Astroquímica é um campo da
ciência estelar que se dedica a os estudos de fenômenos e reações químicas
ocorrentes no espaço.
É a ciência que se baseia no
estudo da química no espaço, mais especificamente no estudo das interações
químicas entre os gases e as poeiras dispersas entre as estrelas.Durante muitos
anos, a composição interestelar era desconhecida.A astronomia óptica apenas
revelava a presença de estrelas, galáxias e nebulosas.Com o aparecimento da
radioastronomia nas décadas de 50 e 60, onde anteriormente reinava a escuridão
foram então detectadas inconcebíveis quantidades de gás.
A astroquímica é uma ciência
nova no Brasil. Faz pouco tempo que um grupo de astrônomos, físicos e químicos
se juntaram numa grande colaboração com o intuito de fazer crescer essa área da
ciência, que já é bastante bem consolidada em outros países, principalmente nos
Estados Unidos e na Europa.
Entre as instituições que
participam deste projeto estão o Observatório do Valongo e o Instituto de
Química, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
Neste trabalho, estudamos os
efeitos do impacto de raios-X, elétrons energéticos e íons altamente
energéticos em superfícies orgânicas condensadas. Dessa forma, simulamos os
efeitos da radiação eletromagnética e de partículas carregadas de ventos
estelares em ambientes astrofísicos em baixas temperaturas (como grãos
interestelares e cometas). Para isso, fizemos uso de três técnicas associadas à espectrometria de massas:
Dessorção estimulada por fótons (PSD, Photon Stimulated Desorption), Dessorção
estimulada por elétrons (ESD, Electron Stimulated Desorption) e espectrometria
de massa por dessorção de plasma (PDMS, Plasma Desorption Mass Spectrometry).
As superfícies utilizadas foram filmes de
ácido fórmico, metanol e etanol condensados in situ, em regime de multicamadas,
numa câmara de ultra-alto vácuo.
Espectros de massa de íons
positivos e negativos foram obtidos usando diferentes energias, no caso das
técnicas de PSD e ESD, visando observar a fragmentação e sobrevivência dessas
moléculas de acordo com a energia. Como as energias utilizadas foram próximas à
excitação/ionização de elétrons de camada interna (camada O1s), pode-se obter
informações sobre os mecanismos de dessorção que ocorrem devido à dessorção
estimulada por processo Auger e pelos elétrons secundários.
No caso da técnica de PDMS,
os fragmentos de fissão (FF) que incidem na amostra possuem uma energia
cinética média em torno de 65 MeV por impacto e uma distribuição de massas com
o máximos em 108Tc (para fragmentos mais leves) e 144Cs (para os mais pesados).
Essa técnica nos dá informações sobre a interação dos raios cósmicos com gelos
astrofísicos. Também para essa técnica obtivemos espectros positivos e negativos,
cujas massas variaram de 1 à 500 u.
A partir da técnica de PDMS,
é possível obter os rendimentos de vários aglomerados moleculares (clusters)
que são formados e estudar o comportamento desses clusters em função do aumento
da massa. Comparações entre as técnicas empregadas indicam que a interação dos
íons energéticos com as superfícies congeladas produz uma maior variedade de
espécies iônicas do que quando usa-se fótons ou elétrons. Isto sugere que raios
cósmicos e partículas altamente energéticas do vento solar, apesar de seus
fluxos reduzidos comparados às partículas de menor energia, tiveram um
importante papel na síntese de moléculas pré-bióticas.
Cosmoquímica é a ciência que
estuda as composições químicas dos astros, como estrelas, planetas e suas luas.
A espectroscopia é um dos métodos mais utilizados para se descobrir a
composição dos astros, se faz emitindo uma radiação que torna uma frequência de
onda, captada e analizada podemos desvendar a composição química.
O campo da geoquímica (química
da terra) envolve o estudo da composição química da Terra e de outros planetas,
processos químicos e reações que governam a composição de rochas, solos, corpos
d'água continentais e dos oceanos, e dos ciclos de matéria e energia que
transportam os componentes químicos da Terra pelo tempo e espaço. A geoquímica
é um ramo da geologia e da química, mas que se presta imensamente a outras
ciências, como a a ecologia e a oceanografia química.
As áreas mais importantes da
geoquímica são:
1. Determinação das
concentrações relativas e absolutas dos elementos e seus isótopos na terra e na
superfície da terra.
2. Exame da distribuição e
movimentos dos elementos em diferentes partes da terra (crosta, manto,
hidrosfera, etc.) e em minerais, com o objetivo de determinar os princípios de
distribuição e movimento.
3. Análise da distribuição
dos elementos e seus isótopos no cosmos (cosmoquímica).
4. O estudo do papel dos
processos e compostos que se derivam de organismos vivos ou mortos (geoquímica
orgânica).
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