Um estudo da Universidade do Texas (EUA) está usando simulações avançadas para aprender mais sobre os discos protoestelares, discos de poeira e nuvens de gases que giram em torno de estrelas jovens e mais tarde formam os planetas.
Quando uma nuvem molecular colapsa em uma estrela jovem, as sobras de gás e poeira formam um disco em volta dela. Dentro desses discos, partículas colidem e se fundem ao longo de milhões de anos, compondo objetos cada vez maiores até um planeta tomar forma.
Segundo a principal autora do estudo, a astrônoma Sally Robinson Dodson, o objetivo das simulações é saber quais condições são boas para a formação de planetas, e quais não são.
Para tanto, fatores como a turbulência e a temperatura do disco são consideradas nas simulações. Saber como esses fatores afetam a formação dos planetas nos ajuda a entender quais são os melhores cenários para uma “Terra” ser criada.
Por exemplo, em um disco muito turbulento, as partículas se movem muito rápido e se afastam. Menos turbulência significa uma maior chance de coliderem e fundirem, formando um planeta.
Já a temperatura determina a quantidade de gelo em um planeta. Planetas gigantes precisam de mais gelo, enquanto planetas terrestres como a Terra não. Levando isso em conta, os cientistas poderiam dizer quais discos se tornarão gigantes e quais se tornarão planetas menores.
No momento, a equipe está trabalhando com renderizações 3D no Centro de Computação Avançada da universidade. “Estamos nos movendo em direção a um melhor entendimento do como este disco protoestelar parecia se estivéssemos passando sobre ele”, disse Dodson.
Entender as condições favoráveis para a formação de planetas ajudará os cientistas a descobrir mais deles, proporcionando uma maior compreensão da evolução da Terra e do nosso sistema solar
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