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terça-feira, 1 de março de 2022

Estes buracos negros supermassivos vão se chocar num futuro próximo

Dois buracos negros supermassivos foram encontrados orbitando um ao outro, formando um sistema binário em uma galáxia a cerca de 9 bilhões de anos-luz de distância da Terra. Essa é a segunda dupla desse tipo encontrada por astrônomos e os objetos devem se fundir daqui a 10.000 anos, um piscar de olhos na escala cósmica de tempo.

Quem descobriu as evidências desse cenário foram os astrônomos liderados pelo Caltech, mas foram necessários dados de mais de 40 anos de observação. O objeto do estudo foi um quasar, um tipo de objeto extremamente energético, formado por uma galáxia com um núcleo ativo. Nesses núcleos, há um buraco negro supermassivo sugando material de um disco que o circunda.

Nesse processo, o ambiente ao redor do buraco negro gera uma enorme energia, visível principalmente nos comprimentos de onda de rádio e raios X do espectro eletromagnético, de modo que os quasares estão entre os objetos mais extremos e brilhantes do universo. Em alguns deles, cria um jato que dispara perto da velocidade da luz.



Ilustração dos buracos negros supermassivos em órbita mútua (Imagem: Reprodução/Caltech-IPAC)

Quando esse jato está apontado em direção à Terra, o quasar é classificado em uma subclasse chamada blazar. O quasar observado no novo estudo, PKS 2131-021, é um deles. Os astrônomos já sabiam que os quasares poderiam possuir dois buracos negros supermassivos em órbita mútua, mas encontrar evidências diretas disso é algo difícil.

Contudo, os autores do novo estudo afirmam que o PKS 2131-021 é agora o segundo candidato a um sistema binário de buracos negros supermassivos, detectado momentos antes da fusão. O primeiro par candidato é o OJ 287, onde dois buracos negros supermassivos orbitam entre si a uma distância maior, completando uma volta cada nove anos.

Por sua vez, os objetos do PKS 2131-021 completam uma órbita em apenas dois anos, sugerindo que a colisão acontecerá bem antes que a do primeiro candidato. De acordo com a equipe, os buracos negros estão separados por apenas 2.000 unidades astronômicas (cerca de 50 vezes a distância entre nosso Sol e Plutão). Isso significa que eles estão de 10 a 100 vezes mais próximos um do outro do que os buracos negros do OJ 287.

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