Um estudo liderado por Indranil Banik em julho de 2025, propõe que a Terra, a Via Láctea e toda a nossa vizinhança cósmica estariam dentro de um vazio gigantesco — um supervoid com cerca de 2 bilhões de anos-luz de diâmetro, contendo cerca de 20% menos matéria (galáxias, gás, matéria escura) que a média do Universo.
Esses vazios não são apenas “vazios absolutos”: eles têm menos densidade, mas ainda contêm matéria distribuída mais tenuemente. Na escala cósmica, são enormes estruturas previstas e observadas na teia cósmica.
Agora pare e pense…
E se o supervoid local não nasceu da expansão, mas da implosão?
A ideia corrente na cosmologia é que esses grandes vazios cósmicos surgiram por flutuações quânticas minúsculas no universo primordial, que cresceram ao longo de bilhões de anos: regiões mais densas atraíram mais matéria e formaram superaglomerados; regiões menos densas ficaram ainda mais vazias — os supervoids.
Mas e se… algo diferente tivesse acontecido?
Imagina que, numa região relativamente homogênea, uma estrutura extremamente massiva e densa tivesse colapsado de forma catastrófica:
• Talvez um hiperburaco negro primordial, com massa de bilhões de sóis;
• Ou até mesmo algo ainda mais exótico: uma “estrela de quarks” supermassiva, ou um aglomerado de buracos negros que acabou se fundindo de forma violenta.
Esse colapso não teria “empurrado” matéria para fora como uma supernova faz, mas poderia ter:
Sugado enormes quantidades de matéria vizinha, esvaziando a região;
Criado ondas gravitacionais tão intensas que deslocariam matéria ao redor, escavando uma bolha rarefeita;
E até ter modificado a curvatura local do espaço-tempo, deixando uma “marca” gravitacional profunda, um afundamento na teia cósmica.
Efeitos possíveis desse cenário
• A densidade local ficaria drasticamente menor, exatamente como vemos num supervoid.
• O colapso poderia explicar a falta de galáxias e gás naquela região, pois boa parte teria sido engolida ou afastada.
• Essa “implosão” também poderia gerar anomalias observáveis, como distorções sutis no movimento das galáxias próximas ou ecos de ondas gravitacionais muito antigas.
Do ponto de vista teórico, a ideia é super sedutora, mas:
• Para criar um vazio com 2 bilhões de anos-luz de diâmetro, o evento teria que ser incrivelmente antigo (quase tão antigo quanto o próprio Universo) e incompreensivelmente energético.
• Colapsos assim tendem a afetar escalas menores; criar algo tão grande é difícil sem deixar rastros evidentes, como radiação intensa ou distorções gigantes no fundo cósmico.
Mas… quem disse que o cosmos precisa ser simples?
Talvez o vazio não seja apenas o resultado passivo de não ter matéria, mas sim o legado ativo de algo colossal que desapareceu — como uma cicatriz cósmica de uma ferida gravítica antiga.
VLA
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