quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Perguntas & Respostas Sobre Astronomia
O que é a Astronomia? E a Astrofísica?
A Astronomia é a ciência que estuda o Universo, numa tentativa de perceber a sua estrutura e evolução. A Astronomia moderna, utiliza muitas vezes a Física para compreender os fenómenos que se observam no Universo, designando-se então Astrofísica.
O que fazem os astrónomos?
Os astrónomos utilizam telescópios e sondas espaciais para efectuar observações e o computador para tratar os dados obtidos e fazer estudos teóricos. O dia a dia de um astrónomo é normalmente passado à frente de um computador. Por vezes desloca-se a observatórios astronómicos para fazer observações ou a conferências internacionais para apresentar os resultados dos seus estudos aos outros astrónomos.
Onde se encontra a esfera celeste?
A esfera celeste é o local onde vemos projectados as estrelas, planetas e restantes corpos celestes.
As estrelas movem-se na esfera celeste?
As estrelas movem-se muito pouco na esfera celeste e a sua posição relativa não varia muito ao longo dos anos, nem mesmo ao longo dos séculos.
Os planetas movem-se na esfera celeste?
Como os planetas se encontram muito mais próximos de nós do que as estrelas e porque orbitam o Sol, parecem mover-se dia após dia em relação ao fundo de estrelas.
O Sol move-se na esfera celeste?
À medida que a Terra precorre a sua órbita em torno do Sol, este parece mover-se em relação às estrelas. O Sol precorre a eclíptica num ano.
O que é a eclíptica?
É a curva formada pela intersecção do plano da órbita da Terra com a esfera celeste.
Como se define o equador da esfera celeste?
O equador celeste é definido pelo círculo resultante da intersecção do plano definido pelo equador da Terra com a esfera celeste.
Qual é a estrela mais próxima do pólo Norte celeste?
A estrela mais próxima do pólo Norte celeste é a Estrela Polar.
O que é a ascenção recta e a declinação?
A ascenção recta e a declinação são equivalentes na esfera celeste à longitude e à latitude, respectivamente, sobre a superfície da Terra.
Como se chama o ponto do equador da esfera celeste onde o Sol se encontra a 21 de Março?
O Sol passa pelo ponto Vernal em 21 de Março.
Em que unidades se mede a ascensão recta de uma estrela? E a declinação?
A ascenção recta de uma estrela mede-se normalmente em horas, minutos e segundos. O valor da ascenção recta varia entre 0h0m0s e 23h59m59s. A declinação de uma estrela mede-se em graus, minutos de arco e segundos de arco. O valor da declinação varia entre -90º0'0" e +90º0'0".
O que é a paralaxe estelar?
A paralaxe estelar é a variação de posição de uma estrela em relação a outras mais distantes devido ao movimento da Terra em torno do Sol.
Porque é que as paralaxes estelares são tão difíceis de medir?
Porque mesmo as estrelas mais próximas estão muito longe. Por este motivo, as paralaxes são normalmente muito pequenas, inferiores a 1 segundo de arco.
Vistas da Terra as estrelas parecem nascer a Leste ou a Oeste? E a Lua e os planetas?
Devido ao movimento de rotação da Terra, as estrelas, a Lua, o Sol e os restantes planetas parecem nascer a Este.
Porque é que Vénus nunca é visto a nascer logo após o pôr-do-sol?
Vénus encontra-se mais perto do Sol do que a Terra. Visto da Terra, Vénus nunca aparece mais afastado do Sol do que cerca de 90 graus.
Se a Terra gira em torno do Sol, porque é que Aristóteles não detectou as paralaxes estelares?
As estrelas estão muito mais distantes do que Aristóteles pensava.
O que é o parsec?
Unidade de medida de distâncias astronómicas igual a 206 265 unidades astronómicas (cerca de 3,26 anos-luz). O parsec é a distância à qual nos teríamos que colocar para ver a distância Terra-Sol com uma separação angular igual a 1 segundo de arco.
Qual a diferença entre período sideral e período sinódico?
O período sideral é o tempo que leva até as estrelas distantes serem vistas na mesma posição. O período sinódico é o tempo que decorre até o Sol voltar à mesma posição.
Perguntas & Respostas Sobre o Sistema Solar
Quando é que um planeta entra em movimento retrógrado?
Um planeta com órbita exterior à da Terra entra em movimento retrógrado quando a Terra "ultrapassa" esse planeta ao descrever a sua órbita anual em torno do Sol.
Quanto é uma unidade astronómica?
Uma unidade astronómica corresponde ao semi-eixo maior da órbita da Terra em torno do Sol: cerca de 150 milhões de quilómetros.
Qual é a idade aproximada do Sistema Solar?
O Sol e os planetas formaram-se há cerca de 4,6 mil milhões de anos.
Porque é que é improvável que um planeta que possui um núcleo sólido tenha um grande campo magnético?
A existência de campos magnéticos intensos em torno de um planeta parecem resultar de um efeito de dínamo resultante da existência de um fluído condutor no interior do planeta.
Porque é que as atmosferas dos planetas jovianos são ricas em hidrogénio e hélio?
Os planetas jovianos contêm mais ou menos a mesma proporção de hidrogénio e hélio que o Sol, apresentando aproximadamente a composição química da nebulosa inicial a partir da qual todo o Sistema Solar se formou.
Quais são os planetas terrestres?
Os planetas terrestres são os 4 planetas pequenos, ricos em elementos pesados, que se encontram mais perto do Sol: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte.
Porque é que Mercúrio quase não possui atmosfera?
Mercúrio é muito quente e pequeno quando comparado com a Terra. Ambos os factores contribuem para que mesmo os gases com maiores massas possam escapar à atracção gravítica do planeta. O vento solar também contribui para "arrastar" qualquer partícula perto de Mercúrio.
Porque é que Vénus possui um efeito de estufa galopante?
A atmosfera de Vénus é muito rica em dióxido de carbono (CO2), cerca de 96%, que é um gás com um efeito de estufa muito forte.
O que é uma rotação retrógrada?
A rotação retrógrada indica que o planeta roda em torno do seu eixo no sentido contrário ao da maior parte dos planetas e satélites do Sistema Solar. Por exemplo, Vénus possui uma rotação retrógrada.
Existe água em Marte?
Parece seguro que existe gelo de água nas calotes polares de Marte. Também parecem existir evidências de que no passado longínquo existiu água líquida na superfície, o que não acontece actualmente.
O que poderá explicar o facto da atmosfera de Marte ser tão ténue comparada com a da Terra?
Marte tem uma massa muito pequena o que implica que a velocidade de escape é também pequena facilitando a "fuga" da atmosfera.
O que é a "Grande Mancha Vermelha" de Júpiter?
A Grande Mancha Vermelha é uma gigantesca tempestade na atmosfera de Júpiter.
Júpiter possui um campo magnético significativo?
Júpiter possui um campo magnético intenso, provavelmente com origem numa zona de hidrogénio líquido metálico que se supõe rodear o seu núcleo.
Porque terá a atmosfera de Júpiter tanto hélio se a nossa tem tão pouco?
O hélio foi afastado para as zonas exteriores do Sistema Solar pelo vento solar, logo após a formação do Sol. Este facto fez com que a Terra tenha evoluído numa zona com pouco hélio e, mesmo se algum fez parte da sua atmosfera, terá "fugido" devido à pequena velocidade de escape da Terra. No caso de Júpiter, nenhum destes factores o afectaram. Por este motivo Júpiter possui hélio (e hidrogénio) em proporções muito semelhantes às do Sol.
Porque é que o limite de Roche ajuda a explicar os anéis de Saturno?
Os anéis de Saturno estão dentro do limite de Roche do planeta. Este facto sugere que os anéis podem ter tido origem na "destruição" de pequenos corpos pelas forças de maré.
Quais os planetas que possuem anéis?
Todos os planetas jovianos possuem anéis, provavelmente porque as suas massas e tamanhos tornam provável que as forças de maré tenham "desfeito" pequenos corpos que tenham inicialmente orbitado estes planetas.
Porque é que Plutão não é um planeta joviano?
Plutão e o seu companheiro, Caronte, não possuem as características dos planetas jovianos: não são planetas gigantes gasosos. Actualmente conhecem-se muitos outros corpos com características muito semelhantes às de Plutão e Caronte e que constituem uma população de pequenos corpos que existem para lá de Neptuno, designados por objectos da cintura de Kuiper.
Quais são os planetas jovianos?
Os planetas jovianos, também designados por planetas gigantes gasosos são: Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno.
55 Cancri
55 Cancri, na constelação de Cancer é uma estrela binária que dista 41 anos-luz da Terra, onde existe um sistema planetário com 5 planetas confirmados em 2007. É também chamado de Rho Cancri no sistema de Bayer.
A primeira estrela, chamada 55 Cancri A é uma estrela parecida com o nosso Sol, a segunda, 55 Cancri B, é uma pequena estrela vermelha. As duas estrelas estão a uma distância de 1000 UA uma da outra.
Foram descobertos cinco planetas extra solares orbitando 55 Cancri, quatro comparáveis à massa de Júpiter (55 Cancri b, 55 Cancri c, 55 Cancri d e 55 Cancri f) e o quinto à de Neptuno (55 Cancri e).
Este é o primeiro sistema planetário extra solar com 5 planetas jamais descoberto.
Os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler anunciaram ontem a descoberta de dois novos planetas extra-solares, possivelmente de natureza similar à da Terra, mas com 10 a 20 vezes mais massa. Nos bastidores, entretanto, eles travavam uma espécie de "guerra dos mundos" contra um grupo europeu: em disputa, a primazia na descoberta desse tipo de astro.
A divulgação do feito americano foi conduzida como se tivesse sido a primeira descoberta de sua categoria, apresentada pessoalmente por Marcy, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Butler, da Carnegie Institution de Washington, numa entrevista coletiva organizada pela Nasa, a agência espacial americana.
Mas o evento ocorreu uma semana depois da divulgação de um outro achado, por um grupo liderado por Michel Mayor e Didier Queloz, do Observatório de Genebra, de um astro do mesmo tipo.
Cientificamente, os três novos planetas são igualmente relevantes. Todos eles demonstram a recém-adquirida capacidade dos astrônomos de encontrar astros menores que Júpiter e Saturno, os gigantes gasosos mais abrutalhados do Sistema Solar (com cerca de 143 mil e 120 mil quilômetros de diâmetro, respectivamente). Agora, a caça se concentra nos astros do porte de Urano e Netuno, que têm um diâmetro médio de "apenas" 50 mil quilômetros.
"Estamos começando a ver planetas cada vez menores. Planetas como a Terra são o próximo destino", disse Butler, na coletiva.
Os planetas são, grosso modo, divididos em dois tipos: gigantes gasosos, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, e rochosos, como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Destes últimos, a Terra é o maior já visto, com cerca de 12,7 mil quilômetros de diâmetro.
O principal mistério dos três novos planetas é que eles podem ser quase híbridos: similares à Terra, com solo rochoso, mas do tamanho de Urano e Netuno. Isso porque giram muito perto da estrela, onde supostamente não deveria haver gigantes gasosos.
Questão de tipo
Por outro lado, sabe-se que há muitos planetas como Júpiter perto de suas estrelas --os chamados "jupiterianos quentes"--, o que também não faz muito sentido para as teorias mais aceitas de formação planetária. Então ninguém sabe ainda dizer se os novos planetas estão mais para "Uranos quentes" ou "Terras gigantes".
Sejam o que forem, seus ambientes não são lá muito hospitaleiros. O descoberto pelos europeus, que gira em torno da estrela mu Arae, se for rochoso como a Terra, deve ter uma temperatura superficial da ordem de 600C. E esse é o mais distante de sua estrela, em que um ano leva dez dias terrestres para terminar.
No caso dos dois achados americanos, o primeiro está em torno da estrela Gliese 436 e completa uma órbita a cada 2,5 dias. O exemplo mais interessante, entretanto, é o que foi achado por Marcy e Butler em 55 Cancri --estrela-mãe de um sistema tão interessante quanto o nosso.
Já é o quarto astro descoberto em torno dessa estrela. Os três primeiros eram gigantes gasosos. Um deles, inclusive, é como Júpiter. Além de grande, está bem distante de sua estrela.
A mais nova adição é a mais próxima de 55 Cancri --com massa 12 a 23 vezes a da Terra, o planeta completa uma órbita em três dias terrestres, a uma distância média de 5,6 milhões de quilômetros da estrela. A Terra gira ao redor do Sol a uma distância de 149,5 milhões de quilômetros.
Na "guerra dos mundos" entre os cientistas, é difícil dizer quem está na frente. O grupo europeu foi o primeiro a divulgar seu planeta à imprensa, mas seu estudo, submetido à revista "Astronomy and Astrophysics", ainda não foi aceito. Ontem, a Nasa fez questão de enfatizar que os dados de Marcy e Butler sobre os novos planetas já haviam sido revisados e aceitos para publicação na revista "Astrophysical Journal".
Gliese 581g - Possível Planeta Habitável
Uma equipe de
"caçadores de planetas" encontrou o que poderá ser, se confirmado, o
primeiro exoplaneta (planeta fora do sistema solar) habitável. Os astrônomos da
Universidade da Califórnia e do Instituto Carnegie, em Washington, anunciaram
nesta quarta-feira que o corpo celeste encontrado possui um tamanho próximo ao
da Terra e orbita uma estrela na constelação de Libra, a 20 anos luz de
distância.
De acordo com o artigo
encaminhado para o periódico Astrophysical Journal, o exoplaneta se encontra
exatamente no meio da "zona habitável" da estrela anã Gliese 581, uma
região onde há condições naturais para que água líquida se forme na superfície
do planeta. Se confirmado, o exoplaneta será o mais parecido com a Terra já
encontrado e o primeiro candidato a uma possível colonização. Outros dois
exoplanetas na zona habitável do sistema da estrela anã Gliese 581 já foram
encontrados. Contudo, eles se encontram nas extremidades, onde a temperatura é
muito fria ou muito quente.
Para que um planeta seja
potencialmente habitável, ele precisa dar condições para a formação da vida
como conhecemos, não necessariamente um lugar agradável para se viver. Muitos
fatores influenciam se um planeta será habitável ou não, mas a água líquida e a
existência de uma atmosfera estão entre as características mais importantes,
segundo os astrônomos.
Luz e escuridão — O
exoplaneta foi encontrado depois de observações que duraram 11 anos, utilizando
uma mistura de técnicas avançadas e telescópios convencionais. A equipe
descobriu mais dois exoplanetas orbitando em volta da Gliese 581, colocando o
sistema no topo da lista dos mais populosos, ao lado do nosso sistema solar,
com seis planetas.
O mais interessante dos dois
exoplanetas descobertos é o Gliese 581g, com uma massa três vezes superior à da
Terra e uma período de translação (tempo que o planeta leva para dar uma volta
completa em torno de sua estrela) inferior a 37 dias. Gliese 581g está
"preso" à estrela, o que significa que um lado do planeta recebe luz
constantemente, enquanto o outro é de perpétua escuridão. A zona mais habitável
na superfície do exoplaneta seria a linha entre a sombra e a luz, com
temperaturas caindo em direção à sombra e subindo em direção à luz. A
temperatura média varia entre -31 e -12 graus célsius, mas as temperaturas
reais podem ser muito maiores na região de frente para a estrela e
infinitamente menores na região contrária. A gravidade no Gleise 581g é semelhante à da Terra, o que significa que
um ser humano conseguiria andar sem dificuldades.
Os cientistas acreditam que
o número de exoplanetas potencialmente habitáveis na Via Láctea pode chegar a
20%, dada a facilidade com que Gliese 581g foi descoberto. Se fossem raros,
dizem os astrônomos, eles não teriam encontrado um tão rápido e tão próximo. No
entanto, ainda vai demorar muito até que o homem consiga sair da Terra e comece
a colonizar outros planetas fora do sistema solar.
Planeta Osíris
HD 209458 b, com o nome
provisório de Osíris pelos seus descobridores, em honra ao deus egípcio Osíris,
é um planeta extrassolar que orbita uma estrela semelhante ao sol, denominada
HD 209458 na constelação de Pegasus, a cerca de 150 anos-luz do sistema solar
da Terra. HD209458 é uma estrela de magnitude 7, visível da Terra com a ajuda
de binóculos. O raio da órbita de Osíris é de 7 milhões de quilômetros,
resultando num ano de cerca de 3,5 dias terrestres e uma temperatura em
superfície calculada em 1000 graus Celsius. A sua massa é cerca de 200 vezes a
massa da Terra, sugerindo que é provavelmente um planeta gasoso gigante.
A 27 de Novembro de 2001 o
Telescópio Espacial Hubble detectou hidrogênio na atmosfera do planeta, a
primeira atmosfera planetária fora do nosso sistema solar foi medida. No outono
de 2003, o Hubble também detectou Oxigênio e Carbono.
Em Abril de 2007, tornou-se
no primeiro planeta fora do sistema solar onde foi descoberto vapor d'água.
O planeta em sua evolução
veio a migrar de seu ponto de formação para uma órbita mais apertada em relação
a sua estrela. Devido a tal proximidade, o vento de partículas e radiação
recebidas de sua estrela é tão intensa que supera a gravidade do planeta que
está perdendo matéria de suas camadas gasosas para o espaço.
No futuro, a única coisa que
deve sobrar de Osíris será seu núcleo sólido ferro-rochoso.
Acredita-se que alguns dos
poucos planetas rochosos conhecidos se tenham formado assim. Um exemplo é a
estrela 55 Cancri, em que o objeto mais próximo dela, um mundo sólido que tem
14 vezes a massa da Terra, pôde ter no passado grandes camadas gasosas, que
foram varridas pela sua estrela até sobrar somente núcleo sólido, formando um
planeta rochoso.
Os gases emanados para fora
de Osíris formam uma cauda que apontam na direção contrária à estrela como um
cometa passando perto do Sol.
Imagem mostra o planeta HD 189733b, onde foi foi
detectada a presença de água na atmosfera, próximo a sua estrela
Um grupo internacional de
cientistas detectou vapor d'água na atmosfera de um exoplanetas (planetas
externos ao sistema solar) e que está há cerca de 60 anos-luz da Terra, disse
nesta quinta Ignasi Ribas, um dos pesquisadores envolvidos na descoberta.
O físico, membro do
Instituto de Ciências do Espaço (CSIC) de Barcelona (nordeste da Espanha) e do
Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha (IEEC), explicou que já se
suspeitava que nos exoplanetas havia água, mas é a primeira vez que sua
existência é comprovada com evidências científicas.
O estudo foi publicado na última
edição da revista Nature e sua principal autora é Giovanna Tinetti, da Agência
Espacial Européia (ESA).
Além disso, participaram do
trabalho pesquisadores da Universidade de Harvard (Estados Unidos), e de
entidades científicas de países como a França, Taiwan e Reino Unido.
Segundo Ribas, "é a
primeira vez que se detecta vapor de água em um exoplaneta, e além disso, em
grandes quantidades", tal como pôde ser observado com o telescópio
espacial infravermelho Spitzer.
A descoberta, disse,
"não se trata unicamente de vestígios de água, mas a molécula de água é o
composto dominante na atmosfera".
Este exoplaneta, batizado
como HD 189733b, está há cerca de 60 anos luz da Terra, com o que, explicou, se
trata de um corpo "vizinho".
A vantagem oferecida por
este exoplaneta para seu estudo é que, devido à inclinação de sua órbita, ele
transita na frente de sua estrela, com uma conseqüente diminuição do brilho ao
ser observado da Terra.
Além disso, a relação de
tamanhos entre o planeta e a estrela é muito propícia, de modo que a diminuição
é notável.
Até o momento, continuou,
para tentar detectar água tinha sido usado a ocultação do planeta por parte da
estrela para estudar a emissão na região infra-vermelha do espectro.
Mas, para surpresa dos
cientistas, as pesquisas não tiveram sucesso.
Neste trabalho, os
pesquisadores realizaram suas observações "ao contrário", ou seja,
quando o planeta transitava diante da estrela.
Assim, comprovaram que o
tamanho do planeta é ligeiramente diferente em comprimentos de onda diferentes,
também no infravermelho.
As diferenças de tamanho
observadas se correspondem perfeitamente com uma maior ou menor absorção por
parte da molécula de água, e isto sugere que o vapor d'água está presente na
atmosfera.
Estou realmente
impressionado com a perfeição da imagem do planeta
que até agora a informação
que tenho é de que é real
Achei mais fotos dele
inclusive este é o mapa dele
Nesta foto aparece os aneis dele
que deixam rastro como um cometa
51 Pegasi B
51 Pegasi b foi o primeiro
planeta descoberto orbitando uma estrela como o Sol, a 51 Pegasi, fora do
sistema solar.
A letra "B" em 51
Pegasi b é usada para diferenciar o planeta da estrela que ele orbita. Planetas
companheiros a descobrir serão designados como C, D, e por aí em diante. Depois
da sua descoberta, muitas equipes confirmaram a sua existência e obtiveram mais
observações das suas propriedades, incluindo o facto de orbitar muito próximo
da estrela,(a distância orbital entre 51 Pegasi b e sua estrela-mãe equivale a
menos da metade da distância média entre Mercúrio e o Sol) sofrer temperaturas
de cerca de 1000 graus celsius, e ter cerca de metade da massa de Júpiter. Na
altura da descoberta, esta distância curta não era compatível com a teoria da origem
dos planetas e resultou em discussões de migração orbital.
O planeta foi descoberto
usando um espectômetro que pode detectar a leve e as mudanças regulares de
velocidade nas linhas de espectro da estrela de 70 metros por segundo. Estas
mudanças são causadas pelos efeitos gravitacionais do planeta que dista 7
milhões de quilómetros da estrela.
Depois do anúncio, a 12 de
outubro de 1995, a confirmação veio pelo Dr. Geoffrey Marcy e Dr. Paul Butler
das universidades norte-americanas Universidade Estadual de São Francisco e
Universidade da Califórnia em Berkeley, respectivamente. Usaram o Espectografo
Hamilton no obervatório de Lick perto da cidade de San Jose na Califórnia.
Esta descoberta do primeiro
exoplaneta estabeleceu um marco na pesquisa astronómica, e desde então mais
exoplanetas nas estrelas vizinhas do Sol têm sido descobertos.
Depois de descobrir a sua
existência foi confirmada por numerosas observações que derramaram muitas das
suas características. O método de detecção foi o da velocidade radial para
medir o produto da massa do planeta dentro do ângulo de inclinação orbital: m ·
sem (i) = 0,468 + / - 0,007 (medido em massa de Júpiter ). Este método
permite-nos dar um planeta de massa limite inferior ou mínimo deve ter. As
variações de velocidade radial tem uma amplitude de 59 m / s mostram um período
orbital de 4,239 ± 0,001 dias. Tem havido muita especulação sobre a possível
existência de um companheiro planetário de menor massa em órbitas ponto mais
distante que 51 Pegasi é classificado como um dos sistemas candidatos a abrigar
um planeta terrestre na chamada faixa habitável , que neste sistema, uma
estrela tão parecido com o dom , é também 1-2 UA.
Embora originalmente
previsto que ele poderia ser um corpo rochoso desde as teorias de formação de
gigante de gás proibir a sua formação tão perto agora acredita-se que um valor
tão elevado da massa só é compatível com um gigante gasoso Tipo de Júpiter ).
A descoberta do primeiro
planeta extra-solar foi um grande sucesso de pesquisa astronômica, mostrando os
astrônomos que os planetas gigantes poderiam existir em um período curto órbitas
que até então não foi considerada. Uma vez que eles viram que tais planetas
poderiam existir, aconteceu uma trilha de descobertas de planetas. Atualmente
51 Pegasi pertence a toda uma categoria de planetas chamados Júpiteres quentes
. 51 Pegasi, como os planetas não são compatíveis com os atuais modelos de
formação planetária em sua descoberta estimulou o debate sobre novas teorias de
migração planetária em que os planetas podem evoluir ao longo de sua vida suas
órbitas mais próximas da sua estrela pode muito mais perto de onde elas
originalmente se formaram. Repensando as teorias de formação planetária ea
evolução ainda continua hoje com a descoberta de mais mundos estranhos com
órbitas mais extremas e as massas, se possível.
Sistema de Alfa Centauri
Há 4,4 anos-luz de
distância, o Alpha Centauri é o sistema
estelar mais próximo do nosso Sistema Solar.
É formado por três estrelas,
e a Proxima Centauri, a mais próxima da Terra, é a menos brilhante de todas.
Alpha Centauri A e B são estrelas binárias, separadas por uma distância 23
vezes maior do que a distância entre a Terra e o Sol.
Alpha Centauri A, também
conhecida como Rigil Kentaurus, é a estrela mais brilhante da constelação de
Centaurus e a quarta estrela mais brilhante no céu noturno.
O Alpha Centauri só pode ser
visto da Terra no hemisfério Sul.
Alpha Centauri (α Centauri /
α Cen); também conhecida como Rigel Centaurus, Rigil Kentaurus, Rigil Kent, ou
Toliman é a estrela mais brilhante da
constelação de Centauro, sendo a terceira mais brilhante do céu, vista a olho
nu.
Esta estrela é, na verdade,
um sistema triplo, no qual Alpha Centauri A e Alpha Centauri B giram em torno
de um centro comum, gastando quase 80 anos para completar uma órbita, já Alpha
Centauri C, também chamada de Proxima Centauri demora mais de 1 000 000 de anos
para completar uma órbita em torno das componentes principais e é a estrela
mais próxima do Sol, a 4,2 anos-luz, enquanto o sistema Alpha Centauri AB estão
um pouco mais distantes a 4,4 anos-luz.
A estrela Alpha Centauri A é
uma estrela amarela, cerca de 23% maior que o Sol. Já Alpha Centauri B é uma
estrela laranja com um raio 14% menor que o solar. Enquanto que Proxima
Centauri é uma anã vermelha com brilho muito reduzido e diâmetro de 1,5 vezes maior
que o diâmetro de Júpiter, tanto que só foi descoberta, em 1915 pelo astrônomo
britânico-sul-africano Robert Thorburn Ayton Innes (1861-1933).
Tamanho e cor dos componentes de Alfa Centauri
aparecem em escala comparados com o Sol.
O sistema Alpha Centauri é
visível em todo hemisfério sul e situa-se a leste do Cruzeiro do Sul. A olho nu
apresenta-se como uma estrela única de magnitude -0,29. Com telescópios de
pequeno porte já se podem distinguir a Alpha Centauri A e Alpha Centauri B. Já
a Proxima Centauri, em virtude de sua cor alaranjada e tamanho reduzido, só
pode ser observada com telescópios profissionais.
Etimologia
O nome da estrela mais
brilhante da constelação de Centauro é de origem árabe. Rigel Centaurus ou
Rigil Kentaurus ou Rigil Kent provem da frase em árabe Rijl Qantūris ou Rijl
al-Qantūris, que significa o "Pé do Centauro". O outro nome
alternativo é Toliman, que também vem do árabe al-Zulmān e significa "o
avestruz".
Se algum dia desenvolvermos
a capacidade de viajar a outros sistemas estelares, é muito provável que o
primeiro sistema a ser visitado será sistema triplo de Alfa Centauri.
Localizado a cerca de 4,2 anos-luz da Terra é o sistema estelar mais próximo de
nosso sistema solar.
O sistema Alfa Centauri é
composto de 3 estrelas, sendo as duas principais de tamanho semelhante ao nosso
sol e orbitando uma ao redor da outra e a terceira é uma pequena estrela anã
que orbita as duas primeiras a uma grande distância de quase 1/4 de ano-luz
delas.
A estrela “A” do sistema é
quase uma irmã gêmea de nosso sol e é ao redor dela que parece ser mais
provável a existência de um planeta semelhante à Terra.
Cientistas da Universidade
da Califórnia em Santa Cruz realizaram simulações correspondentes a 200 milhões
de anos de vida das estrelas e aplicando parâmetros de todos os modelos de
formação de planetas conhecidos. Em todas as simulações surgiram vários
planetas orbitando as estrelas principais com pelo menos um deles sendo do
tamanho da Terra, em grande parte das vezes um destes planetas estava dentro da
zona habitável na órbita de sua estrela.
Os cientistas afirmam que
devido às condições favoráveis de proximidade e brilho das estrelas é possível
a observação destes planetas, caso eles existam, para isto seria necessário o
uso de um telescópio dedicado ao estudo durante cerca de 5 anos.
Acima as estrelas “A”
(alaranjada) e “B” (azulada) do sistema Alfa Centauri e ao centro o Cruzeiro do
Sul.
Esta é uma notícia
simplesmente espetacular já que este é o nosso vizinho mais próximo e seria
excelente ter um planeta habitável em uma área destas, acredito que se for
comprovado, os estudos para desenvolvimento de tecnologia de viagens
inter-estelares serão acelerados. Nem seria necessária uma tecnologia mágica de
ficção para realizar uma viagem destas no tempo de vida de um ser humano, não
precisaria quebrar nenhuma lei da física para tanto.
Uma sonda automática poderia
ser enviada para lá e chegar talvez em poucas décadas e então enviar dados
sobre os planetas do sistema de volta à Terra, nada que seja realmente
impossível hoje em dia. Imaginem em uns 25 ou 50 anos. Esta notícia também é particularmente
interessante aos fãs de Jornada nas Estrelas, a série original.
As 3 Estrelas
Alfa Centauri A é uma
estrela da classe espectral G2V, como o Sol, mas ligeiramente maior e 51,9%
mais brilhante. Sua magnitude é +4,37 e tem massa de 2,19 x 1030 kg ou pouco
mais de 2 nonilhões de toneladas (366.000 Terras), o que corresponde a 51% da massa
de seu sistema estelar. A gravidade é de 200 m/s² ou 20,3 g e a velocidade de
escape é de 585 km/s. O diâmetro equatorial é de 1.530.000 km (120 Terras), o
volume é 1.728.000 vezes maior que o da Terra e a densidade média é de 0,84
g/cm³. Sua superfície é composta de hidrogênio (71,5%), hélio (25,8%) e
elementos pesados (2,74%) e tem uma temperatura média de 5.520 ºC. Os colonos
novihumanos a chamam de Tolimã, nome derivado de Al-Zuliman, as avestruzes,
nome dado à constelação pelos árabes.
a Centauri B (Búngula)
Alfa Centauri B é da classe
espectral K1V e tem a metade da luminosidade do Sol. Sua magnitude é +5,72 e a
massa é de 1,8 x 1030 kg ou 1,8 nonilhões de toneladas (302.000 Terras), 42% da
massa de seu sistema estelar. A gravidade é de 332 m/s² ou 33,8 g e a
velocidade de escape é de 633 km/s. O diâmetro equatorial é de 1.202.000 km (94
Terras), o volume é 841.000 vezes maior que o da Terra e a densidade média é de
1,98 g/cm³. Sua superfície é composta de hidrogênio (69,4%), hélio (27,7%) e
elementos pesados (2,89%) e tem uma temperatura média de 4.990 ºC. Os colonos
novihumanos a conhecem com o nome de Búngula – derivado do latim ungula (unha
ou casco), pois, para os antigos humanos, Alfa Centauri era um dos “cascos” da
constelação do Centauro.
Alfa Centauri C é uma anã
vermelha da classe M5eV (o “e” indica que é uma estrela eruptiva), com apenas
0,000138 (1/7.250) da luminosidade do Sol. Sua magnitude é normalmente de
+15,53, mas está sujeita a súbitas erupções que tipicamente duram vinte a trinta
minutos e têm um brilho trinta a cinqüenta vezes maior que o da própria
estrela. A massa é de 2,45 x 1029 kg ou 245 octilhões de toneladas (40.940
Terras), 6% da massa de seu sistema estelar.
A gravidade é de 1.600 m/s²
ou 163 g e a velocidade de escape é de 569 km/s. O diâmetro equatorial é de
201.000 km (15,8 Terras), o volume é 3.960 vezes maior que o da Terra e a
densidade média é de 56,9 g/cm³. A superfície é composta de hidrogênio (69,5%),
hélio (27,8%) e elementos pesados (2,9%) e tem uma temperatura média de 2.770
ºC. É conhecida pelos novihumanos com o nome de Próxima, por ser a estrela mais
próxima da Terra depois do Sol.
O Sistema Alfa Centauri ou
Rigel Kentaurus, situado a 4,35 anos-luz do Sistema Solar, tem 4,85 bilhões de
anos de idade (200 milhões mais que o Sol) e inclui três estrelas: Alfa
Centauri A, Alfa Centauri B e Alfa Centauri C.
As duas primeiras têm massas
comparáveis ao do Sol. Orbitam uma à outra em 80 anos terrestres, com uma
separação que em média é de 23 unidades astronômicas (3,44 bilhões de km,
aproximadamente a distância de Urano ao Sol), mas pode variar de 11 UA (1,65
bilhão de km, pouco mais que a distância de Saturno ao Sol) a 35 UA (5,24
bilhões de km, pouco mais que a distância de Netuno ao Sol). A terceira estrela,
bem menor, orbita as outras duas a uma distância de 13.000 UAs (1,9 trilhão de
quilômetros), em um período da ordem de um milhão de anos. Atualmente, está em
um trecho de sua órbita que passa entre o par principal e o Sol, o que a torna
a estrela mais próxima da Terra (4,28 anos-luz).
20 Curiosidades Sobre o Espaço
1. No espaço, os astronautas não conseguem chorar, porque não há gravidade para que as lágrimas possam escorrer.
2. O maior vulcão existente chama-se Olympus Mons e situa-se em Marte. Tem 600 Km de largura e é três vezes mais alto que o Monte Everest.
3. Cerca de 150 toneladas de fragmentos de meteoritos embatem na Terra todos os anos.
4. O telescópio Hubble é tão poderoso que consegue fotografar uma mosca a piscar os olhos a uma distância de 13.700 Km.
5. Quando os astronautas da Apollo 12 aterraram na Lua, o impacto causado fez com que a superfície lunar vibrasse durante 55 minutos. As vibrações foram captadas por instrumentos laboratoriais da NASA, o que levou os geólogos a criar a teoria de que a superfície de Lua é composta por frágeis camadas de rocha.
6. O planeta Júpiter é duas vezes maior do que todos os outros planetas, satélites, asteróides e cometas do nosso Sistema Solar juntos.
7. Segundo os cientistas, existe ouro em Marte, Mercúrio e em Vênus.
8. É possível ver 500.000 crateras na Lua olhando-se da Terra.
9. O Sol é 330.000 vezes maior que a Terra.
10. 7 é o número de grandes desastres ecológicos, possivelmente erupções vulcânicas, que modificaram o rumo da história da Terra ao longo dos últimos 300 milhões de anos.
11. 3 milhões é o número estimado de pessoas que morreram em conseqüência de terremotos desde 1900.
12. 45% dos Americanos não sabem que o Sol é uma estrela.
13. 41 - O tamanho do primeiro pé que pisou a Lua.
14. 175 dias - Era o tempo que uma pessoa a correr sem parar (9,5 Km/h) demoraria a dar uma volta à Terra. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 Km. Na circunferência de Júpiter, essa mesma tarefa levaria 1.935 dias ou mais de 5 anos.
15. 12.756 Km - O diâmetro da Terra à volta do Equador. De pólo a pólo, o diâmetro é de 12.713 Km.
16. 5.980.000.000.000.000.000.000 toneladas - O peso da Terra.
17. A Terra é sacudida por mais de 20.000 tremores de terra anuais, 80 vezes por dia.
18. São necessárias 200.000.000 palhinhas enfileiradas para dar uma volta à Terra.
19. Em Saturno, os ventos são 10 vezes mais fortes do que um furacão. A sua velocidade pode chegar aos 1.770 Km/h.
20. Se fôssemos a conduzir um carro a uma velocidade constante de 160 Km/h, levaríamos cerca de 221.000 milhões de anos para chegar ao centro da Via Láctea.
Curiosidades Sobre o Sol e a Terra
Fatos Sobre o Sol
1 - É a estrela mais próxima
da Terra
2 - É o centro do Sistema
Solar
3 - Fornece luz e calor para
a Terra
4 - Alimenta a fotossíntese
5 - Não se deve olhar pra
ele diretamente
6 - Em hipótese alguma use
um binóculo ou objeto óptico de aproximação
7 - No Sol não há fogo
8 - O calor do Sol é devido
a reações de fusão nuclear de átomos de hidrogênio formando hélio
9 - Um dia o Sol vai
expandir e ficar tão grande, vermelho e provavelmente engolirá até a Terra
10 - Se a Terra sobreviver à
expansão solar, quando o Sol começar a encolher e se tornar uma anã branca,
seremos um mundo frio, seco, escuro... Longe da fraca luz que mais se parecerá
a uma lua cheia bem mais brilhante de como é hoje em dia.
E se o Sol tivesse a metade de seu tamanho ?
Em poucas palavras, a vida
não existiria – pelo menos não do jeito como a conhecemos.
A temperatura, a cor e o
diâmetro do sol são determinados pela sua massa. Estrelas maiores são mais
quentes e mais azuis do que o nosso sol branco-amarelado, enquanto estrelas
menores são mais frias e vermelhas.
As estrelas anãs vermelhas –
o que o sol seria nessa situação hipotética – proporcionam uma estreita “zona
habitável” (área ao redor da estrela na qual a água líquida pode fluir na
superfície de um planeta). A Terra está na zona habitável do nosso sol, por
exemplo, enquanto Vênus está muito próximo e Marte se localiza bem na borda exterior
da zona.
No caso do tamanho do sol se
reduzir pela metade, a zona habitável mudaria para mais perto da estrela. Isso
significa que, se a órbita terrestre permanecesse à mesma distância, a nossa
água congelaria. Por outro lado, o planeta Mercúrio, cerca de dois terços mais
perto do sol do que a Terra, estaria no lugar certo para abrigar vida.
Existe uma discussão sobre
quão habitáveis as zonas produzidas por estrelas anãs vermelhas podem ser.
Astros menores produzem explosões de radiação frequentes, o que poderia
bombardear os planetas próximos a eles. Esses mundos poderiam também se tornar
“presos” ao sol – como a nossa Lua é à Terra, por exemplo – e apresentar,
consequentemente, um hemisfério eternamente quente e outro permanentemente
escuro.
Mas se de alguma forma a
vida conseguisse se manter, as plantas, por exemplo, “provavelmente seriam
pretas aos nossos olhos, absorvendo o máximo de luz possível de sua estrela
vermelha para conseguir realizar a fotossíntese”, explica Comins Neil,
professor de física na Universidade de Maine, Estados Unidos. A maioria das
plantas terrestres refletem luz e, assim, renunciam a uma parcela significativa
de luz.
Antes de morrer o Sol poderá explodir ?
O sol não vai explodir! O
sol irá se expandir como uma gigante vermelha e depois se contrair tornando-se
uma estrela anã branca. Segundo os modelos de evolução estelar, daqui a cerca
de 1,1 bilhão de anos o brilho do Sol aumentará em cerca de 10%, que causará a
elevação da temperatura aqui na Terra, aumentando o vapor de água na atmosfera.
O problema é que o vapor de água causa o efeito estufa. Daqui a 3,5 bilhões de
anos, o brilho do Sol já será cerca de 40% maior do que o atual, e o calor será
tão forte que os oceanos secarão completamente, exacerbando o efeito estufa.
Embora o Sol se torne uma gigante vermelha após terminar o hidrogênio no
núcleo, ocorrerá perda de massa gradual do Sol, afastando a Terra do Sol até
aproximadamente a órbita de Marte, mas exposta a uma temperatura de cerca de
1600 K (1327 C). Com a perda de massa que levará a transformação do Sol em uma
anã branca, a Terra deverá ficar a aproximadamente 1,85 UA.
Se a terra não tivesse uma atmosfera, como seriam as
temperaturas em sua superfície durante o dia e a noite?
A temperatura na Terra seria
muito instável, ou seja, mudaria rapidamente.
A atmosfera serve como um
"cobertor" que nos protege contra raios nocivos e contra o frio. E
sem ela, a temperatura chegaria a uns 60°C durante o dia e -100°C durante a
noite. Como a água começa a evaporar a partir de 1ºC, a 60°C a água já estaria
evaporando muito rápido. E o vapor d'água ficaria preso na atmosfera terrestre
por causa da gravidade, e então aqueceria mais o planeta (porque o vapor de
água também contribui para o efeito estufa). As temperaturas chegariam a uns
80°C de dia e -140°C de noite. Durante um eclipse solar, por exemplo, a sombra
que a Lua projeta sobre a Terra faria a temperatura cair para -50ºC.
É claro que se isso fosse
verdade a vida nunca teria se formado na Terra ou pelo menos seria diferente do
modo que a conhecemos.
O que aconteceria se a Terra tivesse mais luas?
Seria uma revolução natural.
Pelo menos quatro fenômenos sofreriam grandes alterações: o ciclo das marés, a
duração dos dias, a iluminação noturna e a quantidade de eclipses lunares. Isso
porque nosso satélite exerce grande influência no sobe-e-desce dos oceanos, na
velocidade de rotação da Terra (que determina a duração dos dias) e na
quantidade de luz refletida do Sol para cá. No infográfico ao lado, a gente
explica com detalhes todas essas mudanças, supondo que nosso planeta azul
tivesse mais duas luas, do mesmo tamanho que a "original" e em
distâncias equivalentes, a 384 mil quilômetros daqui. A gente está viajando
nessa suposição, mas a idéia não é tão absurda assim: alguns pesquisadores
juram que a Terra já tem mais de uma lua! Essa tese é superpolêmica, mas uma
coisa é certa: nunca chegaremos nem perto do número de luas dos planetas mais
distantes do Sol. Astros como Júpiter, Saturno, Netuno, Urano e Plutão estão
localizados numa região do sistema solar de baixa temperatura, mais propícia à
formação de luas. "O frio impediu que os blocos de gelo resultantes do Big
Bang - a megaexplosão que teria criado o universo - se descongelassem. Ao longo
de milhões de anos, eles se juntaram a pedaços de pedra e metal, formando
satélites atraídos pela gravidade de planetas maiores", afirma a astrônoma
Amelie Saintonge, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Entre os
planetas distantes do Sol, Júpiter tem 16 luas conhecidas, Saturno tem 18,
Netuno tem oito e Urano bate o recorde, com 21. A única exceção é último
planeta do sistema solar, Plutão, que tem apenas uma lua solitária - o planeta
é pequeno e não conseguiu atrair outros astros. A comparação com os planetas
próximos ao Sol, onde havia menos matéria-prima para formar luas, revela uma
diferença astronômica no número de satélites. Mercúrio e Vênus não têm luas, a
Terra só tem uma e Marte, duas.
E se... a terra tivesse anéis?
Se o Planeta tivesse anéis,
as pedras e poeira em órbita mudariam completamente a vida na Terra.
Em uma noite escura, uma
mancha surge no céu e começa a crescer. Ela logo assume o aspecto de uma faixa
brilhante e colorida, que se expande para o lado, em direção ao horizonte.
Ainda faltam algumas horas para o Sol nascer, mas em um planeta cercado por
anéis a alvorada começa mais cedo.
Fora a beleza do nascer e do
pôr-do-sol, quase tudo na nossa vida seria mais difícil se a Terra tivesse o
jeitão de Saturno. Se já tivemos ou não anéis permanece uma polêmica, tanto
quanto ainda é uma dúvida como se formaram os círculos em volta dos outros
astros do sistema solar (embora menos visíveis, há anéis em Júpiter, Urano e
Netuno). As teorias mais aceitas dizem que eles surgiram junto com os planetas,
ou que nasceram de colisões entre suas luas. Qualquer que seja o caso, ficamos
livres deles.
Mas ainda há uma outra
possibilidade: um meteoro que atingisse a Terra poderia nos dar um sistema de
anéis.
O impacto causaria explosões
em todo o planeta, aumento brutal da temperatura e uma camada de poeira que
cobriria a luz do Sol durante cerca de um ano. Grande parte da vida
desapareceria, quase toda a humanidade incluída. Porém, quem sobrevivesse
passaria a morar em um lugar completamente diferente. Um incrível anel em volta
da Terra jogaria sobre nós uma enorme sombra, que mudaria de lugar à medida que
o planeta girasse em torno do Sol. Ela se deslocaria entre os trópicos
acompanhando o inverno: estaria sobre o hemisfério sul nos meses de junho,
julho e agosto e sobre o norte nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. A
largura da sombra também mudaria. Nos solstícios, quando ela atingiria seu
maior tamanho, a escuridão talvez cobrisse uma faixa que fosse de São Paulo a
Maceió.
O anel refletiria os raios
solares e diminuiria a quantidade de calor que o nosso planeta recebe.
"Todo o clima da Terra seria afetado", diz o meteorologista Peter
Fawcett, da Universidade do Novo México, Estados Unidos. Ele montou, junto com
o físico Mark Boslough, dos Laboratórios Nacionais Sandia, também no Novo
México, uma simulação em computador do impacto que um anel teria nas condições
meteorológicas.
O círculo opaco imaginado
pela dupla é um tanto improvável, mas dá uma boa idéia do que poderia
acontecer. No modelo, as áreas na sombra do anel ficam muito mais frias e
deixam de ceder calor para as demais regiões. A temperatura média da Terra
diminui 8 graus centígrados e só ultrapassa os 20 graus em pouquíssimas
localidades, como partes do deserto do Saara. As camadas de gelo que hoje estão
sobre os pólos se espalham por todos os continentes. Durante o inverno, por
exemplo, a temperatura média no Amazonas passa a ser de 10 graus centígrados e
toda a região ao sul do Mato Grosso fica debaixo de neve. Quando é inverno no
hemisfério norte, o gelo passa a cobrir quase todo o Saara. O esfriamento reduz
a evaporação da água e o mundo se torna mais seco. O volume de chuvas diminui
em média 71%. Os ventos também se enfraquecem por causa da menor diferença de
temperatura entre a linha do Equador e os pólos.
Não é difícil imaginar que a
vida na Terra como a conhecemos passaria por maus momentos. As espécies que
sobrevivessem ao asteróide precisariam se adaptar às novas condições, mas em
contrapartida teriam muito espaço para crescer. "Nessas condições, a
evolução acontece de forma rápida", afirma o paleontólogo Reinaldo
Bertini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Os animais de hoje talvez
dessem origem a espécies mais bem adaptadas em algumas dezenas de milhares de
anos, uma piscadela em termos evolutivos. As beneficiadas seriam aquelas já
adaptadas a viver no frio, como pingüins, ursos e peixes polares. Insetos e
pássaros, pela enorme quantidade de espécies que existe hoje, também poderiam
desenvolver truques para migrar entre as áreas ou resistir às variações
sazonais. Hibernar para fugir do frio seria uma habilidade invejada. Para nós,
caçar e pescar seriam boas fontes de alimento, já que plantar e criar animais
seria muito mais difícil.
É provável, no entanto, que
a brincadeira não durasse para sempre. "Os anéis tendem a se dissipar pela
ação de efeitos como a radiação solar ou colisões entre as partículas. Se não
houver um outro mecanismo que os preserve, como a ação de um satélite, eles
podem desaparecer em alguns meses", diz a astrônoma Silvia Maria Giuliatti
Winter, da Unesp. O cenário montado pela simulação de Boslough e Fawcett se
assemelha às eras glaciais que o nosso planeta já teve, em especial a do
Eoceno, há 35,5 milhões de anos. A descoberta reforça a idéia ainda bastante
controversa de que, durante esse período, a Terra tenha tido anéis gerados pelo
impacto de asteróides e que desapareceram 100 mil anos depois. Se o novo anel
tiver o mesmo destino, milênios depois o planeta voltaria a ter características
muito parecidas com as de hoje. Já os habitantes teriam mudado para sempre.
1 - Um meteoro que atinja a
Terra em ângulo oblíquo pode ricochetear e gerar uma nuvem de vapor capaz de
lançar grande volume de detritos em órbita. A chance de que um asteróide de 10
quilômetros de diâmetro atinja o planeta nessas condições é de uma a cada 300
milhões de anos
2 - A Terra fica cercada por
objetos que variam de pequenos pedaços de poeira até grandes pedras. Algumas
escapam para o espaço, outras caem de volta na Terra. Uma parte do material
permanece girando em volta do planeta durante um longo tempo
3 - As pedras giram
rapidamente, começam a se chocar e, nesse processo, alinham sua trajetória e
sua velocidade. Elas tendem a se estabilizar sobre o Equador, numa altura onde
a gravidade da Terra não permite que se juntem e formem outra lua
4 - O resultado é um anel
girando sempre na mesma posição, que pode variar de tamanho e de transparência.
À medida que o planeta orbita o Sol, a sombra do anel se move em um hemisfério
diferente.
E se o nosso sistema solar tivesse duas estrelas?
O Sistema Solar seria
totalmente diferente. Uma estrela pequena (anã-vermelha), na altura da órbita
de Plutão certamente teria impedido a formação dos gigantes gasosos exteriores
(Urano e Netuno) e prejudicado fortemente o crescimento dos demais (Saturno e
Júpiter). Possivelmente seria um sistema binário com poucos planetas rochosos
orbitando a estrela maior. Não creio que haveriam gigantes gasosos nesse
sistema.
Uma estrela com massa 4x
menor que o Sol seria uma estrela mais fria que o Sol, classe M, e bem menos
brilhante.
Escurecimento Global
Escurecimento global é a
designação dada à redução da quantidade de radiação direta global na superfície
terrestre, observada ao longo de várias décadas após o início de medições
sistemáticas na década de 1950. Pensa-se que tenha sido causado por um aumento
da quantidade de aerossóis atmosféricos, como o carbono negro, devido à acção
do Homem. Este efeito variava com a localização, mas sabe-se que a nível
mundial a redução ocorrida foi da ordem dos 4% ao longo das três décadas entre
1960 e 1990. Esta tendência inverteu-se na década de 1990. O escurecimento
global interferiu com o ciclo hidrológico por via da redução da evaporação e
pode ter estado na origem de secas ocorridas em várias regiões. Por outro lado,
o escurecimento global cria um efeito de arrefecimento que poderá ter mascarado
parcialmente os efeitos dos gases do efeito estufa no aquecimento global.
Causas e efeitos
Pensa-se que o escurecimento
global ficou provavelmente a dever-se ao aumento do número de partículas de
aerossóis na atmosfera terrestre, resultado da acção do Homem. Os aerossóis e
outros particulados absorvem a energia solar e reflectem a luz do sol de volta
para o espaço. Os poluentes podem ainda transformar-se em núcleos em volta dos
quais se formam as gotículas que compõem as nuvens. O aumento da poluição
acarreta a produção de maiores quantidades de particulados o que dá origem à
formação de nuvens com um maior número de pequenas gotículas (isto é, a mesma
quantidade de água encontra-se dispersa num maior número de gotículas). As
gotículas mais pequenas tornam as nuvens mais reflectoras, aumentando assim a
quantidade de luz solar que é reflectida de volta para o espaço e diminuindo
aquela que atinge a superfície terrestre.
As nuvens interceptam tanto
o calor proveniente do sol como o calor radiado pela Terra. Os seus efeitos são
complexos e variam com o tempo, localização e altitude. Geralmente, durante o
dia, a intercepção da luz solar é predominante, resultando num efeito de
arrefecimento; durante a noite a re-radiação do calor para a Terra, abranda a
perda de calor desta.
Trabalhos de pesquisa
China Oriental. Dezenas de incêndios ardem na
superfície (pontos vermelhos) e um manto de fumo cobre a área. Imagem do
satélite Aqua da NASA
Em finais da década de 1960,
Mikhail Ivanovich Budyko trabalhou com modelos climáticos simples de equilíbrio
de energia e em duas dimensões enquanto investigava a reflectividade do gelo.
Descobriu que o mecanismo de retorno gelo-albedo, criava um ciclo de retorno
positivo no sistema climático. Quanto mais neve e gelo existem na superfície da
Terra, maior é a quantidade de radiação solar que é reflectida para o espaço,
logo mais fria a Terra se torna e mais neve cai. Outros estudos concluíram que
a poluição ou uma erupção vulcânica podiam conduzir-nos rapidamente a uma era
glacial
Em meados da década de 1980,
Atsumu Ohmura, um investigador em geografia a trabalhar no Instituto Federal
Suíço de Tecnologia, descobriu que a radiação solar que atingia a superfície
terrestre havia diminuído em mais de 10% ao longo das três décadas anteriores.
As suas descobertas encontram-se em aparente contradição com o aquecimento
global - a temperatura global tem vindo a subir de forma continuada. Menos luz
a atingir a Terra deveria resultar no arrefecimento desta. Ohmura publicou as
suas conclusões na obra Secular variation of global radiation in Europe em
1989. A
este trabalho de Ohmura seguir-se-iam em breve outros .Vivii Russak em 1990
publica Trends of solar radiation, cloudiness and atmospheric transparency
during recent decades in Estonia[5] e Beate Liepert em 1994 publica Solar
radiation in Germany - Observed trends and an assessment of their causes. O escurecimento também foi observado em vários locais
um pouco por toda a antiga União Soviética. Gerry Stanhill que publicou vários
estudos sobre este assunto, cunhou a expressão escurecimento global .
Pesquisas independentes em
Israel e nos Países Baixos em finais da década de 1980, mostraram uma redução
aparente na quantidade de luz solar[9], que foi estimada ser em média de 2 a 3%
por década, com a possibilidade de a tendência ter sido invertida no início da
década de 1990. É difícil efectuar uma medição precisa, devido à dificuldade
existente na calibração da instrumentação utilizada e à cobertura espacial
limitada. No entanto, o efeito encontra-se quase de certeza presente.
A redução ocorridda (2 a 3%,
conforme indicado acima) deve-se a mudanças no interior da atmosfera terrestre;
a quantidade de radiação solar nas camadas exteriores da atmosfera variou
apenas uma fracção daquela quantidade.
Ponte Golden Gate com a característica nuvem castanha
da Califórnia em fundo -- um possível contribuinte para o escurecimento global.
Foto CC 2004 de Aaron Logan
O efeito de escurecimento
varia enormemente de local para local na superfície da Terra, mas algumas estimativas
para os valores na superfície são:
5.3% (9 W/m²); no período
1958-85 (Stanhill and Moreshet, 1992
2% por década no período
1964-93 (Gilgen et al, 1998)
2.7% por década (20 W/m² no
total); até 2000 (Stanhill and Cohen, 2001)
4% no período 1961–90
(Liepert, 2002)
Note-se que estes valores
referem-se à superfície terrestre não sendo uma média global. Desconhece-se se
ocorreu escurecimento (ou clareamento) sobre os oceanos apesar de uma medição
específica ter medido os efeitos do escurecimento a aproximadamente 650 km da
Índia sobre o Oceano Índico em direcção às Maldivas. Os efeitos regionais são
provavelmente dominantes mas não estão estritamente confinados a áreas de terra
firme, sendo dependentes da circulação regional de ar. As maiores reduções
foram encontradas nas latitudes médias do Hemisfério Norte. A zona do espectro
de luz mais afectada parece ser a faixa da luz visível e infravermelha .
Dados obtidos com tanques evaporimétricos
Ao longo dos últimos 50
anos, os dados sobre evaporação obtidos por meio de tanques evaporimétricos têm
sido cuidadosamente estudados. Durante décadas, ninguém prestou grande atenção
aos dados obtidos com tanques evaporimétricos. Mas na década de 1990 os
cientistas repararam em algo que na altura foi considerado bastante estranho: a
velocidade de evaporação estava a diminuir apesar de se esperar que aumentasse devido
ao aquecimento global. A mesma tendência foi observada na China ao longo de um
período similar. A diminuição da irradiância solar tem sido apontada como sendo
a força por detrás deste fenómeno. No entanto, ao contrário de outras regiões
do globo, na China a diminuição da irradiância solar não foi sempre acompanhada
por um aumento da nebulosidade e precipitação. Acredita-se que os aerossóis
podem ter um papel decisivo na diminuição da irradiância solar observada na
China.
O produtor da série BBC
horizon, David Sington, crê que muitos cientistas que estudam o clima, vêem os dados
dos tanques evaoporimétricos como a prova mais convincente do escurecimento
solar. As experiências com tanques evaporimétricos são fáceis de reproduzir com
equipamento de baixo custo, existindo inúmeros equipamentos deste tipo
utilizados pela agricultura um pouco por todo o mundo, e em muitos casos
existem registos de dados ao longo de quase meio século. Porém, a evaporação
medida depende de vários factores adicionais, além da radiação solar. Dois
destes factores são o défice de pressão de vapor e a velocidade do vento. Um
tanto surpreendentemente a temperatura ambiente parece ser um factor
negligenciável. Os dados dos tanques evaporimétricos corroboram os dados
obtidos pelos radiômetros e preenchem os espaços em branco existentes nos dados
obtidos com piranómetros. Efectuados os ajustamentos para estes factores, os
dados obtidos com tanques evaporimétricos têm sido comparados com resultados de
simulações climáticas
Causas prováveis
Imagem da NASA mostrando esteiras de condensação
produzidas por aviões e nuvens naturais. O desaparecimento temporário de
esteiras de condensação sobre a América do Norte devido à suspensão dos vôos
após os ataques de 11 de Setembro de 2001, e o aumento da amplitude térmica
diurna que daí resultou, forneceu uma evidência empírica do efeito de finas
nuvens de cristais de gelo na superfície terrestre
A combustão incompleta de
combustíveis fósseis (como o diesel) ou da madeira, liberta carbono negro para
a atmosfera. Apesar do carbono negro, a maior parte do qual é fuligem,
constituir uma fracção extremamente pequena da poluição do ar ao nível do solo,
tem um efeito significativo no aquecimento da atmosfera em altitudes superiores
a 2 000 m. Além disso, escurece a superfície dos oceanos ao absorver radição
solar
Experiências efectuadas nas
Maldivas (comparando a atmosfera sobre as ilhas do norte e do sul do arquipélago)
na década de 1990 mostraram que o efeito dos poluentes macroscópicos presentes
na atmosfera nessa altura (trazidos pelo vento desde a Índia) provocou uma
redução de 10% na quantidade de luz solar que atingiu a superfície terrestre na
zona sob a nuvem de poluentes - uma redução muito maior que a esperada pela presença
das próprias partículas .Antes do início deste estudo, as previsões apontavam
para um efeito de 0.5 a 1% devido à matéria particulada; o desvio relativamente
às previsões poderá ser explicada pela formação de nuvens em que as partículas
funcionam como núcleos à volta dos quais se formam gotículas. As nuvens são
muito eficazes na reflexão de luz para o espaço.
O fenômeno por detrás do
escurecimento global pode ter também efeitos regionais. Enquanto grande parte
da Terra aqueceu, as regiões situadas a sotavento de importantes focos de
poluição aérea (especialmente emissões de dióxido de enxofre) dum modo geral
arrefeceram. A mesma explicação poderá existir para o arrefecimento do leste
dos Estados Unidos relativamente ao oeste que se tornou mais quente.
Alguns cientistas colocam a
hipótese de as esteiras de vapor produzidas por aviões estarem implicadas no
escurecimento global, mas o fluxo constante de tráfego aéreo impedia que esta
hipótese fosse testada. A paragem quase total do tráfego aéreo civil durante os
três dias que se seguiram aos ataques de 11 de Setembro de 2001 ofereceu aos
cientistas uma oportunidade única para observar o clima dos Estados Unidos na
ausência de esteiras de vapor no céu. Durante este período, foi observado um
aumento da amplitude térmica diária em cerca de 1 °C em algumas partes do
Estados Unidos. Por outras palavras, as esteiras de vapor poderão aumentar as
temperaturas nocturnas e/ou baixar as temperaturas diurnas de um modo mais
significativo do que anteriormente se pensava .
As cinzas vulcânicas
dispersas na atmosfera podem reflectir os raios solares para o espaço
arrefecendo o planeta. Foram observadas diminuições na temperatura da Terra
após grandes erupções vulcânicas como as do Monte Gunung Agung, Bali em 1963,
El Chichón, México, 1983, Nevado del Ruiz, Colômbia 1985 e Pinatubo, Filipinas,
1991. No entanto, mesmo no caso de grandes erupções, as nuvens de cinza
dissipam-se passado relativamente pouco tempo.
Inversão recente de tendência
De acordo com estimativas feitas com base em dados de
satélite a quantidade de aerossóis capazes de bloquear a luz solar diminuiu em
todo o mundo (linha vermelha) desde a erupção do Pinatubo em 1991. Créditos:
Michael Mishchenko, NASA
Wild et al., recorrendo a
medições efectuadas sobre terra, registam um clareamento dos céus desde
1990enquanto Pinker et al. apontam para a manutenção do escurecimento (ainda
que reduzido) sobre terra e clareamento sobre os oceanos .Assim, estes dois
grupos de investigadores estão em desacordo relativamente ao escurecimento
sobre terra. Um estudo patrocinado pela NASA feito em 2007 utilizando dados
obtidos por satélites, mostra que a quantidade de luz solar que atinge a
superfície terrestre vinha decrescendo nas últimas décadas, aumentando
repentinamente cerca de 1990. Esta mudança de tendência de "escurecimento
global" para uma de "clareamento global", aconteceu assim que os
níveis de aerossóis na atmosfera começaram a baixar.
É provável que pelo menos
uma parte desta mudança súbita, em particular sobre a Europa, fique a dever-se
a uma diminuição da poluição. A maioria dos governos das nações desenvolvidas
têm feito um esforço de redução dos aerossóis libertados na atmosfera, o que
ajuda a reduzir o escurecimento global.
Os aerossóis de sulfatos
diminuíram significativamente desde 1970 nos Estados Unidos e Europa devido às
regulamentações ambientais adoptadas. Nos Estados Unidos, segundo a EPA, entre
1970 e 2005, o total de emissões dos seis principais poluentes do ar, incluindo
particulados, diminuiu 53 %. Em 1975, os efeitos até então mascarados dos gases
do efeito estufa começaram finalmente a fazer-se sentir e têm dominado desde
então
A Baseline Surface Radiation
Network (uma rede de monitorização de radiações ligada à Organização
Meteorológica Mundial) (BSRN) recolhe dados de medições de superfície desde o
início da década de 1990. A análise de dados recentes revela que a superfície
do planeta ficou mais clara cerca de 4% durante a década passada. Esta
tendência de clareamento é corroborada por outros dados, incluindo as análises
de dados de satélite.
Ciclo hidrológico
Esta figura mostra o nível de acordo entre um modelo
climático composto por cinco variáveis e o registo histórico de temperaturas. A
componente negativa identificada como "sulfate" está associada com as
emissões de aerossóis a que se atribui o escurecimento global
A poluição de origem humana
pode estar a enfraquecer seriamente o ciclo da água na Terra - reduzindo a
precipitação e ameaçando as reservas de água para consumo humano. Um estudo
efectuado por investigadores da Scripps Institution of Oceanography em 2001,
sugere que as minúsculas partículas de fuligem e outros poluentes têm um efeito
importante no ciclo hidrológico. "A energia que faz mover o ciclo
hidrológico vem da luz solar. À medida que o sol aquece os oceanos, a água
escapa para a atmosfera e cai sob a forma de chuva. Assim, uma vez que os
aerossóis diminuem bastante a quantidade de luz solar que atinge a superfície
terrestre, eles podem estar a abrandar o ciclo hidrológico do planeta.",
de acordo com o professor V. Ramanathan.
Mudanças dos padrões
climáticos em grande escala podem também ter sido causadas pelo escurecimento
global. Os modelos climáticos sugerem, de modo algo especulativo, que esta
redução da luz solar à superfície pode ter conduzido à interrupção da monção na
África sub-saariana nas décadas de 1970 e 1980, a que se juntaram várias
situações de fome, como a seca do Sahel, causada pelo arrefecimento do Oceano
Atlântico devido à poluição oriunda do hemisfério norte.
Por esta razão, a cintura de
chuva tropical poderá não ter subido até à sua latitude norte normal,
provocando assim a ausência de chuvas sazonais. Esta afirmação não é
universalmente aceite e é muito difícil de testar.
Conclui-se ainda que o
desequilíbrio entre o escurecimento global e o aquecimento global à superfície
conduz a fluxos turbulentos de calor para atmosfera mais fracos. Isto significa
que uma redução da evaporação a nível global e logo da precipitação, ocorre num
mundo mais escuro e mais quente, o que poderia em último caso conduzir a uma
atmosfra mais húmida que produz menos chuva.
Uma forma natural de
escurecimento em grande escala foi identificada como tendo influenciado a
temporada de furacões do hemisfério norte em 2006. Um estudo da NASA concluiu
que várias tempestades de pó de grandes dimensões ocorridas no Saara nos meses
de Junho e Julho enviaram grandes quantidades de poeiras para o Atlântico, as
quais através de vários efeitos provocaram o arrefecimento das águas -
diminuindo assim a probabilidade de desenvolvimento de furacões.
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