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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Aeolus pronto para o lançamento


Lançamento será por foguete Vega na Guiana Francesa nesta terça-feira. ESA condiziu simulações para garantir sucesso de lançamento e primeiras operações no espaço.
O satélite Aeolus, da Agência Espacial Europeia (ESA), deverá ser lançado nesta terça-feira (21/08/2018) para estudar os ventos. O lançamento será no Espaçoporto Europeu, em Kourou, na Guiana Francesa, às 18h20 de Brasília, por um foguete Vega, da Arianespace. Já foram conluídos os últimos preparativos e todas as equipes estão prontas para o lançamento no horário marcado.
Desde sua chegada a Kourou, no começo de julho, o satélite foi testado recebeu hidrazina, seu combustível. No dia último dia 9, a ESA divulgou que o satélite foi selado dentro da carenagem do fogeute Vega. Cinco dias depois, a agência informou que o conjunto foi levado até a torre de lançamento, içado e ligado ao foguete.
Aeolus pronto para ser fechado nas carenagens do foguete Vega (ESA)
Aladin  Como todas as missões Exploradores da Terra (Earth Explorer) da ESA, o Aeolus preencherá uma lacuna em nossa compreensão do funcionamento do planeta e mostrará como novas tecnologias podem ser usadas para a observação da Terra.
O satélite carrega um dos instrumentos mais sofisticados a ir ao espaço: sendo o primeiro de seu tipo, Aladin, usa uma tecenolgia revolucionária de laser para gerar pulsos de luz ultravioleta que são enviados à atmosfera para traçar um perfil dos ventos – uma abordagem totalmente nova para medir ventos a partir do espaço. Esta tecnologia  de lidar Doppler foi de desenvolvimento desafiador que consumiu anos de muito empenho.
Segundo, Josef Aschbacher, diretor dos Programas de Observação da Terra da ESA, o satélite “Aeolus certamente impôs alguns desafios técnicos, mas, afinal, ele é completamente novo – o vento nunca foi medido desta forma antes.”
“O Aeolus deve ser um divisor de águas na compreensão da dinâmica de nossa atmosfera e terá aplicações no mundo real ao ser usado para melhorar nossas previsões do tempo”, disse. “O caminho do desenvolvimento pode ter tido algumas pedras, mas estamos todos emocionados para vê-lo agora na torre de lançamento aguardando seu grande dia”.
Criando perfis dos 30 km mais baixos da atmosfera, o Aeolus fornecerá informações sobre velociddade do vento quase em tempo real.
Aeolus  Destacada pela Organização Meteorológica Mundial, a falta de medições globais diretas de ventos é um dos maiores déficits no Sistema de Observação Global. Ao preencher esta lacuna, o Aeolus dará a cientistas a informação necessária para compreender como vento, pressão, temperatura e umidade estão interligadas.
Esta missão pioneira dará insights sobre como o vento influencia a troca de calor e umidade entre a superfície e a atmosfera terrestres – aspectos importantes para a compreensão das mudanças climáticas.
Satélite Aeolus sendo fechado na coifa do foguete Vega, 07/08/2018 (ESA/CNES/Arianespace)
O satélite também traz benefícios sociais: apesar de as previsões do tempo terem melhorado nos últimos anos, o Aeolus deve torná-los ainda mais precisos. Além disso, seus dados serão usados em modelos de qualidade do ar para melhorar a previsão de partículas na atmosfera que podem afetar a saúde das pessoas.
Ensaio  As equipes responsáveis pelo lançamento do Aeolus realizaram uma simulação das atividades que antecedem a decolagem e da própria sequência de lançamento no Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC), em Darmstadt, na Alemanha, no dia 17. Especialistas em operações, dinâmica de voo, estações terrestres e software trabalharam juntos com seus equivalentes na Sala de Controle Júpiter (JCO), em Kourou.
Os controladores estavam conectados ao satélite por meio de um cabo umbilical – conexão que será interrompoda poucos minutos antes do lançamento. Este ensaio em escala real, considerado o último grande passo na preparação para o lançamento, ocorreu um dia após a última simulação das primeiras operações no espaço.
Esta última simulação encerrou messes de treinamento intensivo. Começou às 3h30 de Brasília e as equipes reproduziram as primeiras oito horas após o lançamento – período no qual assumem o controle do satélite após a separação do foguete Vega.
“Colocar uma espaçonave com segurança em órbita é um processo difícil e um momento tenso porém animador para as equipes da missão no solo”, disse Pier-Paolo Emanuelli, diretor de voo do Aeolus.
“Simulações fornecem uma ferramenta inestimável para os muitos engenheiros, operadores e controladores trabalhando com o satélite, dando a eles a chance de ensaiar todos os cenários possíveis antes do grande dia.”
Coifa com satélite Aeolus sendo instalada no topo do foguete Vega, em 14/08/2018 (ESA/CNES/Arianespace)
Esta simulação não foi como as outras que a antecederam, uma vez que passou pelas operações “normais” para as vitais primeiras horas de órbita.
“Enquanto as semanas anteriores levaram as equipes pelos planos de contingência para cenários em potencial nos quais algo dá errado, esta simulação final foi para refrescar as mentes das equipes sobre o que é para ser feito quando tudo está certo”, disse o gerente de operações de espaçonave Juan Piñeiro.
No espaço  O foguete Vega colocará o Aeolous em órbita à altitude de 320 km. “Por uma hora e dez minutos após o lançamento, não é possível que nós comandemos o satélite – esta puramente nas mão do próprio lançador”, explicou Piñeiro.
Quando o satélite se separar do foguete, os painéis solares se abrirem e o Aeolus virar-se para a Terra, uma rede global de estações de solo começará a receber seus sinais, criando o primeiro link entre o Aeolus e o controle da missão. Espera-se o primeiro sinal por volta de 19h16 por meio da antena de 4,5 m da ESA em New Norcia, Austrália.
Subsequentemente, estações em Troll, na Antártida, Inuvik, no Canadá, Svalbard, na Noruega, e Kiruna, na Suécia, receberão sinais do satélite e transmitirão comandos do ESOC.
Foguete Vega, da Arianespace, com satélite Aeolus, da ESA, na torre de lançamento no Espaçoporto Europeu, em Kourou, Guiana Francesa (ESA/CNES/Arianespace)
Após estabelecer contato, as equipes começarão três dias de atividades intensas para acompanhar o satélite na fase de lançamento e órbita inicial (LEOP), um dos períodos mais críticos para qualquer satélite.
Trabalhando sem parar supervisionando a saúde do Aeolus, as equipes ligarão e configurarão os sistemas de controle de voo para garantir que todos os passos críticos ocorram como planejado e todos estes sistemas e comunicações funcionam de acordo.
“Este período é arriscado”, disse o diretor de operações Rolf Densing. “O satélite ainda não está totalmente ‘ligado’, mas precisa ser protegido dos cenários potencialmente perigosos que podem surgir em qualquer operação espacial complexa.”
“Mas com a expertise do ESOC em mãos, este risco é reduzido. Expertsem dinâmica de voo, engenheiros de operações e especialistas em sistemas de controle e estações de solo estarão trabalhando juntos em unísono para garantir que este satélite único e importante seja colocado com sucesso em órbita.”

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