Há mais de cem anos, o célebre físico Albert Einstein alegou que nada seria capaz de se mover acima da velocidade da luz (cerca de 300 mil km/s no vácuo). “Desde a introdução da Teoria Especial da Relatividade, não tem havido muita especulação sobre a possibilidade de viajar mais rápido do que a luz”, explica o matemático Jim Hill, da Universidade de Adelaide (Austrália).
No ano passado, contudo, resultados de uma experiência realizada no CERN (centro europeu de física de partículas, localizado na Suíça) sugeriu que neutrinos (partículas subatômicas) poderiam ser acelerados, mesmo que apenas um pouco, acima da velocidade da luz. Ao tomar conhecimento dessa possibilidade, Hill e seu colega Barry Cox começaram a indagar sobre como lidar com a questão, tanto do ponto de vista físico como do matemático.
“Nosso foco é uma extensão lógica e natural da Teoria Especial da Relatividade de Einstein, produzir fórmulas sem a necessidade de números imaginários e física complexa”, conta Hill. A dupla desenvolveu fórmulas que estendem a Teoria para situações em que a velocidade relativa de um objeto pode ser infinita.
“Somos matemáticos, não físicos, portanto nós abordamos este problema a partir de uma perspectiva matemática teórica”, explica Cox. Naturalmente, eles não buscam explicar como seria possível ultrapassar a velocidade da luz (mesmo porque, atualmente, não conseguimos sequer alcançá-la com objetos acima da escala atômica), mas ajudam a prever como equações de movimento poderiam operar nessa situação
Nenhum comentário:
Postar um comentário