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sábado, 25 de janeiro de 2014

Descoberta de Rara Anã Marrom Fornece As Bases Para A Futura Pesquisa de Exoplanetas


Uma equipe de pesquisadores liderada por Justin R. Crepp da Universidade de Notre Dame em South Bend, Indiana, imageou diretamente um raro tipo de anã marrom que pode servir como base para estudar objetos com massa entre as estrelas e os planetas.
Os dados iniciais vieram do TaRgetting bENchmark-objects with Doppler Spectroscopy, ou TRENDS, uma pesquisa de alto contraste que usa óptica adaptativa e tecnologias relacionadas para observar objetos apagados e mais velhos orbitando estrelas próximas, e fazer medidas precisas e que fica instalado no Observatório W.M. Keck, no cume do Mauna Kea, no Havaí. As anãs marrons emitem pouca luz pois elas não queimam hidrogênio e esfriam rapidamente. Crepp disse que elas poderiam fornecer a integração entre o nosso entendimento das estrelas de pouca massa e os objetos menores como os planetas.
A HD 19467 B, uma Anã-T, é a companheira apagada de uma estrela próxima, parecida com o Sol, que é mais de 100000 vezes mais apagada do que sua companheira. Sua distância é conhecida com precisão, e a descoberta também permite que os pesquisadores estabeleçam as fortes restrições para fatores importantes como a sua massa, órbita, idade e composição química sem a referência ao espectro de luz recebido da sua superfície.

As medidas precisas de velocidade radial foram obtidas usando o instrumento HIRES instalado no Telescópio Keck I de 10 metros do Observatório Keck. As observações, duraram 17 anos, começando em 1996, e mostram a aceleração de longo prazo, indicando que a companheira de pouca massa estava sendo puxado pela estrela mãe. Observações de acompanhamento com imageamento de alto contraste foram feitas então em 2012 usando o instrumento NIRC2 no telescópio Keck II com o sistema de óptica adaptativa revelando a estrela companheira como mostrado acima. As observações foram concedidas por cada um dos membros do consórcio do Observatório Keck, incluindo a NASA, o Instituto de Tecnologia da Califórnia e a Universidade da Califórnia.
Enquanto os cientistas entendem a luz recebida de estrelas relativamente bem, o espectro de planetas é complicado com pouco entendimento. Entender as anãs marrons, como a HD 19467 B, poderia ser um passo em direção ao completo entendimento dos exoplanetas.
“Esse objeto é velho e frio e acabará reunindo muita atenção como uma das anãs marrons mais bem estudadas, analisadas e detectadas até o momento”, disse Crepp. “Com as contínuas observações de acompanhamento, nós podemos usá-las como um laboratório para testar modelos atmosféricos teóricos. Eventualmente nós queremos imagear diretamente e adquirir o espectro de um exoplaneta parecido com a Terra. Então, do espectro, nós deveremos ser capaz de dizer do que o planeta é feito, sua massa, seu raio, sua idade, etc.., basicamente entender todas as propriedades físicas relevantes”.

Foto : A Micro Lua Sobre a Super Lua

Mirtilos em Marte



“Existem estruturas neste solo diferentes de tudo aquilo que observámos até hoje em Marte”, afirmou Steve Squyres, 
Ricos em hematite, os “mirtilos” marcianos são pequenas concreções com poucos milímetros de diâmetro, formadas no interior das rochas sedimentares de Meridiani Planum.

A hematite é um mineral constituído por cristais de óxido de ferro (III) (Fe2O3), tipicamente formado na presença de água líquida, pelo que a descoberta dos “mirtilos” em Meridiani Planum forneceu aos cientistas pistas fundamentais acerca do passado húmido da região.

Via-Láctea sobre a Suíça



Uma terra linda, névoa, e uma nesga do céu foi capturada sobre Neuchâtel, Suíça. 

Visíveis em primeiro plano estavam os penhascos nevados em forma de anfiteatro de Creux du Van, bem como árvores distantes e brumas iluminadas pela cidade. 


Visíveis no céu noturno (à meia-noite) estavam galáxias, incluindo o extenso arco da faixa central de nossa própria galáxia, a Via-Láctea, a galáxia de Andrômeda (M31), e a galáxia Triângulo (M33).

Aglomerados estelares visíveis incluem NGC 752, M34, M35, M41, o aglomerado duplo, e a Colmeia (M44).

Nebulosas visíveis incluem a nebulosa de Órion (M42), NGC 7822, IC 1396, a Nebulosa da Roseta, a Nebulosa da Estrela Flamejante, a Nebulosa da Califórnia, as Nebulosas do Coração e da Alma, e a Nebulosa do Pacman.

Duas visões de uma Nebulosa



A imagem composta abaixo é uma visão da colorida Nebulosa Helix tirada com a Advanced Camera for Surveys a bordo do Telescópio Espacial Hubble NASA/ESA e do Observatório Interamericano de Cerro Tololo, no Chile. O objeto é tão grande que ambos os telescópios foram necessários para capturar uma visão completa. 

Helix se assemelha a uma rosquinha simples vista da Terra, mas as aparências enganam. A figura inferior mostra a forma como a Helix apareceria se vista de lado. Nesta ilustração, a Helix é constituída por dois discos gasosos quase perpendiculares uma à outra. A Helix é uma nebulosa planetária, o envelope gasoso brilhante expelido pela morte de uma estrela, como o Sol. A ilustração foi feita a partir de um modelo tridimensional da Helix.

Foto : O Horizonte Raiado de Mercúrio

Os Formidáveis Canais Sinuosos da Lua !



Rima , Rimae (Canal) ou Rille (vale estreito) para alguns selenogistas – Fissura ou canal de lava que desmoronou total ou parcialmente.

Os Rilles concêntricos são muitas vezes os maiores e mais impressionante na Lua. O melhor exemplo é Rimae Hippalus que forma um arco em torno do lado leste do Mare Humorum. Ao nordeste e acima de Hippalus uma coisa estranh
a acontece - alguns rilles curvam e tornam-se côncavos para o leste. O mais notável desses recursos é nomeado Rima Agatharchides, mas é realmente um Rille ou faz parte da família Hippalus ?

A Rimae (plural de rima) Hippalus são rilles lineares ou encurvados, causado por tensão ou falha na crosta. Outros rilles sinuosos são acreditados terem sido formados por rápido movimento de fluxo de lava. Rilles sinuoso geralmente se originam de aberturas vulcânicas e rampas desmoronadas.
Na foto em anexo podemos ver com perfeição Rimae Hippalus e Rima Agatharchides exemplos notáveis do exposto acima.

Foto : Supernova É Descoberta na Galáxia Messier 82


Supernova É Descoberta na Galáxia Messier 82 – A Mais Próxima da Terra Nos Últimos Anos -

Colisão de Galáxias



As galáxias espirais NGC 2207 e IC 2163 estão gradualmente a colidir. Como a NGC 2207 (esquerda) é maior, irá “engolir” a pequena IC 2163. Dentro de alguns bilhões de anos serão apenas uma enorme galáxia.

Nossa Lua também tem água !



A imagem acima mostra a região polar sul da Lua durante uma observação realizada em 29 de abril de 2013 e levando a vantagem de uma libração favorável em latitude. Um clássico exercício quando se observa uma região como essa é tentar descobrir o nome das crateras que ali aparecem. Vamos começar pela Curtius no canto inferior a esquerda, depois passamos a Moretus, a cratera localizada no centro da imagem, com seu brilhante pico central. Um pouco além dela está a Short, e um pouco para a direita está a Newton e a Newton D, G, A e B. Um pouco mais além, quase no limbo está a Cabeus, e, emergindo do limbo, pode-se ver dois picos de montanhas conhecidos como M4 e M5. Interessante destacar também Malapert pois se fizermos uma triangulação imaginária (pontilhado) com Cabeus teríamos na outra ponta do triângulo a posição exata do Polo Sul Lunar (marcado por um x),
Esta técnica deveria chamar-se "Crater Hopping" e poderia ser usada mais frequentemente pelos observadores lunares que querem situar-se com precisão.

Outro fato interessante em relação a cratera Cabeus é que foi nela que ocorreu o impacto da sonda LCross visando comprovar a existência de água na Lua.
Os resultados do impacto confirmaram quantidade significativa de água no satélite da Terra, conforme divulgação da NASA.
A água representa um potencial recurso para sustentar uma futura exploração lunar.
Dados preliminares do LCross (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) indicam que a missão descobriu água com sucesso durante os impactos realizados em 9 de outubro de 2009, na região permanentemente coberta de sombras de Cabeus, próxima ao polo sul da Lua.

"Estamos extasiados", disse Anthony Colaprete, cientista do LCross e principal pesquisador do Centro de Pesquisa em Moffet Field, da Nasa.

"Múltiplas linhas de evidência" mostram que a água estava presente nas duas partes do material expelido pela cratera Cabeus, o que torna "seguro dizer que ela possui água", completa ele.

O grupo de pesquisa utilizou conhecidas "assinaturas" espectrais infravermelhas da água e de outros materiais e as comparou com o espectro próximo ao infravermelho coletado pela LCross para a verificação.
Cientistas especularam por muito tempo sobre a fonte de vastas quantidades de hidrogênio que foram observados nos polos lunares. As descobertas da LCross mostram que a água na Lua deve ser em maior quantidade e mais distribuída pelo astro do que suspeitado previamente.

"Estamos revelando os mistérios de nosso vizinho mais próximo e por extensão do Sistema Solar", disse Michael Wargo, cientista-chefe lunar na sede da Nasa em Washington.

Rússia e Plutão



Plutão tem um diâmetro de cerca 2.400 km.
O comprimento da Rússia é de cerca 10.000 km.
Sendo assim, a Rússia é maior que Plutão.

Se quisermos andar sobre a superfície de Plutão, o perímetro de Plutão é de cerca 7.200 km.
Se andarmos na Rússia de Este para Oeste (ou de Oeste para Este), percorreremos mais terreno na Rússia do que em Plutão.

Em termos de área, Plutão tem cerca de 16.700.000 km², enquanto a Rússia tem 17.098.246 km².
Ou seja, têm uma área de superfície bastante semelhante.

Tendo em conta que Plutão é bastante gelado, será que dentro de algumas centenas de anos, um sistema de governo ditatorial poderá fazer de Plutão uma nova Sibéria?

Será : Aplicações ufológicas ?



Antigamente, para se falsificar fotos e vídeos de OVNIs/UFOs tinha que se ter alguma criatividade. Por exemplo, George Adamski andou a tirar fotografias à parte de baixo do seu aspirador de modo a parecer um disco voador.
Hoje, nem sequer é preciso ser criativo. Basta ter uma destas aplicações (UFO Camera gold, UFO Photo Prank, UFO Revelator, OVNICA, UFO Camera, UFO Photo Bomb, ou Camera 360), e inserir um UFO à sua escolha na foto já tirada.

Infelizmente, cada vez é mais fácil mentir...



Colisão de galáxias em NGC 3256



Normalmente, as galáxias não têm esta aparência. 

Na verdade, NGC 3256 exibe uma fotografia atual de duas galáxias que estão em vagarosa colisão. 

É bem possível que em centenas de milhões de anos, restará apenas uma galáxia.

No entanto, hoje, NGC 3256 exibe intricados filamentos de poeira escura, incomuns caudas de marés contendo estrelas e um centro peculiar que contém dois núcleos distintos.

Embora seja provável que nenhuma das estrelas das duas galáxias entrem em colisão direta, o gás, a poeira e os campos magnéticos circundantes interagem diretamente entre si.

NGC 3256, parte do vasto superaglomerado Hidra-Centauro de galáxias, se estende por mais de 100 mil anos-luz e está localizada a cerca de 100 milhões de anos-luz de distância.

Foto : Uma Supernova Brilhante É Registrada na Galáxia M82

Uma Cratera Notável



Encravada no setor leste do Oceanus Procellarum ou Oceano das Tormentas, Copérnico foi escavada num velho, frio e desolado oceano de basalto solidificado. Essa cratera de impacto de tão brilhante é visível a olho nu, pois é dotada de um fantástico sistema de raios brilhantes. Ela possui 93 km de diâmetro e o seu piso interno encontra-se a 3760 metros de profundidade. De forma curiosamente hexagonal as suas muralhas sobem de maneira escalonada em direção às bordas, formando assim gigantescos degraus ou platôs dispostos como montanhas circulares. No seu interior podemos apreciar 5 montanhas brilhantes que podem ser nítidamente visualizadas (resolvidas) com aumentos da ordem de 200x a 250x. Essa cratera vem acompanhada de uma capa de ejetos ao seu redor com rochas e fragmentos, e cujo impacto que a originou atravessou boa parte do regolito (a camada superficial da lua) e escavaram o sub-solo penetrando na crosta. Podemos assim estimar a constituição dessas áreas intermediárias entre um platô e outro nas paredes dessa cratera. 

Alguns escurecimentos observados nas deposições dos ejetos dentro dela escureceram a estratigrafia que existia anteriormente. Um pouco mais afastado e ao seu redor, com instrumentos que permitam a cifra de 200x de aumentos veremos que essa área está crivada de pequenas crateras ou poços crateriformes, e essas são as crateras secundárias que passaram a desempenhar uma função importante na formação da capa de ejetos, na proporção em que os blocos e os fragmentos ejetados do interior durante o impacto alteraram as áreas mais próximas, parcialmente ou totalmente. Cerca de 20% da capa de ejetos é constituída de materiais provenientes da própria cratera, e os outros 80% restantes são materiais da superfície que foram revolvidos pelos ejetos primários a eles misturados.


Crateras mais recentes como Copérnico tem como característica predominante os sistemas de raias (ou raios) brilhantes, que se espalham pela superfície lunar e se destacam notadamente durante a lua cheia facilitando assim a sua localização a olho nu.


Com o passar do tempo essas estruturas serão os primeiros elementos constituintes a desaparecerem, e nesse caso a superfície das rochas expostas serão mais reflexivas do que os fragmentos submetidos às radiações que bombardearam a Lua durante todos esses milhões de anos. Podemos supor com segurança que as faixas brilhantes irão se desvanecer à medida em que os ejetos inicialmente claros serão fundidos por impactos secundários, e ainda quando forem misturadas e revolvidas com o regolito nos locais de deposição do material ejetado à partir do ponto zero do impacto.
Vários fatores irão também afetar sua evolução no futuro, e após o desaparecimento de seu sistema de raios brilhantes os principais processos dessa degradação serão a destruição por mais impactos, a erosão, o soterramento e a acomodação resultante da deposição de materiais.
As paredes também serão desgastadas por um grande número de pequenos impactos, e essa erosão em menor escala com o tempo seguirá aterrando a borda interior dessas muralhas suavizando assim as suas formas internas. 

Pela primeira vez são vistos diretamente os filamentos da teia cósmica



A teia cósmica é uma rede de filamentos onde está distribuída toda a matéria no Universo. As galáxias e os grupos de galáxias encontram-se, naturalmente, nos densos nós dessa rede de gás e matéria.

Este era um conhecimento teórico, mas nunca antes visto.
Agora, pela primeira vez, os astrónomos obtiveram uma imagem directa de parte da teia cósmica. O quasar UM 287, que existia quando o Universo era uma criança de 3.000 milhões de anos, iluminou uma pequena secção da teia cósmica, nomeadamente um dos nós que abriga a galáxia-mãe do quasar. A região da teia cósmica visível na imagem mede cerca de 1,5 milhões de anos-luz de diâmetro.

Imagem: ao centro, o quasar UM 287 faz brilhar a maior nuvem de gás alguma vez vista no Universo.

Nebulosa da Lagoa



O telescópio de rastreio do VLT (VST), situado no observatório do Paranal do ESO, no Chile, capturou esta nova imagem detalhada da Nebulosa da Lagoa.
Esta nuvem gigante de gás e poeira, para além de estar a formar estrelas jovens intensamente brilhantes, alberga no seu seio enxames estelares jovens.

A Nebulosa da Lagoa é um objeto intrigante que se situa a cerca de 5000 anos-luz de distância na constelação do Sagitário. Também conhecida por Messier 8, trata-se de uma nuvem gigante com 100 anos-luz de dimensão, onde jovens estrelas se estão a formar no seio de plumas de gás e poeira.

ALMA descobre a Formação de um Sistema Planetário Gigante



Uma equipa de astrónomos Japoneses utilizou o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) para obter evidências observacionais da formação de um gigantesco sistema planetário ao redor de uma jovem estrela denominada HD 142527.

As imagens do ALMA mostram que o anel de gás e poeira ao redor da estrela é assimétrico. Ao medirem a densidade da poeira, os astrónomos depreenderam que uma das secções desse disco protoplanetário deverá estar a formar planetas. Essa região encontra-se longe da estrela central – cerca de 5 vezes mais longe que a distância entre o Sol e Neptuno.

Esta é a primeira evidência de formação planetária tão longe da estrela-mãe.

A Galáxia do Boto pelo Hubble



O que está acontecendo com essa galáxia espiral? Há apenas algumas centenas de milhões de anos a NGC 2936, a galáxia mais acima das duas grandes galáxias mostradas, era provavelmente uma galáxia espiral normal - girando, criando estrelas - e cuidando da própria vida. Mas então ela chegou perto demais da massiva galáxia elíptica NGC 2937 abaixo e deu um mergulho. 

Batizada de Galáxia do Boto por sua forma icônica, a NGC 2936 não só está sendo desviada como também distorcida pela forte interação gravitacional. Uma explosão de jovens estrelas azuis forma o nariz do boto em direção à esquerda da galáxia mais acima, enquanto o centro da galáxia espiral se parece com um olho. Alternativamente o par de galáxias, conhecidas juntas como Arp 142, para alguns se parece com um pinguim protegendo um ovo. Seja como for, intrincadas faixas de poeira escura e brilhantes correntes de estrelas azuis trilham a galáxia em apuros na direção para baixo e à direita.

A imagem recém-publicada abaixo mostrando a Arp 142 em detalhes sem precedentes foi feita pelo Telescópio Espacial Hubble em 2012. A Arp 142 está a cerca de 300 milhões de anos-luz de distância em direção à constelação, coincidentemente, da Serpente Marinha (Hydra). Dentro de cerca de um bilhão de anos, as duas galáxias deverão se fundir formando uma única galáxia maior.

Urano, 28 anos depois



A 24 de Janeiro de 1986, a sonda Voyager 2 passava a somente 81.000 km de distância do planeta Urano.
Foi a primeira e última vez que uma sonda construída pelo Homem visitou o 7º planeta a contar do Sol.

Este “abraço planetário” permitiu a descoberta de 10 pequenas luas e de um campo magnético.

Imagem da nebulosa borboleta



Uma nebulosa é uma nuvem interestelar no espaço que é composta de poeira, hidrogênio, hélio, e plasma. Elas são formadas quando porções do colapso meio interestelar se agregam, devido à atração gravitacional das partículas que o compõem.

Nova pesquisa conclui que o universo é infinito

New Survey Supports the Theory that the Universe Is Infinite

Uma grande pesquisa cosmológica, a “Baryon Oscillation Spectroscopic Survey (BOSS) Collaboration”, anunciou os pré-resultados do seu estudo recentemente. Mesmo faltando coletar dados de 10% das galáxias que o programa pretende examinar, seus pesquisadores dizem que já é possível fazer certas análises e chegar a uma conclusão importantíssima: a de que o universo é provavelmente infinito no tempo e no espaço.
Essa descoberta veio a partir do registro do espectro luminoso de mais de um milhão de galáxias com desvio para o vermelho de 0,2 a 0,7, indo até 6 bilhões de anos no passado do universo.

O espaço é infinito?

Durante a análise dos dados coletados pelo BOSS, que fazem parte do Sloan Digital Sky Survey (SDSS-III), os astrofísicos liderados pelo professor de física e astronomia Martin White, do Berkeley Lab, notaram que o universo é “plano”, ou bem próximo disso. A “curvatura” do espaço-tempo é muito pequena.

O que eles estudaram foi a densidade da matéria, e descobriram que as galáxias se reúnem aproximadamente em “esferas” (bastante exageradas na imagem acima, feita por um artista), as “oscilações acústicas bariônicas” (BAO), que se formaram nos primórdios do universo, quando a densidade era maior.

O universo é infinito: mito ou realidade?
Medindo o tamanho destas esferas, e comparando com o valor previsto pela teoria, os astrônomos foram capazes de determinar com uma precisão de 1% a que distância se encontram as galáxias.

Como comenta David Schlegel, “vinte anos atrás os astrônomos estavam discutindo sobre estimativas que diferiam em 50%. Cinco anos atrás, conseguimos refinar esta incerteza a 5%. Um ano atrás ela era 2%. 1% de precisão será o padrão por um longo tempo”.
Os cálculos batem: nosso universo pode ser um holograma
Esse dado, combinado com as medições recentes da radiação cósmica de fundo, sugere que a energia escura é uma constante cosmológica cuja força não varia com o espaço ou o tempo.

Um universo “plano” implica que o mundo experimentou uma inflação prolongada, até um decilionésimo de segundo ou mais, logo após o Big Bang. E significa também que o universo provavelmente se estende para sempre, sem ter um fim, e também se prolongará para sempre no tempo. Em resumo, os dados são consistentes com um universo infinito.
O multiverso existe?
A “curvatura” do universo é a primeira dica se ele é finito ou infinito. Um universo “plano” pode expandir sem parar, com paralelas nunca se tocando, e os ângulos internos de um triângulo somando exatamente 180°.
A pesquisa BOSS continuará até junho de 2014, embora o resultado da análise dos dados atuais já tenha sido publicado.

Como alimentar uma nave espacial com um buraco negro artificial

How to power a starship with an artificial black hole

Um dos grandes problemas com a exploração espacial é o transporte de combustível. É uma grande bola de neve: para ir mais longe, é necessário mais combustível, que é pesado e reque muito espaço; assim, são necessárias naves maiores que, por seu tamanho e peso, precisarão de ainda mais combustível para se locomoverem. Justamente por ser um impedimento tão significativo, não falta gente tentando superar esse obstáculo.
De acordo com uma teoria, pode ser possível criar um avançado sistema de propulsão que aproveitaria a energia disponível em um buraco negro, uma chamada unidade de Schwarzschild Kugelblitz.


Realizar o voo interestelar certamente está entre os desafios mais assustadores já desejados pela civilização humana. As distâncias até mesmo a estrelas mais próximas são tão extraordinárias que a construção de um modelo em escala da distância interestelar é impraticável. Mesmo que a separação entre a Terra e o sol fosse de centímetros, a estrela mais próxima do nosso sistema solar, a Proxima Centauri, ainda estaria há quilômetros de distância.
O objeto mais rápido já construído pela espécie humana é a sonda espacial Voyager 1, que se desloca a uma velocidade de 18 quilômetros por segundo. Se estivesse indo em direção a Proxima Centauri (o que não está fazendo), a Voyager 1 chegaria ao nosso vizinho estelar em cerca de 80 mil anos.
Claramente, se a viagem interestelar precisa ser realizada em escalas de tempo humanas, alcançar velocidades muito maiores é uma obrigação. Com 10% da velocidade da luz (mil vezes mais rápido do que a Voyager 1, mas uma velocidade concebível para prováveis motores de fusão que podem chegar a nós em breve), a Proxima Centuri poderia ser alcançada em cerca de 45 anos.
Sonda espacial Voyager 1 sai do Sistema Solar
No entanto, as energias necessárias para alcançar frações substanciais da velocidade da luz, reduzindo assim o tempo de viagem para as estrelas a menos de uma vida humana, são igualmente confusas.
Cada meio quilo de nave se movendo a 99,9% da velocidade da luz terá uma energia cinética mais do que três vezes maior do que a energia da maior arma nuclear já detonada. No entanto, pode haver uma maneira de fornecer um motor para tais energias prodigiosas.
Schwarzschild Kugelblitz

Em seu artigo “Geons”, de 1955, John Wheeler, um dos pioneiros da teoria dos buracos negros, cunhou o termo “Kugelblitz”, que pode ser traduzido para algo como “bola de raio”. Ele sugeriu que, se pura energia suficiente pudesse ser focada em uma região do espaço, essa energia iria formar um buraco negro microscópico, o que poderia ser descrito pelas equações de Karl Schwarzschild – um “Schwarzschild Kugelblitz” (ou SK).
Avançando 19 anos, encontramos o trabalho inovador de Stephen Hawking, que percebeu que os efeitos da mecânica quântica perto do horizonte de eventos de um buraco negro (o limite para além do qual nenhuma luz ou outra radiação pode escapar) daria origem à emissão de radiação, assim chamada “radiação Hawking”. Quanto menor for o buraco negro, maior sua potência irradiada e menor a sua massa, mas o seu tempo de vida é mais curto até que evapore completamente.
O postulado de Wheeler e a teoria da radiação de buraco negro de Hawking tornam concebível um tipo inteiramente novo de espaçonave interestelar, cuja propulsão e/ou sistemas de energia seriam alimentados por um Schwarzschild Kugelblitz.
Para ser útil, o SK teria de ser pequeno o suficiente para expulsar a energia necessária, leve o suficiente para ser razoavelmente acelerado, mas grande o suficiente para ter uma vida útil satisfatória. Tal Schwarzschild Kugelblitz seria extremamente pequeno, menor até mesmo do que um próton, que é um dos constituintes básicos de um átomo.
Apesar de ser tão minúsculo, Schwarzschild Kugelblitzes são incrivelmente pesados. Um SK típico pesa mais de dois edifícios Empire State e tem uma potência de cerca de 129 petawatts (1 Petawatt = 10 quatrilhões de watts).
Naves espaciais alimentadas por fusão: tecnologia é testada com sucesso
A “Capa de Dyson”

Em 1960, o físico Freeman Dyson declarou que uma civilização extremamente avançada poderia orbitar uma estrela de modo a rodeá-la completamente, capturando toda ou maior parte de sua energia emitida, com uma esfera de um raio de uma unidade astronômica (a distância média entre a Terra e o sol). No entanto, algo como a “Esfera de Dyson”, também conhecida como “Concha de Dyson”, quase certamente irá permanecer tecnologicamente impossível para a nossa civilização em um futuro próximo.
Alternativamente, uma pequena “Capa de Dyson” (no original em inglês “Dyson Cap”), uma pequena seção de uma Esfera de Dyson com um raio muito menor do que 1 UA, é muito mais concebível. A Capa de Dyson pode ser posicionada além do arco da nave para qual iria absorver a energia irradiada do Schwarzschild Kugelblitz. Isto forneceria impulso para a nave. No entanto, os números não tornam esta opção favorável.
Considere uma Capa de Dyson construída a partir de, por exemplo, titânio. A energia absorvida de raios gama de uma SK derreteria tal Capa de Dyson a uma distância de cerca de 30 quilômetros. No entanto, a uma distância de, digamos, 33 quilômetros, a radiação do SK poderia ser captada pela Capa de Dyson sem o risco de derretimento.
A espessura e o diâmetro da Capa de Dyson precisariam ser otimizados para a aceleração máxima. Um grande diâmetro e uma grande espessura aumentariam a quantidade de radiação absorvida. No entanto, existe uma desvantagem aqui. Com muito material, a capa se torna excessivamente pesada e a aceleração da nave estelar é reduzida. Já com muito pouco material, a radiação absorvida é insuficiente para produzir uma aceleração apreciável.
A necessidade de colocar a capa tão longe do Schwarzschild Kugelblitz significa que ela vai receber muito pouca radiação e, consequentemente, proporcionar muito pouco impulso.
De fato, ao longo do tempo de vida de 5 anos do SK acima mencionado, uma nave espacial do tamanho de um edifício de escritórios de 100 andares iria aumentar a sua velocidade a apenas 4% da velocidade da luz no momento em que o SK evaporasse. Em contraste, os reatores de fusão postulados mostram a promessa de oferecer de 2 a 3 vezes esta velocidade máxima.
A Esfera de Dyson

Em alternativa, se a totalidade da energia acessível pudesse ser capturada e se uma fração significativa dela pudesse ser usada para a propulsão, o resultado mudaria substancialmente. Uma abordagem para realizar a captura total de energia é cercar o Schwarzschild Kugelblitz com uma pequena Esfera de Dyson. A energia da partícula absorvida é alimentada a um motor de calor, o qual impulsiona a nave.
Quando toda a energia disponível a partir de um SK típico é usada para alimentar um motor 100% eficaz, a nave vai atingir 72% da velocidade da luz no tempo de vida de 5 anos do SK. Esta velocidade formidável permitiria que a nave chegasse, dentro de uma vida humana, a um bom número de estrelas na vizinhança do sistema solar.
Naves com motores ultra rápidos de ‘dobra espacial’ são possíveis
Alguns desafios para o Kugelblitz

Para construir um Esfera de Dyson (ou Capa), um material extremamente leve e muito absorvente seria necessário, porque se ela tivesse um raio de 33 quilômetros e um centímetro de espessura em titânio, teria uma massa de mais de 1.200 edifícios Empire State.
Além disso, um laser de raios gama é atualmente a única tecnologia concebível que poderia ser usada para fazer um Schwarzschild Kugelblitz. No entanto, a frequência de saída de tal laser precisaria ultrapassar a tecnologia atual em mais de um bilhão de vezes. A sua duração de pulso teria de ser cem bilhões de vezes mais curta do que a dos lasers de hoje. A energia total de um único pulso de laser teria de ser equivalente à energia que sol irradia em um décimo de segundo.
Embora seja verdade que os desafios técnicos tornam improvável que um SK irá abastecer uma nave interestelar em breve, é imperativo que nós abracemos uma ampla gama de pesquisa teórica. SKs pode produzir muitos petawatts de radiação utilizável, portanto, eles têm o potencial de ser uma fonte ideal de energia para naves interestelares. Com o tempo, Schwarzschild Kugelblitzes devem merecer uma posição de destaque no vasto arco tecnológico que poderia um dia nos levar para as estrelas. 

Rocha aparece misteriosamente ao lado de sonda da NASA em Marte

A NASA combination handout photograph shows the surface of Mars in front of the Mars rover on December 26, 2013 (L) and on January 8, 2014. REUTERS/NASA/Handout via Reuters

Cientistas da NASA ficaram perplexos com a maneira repentina com que uma rocha branca, que não se parece com nada que já viram antes, apareceu em imagens tiradas semanas atrás pela sonda Opportunity em Marte.
A sonda está pousada em uma área de planície marciana conhecida como Meridiani Planum há uma década, explorando a borda de uma cratera em busca de sinais de que houve água no passado no planeta.

Outra sonda, a Curiosity, está pousada no lado oposto de Marte desde 2012 para uma missão mais ambiciosa: procurar ambientes marcianos que foram habitáveis no passado.
Por enquanto, no entanto, os cientistas estão concentrados em uma questão mais imediata.
No último dia 8 de janeiro, quando se preparavam para usar o braço robótico da Opportunity para investigação científica, a sonda enviou uma foto da sua área de trabalho que mostrava, inesperadamente, uma rocha branca e brilhante onde apenas uma passagem estéril tinha aparecido em uma foto tirada duas semanas antes.
A sonda está presa fotografando a mesma região de Marte há mais de um mês devido ao mau tempo. Segundo o cientista da missão Steve Squyres, a rocha é branca ao redor da borda, e vermelha escura no meio.

Os cientistas têm duas teorias sobre como a pedra chegou lá. Eles suspeitam que a rocha foi retirada no chão por uma das rodas da sonda, ou que foi depositada ali após um meteorito ter caído nas proximidades. “Só nos movemos um metro ou dois de distância [nos últimos dias], e eu acho que a ideia de que de alguma forma nós misteriosamente sacudimos a rocha com uma roda é a melhor explicação”, disse Squyres.
De qualquer maneira, a pedra, apelidada de “Pinnacle Island”, está fornecendo um bônus inesperado para a ciência.

“Nós temos tirado fotos de ambos as partes da rocha, e os primeiros dados sobre a composição da parte vermelha chegaram ontem. Não se parece com nada que já vimos antes. É muito rica em enxofre e em magnésio, e tem o dobro de manganês que já vimos em qualquer coisa em Marte”, explica Squyres. “Eu não sei o que isso significa. Estamos completamente confusos, e todo mundo na equipe está discutindo sobre o que pode ser”.
A Opportunity está em Marte há muito mais tempo do que foi originalmente planejado – uma missão de três meses. A NASA disse que, com uma velocidade máxima de apenas 0,08 km/h, a partir de 15 de janeiro de 2014, a sonda havia coberto pouco mais de 38 quilômetros no planeta.

Cometa Hale-Bopp sobre o Passo de Valparola



O Cometa Hale-Bopp, o Grande Cometa de 1997, tornou-se muito mais brilhante que qualquer estrela em volta. 

Ele foi visto mesmo sob as luzes brilhantes das cidades.

Longe das luzes das cidades, entretanto, ele fez uma aparição um tanto espetacular. 

Aqui o Cometa Hale-Bopp foi fotografado acima do Passo de Valparola nas montanhas Dolomitas, redondezas de Cortina d'Ampezzo, na Itália. 

A cauda de íons azul do Cometa Hale-Bopp, consistindo de íons do núcleo do cometa, é empurrada pelo vento solar. 

A cauda de poeira branca é composta de partículas maiores de poeira do núcleo é impulsionada pela pressão da luz solar e orbita atrás do cometa. 

Observações mostraram que o núcleo do Cometa Hale-Bopp gira uma vez a cada 12 horas.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Encontrado primeiro planeta em torno de uma gêmea solar



Os astrónomos utilizaram o detector de planetas HARPS do ESO, no Chile, assim como outros telescópios, para descobrir três planetas em torno de estrelas pertencentes ao enxame estelar aberto Messier 67.
Embora mais de um milhar de planetas fora do Sistema Solar seja já conhecido, apenas alguns foram descobertos em enxames estelares.

Curiosamente, um destes novos exoplanetas orbita uma estrela rara. Trata-se duma gémea solar – uma estrela que é, em todos os aspectos, praticamente idêntica ao Sol.
Sabemos hoje que os planetas que orbitam estrelas fora do Sistema Solar são muito comuns. Têm-se detectado planetas em torno de estrelas de várias idades e composições químicas, espalhados um pouco por todo o céu. No entanto, e até agora, têm-se encontrado muito poucos planetas no interior de enxames estelares, o que é relativamente estranho já que a maioria das estrelas nasce precisamente no seio destes enxames. Os astrónomos têm-se perguntado se este facto não significará que existe algo diferente na formação planetária em enxames estelares que explique esta estranha escassez.

( (…) não foram encontrados planetas em enxames globulares e encontraram-se menos de seis em enxames abertos. Descobriram-se também, nos últimos dois anos, exoplanetas nos enxames NGC 6811 e Messier 44 e mais recentemente detectou-se um no brilhante enxame próximo das Hyades.)
Anna Brucalassi (Max Planck Institute for Extraterrestrial Physics, Garching, Alemanha), autora principal deste novo estudo, e a sua equipa quiseram investigar este assunto. “No enxame estelar Messier 67 as estrelas têm todas a mesma idade e composição do Sol, o que torna este local um laboratório perfeito para estudar quantos planetas se formam num ambiente tão populado e investigar se se formam essencialmente em torno de estrelas de maior ou de menor massa.”

A equipa utilizou o instrumento HARPS, o detector de planetas montado no telescópio de 3,6 metros do ESO, no Observatório de La Silla. Os resultados foram complementados com observações efectuadas por outros observatórios do mundo. A equipa monitorizou cuidadosamente 88 estrelas seleccionadas no enxame Messier 67, durante um período de seis anos, procurando os pequeníssimos movimentos das estrelas, que se aproximam ou afastam da Terra, e que revelam a presença de planetas na sua órbita.
Este enxame situa-se a cerca de 2500 anos-luz de distância na constelação do Caranguejo e contém aproximadamente 500 estrelas. Muitas das estrelas do enxame são mais ténues do que as que são normalmente alvo de buscas de exoplanetas, por isso tentar detectar o sinal muito fraco dos possíveis planetas levou o HARPS aos seus limites.

Foram descobertos três planetas, dois em órbita de estrelas semelhantes ao Sol e um em órbita de uma estrela gigante vermelha, mais evoluída e de maior massa. Os primeiros dois planetas têm ambos um terço da massa de Júpiter e orbitam as suas estrelas hospedeiras em sete e cinco dias, respectivamente. O terceiro planeta demora 122 dias a completar a sua órbita e possui mais massa que Júpiter.
O primeiro destes planetas mostrou estar em órbita de uma estrela extraordinária – uma das mais similares gémeas solares identificada até hoje, praticamente idêntica ao Sol (as gémeas solares são as mais parecidas ao Sol, uma vez que apresentam massas, temperaturas e abundâncias químicas muito similares). Esta é a primeira gémea solar situada num enxame onde se encontrou um planeta em sua órbita.
Dois dos três planetas são do tipo “Júpiter quente” – planetas comparáveis a Júpiter em termos de tamanho, mas muito mais próximo das suas estrelas progenitoras e consequentemente muito mais quentes. Os três planetas situam-se mais perto das suas estrelas do que a zona habitável, local onde pode existir água no estado líquido.

“Estes novos resultados mostram que os planetas nos enxames estelares abertos são tão comuns como em torno de estrelas isoladas – no entanto, não são fáceis de detectar,” acrescenta Luca Pasquini (ESO, Garching, Alemanha), co-autor do novo artigo científico que descreve este trabalho (esta taxa de detecção de 3 planetas numa amostra de 88 estrelas no Messier 67 encontra-se próximo da frequência média de planetas detectados em torno de estrelas que não são membros de enxames). “Os novos resultados contrastam com trabalho anterior que não conseguiu detectar planetas em enxames, mas corrobora com algumas observações mais recentes. Vamos continuar a observar este enxame para descobrir como é que as estrelas, com e sem planetas, diferem em massa e composição química.”


Realidade : Estrelas morreram para que nós pudéssemos nascer



Os primeiros elementos químicos responsáveis pela vida foram originados a partir da morte de uma estrela, é através da explosão de uma supernova que os elementos químicos necessários surgiram. Os elementos mais comuns, como carbono e nitrogênio, são criados nos núcleos da maioria das estrelas, fundidos a partir de elementos mais leves, como hidrogênio e hélio. Os elementos mais pesados, como o ferro, no entanto, são formados nas estrelas maciças que terminam suas vidas em explosões de supernovas. Elementos ainda mais pesados nascem nas condições extremas da explosão em si. Sem estrelas morrendo, a vida não seria possível. Nosso sangue tem ferro na hemoglobina, que é vital para a nossa capacidade de respiração. Precisamos de oxigênio em nossa atmosfera para respirar. Nitrogênio enriquece o solo do nosso planeta. Sem supernovas, podemos ter planetas gasosos, estrelas e galáxias, mas não carros, vacas, planetas sólidos, seres humanos ou qualquer vida.

"Para mim, é muito melhor compreender o universo como ele realmente é do que persistir no engano, por mais satisfatório e tranquilizador que possa parecer." — Carl Sagan.

Hubble vê uma estrela prestes a explodir



Este objecto tem o pomposo nome [SBW2007] 1, apelidado de SBW1.
É uma nebulosa com uma enorme estrela no seu centro.

Originalmente, a estrela tinha 20 vezes mais massa que o Sol. No entanto, está na fase moribunda, expelindo parte da sua atmosfera mais externa. Ela apresenta evidências que irá “explodir” como supernova proximamente (provavelmente nos próximos anos ou décadas).
Há 26 anos atrás, a SN 1987A estava extremamente parecida com esta, e entrou em supernova.

Felizmente, está a 20.000 anos-luz de distância da Terra, ou seja, não nos vai afectar.

Descobertas Estrelas Supervelozes




Uma equipe internacional de astrônomos descobriu uma nova classe surpreendente de "hypervelocity stars" (em português, estrelas de hipervelocidade ou estrelas hipervelozes) — estrelas solitárias, em movimento rápido o suficiente para escapar do aperto gravitacional da Via Láctea.

M7 : Aglomerado Estelar



M7 é um aglomerado estelar dominado por brilhantes estrelas jovens e azuis, que contém um total de cerca de 100 estrelas com uma idade de 200 milhões de anos, e que se encontra a cerca de 1.000 anos-luz de distância da Terra.
Este conjunto de estrelas é conhecido há muito tempo. Por exemplo, Ptolomeu referiu-se a ele no ano 130.

Descoberto o primeiro cometa brasileiro



Astrônomos amadores brasileiros descobriram um cometa no país pela primeira vez, nomeado C/2014 A4 SONEAR, no último dia 12 de janeiro.
Cristovão Jacques, Eduardo Pimentel e João Ribeiro de Barros observaram o objeto através de um telescópio robótico instalado no Observatório SONEAR, em Oliveira, cidade que fica a 120 km de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

O Observatório SONEAR, iniciativa dos brasileiros, tem como objetivo detectar objetos que passam próximos a Terra, a fim de determinar se eles vão ou não se chocar com o planeta. O equipamento funciona totalmente online – um software chamado SKYSIFT desenvolvido pelo também brasileiro Paulo Holvorcem coleta e analisa informações para classificar objetos vistos no hemisfério sul celeste como conhecidos ou desconhecidos.
Quando os astrônomos amadores analisaram os dados naquela noite, souberam que se tratava de um objeto novo, mas não identificaram de cara que era um cometa – o foco do observatório é em asteroides (eles já descobriram 16 deles, inclusive nomeando um em homenagem ao primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes).
A descoberta do objeto foi feita a partir de imagens coletadas com uma câmera CCD acoplada ao telescópio robótico projetado pelo engenheiro brasileiro Marcelo Moura, cujo espelho foi fabricado no Brasil, pelo especialista em óptica Sandro Colleti.

“Todo o equipamento usado na descoberta é brasileiro”, conta Cristovão Jacques, que é engenheiro e físico, mas gosta de se dedicar à astronomia sempre que pode. “Com a invenção da tecnologia CCD e a digitalização, ficou mais fácil fazer observações e ajudar os astrônomos profissionais”.
Graças às primeiras imagens feitas no SONEAR, outros observatórios puderam fazer suas próprias medições do objeto. Os astrônomos Ernesto Guido, Nick Howes e Martino Nicolini, ligados ao Observatório Remanzacco, na Itália, coletaram 19 imagens a partir de um telescópio robótico instalado em Siding Spring (Austrália), e concluíram que as características do objeto apontavam para sua classificação como um cometa.

Mais 25 imagens feitas pelo Telescópio Faulkes do Sul no dia 14 comprovaram que o objeto descoberto era de fato um cometa, com uma difusa coma de 8 arcosegundos de diâmetro.
A descoberta foi oficialmente confirmada pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) em 16 de janeiro, e o cometa foi batizado de C/2014 A4 SONEAR.
O objeto

C/2014 A4 SONEAR é um cometa de órbita parabólica, provavelmente originado da Nuvem de Oort (nuvem esférica de cometas e asteroides localizada nos limites do sistema solar). Quando detectado, o cometa se encontrava a cerca de 5.68 UA (Unidade Astronômica, equivalente a cerca de 149.5 milhões de km) da Terra e 6.33 UA do sol.
Sua órbita é altamente inclinada em 121 graus. O objeto deve atingir o periélio (ponto em que está mais próximo do sol) em 11 de setembro de 2015, quando passará a 3.82 AU do astro, cerca de 571 milhões de quilômetros.
No Brasil por brasileiros

O C/2014 A4 SONEAR é o primeiro objeto desse tipo descoberto no Brasil por brasileiros e oficialmente confirmado pela IAU.

No entanto, descobrir um cometa não é uma grande novidade por aqui – registros históricos apontam que, em 12 de maio de 1500, logo após a vinda de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, o médico e astrônomo da esquadra, João Faras, descobriu o cometa Cabral, homenageando o comandante da expedição – o problema é que nem Cabral nem João Faras eram brasileiros.

Em 16 de dezembro de 1652 foi descoberto um cometa de magnitude 2 a 3 em Recife, registrado em uma gravura holandesa. O mesmo cometa foi observado por Hevelius em 20 de dezembro de 1652 e é oficialmente conhecido como cometa Hevelius. Não há evidências de que ele tenha sido descoberto por um brasileiro nato – talvez o descobridor tenha sido holandês.
Não demorou muito e brasileiros começaram a participar de descobertas, às vezes identificando cometas pouco tempo depois que outros o faziam – e, portanto, perdendo a oportunidade de nomeá-los.
Em 28 de dezembro de 2002, Paulo Holvorcem descobriu o cometa C/2002 Y1, mas usando imagens coletadas no céu dos EUA. Holvorcem participou de muitas outras descobertas, como C/2005 N1 (Juels-Holvorcem), C/2011 K1 (Schwartz-Holvorcem), C/2013 D1 (Holvorcem) e C/2013 U2 (Holvorcem), mas nunca no céu brasileiro.

Como resultado, o C/2014 A4 SONEAR é o primeiro cometa descoberto por brasileiros no Brasil.
“Foi bacana, algo inédito. Tenho recebido cumprimentos de vários astrônomos, até do exterior. Descobrir um cometa não é algo trivial, ainda mais algo tão difuso”, diz Jacques.
O engenheiro explica que o céu do hemisfério sul é muito menos observado que o norte, em grande parte por haver menos investimento, e consequentemente menos observatórios, por aqui. Sendo assim, o trabalho que eles fazem no SONEAR se destaca.
“Meu prazer é descobrir coisas novas. Espero que isso incentive mais pessoas a fazerem buscas pelo nosso céu e encontrarem mais objetos no hemisfério sul, que é tão carente de observações”, afirma Jacques.

GRO J1655-40: Evidências de um Buraco Negro Giratório



No centro de um vertiginoso redemoinho de gases quentes está provavelmente uma besta que nunca foi vista diretamente: um buraco negro. Estudos realizados sobre a luz brilhante emitida pelos gases em turbilhão frequentemente indicam não somente a presença de um buraco negro, mas também seus possíveis atributos. Por exemplo, descobriu-se que os gases que cercam GRO J1655-40 exibem uma tremulação incomum, a uma taxa de 450 vezes por segundo. Se considerarmos uma estimativa prévia da massa do objeto central em sete vezes a massa do nosso Sol, a taxa da rápida tremulação pode ser explicada por um buraco negro em rotação muito rápida. Os mecanismos físicos que de fato causam a tremulação -- e uma oscilação quase periódica (OQP) mais lenta -- nos discos de acreção que cercam os buracos negros e as estrelas de nêutrons continuam a ser um tópico muito pesquisado.

Como está o tempo?




Como está o tempo? Trovoada, furacões, neve de areia quente e chuva de ferro derretido

Pela primeira vez, uma equipe de astrônomos liderada por Adam Burgasser fez a previsão do tempo para uma anã castanha/marrom no sistema de Luhman 16AB que se encontra a 6,5 anos-luz de distância da Terra, e as perspectivas não são nada benéficas para quem quer praticar atividades “ao ar livre”.

O telescópio espacial Spitzer analisou 44 anãs castanhas/marrons. Metade dessas anãs apresentam evidências de enormes e violentas tempestades, com chuva quente e de areia (e ferro derretido).

41 exoplanetas confirmados



Como sabem, o Telescópio Espacial Kepler detectou milhares de candidatos a exoplanetas.

Após 4 anos de observações com o Observatório Keck, no Hawai, confirma-se que pelo menos 41 desses candidatos são planetas de facto. Confirmou-se igualmente a massa e diâmetro de 16 desses exoplanetas, tendo a maioria massas entre Terra e Neptuno.

5 planetas são rochosos, sendo maiores que a Terra. Serão assim super-Terras.
Os mini-Neptunos parecem ser comuns no Universo, apesar de não existirem no nosso sistema solar.

Missões Apollo



Esta imagem mostra os locais lunares onde pousaram as diversas sondas e missões Apollo.

Apesar da Lua ser menor que a Terra, não há hipótese de encontro entre rovers lunares. Estas sondas têm um raio de acção demasiado pequeno para se encontrarem umas com as outras.

Só como comparação, imaginem uma sonda pousar no Brasil e outra em Portugal e cada uma ter um raio de acção de 3 km. A verdade é que nunca se iriam encontrar. O mesmo se passa com as missões lunares (a excepção foi a missão Apollo 12 e a sonda Surveyor 3, que pousaram basicamente no mesmo sítio).

Actualmente, com o objectivo de preservar os locais históricos, a NASA pede que futuras missões não se aproximem dos locais das missões Apollo. O objectivo será criar na Lua um género de “museus naturais”. Pode-se ver de cima, no futuro será até possível visitar esses locais, mas com estas recomendações a NASA pede que não se danifiquem os locais, mantendo-os tal como estão.

Aglomerado da Coma



A imagem mostra um enorme aglomerado de galáxias na direcção da constelação de Coma Berenices.
Este aglomerado massivo de galáxias localiza-se a cerca de 350 milhões de anos-luz de distância da nossa Via Láctea.

Das mais de 1.000 galáxias que pertencem ao aglomerado, na imagem são sobretudo visíveis três delas: IC 4041 (esquerda), IC 4042 (centro) e GP 236 (direita).

Nebulosa de Orion



Esta imagem mostra a Nebulosa de Orion, que se encontra a cerca de 1.500 anos-luz de distância da Terra.

Neste famoso berçário estelar são visíveis jovens estrelas quentes e maciças, além de algumas protoestrelas.

A imagem é diferente do habitual, já que foi feita a partir de dados obtidos pelo Telescópio Espacial Spitzer. Ou seja, esta é a Nebulosa de Orion vista em infravermelho.

Descobertas estrelas com velocidades surpreendentes a escapar da Galáxia



Uma equipe internacional de astrônomos descobriu uma nova classe de estrelas com hiper-velocidades.

As imagens mostram a localização de 4 estrelas com hiper-velocidades. São estrelas como o Sol, mas que se movem a 2 milhões de km por hora em relação à galáxia, o que é suficientemente veloz para escaparem à “mão gravitacional” da galáxia.

Ao contrário de descobertas anteriores (18 estrelas gigantes azuis com hiper-velocidades), estas 20 estrelas são mais pequenas e menos maciças (semelhantes ao Sol) e não parecem vir do centro galáctico. Isto é surpreendente, porque não se consegue perceber o mecanismo que as levou a terem uma velocidade tão elevada sem a interação com o buraco negro supermassivo central.

Curiosidade : A Ciência Provou a Existência de Espíritos?



Infelizmente a página da imagem publicou uma matéria dizendo que a ciência provou a existência de espíritos, o que é uma pena... já que não é verdade. Volto a dizer, a ciência se baseia em uma perspectiva naturalística para a compreensão do mundo. Se queres violar o conceito naturalístico, então faças suas "elucubrações" dentro do campo teológico.

O pr
oblema é que a matéria se baseia num (suposto) estudo feito desonestamente pelo William Crookes, em meados de 1870. Pra quem não sabe, William Crookes foi um "cientista" que trabalhou (não me lembro se ele ajudou a fundar) na American Society for Psychical Research.

Esse instituto de pesquisa foi criado com a intenção de estudar os ditos fenômenos paranormais (daí praticamente nasceu a parapsicologia), o problema é que os "pesquisadores" entraram na jogada achando que o fenômeno era real.

"E os estudos?" Bom, eles ignoravam evidências contrárias, resultados negativos, alguns falsificavam evidências para sustentar suas pesquisas. O que era uma tentativa de estudar seriamente um fenômeno, acabou se tornando uma "base de estudos espíritas" com a intenção de disseminar essas ideias como se elas tivessem sido comprovadas pela ciência.

E atualmente não existe nenhuma evidência da existência de espíritos.

8 Questões sobre a Teoria das Cordas




Neste blog já publiquei um outro post sobre a Teoria das Cordas, pelo que este tem uma abordagem um pouco diferente da desse – ainda mais simples e com menos detalhe. Aqui tentarei responder a algumas das questões típicas sobre a teoria. O facto de não entrar em pormenores também se deve ao facto de eu próprio não saber muito do tema. Para terem uma ideia, é uma teoria que nunca se ensina num curso “normal” de Física, em nível de licenciatura ou mestrado. Só mesmo quem quiser fazer investigação na área é que a começa a estudar. Bom, neste caso, a razão não é apenas por ser uma teoria bastante complexa – de facto, o impasse em que ela se encontra atualmente deve-se em grande parte a isso mesmo, dado que a matemática envolvida transcende em grande medida a matemática necessária para a maioria das outras teorias físicas que existem. A razão principal é por ser uma ser teoria incompleta e, por isso, apenas uma hipótese entre outras para explicar o seu domínio de aplicação, enquanto que em cursos de Física só se aprende, como é natural, as teorias completas e confirmadas pela experiência, aquelas que não têm alternativas à altura discutíveis no mundo científico.
Passemos então às questões e respectivas respostas (as questões têm encadeamento lógico de umas para as outras). Espero que as questões sejam de facto aquelas que o leitor pretende ver respondidas. Caso não o sejam, podem propor outras em comentário.

1. Qual o objectivo dessa teoria? Procura explicar o quê?

A Teoria das Cordas é uma tentativa de explicar o funcionamento de todo o universo, quer o que ele é hoje, quer o que foi, bem como o que será, ou seja, será uma teoria que terá que explicar tudo o que aconteceu no universo (a nível cosmológico) desde o Big Bang até ao “fim dos tempos” (que não se tem a certeza que seja um Big Freeze, ou um Big Crunch, fazendo aqui um esquecimento propositado ao Big Rip). Este é pelo menos o “potencial” da teoria. Em primeira instância é uma tentativa de unificar: Teoria da Relatividade Geral com Mecânica Quântica, como alternativa ao “Modelo Padrão” (ver O Mundo das Partículas II); unificando as quatro Forças da Natureza.

2. Tanto “big” na resposta anterior. O que vem a ser tudo isso?
A Teoria do Big Bang é a teoria actualmente aceite para explicar o início do universo, que basicamente diz que todo o universo partiu de um único ponto de energia (há cerca de 13.8 mil milhões de anos atrás) e se expandiu até ao que hoje se vê. Esta teoria assenta fundamentalmente em dois factos experimentais: radiação cósmica de fundo e a observação de Hubble de que tudo se parece estar a afastar de nós. O Big Freeze, o Big Crunch e o Big Rip são as três hipóteses de como pode acabar o universo, sendo que na primeira o universo continuará a expandir-se para sempre, no segundo a expansão pára e regride, acabando numa “grande” implosão, e o terceiro (bem mais recente que as outras hipóteses) sugere algo semelhante ao primeiro, mas com a diferença que neste até os próprios átomos se irão desintegrar devido à expansão (enquanto que o Big Freeze prevê que os aglomerados de matéria se poderão manter juntos, devido à gravidade). Estas hipóteses dependem da medição de um parâmetro que curiosamente se encontra num valor tão próximo do valor crítico entre uma situação (Big Crunch) e outra (juntando o Big Freeze e o Big Rip), que é para já impossível de se ter certezas, ainda que a balança penda para o lado da segunda hipótese. (Um maior conhecimento sobre a matéria e energia negras terá certamente consequências nesta questão.)

Evolução do universo prevista pela teoria do Big Bang. A temperatura actual a que podemos encontrar o “espaço vazio” provém de um calor residual proveniente do próprio Big Bang (que é agora a radiação cósmica de fundo).

3. Voltando à Teoria das Cordas, porquê que é uma teoria tão conhecida?

Muitos dos entusiastas por Ciência têm como ídolo aquele que foi possivelmente o maior génio do século XX – Albert Einstein. Ao lerem sobre as suas descobertas, é bastante provável “tropeçarem” com o chamado «sonho de Einstein», que seria o concluir da sua teoria do Campo Unificado, algo que ele não conseguiu fazer. Essa teoria teria como objectivo criar um modelo que explicasse em simultâneo as quatro forças da natureza: força forte, força fraca, força electromagnética e força gravítica. A seguir a Einstein, muitos cientistas continuaram o seu trabalho, como é óbvio. Desse trabalho resultou, entre outras teorias, a Teoria das Cordas, que é ainda considerado por muitos a mais promissora teoria a conseguir explicar aquilo com que Einstein almejara (ainda que haja alternativas). Penso que é este um dos pontos que faz a teoria ser conhecida. Um outro ponto será com certeza o facto usar algumas premissas que parecem desconcertantes.
einstein1921

O cientista mais conhecido do século passado – Albert Einstein.

 4. Que tipo de premissas desconcertantes são essas?
Restringindo-me apenas às mais notórias: prevê a existência de 11 dimensões, em vez das 4 que conhecemos (três espaciais e uma temporal), e assume que as unidades fundamentais deste universo são “corpos” unidimensionais – filamentos, ou como são conhecidas: cordas (daí o nome da teoria).

5. Onze dimensões?? Como é isso possível?

Na verdade é possível de duas formas: podemos ter dimensões adicionais “dobradas” a nível sub-atómico (muito abaixo da escala atómica, na verdade), de tal modo que são impossíveis de “observar”, ou então são tão grandes que nem as sentimos. Esta é fácil de compreender, pensando numa analogia de duas e três dimensões: se pensarem que vivem num mundo a duas dimensões (sobre um plano, portanto), nada se altera para vós se o plano for dobrado, mas na verdade isso indica a existência de uma outra dimensão “oculta”.

6. E isso das “cordas”, o que é e para que serve?
A “corda”, como disse, é um objecto unidimensional de tamanho extremamente reduzido (não é algo que possa ser “visto” num acelerador de partículas) e que é a unidade básica no universo. Podem existir vários tipos de cordas, com vários comprimentos, o que lhes darão propriedades diferentes, de modo a explicar a existência de todo o tipo de partículas conhecidas (quarks, por exemplo).

7. O que havia de errado com as partículas, para que viessem inventar a existência de cordas?

Primeiro, porque na Física de partículas convencional (Modelo Padrão) ainda não se encontrou uma forma de conseguir explicar o porquê de haver tantas partículas “fundamentais”, e que correm o risco de deixarem de o ser, por aparecerem outras mais “fundamentais”. Ninguém quer acreditar que o universo tenha sido de tal modo “desenhado” que haja tantos corpos distintos ao nível mais pequeno – seria de esperar algo mais “elegante”. (Talvez estejam a pensar: a Natureza é como é, não interessa o que achemos dela, temos que simplesmente ver o que ela nos diz e não considerar premissas perigosas, que nos possam afastar da verdade – isso tem lógica, mas a história da Ciência, e da Física em particular, ensina-nos algo diferente, e isso não deve ser descartado só por razões de lógica – a hipótese mais simples é muitas vezes a correcta.)
Em segundo, a Mecânica Quântica e a Relatividade Geral (a teoria do muito pequeno e a teoria do muito grande – ambas comprovadas experimentalmente) parecem não concordar uma com a outra quando têm que ser usadas em simultâneo, o que implica que uma delas esteja errada, ou que as não estejamos a usar correctamente. A introdução do conceito de corda nesta discussão pode resolver a questão (em princípio resolve mesmo, mas não entrarei nesses pormenores).

8. Quando é que a teoria é concluída?
A questão, neste momento, não é o quando, mas sim o “se”. Actualmente é impossível prever se a teoria será concluída. Aliás, mesmo que o seja, ainda se tem dúvidas se será possível comprová-la, ou não. Na verdade é uma teoria que é vista por muitos como uma perda de tempo, de dinheiro e de muito talento (muitas das melhores mentes humanas estão a investir o seu esforço numa questão que pode não ter resposta, havendo, porém, muitas outras áreas onde o sucesso seria quase garantido e as consequências para a humanidade estariam asseguradas).

Rosa da Carolina



A imagem mostra o aglomerado estelar NGC 7789 que se encontra a cerca de 8.000 anos-luz de distância da Terra e tem uma idade de 1.600 milhões de anos.
O apelido deste aglomerado aberto de estrelas deve-se à sua descobridora, a astrónoma Caroline Herschel, irmã do famoso astrónomo William Herschel.