Se o Universo surgiu por puro acaso, como explicar o ajuste fino das constantes físicas que permite vida, estrelas e planetas tão precisamente calibrados?
O aparente ajuste 'fino' das Constantes Físicas Universais, que parecem demasiado acertadas para permitir estrelas, planetas e vida (como a nossa) poderia ser explicado por várias hipóteses e embora nenhuma delas tenha sido comprovada, este debate torna o assunto num profundo Enigma Científico e Filosófico.
- Hipóteses Naturalísticas:
- A Hipótese do MultiVerso → O nosso Universo seria apenas um entre inúmeros Universos, cada um com constantes diferentes. E naturalmente encontramo-nos num Universo onde a vida é possível, fazendo com que as probabilidades pareçam grandes, dadas as infinitas possibilidades.
- Princípio Antrópico → Estamos aqui observando o Universo como apropriado à vida (como a nossa) porque, se assim não fosse, não estaríamos aqui para o observar. É um viés de seleção pelos observadores.
- Hipóteses Físicas:
- Raizes numa Física Mais Profunda → A Física atual pode estar incompleta e uma teoria mais fundamental poderia explicar porque é que as constantes têm [que ter] os valores que têm, apagando assim a aparência de ajuste fino.
- Seleção Natural Cosmológica → Os Universos poderiam "reproduzir-se" e evoluir, favorecendo aqueles que criam estrelas, planetas e se tornam estáveis, levando a condições propícias à vida.
- Hipóteses de Consistência Lógica:
- Necessidade Matemática → Algumas teorias propõem que apenas um conjunto de leis Físicas consistentes é possível, tornando um particular ajuste fino inevitável.
- Hipóteses Metafísicas:
- Design Inteligente → A calibração [aparentemente] precisa apontaria para um Criador ou Projetista Intencional que teria definido as Constantes Universais para permitir a vida.
Porque é isto um Enigma?
- Improbabilidade Estatística: A chance destas constantes se alinharem perfeitamente por mera sorte parece astronomicamente baixa, levando muitos a procurar explicações para além do mero acaso.
- Exemplos Específicos: Alterações na Gravidade, na Força Eletromagnética ou nas Forças Nucleares Forte e/ou Fraca impediriam a formação de átomos ou estrelas ou reações químicas complexas que conduzam à vida como a conhecemos.
Mas será mesmo assim?
- Contraponto no debate: Hoje sabemos que o Universo não está tão ajustado assim.
- Contra-Exemplos Específicos: Uma Força Nuclear Forte não tão forte (passo o pleonásmo) "compactaria" a Tabela Periódica dos Eleentos eliminando os Lantanídeos e os Tório, Urânio e Plutónio. Uma Força Eletro-Fraca ligeiramente mais forte compensaria aquilo garantindo o Estado de Ressonância de Hoyle (o gargalo de garrafa da Nucleosíntese Estelar) reduzindo um pouco (mas não muito) o tamanho os átomos e mudando a Velocidade da Luz (o Limite de Velocidade Universal).
Universos Alternativos
O nosso desconhecimento pode ser o maior obstáculo. Nada nos prova que a Vida não possa existir de formas muito diversas em Universos muito estranhos, sem estrelas e apenas preenchido por gases de apenas dois ou três elementos, ou até com outras entidades físicas, para nós inimagináveis. Vida é informação em evolução e a inexistência da prova não constitui a prova da inexistência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário