90377 Sedna é o nome oficial dado para 23 VB12. Descoberto
em 14 de novembro de 2003, Sedna foi o Transnetuniano mais afastado do Sol
conhecido na época, atingindo 86 UA no momento de sua descoberta, quase três
vezes mais afastado do Sol do que Netuno.
Sedna é descrito como um planetóide frio, talvez com 2/3 do
tamanho de Plutão, provavelmente da Nuvem de Oort. Sua temperatura é muito
baixa: Cerca de -261 °C.
A descoberta de Sedna foi feita por astrônomos do Instituto
de Tecnologia da Califórnia (Caltech), da Universidade Yale e do Observatório
Gemini (os três nos EUA), financiados pela Nasa. Embora tenha sido anunciado em
15 de março de 2004, o objeto já havia sido detectado em novembro de 2003.
Sedna foi nomeado a partir da deusa inuíte Sedna, que
segundo uma lenda, gerou as criaturas do Ártico. Antes de Sedna ser nomeado
oficialmente ele recebeu a designação provisória de 2003 VB12.
Órbita
Sedna possui uma órbita extremamente elíptica, sendo que seu
Perélio é de 76,156 UA e seu Afélio é estimado em 975,56 UA. Atualmente Sedna
está a 88 UA do Sol, e vai atingir seu Perélio em 207. Sedna foi o objeto do
Sistema Solar mais longe conhecido na época de sua descoberta. Éris foi
descoberto depois a 97 UA, mas Sedna passará de sua órbita em 2114.
Diversas teorias foram criadas para explicar a órbita
estranha de Sedna. Um estudo feito por Hal Levison e Alessandro Morbidelli do
Observatoire de la Côte d'Azur (OCA), em Nice, França sugeriu que a explicação
mais provável para a órbita estranha de Sedna foi que ele havia sido perturbado
por uma outra estrela nos primeiros 100 milhões de anos de existência do
Sistema Solar. Eles propuseram uma outra situação, o que pode explicar a órbita
de Sedna com mais precisão: Sedna poderia ter se formado em torno de uma Anã
marrom com cerca de 20 vezes menos massa que o Sol e foi capturado pelo Sistema
Solar quando a anã marrom passou por ele.
Uma outra explicação diz que há perturbações na órbita de
Sedna por um corpo hipotético do tamanho de um planeta que fica Nuvem de Oort
interna. Simulações recentes mostram que as características orbitais de Sedna
poderiam ser explicadas por perturbações por um objeto da massa de Netuno a
2000 UA (ou menos), da massa de Júpiter a 5000 UA, ou mesmo da massa da Terra a
1000 UA.
O Período Orbital exato de Sedna ainda é desconhecido, mas
estima-se que ele leve entre 10.500 e 12.000 anos para completar uma volta em
torno do Sol.
Rotação
Quando foi descoberto, acreditava-se que Sedna tinha um
estranho período de rotação de 20 a 50 dias. Uma pesquisa foi feita para
procurar luas orbitando Sedna (o que seria uma explicação para o período de
rotação longo), mas investigações com o Telescópio Hubble em março de 2004 não
observaram nenhum objeto orbitando-o. Novas medições do telescópio MMT sugerem
um período de rotação muito menor, de 10 horas, o que é típico para corpos do
tamanho de Sedna
Características
Físicas
Sedna tem uma magnitude absoluta (H) de 1.6, e estima-se ter
um albedo de 0.16 e 0.30, dando-lhe um diâmetro entre 1 200 e 1 600 km. Na
época de sua descoberta foi o maior objeto encontrado no Sistema Solar desde a
descoberta de Plutão, em 1930. Agora, é o quinto maior Objeto transnetuniano
conhecido, perdendo apenas para Éris, Plutão, Makemake e Haumea. Em 2004, os
descobridores de Sedna colocaram um limite máximo de 1 800 km de diâmetro, mas
em 2007 foi o diâmetro foi revisto e o limite máximo passou a ser de 1 600 km.
Sedna está tão distante do Sol que lá a temperatura nunca
passa dos -240 °C, e seria possível tapar o Sol com a cabeça de um alfinete.
Sedna é um dos objetos mais vermelhos do Sistema Solar -- só
perde para Marte. Seu aspecto brilhante também chamou a atenção dos astrônomos
responsáveis pela descoberta, que supõem que a superfície do astro seja
composta de gelo ou metano congelado, assim como a de Plutão.Sua superfície é
homogênea de cor e de espectro, o que pode ser porque Sedna, ao contrário dos
objetos mais perto do Sol, é raramente afetado por outros organismos, o que
exporia manchas brilhantes como aquelas em 8405 Asbolus
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