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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

New Horizons faz sua primeira observação de Ultima Thule


Passagem por astro será na virada do ano. Imagens são as mais distantes do Sol já feitas.

A sonda New Horizons, da NASA, fez sua primeira detecção de Ultima Thule, astro do Cinturão de Kuiper que será seu próximo destino, na próxima virada de ano. Foi a primeira tentativa de registrar o astro com as câmeras da espaçonave.

Membros da missão ficaram emocionados e até surpresos pelo instrumento telescópico Imageador de Reconhecimento de Longo Alcance (LORRI) ter sido capaz de registrar o objeto pequeno e obscuro a 172 milhões de quilômetros da nave. Um conjunto de 48 imagens foi feito em 16 de agosto e transmitido para a Rede de Espaço Profundo – um conjunto de antenas da NASA na Terra para comunicação com sondas no espaço profundo – nos dias seguintes.

“Nossa equipe trabalhou duro para determinar se Ultima foi detectada pelo LORRI a uma distância tão grande e o resultado é um claro sim”, disse Alan Stern, principal investigador da missão, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste (SwRI), em Boulder, Colorado.

“O campo da imagem é extremamente rico com estrelas de fundo, o que torna difícil detectar objetos fracos”, comentou Hal Weaver, do Laboratório de Física Aplicada (APL) da da Universidade Johns Hopkins (JHU), cientista de projeto da New Horizons e principal investigador do LORRI.

“Realmente, é como encontrar uma agulha num palheiro. Nestas primeiras imagens, Ultima aparece apenas como uma protuberância ao lado de uma estrela de fundo cerca de 17 vezes mais brilhante, mas Ultima estará ficando mais brilhante – e mais fácil de ver – conforme a espaçonave se aproxima.”

Esta primeira detecção é importante porque as observações que a sonda fará nos próximos quatro meses ajudarão a refinar o curso para a maior aproximação de Ultima, às 23h33 de 31 de dezembro (horário de Brasília). O fato de que Ultima estava onde os cientistas esperavam que estivesse, precisamente no ponto previsto usando dados colhidos pelo Telescópio Espacial Hubble, indica que eles já têm uma boa ideia da órbita do astro.

Este flyby será a primeira exploração próxima de um pequeno objeto do Cinturão de Kuiper e a mais distante de um corpo planetário na história, superando a marca da própria New Horizons em Plutão em julho de 2015 em cerca de 1,6 bi km. Estas imagens são as mais distantes do Sol já feitas, a 6,5 bi km da estrela, quebrando o recorde da fotografia “Pálido Ponto Azul”, da Terram feita pela Voyager 1 em 1990. O recorde de imagem mais distante da Terra pertence à New Horizons e foi registrado em dezembro de 2017.

“Agora temos Ultima em nossas vistas de muito mais longe do que uma vez achamos possível”, disse Stern. “Estamos às portas de Ultima e uma exploração incrível aguarda!”


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