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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Orbitadores da BepiColombo são integrados



Lançamento de missão euro-japonesa será em 18 de outubro por um Ariane 5 em Kourou. Sondas viajarão juntas por sete anos e se separarão ao chegar a Mercúrio.
Os dois orbitadores da missão BepiColombo, parceria entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA), estão conectados em sua configuração de lançamento e o orbitador científico e o módulo de transporte europeus foram aprovados para serem carregados com propelentes.
A missão completou sua Revisão de Aceitação de Qualificação semana passada, seguindo o planejamento que coloca o lançamento em 18 de outubro. A missão será lançada por um foguete Ariane 5, da Arianespace, às 22h45 de Brasília, no Espaçoporto Europeu, em Kourou, Guiana Francesa. A Janela de lançamento ficará aberta até 29 de novembro.
Após a bem sucedida revisão de prontidão de abastecimento em 30 de agosto, os propelentes químicos, como hidrazina, podem ser adicionados ao Módulo de Transferência a Mercurio (MTM) e ao Orbitador Planetário de Mercúrio (MPO).
“Estas revisões importantes representam uma marca notável em nossa campanha de lançamento, trazendo-nos para os estágios finais de nossas preparações para o lançamento, enquanto que, a longo prazo, permitem a jornada e operações em Mercúrio”, disse Ulrich Reininghaus, gerente de projeto da BepiColombo na ESA.
“Com as atividades de abastecimento planejadas para 5 – 12 de setembro, um ponto técnico sem retorno será atingido. Após a montagem mecânica, a ultima verificação de saúde elétrica e a transferência para o prédio de montagem final, o lançamento será o próximo grande evento.”
Mercury Planetary Orbiter (MPO, da ESA, abaixo) e Mercury Magnetospheric Orbiter (MMO, da JAXA, acima) sendo dispostos na configuração de lançamento no Espaçoporto Europeu, em Kourou, Guiana Francesa (ESA / CNES / Arianespace / Optique video du CSG – J. Odang)
O módulo de Transferência usará propulsões a íons e química, em combinação com manobras de assistência gravitacional com a Terra, Vênus e Mercúrio, colocando ambos os orbitadores próximos o bastante de Mercúrio para serem capturados gravitacionalmente e colocados em órbita do planeta.
Então, o MPO usará seus pequenos propulsores para colocar o Orbitador Magnetosférico de Mercúrio (MMO), da JAXA. em uma órbita elíptica ao redor do planeta, antes de se separar e direcionar-se para sua própria órbita, mais próxima do planeta.
Neste mês, os dois módulos científicos foram dispostos na configuração de lançamento pela primeira vez em mais de um ano. A ocasião anterior fora no centro técnico da ESA na Holanda durante os últimos testes antes do envio para Kourou.
O MTM será integrado na parte inferior do conjunto estando completadas as atividades de abastecimento de propelente. Um teste de execução da integração já foi feito semana passada com os módulos desabastecidos. O escudo que protegerá o MMO da radiação solar na viagem de sete anos também será instalado mais próximo do lançamento.
“A longa jornada a Mercúrio não começou ainda, mas eu sinto que os dois orbitadores científicos já têm uma forte ligação entre eles, graças à longa história desta missão”, comentou Go Murakami, cientista de projeto da BepiColombo na JAXA. “Acredito que realizarão uma missão muito bem sucedida com suas medidas científicas em conjunto.”
Mercury Planetary Orbiter (da ESA, no meio), Mercury Magnetospheric Orbiter (da JAXA, acima) e Mercury Transfer Module (abaixo) sendo dispostos na configuração de lançamento tendo encaixes verificados no Espaçoporto Europeu, em Kourou, Guiana Francesa (ESA / CNES / Arianespace / Optique video du CSG – J. Odang)

As principais metas científicas do MMO são estudar detalhadamente o ambiente magnético de Mercúrio, a interação do vento solar com o planeta e as diversas espécies químicas presentes na exosfera – a “atmosfera” extremamente tênue de Mercúrio.
O MPO estará mais focado em processos e composição da superfície, e, com o MMO, ajudará a montar o quadro geral da interação do vento solar com o ambiente e a superfície do planeta. Juntos, observarão como esta interação na superfície interfere no que é observado na exosfera e como isso varia com local e tempo – algo que só pode ser feito com duas espaçonaves em tais órbitas complementares.
“Ver os dois orbitadores científicos da BepiColombo ligados e saber que agora ficarão nesta configuração pelos próximos sete anos é bem emocionante”, comentou Johannes Benkhoff, cientista de projeto da BepiColombo na ESA. “É outro sinal forte de que começaremos nossa missão logo  e estou muito ansioso por todas as medidas científicas que temos planejado com instrumentos nestes dois orbitadores.”

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