Há algum tempo, cientistas americanos têm observado pequenos “filamentos de rádio” na galáxia, ou seja, pequenas emissões radioativas no espaço, sem uma explicação plausível. Agora, uma nova teoria surge para explicar esse fenômeno e ainda dar suporte a outra teoria: tais emissões seriam resultantes do choque interno de matéria escura, ou matéria negra, que em tese seria a matéria que “originou” todo o universo.
A teoria que cita a matéria escura não é nada recente: as primeiras observações nesse sentido datam da década de 1930. Foi nos anos 80, contudo, que se observaram os primeiros filamentos de radiação em nossa galáxia, mas até pouco tempo não se imaginava a razão dessas emissões.
A nova explicação para o fenômeno foi formulada pelo Laboratório Fermilab, em Chicago (Illinois, EUA). Basicamente, o que aconteceria é o seguinte: a matéria escura não é uma coisa só, mas numerosas partículas de diferentes tipos, que os cientistas ainda se esforçam para descobrir se podem ser definidas como matéria negra ou não. A matéria escura, como um conjunto, interage com o “resto” do universo de forma gravitacional (ou seja, cria uma espécie de campo magnético que incide sobre os astros), e é composta de elétrons que estão constantemente em choque uns com os outros. Deste choque, resultariam as tais emissões.
Os cientistas observaram que esses filamentos são aparentemente mais “brilhantes” conforme se aproximam do centro da galáxia. A explicação para isso, segundo os astrofísicos, não seria que essas emissões teriam realmente mais brilho, mas sim porque estariam interagindo com mais matéria escura, o que daria suporte a toda a teoria.
O que existe são várias partículas espaciais, não totalmente definidas em sua forma e características, que seriam “candidatas” a ser parte do que se chama matéria negra, mas ainda faltam comprovações. Assim, pode haver matéria escura por toda parte, mas ainda não se sabe. A partir das observações do telescópio da Fermilab, os astrofísicos estão tentando definir melhor os conceitos em busca de explicações mais sólidas.
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