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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Comunidade espacial latino-americana quer maior envolvimento de universidades




Delegação brasileira apresentou iniciativas nacionais em áreas como educação e satélites. Discussões resultaram em documento sobre desafios no ramo espacial.

Representantes da comunidade espacial da América Latina e Caribe reuniram-se em 1º de novembro no 3º Fórum Espacial Internacional, realizado em Buenos Aires, Argentina.

A delegação brasileira teve como chefe Carlos Gurgel, diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (DSAD/AEB), que participou pela primeira vez das discussões sobre a oportunidade de maior envolvimento das universidades latino-americanas e caribenhas nos programas espaciais.

A AEB apresentou iniciativas já em curso que atendem aos anseios do evento, como a seleção de candidatos pela AEB para mestrado, doutorado e treinamento de curta duração na Universidade de Beihang, na China com apoio do Centro Regional de Educação em Ciência e Tecnologia Espacial, filiado às Nações Unidas; seleção e apoio a candidatos para o programa NASA I2; suporte financeiro para conferências e feiras realizadas este ano.

Outro destaque da AEB foi a implantação e operação do Centro Vocacional Tecnológico (CVT-Espacial), que com menos de um ano de funcionamento já recebeu mais de mil alunos do ensino médio da cidade de Parnamirim (RN), região onde encontra-se instalado o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), uma das bases de lançamento e rastreio do Brasil.

“O processo de transferir para o Brasil a secretaria do Centro Regional de Educação em Ciência e Tecnologia Espacial para a América Latina e o Caribe (CRECTEALC) e a proposta da AEB criar um Conselho Diretor ampliado com representantes da região, também fazem parte dos tópicos discutidos no evento”, informou a Coordenação de Comunicação Social (CCS) da AEB pelo site da Agência.

Satélites  Os dois satélites de sensoriamento remoto – o CBERS-4A (parceria sino-brasileira) e o Amazônia 1 – previstos para entrarem em órbita em 2019, também foram objetos de discussão. Ambos seguem as políticas de dados livres abertos para imagens de resolução moderada de alta qualidade, contribuindo assim para aumentar a resolução temporal do Sentinel e do Landsat.

No que se refere à Ciência Espacial, a AEB está discutindo com a Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CONAE), o desenvolvimento do segundo satélite da missão SABIÁ-MAR 2, a ser desenvolvido pelo Brasil com base na Plataforma Multimissão. A Argentina e o Brasil estão comprometidos com o sucesso da missão que analisará os oceanos, em escala global, e as áreas costeiras do Brasil e da Argentina, fornecendo dados de alta qualidade.

Gurgel enfatizou o compromisso do Brasil com o uso pacífico do espaço e seu apoio a todas as iniciativas que aumentarão a qualidade de vida dos povos da América Latina e do Caribe com base em ciência e tecnologias espaciais.

As discussões do Fórum resultaram na Carta de Buenos Aires, documento que enfoca uma compreensão mais profunda sobre os desafios da América Latina e Caribe na área espacial para os próximos anos.

“Promovido pela Federação Internacional de Astronáutica (JAF), da Agência Espacial Italiana (ASI) e da CONAE, o Fórum contou com discussões abertas e produtivas e buscou as melhores soluções para os desafios da América Latina”, informou a CCS.

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