A existência de vida é algo muito raro no Universo? E vida inteligente mais ainda?
Não temos respostas exatas, nem podemos ter, mas temos algumas pistas.
Desde a formação da Terra (e o fim das colisões formativas do Sistema Solar) só conhecemos um caso de vida e um caso de inteligência tecnológica sobrevivente; nenhum dos dois casos pode ser considerado uma amostra estatística significativa.
A vida parece ter aparecido num relativo curto espaço de tempo após a formação do planeta há cerca de 4,54 bilhões de anos.
Os fósseis mais antigos são de 3,5 a 3,7 bilhões de anos mas há indícios moleculares que recuam a origem da vida para uns 4,2 mil milhões de anos atrás, apenas 300 milhões de anos após a formação da Terra.
Desde então, através de muitas catástrofes e extinções em massa, a vida tem sobrevivido tenazmente; parece até voltar com mais vitalidade de cada percalço, talvez pela limpeza e reiniciação dos prévios nichos ecológicos.
Isto pode indicar que a vida se forma assim que encontra condiões razoáveis e sobrevive e se adapta teimosamente.
Quão provável foi a Abiogênese na Terra?
Já inteligência tecnológica existe há muitíssimo pouco tempo na face da Terra.
Se formos generosos e considerarmos o início da civilização tecnológica desde o Renascimento (e não das primeiras máquinas a vapor) vamos ter que ver como esses 500 anos se comparam com a idade do planeta.
É uma fração mínima, quase infinitesimal na vida da Terra.
Então é bem possível que a vida, pelo menos unicelular e primitiva, seja abundante no Universo já que os primeiros:
- organismos pluricelulares surgiram há 1,2 bilhão de anos, durante a Era Proterozoica,
- anfíbios sairam dos oceanos há aproximadamente 350 milhões de anos,
- mamíferos surgiram entre 220 a 235 milhões de anos, no período Triássico, coexistindo com os dinossauros.
Até porque a maior parte do tempo a Terra só teve vida microbiana primitiva.
Já vida inteligente e tecnológica, se existir, deve ser muito rara.
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