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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O ciclo de vida de uma estrela



As estrelas sempre foram muito misteriosas para o ser humano. As tribos das pradarias americanas viam nelas as fogueiras de seus ancestrais, em volta das quais eles estariam reunidos, contando histórias, caçando, etc.

Mesmo para a ciência, até pouco tempo parecia que as estrelas estariam para sempre fora do nosso alcance, que nunca poderíamos saber do que são feitas, por exemplo. Mas tudo isso mudou com a espectroscopia, a teoria da gravidade de Newton, o desenvolvimento de telescópios e a física atômica.

Juntando as peças, os cientistas têm uma boa ideia sobre como as estrelas se originam, como amadurecem, e como morrem. Boa parte destes processos já foi até testemunhada, principalmente os mais dramáticos: as explosões de novas, supernovas e hipernovas.

Protoestrelas

No princípio, as estrelas todas têm origem semelhante: uma grande nuvem de gás e poeira, conhecida como nebulosa planetária, ou nebulosa molecular gigante entra em colapso. O equilíbrio da nuvem é rompido, ela se fragmenta, e cada fragmento entra em colapso gravitacional. A matéria espirala cada vez mais rápido em direção ao centro, se aquecendo também.

Quando chega ao centro, a matéria está tão quente que está no estado de plasma ionizado, a substância mais quente do universo. Isso tudo acontece muito rápido: em poucas centenas de milhões de anos uma protoestrela se forma.

Essa “bolha de gás” quente tende a expandir, mas não muito, por que existe uma força que a mantém comprimida: a atração gravitacional de sua própria massa. O cabo-de-guerra entre estas duas forças poderosas vai dominar a vida da futura estrela.
O que vai acontecer a seguir depende da massa que ela acumulou.

Estrelas pequenas

Estrelas do tamanho aproximado de até oito vezes o tamanho do nosso sol têm uma vida mais longa e rica. Tomando como exemplo o nosso sol, ele deve queimar como estrela amarela, transformando hidrogênio em hélio, por 10 bilhões de anos, mais ou menos (e está na metade deste ciclo). Estrelas menores têm temperatura menor e queimam por mais tempo.
Depois de ter transformado parte do hidrogênio em hélio, o processo para, e a estrela contrai, aquece e expande novamente, desta vez como uma estrela gigante vermelha, que transforma hélio em carbono, cálcio e outros elementos químicos.

Mas esta fase da vida não dura muito. Dois ou três bilhões de anos depois de se tornar uma gigante vermelha, o processo de conversão do hélio termina, e as camadas superiores da estrela caem sobre o núcleo, aquecendo-o rapidamente e gerando um flash de hélio que é quase uma explosão, expulsando as camadas exteriores da estrela para o espaço. As camadas expulsas vão formar o que chamamos de nebulosa planetária.

No fim, o que sobra é uma anã branca, uma estrela feita de carbono em alta pressão – um diamante, que vai esfriando lentamente, até que alguns trilhões de anos depois se torna um carvão frio no espaço. Este é o destino do nosso sol.

Estrelas gigantes

Qualquer estrela que seja maior que dez vezes o nosso sol é uma gigante, e já começa a vida como gigante vermelha. Ela aquece mais, expulsa mais matéria na forma de um vento solar mais forte, e vive menos, muito menos.

Em apenas algumas centenas de milhões de anos, a estrela consome todo o seu hidrogênio, e entra em colapso. Mas ela é muito maior que o sol, e quando suas camadas exteriores desmoronarem, elas vão acelerar muito mais, e ricochetear violentamente no núcleo da estrela, explodindo em mais luz do que uma galáxia inteira – se torna uma supernova.
Quando explode como supernova, as estrelas gigantes também formam nebulosas. Só que como as supernovas produzem elementos mais pesados, as nebulosas produzidas por elas tem elementos mais pesados também. Depois de explodir como supernova, o que sobra da estrela se contrai e, se tiver massa de até 1,4 massas solares, se torna uma anã branca, terminando seus dias como um diamante.

Se tiver um pouco mais de massa, os elétrons são empurrados contra os prótons que se convertem então em nêutrons, e a estrela vira uma estrela de nêutrons ou um pulsar. Uma estrela de nêutrons pode ter a massa do nosso sol, e ter um diâmetro de apenas 30 quilômetros – elas são extremamente compactas. Para você ter uma idéia de como isso é compacto, um balde de uma estrela de nêutrons tem a mesma massa do que toda a água de nosso planeta.

Mas se a massa remanescente for maior que três massas solares, a atração gravitacional vence tudo, e ela continua “caindo” sobre seu núcleo, compactando-se em um corpo tão denso que a gravidade superficial não deixa nem mesmo a luz escapar: é um buraco negro.

O ciclo reinicia

Lembra das camadas da estrela gigante, expulsas pela explosão de supernova? Depois da explosão, estas camadas vão formando uma casca de gases e poeira, uma nebulosa planetária, rica em elementos.

Esta nebulosa planetária vai se misturar com outras nebulosas resultantes de explosões de outras supernovas, e vai um dia entrar em colapso e formar estrelas, em um ciclo.
Acredita-se que o sol tenha se formado de uma nebulosa planetária resultada da explosão da primeira geração de estrelas. Ou seja, o nosso sol representa a segunda reciclagem de material cósmico.

E como a nebulosa que o formou era a mistura dos restos da explosão de várias supernovas, existe uma boa chance que o carbono da tua mão direita tenha vindo de uma estrela, e o carbono da tua mão esquerda, de outra estrela. Já pensou?
É como poesia: você é filho das estrelas que tiveram uma vida curta, intensa e brilhante, agonizaram e explodiram em luz para que você pudesse vir a existir

Astrônomos flagram estrela devorando planeta



O planeta WASP 12-b já era conhecido pela sua proximidade com sua estrela hospedeira WASP-12,que estaria o esticando como borracha por causa do calor extremo. A partir de novos dados do telescópio espacial Hubble, cientistas flagraram que a estrela está realmente “devorando” o planeta.
Um lanchinho demorado, diga-se de passagem. Estima-se que o planeta será completamente engolido só daqui a 10 milhões de anos.
A WASP-12 é uma estrela anã-amarela localizada a 600 anos-luz daqui, na constelação de Auriga. O planeta está tão próximo dela que realiza sua órbita completa em apenas 1,1 dias. Por isso, a temperatura da WASP 12-b beira os 1,5 mil graus Celsius, o que o torna o planeta mais quente conhecido em nossa galáxia.
Devido à ação do calor, a atmosfera de WASP 12-b está se inchando e o material está sendo jogado na estrela. A interação gravitacional entre eles é tão grande que o planeta ficou alongado, parecendo uma bola de futebol americano.
A troca de matéria entre dois corpos celestes é comum em sistemas binários de estrelas, mas essa é a primeira vez em que astrônomos registraram um evento dessa proporção entre uma estrela e um planeta.
Será que o fim da Terra será assim? Ainda bem que, pelo menos por enquanto, nosso planeta está relativamente longe do sol.

Ouça uma estrela morrendo



Se você gosta de Star Wars e já discutiu sobre a saga com outras pessoas, com certeza já ouviu algum espertinho dizer que todos aqueles sons de naves e sabres de luz são impossíveis, porque o som não se propaga no vácuo. Se isso é verdade, no entanto, como é que cientistas da Universidade do Michigan (EUA) conseguiram captar o som de uma estrela se desintegrando?
Pelo bem da verdade, eles não ouviram realmente o som que seria emitido pela tal estrela, localizada por cientistas da NASA a humildes 3,9 bilhões de anos-luz da Terra. Através de telescópios que orbitam nosso planeta, eles puderam observar uma gigantesca estrela (com massa cerca de 5 milhões de vezes superior à do nosso pobre sol) sendo engolida por um buraco negro e deixando de existir.
Um evento desta magnitude produziria um barulho fenomenal, é claro, se o som pudesse se propagar. Como não pode, é óbvio que os cientistas não puderam de fato gravar nenhum ruído.
Mas observe esta trilha de áudio (que contém a entrevista que um dos líderes da pesquisa concedeu à CNN) a partir dos 4m00s. Ouviu o barulho? Pois bem, ele é o resultado da observação dos satélites da NASA, que captaram a frequência das ondas emitidas pelo buraco negro ao absorver a estrela.
A partir da observação da luz, eles determinaram a frequência com a qual o som seria propagado (440 Hz) e a simularam a partir de uma nota de piano (ouça o experimento a partir de 3m10s). Essa nota jamais alcançaria, contudo, a intensidade do que foi observado no buraco negro.
Por isso, os pesquisadores trabalharam o som com um equipamento que opera diretamente na frequência de onda: o sintetizador. A partir dele, puderam “distorcer” a onda sonora na medida em que foi necessário para corresponder exatamente ao que foi observado. E o resultado parece mesmo uma estrela indo para os ares, não parece? 

Água pode ser menos importante para a vida do que se pensava


Com um pouco de sorte (incluindo questões genéticas e massa corporal), uma pessoa pode sobreviver por mais de uma semana sem comida. Porém, quando fica sem água, dificilmente aguenta mais de três dias. Quem duvidaria da importância desse líquido?
Para testar até que ponto a água é essencial à vida, um grupo de pesquisadores do Instituto de Biologia Estrutural em Grenoble (França) pegou moléculas de mioglobina (proteína responsável por levar oxigênio até os músculos) e substituiu a água por um polímero sintético. Como resultado, a amostra ganhou um aspecto viscoso, como o de um xarope.
Ao contrário do que se imaginava, porém, a troca não teve qualquer efeito negativo: a “mioglobina híbrida” continuou flexível, funcional e capaz de cumprir seu papel de transportar oxigênio.
Os resultados contrariam a ideia de que, sem água, é absolutamente impossível sobreviver. É claro que há algumas limitações envolvidas: o polímero substituto, por exemplo, não ocorre na natureza, o que pode dificultar seu uso na prática. Seja como for, a ideia de “vida seca” não soa tão absurda agora

Arco-íris de fogo: veja como este estranho fenômeno ocorre



A bela foto acima mostra um arco-íris de fogo, fenômeno conhecido cientificamente como nuvem iridescente, capturado sobre o sul da Flórida, nos Estados Unidos.
Esse fenômeno é muito raro. As nuvens se formam a partir de gotículas de água pequenas de tamanho quase uniforme, iluminadas de uma maneira especial, oblíqua, que difrata a luz em cores diferentes em diferentes ângulos.
difração é um fenômeno que ocorre com as ondas quando elas passam por um orifício ou contornam um objeto cuja dimensão é da mesma ordem de grandeza (ou seja, os seus valores são aproximados) que o seu comprimento de onda.
As nuvens difratam, ou encurvam, a luz de uma maneira semelhante, o que a separa em diferentes comprimentos de onda, ou cores.
Iguais a outros objetos iridescentes, como penas de pavão, as cores que você enxerga podem mudar dependendo da sua posição em relação ao sol e ao objeto.
Nuvens iridescentes geralmente ocorrem em nuvens recém-formadas, o que parece ser o caso dessas, causadas por uma tempestade de rápido crescimento que empurrou o ar na atmosfera superior através de uma camada de umidade. Isso criou um nevoeiro que parece uma cúpula brilhante no topo da tempestade.
Espera aí; estamos falando “nuvens” toda hora. Então isso não é um arco-íris? Não. E porque “de fogo”? O fenômeno tem alguma coisa a ver com fogo? Também não.
O apelido vem apenas do fato do fenômeno produzir um padrão oscilante de cores que vai do azul ao verde ao vermelho ao púrpura e novamente ao azul, como as cores de um arco-íris.
O que é diferente é a forma como a luz é dispersa para produzir essas cores, pois nos arco-íris elas são formadas pela refração e reflexão, enquanto no arco-íris de fogo ocorre a já mencionada difração, que envolve ondas de luz sendo espalhadas em um padrão em forma de anel.
Aliás, esse padrão é levemente parecido com outro fenômeno, os arcos circum-horizontais, que formam faixas de cores paralelas ao horizonte. Também chamado de “arco-íris de fogo”, o arco circum-horizontal não deve ser confundido com a nuvem iridescente. Ele é na verdade um halo similar em aparência a um arco-íris, horizontal, causado pela refração através de cristais de gelo ou água líquida, como na imagem abaixo




Deus e o Universo



O Que é Deus?

Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas.

Deus é Eterno, Imutável, Imaterial, Único, * Onisciente, ** Onipotente, *** Onipresente, Soberanamente Justo e Bom.

* Onisciente, o que tudo sabe.
** Onipotente, o que pode tudo.
*** Onipresente, o que está em todo lugar.


Quem já viu Deus?

Ninguém nunca viu Deus.

Como se prova a existência de Deus?

Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

“Num axioma que aplicais às vossas ciências.


Não há efeito sem causa.

Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação.

O UNIVERSO EXISTE, LOGO, ALGUÉM CRIOU...

AS GALÁXIAS, OS PLANETAS, AS ESTRELAS, O SOL, O PLANETA EM QUE VIVEMOS, ETC, ETC, ETC ...

O CRIADOR DE TUDO E DE TODOS É DEUS.

O Universo Existe, logo tem uma causa.

Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

UNIVERSO = (do latim universus, "todo inteiro", composto de unus e versus) tem várias acepções, podendo ser designado como "a totalidade das coisas, objeto de um estudo que se vai fazer ou de um tema do qual se vai tratar".

O Universo tem pelo menos 156 bilhões de anos-luz de largura E ESTÁ EM PERMANENTE EXPANSÃO.

(Um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de km)

1 ano luz = 9.460.536.207.068 km

Mais precisamente, são 9.460.536.207.068.016 de metros percorridos com uma velocidade de 299.792.458 metros por segundo durante 365 dias.

300.000 km/s x 1 ano = 9,5 trilhões de km.

Só pra ter uma idéia da rapidez, o tempo que a luz leva para percorrer os 149.597.870 de quilômetros que separam a Terra do Sol é de apenas 8,3 minutos.

Vejamos a seguir um vídeo legendado que nos explica as teorias cientificas e divinas


Físicos propõem alternativa gelada ao Big Bang



Pesquisadores de duas universidades australianas apresentaram à comunidade científica uma ideia que se opõe a tradicional teoria do Big Bang, segundo a qual o universo teria surgido e se expandido a partir de uma explosão. De acordo com esta ideia alternativa, a matéria cósmica seria algo como um fluido em movimento, que se “cristalizou” para dar origem à matéria como conhecemos hoje.
O princípio desta ideia é uma analogia ao modo como o ser humano interpretou a água ao longo do tempo. Na Grécia Antiga, existia a ideia de que o líquido pudesse ser uma substância una e contínua, embora já se pensasse que talvez fosse formada por pequenas partículas. O futuro mostraria que a segunda opção era a correta, e as tais partículas chamam-se átomos.
Segundo os cientistas australianos (da Universidade de Melbourne e do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne), todo o universo funcionaria sob um mecanismo semelhante ao da água. No início de tudo, havia apenas incontáveis partículas indivisíveis, fluindo livremente pelo espaço.
Com o passar do tempo, tais partículas começaram a aglutinar-se em vários pontos, dando origem aos primeiros corpos celestes “sólidos”, por assim dizer. Usando a comparação com a água, seria como se a matéria acabasse por “congelar” nestes pontos (embora a ideia não tenha a ver com redução de temperatura, propriamente dita).
O nascimento do universo, portanto, seria nada mais do que a totalidade de todos os “congelamentos” que ocorreram.

Gravitação Quântica

Existem dezenas de proposições sobre como interagem as forças fundamentais do universo (o que serviria, em última instância, para explicar a origem do universo e como a matéria atua no todo). As mais recentes, tais como a teoria das cordas, tendem a ver a matéria como algo menos “consolidado”: as partículas que o compõem seriam mais instáveis e “em movimento” do que se pensava.
No caso da nova teoria, saem as “cordas” e entram as tais partículas fluidas como o material básico de todas as coisas. Para facilitar o entendimento da ideia, os cientistas visualizam cada partícula como o pixel de uma imagem.
Seríamos nós, dessa forma, feitos de uma infinidade de “pixels” que podem se rearranjar constantemente. Quando os pixels se cristalizam, temos matéria. E aí, o que prefere? Explosão ou congelamento?

Fukang: a misteriosa beleza extraterrestre


Um explorador anônimo encontrou no ano 2000 um meteorito no deserto de Gobi, na China. À primeira vista, não parecia nada interessante. Mais tarde, quando uma amostra foi retirada da rocha, a beleza de sua estrutura complexa veio à luz. Trata-se de um meteorito de palasita, uma mistura de uma liga de níquel, ferro e olivina.
O níquel-ferro forma uma estrutura esponjosa onde a olivina se esconde, como gotas de mel em um favo prateado. Acredita-se que as palasitas sejam remanescentes do período da formação dos planetas, 4,5 bilhões de anos atrás, e que tenham se formado no interior de asteroides. Representando só 1% de todos os meteoritos, elas são um dos mais raros tipos desse objeto espacial, com apenas 61 registrados, dos quais 10 foram encontrados na Antártida, e quais quatro tiveram sua queda observada.
As palasitas têm seu nome em homenagem ao naturalista alemão Peter Pallas, que no século 18 descreveu esses meteoritos. Nos anos 1790, elas foram usadas por E. F. Fk. Chladni para demonstrar que a queda de meteoritos era uma realidade, já que na época os cientistas consideravam a ideia toda uma fantasia.
Originalmente, o meteorito Fukang tinha cerca de 1.003 kg. Logo após ser descoberto, uma pedaço de cerca de 20 kg foi removido. Atualmente, 62 kg estão em laboratórios para estudo, e um colecionador particular tem o resto do meteorito.
Em 2008, um pedaço de 419 kg foi oferecido para compra pela casa de leilões Bonham, de Nova Iorque (EUA). O valor esperado era de US$ 2 milhões (cerca de R$ 4 milhões), mas o meteorito não foi arrematado. Ainda assim, pedaços com pouco mais de 24 gramas são oferecidos na internet por preços próximos de US$ 500 (cerca de R$ 1.000,00, ou R$ 20,00 por grama de meteorito).



Aglomerados em colisão são flagrados pelo Hubble



Quando o Hubble fotografou pela primeira vez 30 Doradus, na Nebulosa da Tarântula (uma das primeiras fotos feitas depois da correção da óptica do Hubble, em 1994), os astrônomos acreditaram que se tratava de um aglomerado de estrelas – o resultado de uma nebulosa que entrou em colapso e começou a produzir estrelas.
30 Doradus se destacava por ser extremamente ativo: era o maior, o mais quente e o mais brilhante aglomerado já visto.
Entretanto, novas fotos feitas pelo Hubble levaram a equipe da pesquisadora Elena Sabbi, do Instituto de Ciência Telescópio Espacial em Baltimore, Mariland (EUA), a reavaliar aquela conclusão.
O que parecia ser um aglomerado irregular e estranho acabou se revelando um par de aglomerados que está iniciando um processo de fusão.
Um dos motivos para os pesquisadores perceberem isso foi a presença de estrelas viajando rapidamente para fora do aglomerado. Este tipo de coisa acontece quando o aglomerado é mais antigo, em um fenômeno chamado colapso do núcleo, quando as maiores estrelas “caem” em direção ao núcleo do aglomerado e acabam expulsando umas às outras do aglomerado, em altas velocidades.
Mas 30 Doradus não parecia ser tão antigo a ponto de já estar experimentando colapso de núcleo. Entretanto, isto pode acontecer em aglomerados menores e mais jovens, quando um maior está fundindo com o menor.
Os dois aglomerados estão a 170.000 anos-luz da Terra, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa Via Láctea, e têm um milhão de anos de diferença de idade. Estão ativos e criando estrelas desde os últimos 25 milhões de anos, e ao estudar os mesmos, os astrônomos esperam compreender como funcionava a formação de aglomerados e de estrelas logo depois do Big Bang.

O que é cosmologia?



O físico Martín Makler responde várias perguntas sobre temas espetacularmente interessantes que são tratados quase diariamente aqui no blog 
O vídeo, extremamente curto para assuntos tão interessantes, é uma iniciativa do InstitutoCiência Hoje chamada Chats de Ciência. Esperamos ver ainda mais deles por aqui.

Se o universo tem 14 bilhões de anos, porque vemos coisas a 32 bilhões de anos-luz?



Em 2003, um trabalho publicado no Physical Review Letters apontava que o raio do universo visível não poderia ser inferior a 46,5 bilhões de anos-luz. Em janeiro de 2011, o Hubble encontrou aquele que é considerado o mais distante objeto já observado, uma estrutura estelar chamada UDFj-39546284, cuja luz viajou por 13,2 bilhões de anos, e que deve estar a aproximados 31,7 bilhões de anos-luz de distância.
Se você acompanhou todos estes números, deve estar se perguntando “se a luz do UDFj-39546284 partiu dele há 13,2 bilhões de anos atrás, como é que este objeto pode estar a 31,7 bilhões de anos-luz de distância”? Os números não batem. Será que os astrofísicos realmente sabem o que é uma grandeza e o que significa um número ser maior que o outro?
Pode apostar que os astrofísicos sabem de tudo isto. Qual a explicação para esta divergência, então? Ocorre que o universo está em expansão. Se ele está em expansão, então quando a luz viajou por 13,2 bilhões de anos, o caminho que ela percorreu é diferente de 13,2 bilhões de anos-luz; é maior.
Você pode imaginar um trem saindo de uma estação, em direção a uma estação que se encontra a uma distância qualquer. Logo depois que o trem parte, a distância começa a sofrer expansão. A estação que ele partiu está mais longe do que a distância que o trem já percorreu, e a distância que o trem ainda tem que percorrer não está diminuindo tão rápido como deveria.
Da mesma forma que o nosso trem metafórico, quando a luz deixou o corpo em questão, a distância que a luz percorreu já é menor que a distância que a separa de sua origem. Da mesma forma, o espaço à frente também está em expansão, e a distância que o raio de luz terá de percorrer até atingir o Hubble vai ficando cada vez maior.
E não é só isto que está acontecendo. O espaço em que o próprio raio está também está em expansão. E o raio vai ficando cada vez mais esticado, o comprimento de onda vai ficando cada vez maior, e vai se alterando em direção aos comprimentos maiores de onda.
Quando ele chegar ao Hubble, os astrofísicos e astrônomos verão as marcas de uma viagem tremenda: de onde veio aquele raio de luz e a que distância se encontra o corpo luminoso que o emitiu, 13.200.000.000 anos atrás

O efeito Casimir e porque o universo nunca vai parar de se expandir



O universo é tão incrível que uma coisa tão pequena quanto uma bolinha de metal pode nos mostrar que ele irá continuar em expansão para sempre. Isso acontece porque uma bolinha de metal de pouco mais de um décimo de milímetro se move em resposta a flutuações de energia no vácuo, devido ao efeito Casimir. O efeito Casimir basicamente é causado nos efeitos vazios do vácuo entre duas placas metálicas colocadas próximas. Ele faz com que as placas se aproximem, pois há menor densidade de energia entre elas do que fora delas.
O efeito, que tem seu nome em homenagem ao cientista que descobriu a força há cinqüenta anos, hoje demonstra que grande parte da energia do universo é constituída de uma forma de energia escura. A forma e composição da matéria escura é desconhecida, mas pesquisas mostram que ela pode acontecer devido a flutuações no vácuo, como o efeito Casimir, mas seria gerada no espaço, por um efeito ainda desconhecido.
Como a energia escura repele a matéria ao seu redor, este efeito mostra que o universo ainda está em expansão, e continuará assim eternamente. Atualmente, cientistas tentam compreender melhor o efeito Casimir e a sua aplicação na expansão do universo, além de analisar a sua aplicação em micro-máquinas, que têm a tendência a se fixarem umas às outras devido ao efeito sobre o metal

14 bilhões de anos do universo em 78 segundos [vídeo]



Cientistas criaram uma nova simulação que mostra as transformações do nosso universo desde seu nascimento até sua forma atual. São 14 bilhões de anos de evolução, tudo em um vídeo com pouco mais de um minuto, que você confere abaixo.
A simulação foi criada através de um supercomputador de 1.024 núcleos. Desenvolvido por cientistas do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian e do Instituto de Estudos Teóricos de Heidelberg, o simulador foi batizado de Arepo. Ele é mais desenvolvido do que modelos anteriores porque tem a capacidade de produzir espirais realistas.
Os cientistas utilizaram um novo método de cálculo que mostra com precisão como foi o passado do universo. Para chegar ao resultado final, foi considerado tudo o que compõe o cosmo, incluindo movimentos de gás, estrelas, matéria escura e energia escura.
O vídeo é curto, mas o trabalho foi complexo: foram meses de processamento de imagem. Um computador comum demoraria séculos para conseguir processar essa simulação. 

Hélio é evidência do Big Bang



Quais as evidências do Big Bang que você lembra? A maioria das pessoas pode dizer a radiação cósmica de fundo, também chamada de “eco do Big Bang”. Alguns também vão lembrar do “redshift”, ou desvio para o vermelho no espectro das galáxias distantes.
Se você tiver sorte, vai encontrar alguém que lembre da abundância de hélio. Mas por que o hélio, ou a abundância dele, é uma evidência do Big Bang?

O que é o hélio?

O hélio, símbolo químico He, é um gás nobre, e uma das substâncias mais simples da natureza, já que é composto por dois elétrons, dois prótons e dois nêutrons (em uma comparação, perde em simplicidade para o hidrogênio, que é composto por apenas um próton e um elétron).
A produção do hélio no núcleo de estrelas é um processo compreendido há um bom tempo: prótons são pressionados um contra o outro para formar elementos cada vez mais pesados. No caso do hélio no sol, dois prótons se unem para formar um átomo de deutério, que é um hidrogênio com um nêutron. O átomo de deutério é pressionado a outro próton e se torna o hélio-3.
Quando um segundo átomo de hélio-3 colide com o nosso átomo de hélio-3, dois prótons saem a passear por aí, e o restante dos dois átomos se combinam para formar um átomo de hélio-4, com dois prótons e dois nêutrons. Este é o tipo mais comum de átomo de hélio, e a sua produção nas estrelas libera muita energia.
O nome deste processo é “nucleossíntese estelar”. Ele é capaz de gerar muita energia, além de fazer átomos mais pesados a partir de átomos mais leves. Na verdade, não só o hélio, mas todos os elementos da tabela periódica, até o ferro, são fabricados desta forma, mas esta é outra história.

A abundância de hélio

Olhando para o universo com um telescópio e um espectroscópio, dá para fazer uma estimativa de quanto hélio tem no mesmo. Foi o que os astrofísicos fizeram, e chegaram à uma conclusão perturbadora: 24% dos átomos visíveis no universo são de hélio.
É muito hélio. Se tivesse tanto hélio de origem estelar, a noite deveria brilhar muito mais. Além disso, considerando a idade das estrelas, elas também não deveriam ter tanto hélio. De onde veio esse hélio, então?
A impressão era de que boa parte deste hélio já existia antes das estrelas surgirem. Mas como?
George Gamow, o cara que previu a radiação cósmica de fundo, sugeriu que em algum momento no início do Big Bang, a pressão e temperatura do universo deveriam ser tão grandes quanto no núcleo de uma estrela, e isto deve ter causado fusão nuclear, criando hélio e deutério, além de lítio e berílio (em menor quantidade). Esta fusão nuclear é chamada de “nucleossíntese primordial” ou “nucleossíntese do Big Bang”.
Durante a primeira parte do Big Bang, o universo tinha uma densidade de energia muito alta para que prótons e nêutrons se formassem. Depois que eles se formaram, foram combinados pela pressão e foi produzido o hélio. Estava explicada a origem do hélio antes da formação de estrelas.
E só para te avisar: o hélio que você vê nos balões em feiras e parques de diversão não teve origem no Big Bang. Ele foi originado do decaimento radioativo do urânio. Quando o urânio decai, emite uma partícula alfa – dois prótons e dois nêutrons – que então captura um par de elétrons e se torna um átomo de hélio.
Se você quiser ver o hélio que se formou no Big Bang, vai ter que usar um telescópio e um espectroscópio – que foi a forma como nós descobrimos o hélio no sol pela primeira vez.

Bolha cósmica é uma estonteante nebulosa crescente



A NGC 6888, conhecida como Nebulosa Crescente, é uma nebulosa de emissão que parece ser uma bolha espacial. Mas ao invés de água e sabão, ela foi moldada a partir dos ventos de sua estrela massiva central de brilho intenso.
A estrela central da nebulosa é classificada como Wolf-Rayet (WR 136), que são estrelas raras muito massivas que perdem suas massas rapidamente por meio de ventos solares muito fortes. Astrônomos acreditam que a WR 136 será uma supernova daqui a alguns milhões de anos.
A Nebulosa Crescente tem cerca de 25 anos-luz de diâmetro, e está a aproximadamente 5 mil anos-luz de distância da Terra, na constelação do Cisne. Esta colorida imagem da bolha cósmica foi feita a partir de dados do telescópio Hubble. O retrato da nebulosa mostra emissões de átomos de enxofre, hidrogênio e oxigênio soprados pelos ventos, em tons de vermelho, verde e azul.

Rocha marciana “entra em desespero” quando é vaporizada pela sonda Curiosity



Em sua odisseia por conhecimento cientifico, o robô Curiosity tem várias ferramentas, entre elas um raio laser que será usado para vaporizar pequenas porções de rocha para, através da espectrometria, determinar sua composição.
Como parte do programa de diagnóstico do robô, o raio laser foi disparado contra uma rocha, a N165. A inocente rocha foi escolhida não porque tivesse feito alguma coisa errada, mas porque estava perto e tinha uma face achatada apontada para o robô. Pura sorte. Ou azar.
A ChemCam é capaz de emitir mais de um milhão de watts de energia em uma rocha marciana, vaporizando sua superfície. A partir do brilho emitido, o espectro é analisado e sua composição química é determinada.
Para calibrar o laser, a N165 se tornou a “primeira vítima” do aparelho: 30 pulsos em um período de 10 segundos abriram um buraco de cerca de 1mm sobre a rocha.

Depois de tão severo tratamento, a rocha ainda está bem, mas está um pouco chateada por ter sido usada para a prática de tiro ao alvo. Ela só se conformou por que é pelo bem da ciência e que por causa disso ela ganhou um nome: “Coronation”, ou “Coroação”.
Graças às maravilhas da mídia social, a rocha marciana recebeu uma voz, e podemos acompanhar os momentos em que ela se deu conta do novo visitante, tentou ser amigável com ele, e recebeu de volta um disparo laser. Veja aqui o que a rocha andou postando noTwitter:
“Muita coisa aconteceu por aqui recentemente – a coisa mais excitante em milhões de anos! Mas estou feliz que tudo tenha voltado ao normal agora”
O robô Curiosity despertou a curiosidade da rocha:
“A grande criatura de metal era assustadora de cara, com foguetes e barulhos, mas eu estou certo que se trata só de curiosidade. Tavez eu deva dar um alô!”
“Oh, acho que despertei a atenção da grande criatura de metal — ela está olhando direto para mim! Talvez ela queira fazer amizade!”
Alguns dos seguidores de N165 tentaram avisá-la que a Curiosity não queria fazer amizade coisa nenhuma:
“Capaz, povo, eu sei que vocês estão de brincadeira. Quais são as chances? De todas as rochas de Marte um robô assassino iria escolher justo eu? Haha :) ”
Mas o nervosismo foi tomando conta de N165:
“Meu novo amigo robô realmente tem um olhar parado, intimidador. Acho que é algum traço cultural”
Até que então…
“Hmm, @MarsCuriosity, o que você.. Hei! HEI!”
“AI AI AI! PÁRA!”
“SOCORRO!”
“Acho que uma parte de mim se foi. :( ”
“Coroação” pode estar um pouco machucada, mas parece estar se recuperando bem, com a simpatia e apoio de seus seguidores no Twitter

Cientistas confirmam que alguns exoplanetas estão em zona habitável



Já faz um tempo que as descobertas dos planetas extra-solares, ou exoplanetas, Gliese 581g e Gliese 581d, em torno da estrela Gliese 581, levantou a questão de eles estarem em uma “zona habitável” – a distância certa que permite que a água líquida exista.
Ou seja, os planetas representam mundos possivelmente habitáveis, e alguns estudos com modelagem atmosférica chegaram exatamente a essa conclusão. Pelo menos dois modelos já mostraram que as condições para a água líquida poderiam existir lá, o que implica fortemente que é possível.
A Gliese 581 é uma anã vermelha localizada 20 anos-luz da Terra; na escala cósmica, apenas a poucos passos. Os astrônomos detectaram seis planetas orbitando a estrela.
O Gliese 581g tem cerca de 3 vezes a massa da Terra, e é provavelmente um planeta rochoso. Fica bem no meio da zona habitável, tornando-se um excelente candidato para a água líquida e a vida como a conhecemos – se o planeta realmente existir.
Os dois planetas nos lados de 581g ficam nas bordas da zona habitável e, portanto, têm inspirado interesse e intriga desde a sua descoberta em 2007.
O vizinho interior, 581c, já foi um bom candidato para a água líquida, mas estudos mostraram que o efeito estufa provavelmente tornou o planeta muito quente.
Gliese 581d, por outro lado, fica longe o suficiente para que os cientistas pensassem inicialmente que fosse demasiado frio para a vida. Mas um forte efeito estufa poderia aquecê-lo substancialmente, talvez o suficiente para suportar água líquida.
O Gliese 581d tem, provavelmente, de 7 a 8 vezes a massa da Terra, e os astrônomos suspeitam que é rochoso. A gravidade do mundo alienígena é provavelmente forte o suficiente para segurar uma atmosfera.
Os pesquisadores modelaram as condições da superfície que poderiam resultar em diversos tipos de ambiente em 581d, usando o nosso próprio sistema solar como guia. Eles assumiram, por exemplo, uma atmosfera composta de vapor d’água, dióxido de carbono e nitrogênio, encontrados no ar dos planetas rochosos Terra, Marte e Vênus.
A equipe de pesquisadores fez simulações com diferentes concentrações de dióxido de carbono, imitando os níveis encontrados em nosso sistema solar. Eles assumiram diferentes quantidades de espelhamento de CO2 aos níveis encontrados na Terra agora, nos primórdios da Terra e em Marte e Vênus atualmente. Também variaram a pressão atmosférica de baixa para alta.
No final, os pesquisadores descobriram que vários destes cenários atmosféricos resultaram em temperaturas de superfície média acima de 0 graus Celsius, o que significa que Gliese 581d bem poderia abrigar água em estado líquido.
Junto a isso, uma atmosfera de média ou alta pressão, com 95% de CO2, deve ser o suficiente para a água líquida. Da mesma forma uma atmosfera de alta pressão com apenas 5% de CO2.
Outro estudo de modelagem atmosférica também sugeriu que um forte efeito estufa – impulsionado pela grande quantidade de CO2 – poderia tornar Gliese 581d quente o suficiente para água líquida.
Esses trabalhos, embora intrigantes, ainda são provisórios e especulativos. O maior problema é que os modelos são baseados em suposições, já que não se sabe nada sobre a atmosfera dos planetas. Além disso, os astrônomos não têm certeza de que Gliese 581d é um planeta rochoso, como a Terra, Marte ou Vênus. Eles pensam que é, com base no seu tamanho, porém mais pesquisas são necessárias para confirmar isso.
Ainda assim, a possibilidade de que 581d poderia suportar água líquida é animadora, principalmente porque o universo é muito vasto e à caça de planetas alienígenas está apenas começando.
A Gliese 581 é praticamente vizinha da Terra, e está entre as 100 estrelas mais próximas. Isso implica que planetas como esse podem ser razoavelmente comun

O Sol é azul em Marte – assista o vídeo



A sonda da Nasa que está em Marte, a Opportunity, capturou um incrível pôr do Sol no planeta. E, ao contrário do que esperamos, o Sol no planeta vermelho brilha em um tom de azul.
As paisagens desérticas e vermelhas de Marte fazem com que nós imaginemos o sol brilhando, também, com um tom avermelhado. Mas é justamente devido à areia vermelha de Marte que o Sol fica com um brilho azulado.
Na terra, quando a luz atinge as partículas do ar, ela se divide, liberando a luz que chega para nós, que estamos no solo, com a cor azul, explicando o tom do nosso céu.
Quando nós olhamos para o sol, no entanto, as ondas de luz se separam de forma diferente, e percebemos o astro como amarelo.
Em Marte o oposto acontece: a poeira vermelha da atmosfera do planeta faz com que a luz vermelha seja separada, então quem olha para o céu vê uma atmosfera vermelha. No entanto as ondas vermelhas são filtradas na direção do Sol, deixando apenas o brilho azul, que é a outra “ponta” do espectro de cores. Aqueles que estiverem em Marte e olharem para o Sol verão a estrela azul.
Confira o vídeo:


Vídeo: assista a evolução da morte de uma estrela



A estrela variável V838 Monocerotis (V838 Mon), antes discreta e humilde, se tornou uma “celebridade instantânea” no mundo da astronomia em 2002, quando explodiu em luz, chegando a brilhar 600.000 vezes mais que nosso sol. Esta luz está aos poucos iluminando a poeira interestelar que cerca a estrela, produzindo o mais espetacular “eco luminoso” da história da astronomia.
À medida que a luz vai se propagando, vai iluminando e se espalhando pelas camadas cada vez mais externas de poeira, viajando em direção a Terra. O eco luminoso que vemos é similar ao eco de um sonar, ou de um radar.
O Telescópio Espacial Hubble, da NASA/ESA, tem observado periodicamente o eco luminoso de V838 Mon desde 2002. Cada nova observação do mesmo revela uma nova seção através da poeira interestelar que cerca a estrela. Os detalhes revelam numerosos espirais e redemoinhos caprichosos e complexos, que talvez tenham sido produzidos pelo efeito de campos magnéticos no espaço interestelar.

Nesta animação, oito fotos feitas pelo Hubble são combinadas em um processo de “morphing”. Ao olhar a imagem, você não está vendo a poeira interestelar expandindo, mas sim a luz viajando e iluminando as camadas exteriores da poeira. É como se a cada momento uma nova “casca” se tornasse visível.
O motivo da explosão de 2002, que fez de V838 Mon uma das estrelas mais brilhantes da nossa galáxia, ainda não está claro. Alguns astrônomos sugerem que talvez ele tenha sido causado por uma raríssima colisão entre duas estrelas.