O átomo é a menor partícula
que ainda caracteriza um elemento químico. Ele apresenta um núcleo com carga
positiva (Z é a quantidade de prótons e "E" a carga elementar) que
apresenta quase toda sua massa (mais que 99,9%) e Z elétrons determinando o seu
tamanho.
Até fins do século XIX, era
considerado a menor porção em que se poderia dividir a matéria. Mas nas duas
últimas décadas daquele século, as descobertas do próton e do elétron revelaram
o equívoco dessa ideia. Posteriormente, o reconhecimento do nêutron e de outras
partículas subatômicas reforçou a necessidade de revisão do conceito de átomo.
Os atomistas na antiga Grécia
Por volta de 450 a.C. os
átomos de Demócrito (cerca de 460 a.C. - 370 a.C.) deveriam atender às
seguintes condições:
Os átomos constituíram toda
e qualquer matéria;
Os átomos seriam
qualitativamente iguais, diferindo, apenas, na forma, no tamanho e na massa.
Para Demócrito, a grande
variedade de materiais na natureza provinha dos movimentos dos diferentes tipos
de átomos, que, ao se chocarem, formavam conjuntos maiores, gerando diferentes
corpos, com características próprias. Algumas ideias de Demócrito sobre os
átomos:
Água: formada por átomos
ligeiramente esféricos (a água escoa facilmente).
Terra: formada por átomos
cúbicos (a terra é estável e sólida).
Ar: formado por átomos em
movimento turbilhonantes (o ar se movimenta - ventos).
Fogo: formado por átomos
pontiagudos (o fogo fere).
Alma: formada pelos átomos
mais lisos, mais delicados e mais ativos que existem.
Respiração: era considerada
troca de átomos, em que átomos novos substituem átomos usados.
Sono: desprendimento de
pequeno número de átomos do corpo.
Coma: desprendimento de
médio número de átomos do corpo.
Morte: desprendimento de
todos os átomos do corpo e da alma.
Os fundamentos de Demócrito
para os átomos foram tomando corpo com o passar do tempo. Epicuro (341 a.C. -
aproximadamente 270 a.C.)
complementou suas ideias ao
sugerir que haveria um limite para o tamanho dos átomos, justificando assim a
razão de serem invisíveis.
Acreditava-se que a matéria
seria constituída de elementos da natureza como fogo, água, terra e ar, que
misturados em diferentes proporções resultariam em propriedades físico-químicas
diferentes.
Leucipo e Demócrito
imaginaram que a matéria não poderia ser dividida infinitamente, mas partindo-a
várias vezes, chegaríamos a uma partícula muito pequena:uma esfera indivisível,
impenetrável e invisível. Com a ajuda de Lucrécio,a ideia dos filósofos teve
rápida propagação
Estrutura
Os cientistas, por meio de
técnicas avançadas, já perceberam a complexidade do átomo. Já comprovaram a
presença de inúmeras partículas em sua constituição e desvendaram o
comportamento dessas partículas. Mas para construir alguns conceitos que ajudam
a entender a química do dia-a-dia, o modelo de átomo descrito por
Rutherford-Bohr é suficiente. Na constituição dos átomos predominam os espaços
vazios. O núcleo, extremamente pequeno, é constituído por prótons e nêutrons.
Em torno dele, constituindo a eletrosfera, giram os elétrons.
O diâmetro da eletrosfera de
um átomo é de 10,000 a 100,000 vezes maior que o diâmetro de seu núcleo, e sua
estrutura interna pode ser considerada , para efeitos práticos, oca; pois para
encher todo este espaço vazio de prótons e nêutrons (ou núcleos) necessitaríamos
de um bilhão de milhões de núcleos…
O átomo de hidrogênio é
constituído por um só próton com um só elétron girando ao seu redor. O
hidrogênio é o único elemento cujo átomo pode não possuir nêutrons.
O elétron e o próton possuem
a mesma carga, porém não a mesma massa. O próton é 1836,11 vezes mais massivo
que o elétron. Usando, como exemplo hipotético, um átomo de vinte prótons e
vinte nêutrons em seu núcleo, e este estando em equilíbrio eletrodinâmico, terá
vinte elétrons orbitando em suas camadas exteriores. Sua carga elétrica estará
em perfeito equilíbrio eletrodinâmico, porém 99,97% de sua massa encontrar-se-á
no núcleo. Apesar do núcleo conter praticamente toda a massa, seu volume em
relação ao tamanho do átomo e de seus orbitais é minúsculo. O núcleo atômico
mede em torno de 10 - 13 (1 fm) centímetros de diâmetro, enquanto que o átomo
mede cerca de 10 − 8 centímetros (100 pms).
Principais características das partículas
fundamentais
Massa
Determinar a massa de um
corpo significa comparar a massa deste corpo com outra tomada como padrão.
A unidade de massa tomada
como padrão é o grama (g). Mas nós muitas vezes utilizamos o Quilograma, que
equivale a 1000 vezes a massa de 1 g. Um exemplo disso é quando se diz que a
massa de uma pessoa é 45 vezes a massa correspondente à do quilograma.
Ou ainda: 45 kg = 45 x 1000
g = 45 000 g
Como as partículas que
constituem o átomo são extremamente pequenas, uma unidade especial teve que ser
criada para facilitar a determinação de suas massas. Essa unidade, denominada
unidade de massa atômica, é representada pela letra u.
1 u equivale a
aproximadamente 1,66 · 10−27 kg (veja artigo Unidade de massa atômica).
As massas do próton e do
nêutron são praticamente iguais: medem cerca de 1 unidade de massa atômica. A
massa do elétron é 1836 vezes menor que a do próton: essa massa é desprezível,
porém é errado dizer que o elétron é desprovido dela.
Carga elétrica
O elétron é uma partícula
dotada de carga elétrica negativa. A sua carga, que foi determinada
experimentalmente em 1908, equivale a uma unidade de carga elétrica (1 ue). A
carga do próton é igual à do elétron, só que de sinal contrário. o próton tem
carga eléctrica positiva. O nêutron não possui carga elétrica. Como seu nome
indica, ele é neutro.
Interação atômica
Se tivermos dois átomos
hipotéticos, cuja carga elétrica seja neutra, presume-se que estes não se
afetarão mutuamente por causa da neutralidade da força electromagnética entre
si.
A distribuição de cargas no
átomo se dá de forma diversa. A carga negativa é externa, a carga positiva é
interna, isto ocorre por que os elétrons orbitam o núcleo. Quando aproximamos
dois átomos, mesmo estando em perfeita neutralidade interna, estes se repelem,
se desviam ou ricocheteiam.
Exemplo típico ocorre no
elemento hélio (He) onde seus átomos estão em eterno movimento de mútuo
ricochete. Em temperatura ambiente, o gás hélio tem no movimento de seus átomos
um rápido ricochete. Ao diminuir a temperatura, o movimento oscilatório
diminui, o volume fica menor e a densidade aumenta. Chegaremos teoricamente num
ponto em que o movimento de ricochete diminuirá tanto que não se poderá mais
retirar energia deste. A este nível térmico, damos o nome de zero absoluto,
este é –273,15 °C.
Força de Van der Waals
A carga eletrônica não se
distribui de maneira uniforme, algumas partes da superfície atômica são menos
negativas que outras. Em função disto, a carga positiva que se encontra no
interior do átomo infiltrar-se-á pelas áreas menos negativas externas, por isso
haverá uma débil atração eletrostática entre os dois átomos chamada de força de
Van der Waals.
Em baixíssima temperatura,
os átomos de hélio movem-se muito lentamente, seu ricochete diminui a tal grau
que é insuficiente para vencer as forças de Van der Waals, como o átomo de
hélio é altamente simétrico, por este motivo as forças atuantes neste elemento
são muito fracas. A contração do hélio ocorre e este acaba por se liquefazer a
4,3 graus acima do zero absoluto.
Nos demais gases presentes
na natureza sua distribuição de cargas é menos simétrica que no hélio, as
forças de Van der Waals são maiores ocasionando uma liquefação em temperaturas
maiores.
Atração atômica
Nas regiões externas dos átomos,
a distribuição eletrônica se dá em camadas, sua estrutura apresenta a
estabilidade máxima se estas estiverem completas. Com exceção do hélio e outros
elementos com estabilidade e simetria semelhante, geralmente a camada mais
exterior do átomo é incompleta, ou podem possuir excesso de elétrons. Em função
disto pode haver a transferência de um ou dois elétrons do átomo em que estão
em excesso, para o átomo em que estão em falta, deixando as camadas externas de
ambos em equilíbrio.
O átomo que recebe elétrons
ganha carga negativa, e o que perdeu não equilibra totalmente sua carga
nucléica, positiva. Ocorre então o aglutinamento atômico.
Existe ainda o caso de dois
átomos colidirem. Ocorrendo, há o compartilhamento eletrônico entre ambos que
passam a ter suas camadas mais externas completas desde que permaneçam em
contato. pois eles tem em excesso um números de neutros .
Elementos químicos conhecidos
É importante ter em mente
que, átomo, é uma entidade elementar. O conjunto de átomos que apresentam o
mesmo número atômico (Z) é chamado de elemento químico. Desta forma, na Tabela
Periódica dos Elementos, a idéia de entidade elementar é substituída pela idéia
de "conjunto".
É possível ter
aproximadamente 10 sextilhões de átomos em uma casa (o algarismo 1 e 22 zeros à
direita.
Ex.: Ao procurar pelo
Carbono na Tabela Periódica, você deve saber que está procurando pelo Elemento
Carbono e não pelo átomo de Carbono.
Se o núcleo de um átomo fosse do tamanho de um limão com um raio de 3 cm, os elétrons mais afastados estariam cerca de 3 km de distância.
Moléculas
Uma vez partilhados
eletronicamente os átomos podem possuir entre si uma ligação tão forte que para
separá-los é necessária uma quantidade razoável de energia, portanto,
permanecem juntos. Estas combinações são chamadas de moléculas, nome derivado
do latim que significa pequeno objeto.
Nem sempre dois átomos em
contato são suficientes para ter estabilidade, havendo necessidade de uma
combinação maior para tê-la.
Para formar uma molécula de
hidrogênio são necessários dois átomos deste elemento, uma molécula de
oxigênio, necessita de dois átomos de oxigênio, e assim sucessivamente.
Para a formação de uma
molécula de água são necessários dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio;
metano, necessita de um átomo de carbono e quatro de hidrogênio; dióxido de
carbono (bióxido), um carbono, e dois oxigênios e assim sucessivamente.
Existem casos de moléculas
serem formadas por uma grande quantidade de átomos, são as chamadas
macromoléculas. Isto ocorre principalmente com compostos de carbono, pois o
átomo de carbono pode partilhar elétrons com até quatro elementos diferentes
simultaneamente. Logo, pode ser possível a constituição de cadeias, anéis, e
ligações entre estas moléculas longas, que são a base da chamada química
orgânica.
Essa é a base das moléculas
que caracterizam o tecido vivo, ou seja, a base da vida. Quanto maior a
molécula e menos uniforme a distribuição de sua carga elétrica, mais provável
será a reunião de muitas moléculas e a formação de substâncias líquidas ou
sólidas. Os sólidos são mantidos fortemente coesos pelas interações
eletromagnéticas dos elétrons e prótons e entre átomos diferentes e entre
moléculas diferentes.
Em algumas ligações atômicas
onde os elétrons podem ser transferidos formam-se os chamados cristais
(substâncias iônicas). Nestes, os átomos podem estar ligados em muitos milhões,
formando padrões de grande uniformidade. No átomo, sua interação nuclear
diminui à medida que aumenta a distância. As moléculas da água por exemplo são
chamadas de aguacormicas.
Partículas
O termo partícula deriva do
latim particula e significa parte muito pequena, corpo diminuto ou corpúsculo.
Esses minúsculos elementos
ou corpúsculos (se assim podemos nos permitir a definir) estão na base de tudo
o que existe no Universo, sendo atualmente entendidos como estados da matéria e
energia.
Em física, partícula
subatômica/subatómica, é a designação genérica daquelas, cujas dimensões são
muito menores que as de um átomo. Entre as partículas subatômicas/subatómica,
existem determinadas denominações, que foram escolhidas para designar os
números quânticos. O conhecimento das propriedades dessas partículas deu-se a
partir do final do século XIX.
No decorrer do século XX,
foi comprovada a existência de aproximadamente 200 destes corpúsculos. Neste
período, foram descobertas muitas das leis que governam as inter-relações e
interações entre essas partículas, as forças e campos que regem o Universo. Sua
quantidade e complexidade levaram ao desenvolvimento de formulações matemáticas
cada vez mais complexas, na tentativa de predizer seu comportamento.
Atualmente, os estudiosos,
através de exercícios teóricos e experimentos práticos, buscam teorias para
unificar e simplificar o estudo da estrutura universal, cujo tecido se desdobra
a cada nova descoberta.
Os Físicos que descobriram
alguns desses pequenos elementos utilizaram nomenclaturas que podem ser
consideradas ou soar estranhas. Porém, analisando mais profundamente,
observaremos que os quarks, por exemplo, chamados de: quark do topo; quark do
fundo; quark estranho, quark charmoso, têm razões para receberem estes nomes.
Estas nos dão uma ideia aproximada das propriedades singulares desses corpúsculos,
cujas dimensões são inferiores à do átomo.
Histórico
No final do século XIX, em
1897, foi descoberta a primeira partícula por Joseph John Thomson, o elétron.
Ernest Rutherford,
bombardeando uma chapa metálica com partículas alfa, descobriu que apenas uma
pequena fração dessas sofria desvio de trajetória. Com isso, concluiu que as
partículas que não se desviavam não encontravam, no metal, obstáculo que
causasse a deflexão de sua trajetória. Dessa forma, criou um modelo, no qual os
elétrons giravam em torno do núcleo atômico, que considerou a região central do
átomo, onde havia a maior parte da massa atômica.
Órbitas
O modelo de Rutherford se
baseava em órbitas eletrônicas, isto é, comparáveis a um sistema planetário. O
cientista chegou à conclusão de que a maior parte do átomo se encontra vazia,
estando praticamente a totalidade de sua massa no núcleo, este sendo em torno
de dez mil vezes menor que o átomo.
A quantidade de partículas subatômicas
Depois da descoberta do
núcleo em 1911, já foi comprovada a existência de muitas partículas
subatômicas. Desde aquela época, foram estabelecidas leis fundamentais da
matéria-energia que governam suas inter-relações, predizendo o comportamento
das sub-partículas. Isso levou os cientistas a procurarem encontrar soluções
teóricas que unifiquem e simplifiquem o estudo da estrutura básica do Universo.
Alguns tipos mais comuns
Partículas alfa que,
resumidamente, assemelha-se com o núcleo de hélio emitido em um processo
radioativo; partícula beta, elétron ou pósitron emitido num processo de
desintegração nuclear, possuidor de energia cinética; íons; elétrons, os
prótons; etc.
Classificam-se, também, as
partículas elementares, aquelas que se supõe fazerem parte do conjunto de
constituintes fundamentais da matéria; estas são caracterizadas por um conjunto
de números quânticos: massa; isospin; spin; paridade; carga elétrica; número
leptônico; número bariônico; estranheza;(Incluem-se nesta classe os léptons; os
mésons; os bárions; o fóton, os bósons W e Z e as respectivas antipartículas).
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