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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Como seria se... o Sol fosse "desligado"?

Estúdio Rebimboca


Já desejou que o Sol "desligasse" num daqueles dias de calor insuportável de verão? Mas, como seria se o Sol realmente apagasse? Vamos unir um pouco de criatividade a conceitos de astronomia e imaginar uma situação na qual a estrela "desse um tempo", mas continuasse existindo e exercendo sua influência gravitacional sobre os planetas do nosso sistema —do contrário, a Terra e os demais corpos que orbitam a estrela sairiam pela tangente no momento em que o Sol sumisse. No caso da Terra, isso significaria sair em uma viagem sem volta pelo espaço a mais ou menos 110 mil km/h.

Mas calma que piora: no segundo mês, a temperatura seria de 75 K (-198ºC). Esses cortes de temperatura continuariam ocorrendo até que ela ficasse entre 1 e 2 K, que é a temperatura típica do meio interestelar —e bem próxima do chamado "zero absoluto". Esse ritmo de esfriamento seria ligeiramente retardado pelo calor interno da Terra, mas ainda assim a estimativa é que em poucos anos a temperatura por aqui seria similar à encontrada no meio interestelar.

A essa altura, pouca coisa não estaria congelada na Terra. Precisamos considerar a composição da ar, que corresponde a uma mistura de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, cerca de 1% de gás carbônico e o restante por outros gases nobres, como argônio, hélio e xenônio, entre outros. Considerando apenas o nitrogênio, aos 63 K (-210°C) ele se solidifica. Pouco tempo depois, é a vez do oxigênio, que fica sólido aos 54,36 K (-218,79°C). Próximo da temperatura "final" da Terra, algo entre 1 e 2 K, poucos elementos não estariam em estado sólido —caso do hélio, por exemplo.

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