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terça-feira, 1 de março de 2022

Como os buracos negros supermassivos se encontraram?


Há boas razões para os cientistas afirmarem que no coração da maioria das galáxias, se não todas, há um buraco negro supermassivo. Inclusive, é possível que eles desempenhem um papel importante na própria formação das galáxias. Mas a presença de dois só poderia ser explicada por um evento: a colisão entre duas galáxias.

Quando duas galáxias se encontram, entram em processo de fusão, exatamente como está ocorrendo com a Via Láctea e Andrômeda. Quando a fusão se completa, os buracos negros de cada uma "afundam" para o centro da nova galáxia e começam a orbitar entre si, supostamente rumo a um choque colossal que deve gerar ondas gravitacionais intensas.

Apesar das expectativas para uma futura colisão entre esses objetos descomunais, há físicos teóricos que suspeitam ser impossível. Os cálculos mostram que os buracos negros precisam estar a cerca de 0,01 anos-luz, equivalente à distância entre o Sol e objetos transnetunianos — lembrando que atualmente os dois objetos do PKS 2131-021 estão separados por cerca de 50 vezes a distância entre nosso Sol e Plutão.

Esses teóricos calculam também que os mecanismos por trás da aproximação dos buracos negros, como o atrito dinâmico e perda de energia orbital, consegue aproximar buracos negros dessa forma. Por isso, é possível que eles simplesmente parem de se aproximar após um determinado limite mínimo de distância, e não se choquem. Essa hipótese matemática é conhecida como problema do parsec final.

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