Estados Unidos. Várias fotografias foram capturadas a 65 milhas de altitude, ou cerca de 104 km. 

A câmera registrava uma foto a cada 1,5 segundo.

O Céu de Júpiter




Onde o céu está limpo, o amarelo-sujo dominaria. Mas, nas regiões de tempestades, que são tão comuns que se refletem nas faixas do planeta vistas do espaço, substâncias como hidrosulfeto de amônia espalhariam tons alaranjados, avermelhados e marrons.

Chuva de Metano



Está chovendo metano em Titã, uma das luas de Saturno (na verdade, ela é o maior dos satélites do planeta).

A imagem é um desenho de um artista que é consistente com a realidade de Titã – os céus são escurecidos, assim como a superfície da lua, como pode ser verificado por imagens da sonda Cassini.

Por lá, como a temperatura é baixíssima (-180 graus Celsius), o ciclo de chuva e evaporação pode envolver metano líquido e não água.

Os raios também são uma possibilidade, já que a atmosfera de Titã é cheia de nitrogênio.

Fonte: NASA

O Céu em outros Planetas - Saturno



Em dias limpos, os anéis seriam bem visíveis , porém com a tonalidade laranja-escura. O problema é que quase sempre as nuvens de amônia e hidrossulfeto de amônia deixariam o céu como o de Júpiter, porém mais esbranquiçado

Qual a Idade da Terra ?



Para alcançar o nível de evolução no qual encontra o planeta hoje, foi preciso milhões de anos para que esse se configurasse e pudesse oferecer condições para o desenvolvimento da vida. 

Segundo a classe de cientistas a Terra está datada de 4,5 a 5,0 bilhões de anos. 

Planeta órfão



Um planeta interestelar (também conhecido como planeta órfão) é um objeto de massa planetária que foi expulso do seu sistema e já não é gravitacionalmente vinculado a qualquer estrela, anã marrom ou algum outro objeto e que, portanto, orbita a galáxia diretamente.

Anãs marrons




Anãs marrons são às vezes chamadas de estrelas falhas, porque elas têm muitos dos elementos que compõem as estrelas, mas faltaram-lhes a enorme massa necessária para iniciar a fusão nuclear em seu núcleo. Como resultado, esses objetos não irradiam luz como as estrelas, e muitas vezes se assemelham com planetas.

Uma imagem : 10.000 galáxias

Ao fundo, talvez a foto mais importante da história da humanidade. Estima-se que ela seja composta por mais de 10.000 galáxias.
Consegue imaginar quanta vida fervilha nesse pequeno pixel do espaço intergaláctico?

Galáxia M33



A pequena constelação do hemisfério norte conhecida como Triangulum hospeda essa impressionante galáxia espiral que está de frente para nós conhecida como M33. 

Localizada a aproximadamente 3 milhões de anos-luz de distância da Via Láctea, a M33, é considerada como sendo uma galáxia satélite da galáxia de Andrômeda e os astrônomos se pudessem ficar em uma dessas galáxias certamente teriam uma visão impressionante dos braços espirais da outra.

Fonte: NASA