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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O que são Crátons?



Crátons (do grego kratos, que significa "força") são porções bastante antigas da crosta continental, tendo se mantido relativamente estáveis por no mínimo 500 milhões de anos, fato que os caracteriza como terrenos Pré-Cambrianos. Por estabilidade entende-se que estes se mantiveram preservados e foram pouco afetados por processos tectônicos de separação e amalgamação de continentes ao longo da história geológica da Terra.
São estruturas geológicas muito antigas e ricas em minerais metálicos.
São compostos por dois tipos de rochas: as magmáticas, que se formam com o resfriamento e a cristalização do material magmático; e as metamórficas, rochas preexistentes, que foram alteradas pela ação da pressão e das elevadas temperaturas gerada tanto nos deslocamentos das placas, quanto nos vulcanismos.
Os crátons são divididos em dois tipos principais de estruturas: os escudos cristalinos e as plataformas.
Escudos Cristalinos: são também chamados de maciços antigos e caracterizam-se por serem compostos por rochas cristalinas (magmáticas e metamórficas). São tipos de crátons que afloraram na superfície, ou seja, não foram recobertos por outros tipos de estruturas geológicas, ou seja, estão expostos e estão submetidos aos agentes de erosão.

Exemplos:
o Escudo das Guianas, o Brasileiro e o Canadense, na América;
o Siberianos ou de Angara e o Chinês, na Ásia;
o Australiano;
o Guineano, na África;
e o Fino-Escandinavo, na Europa.

Desse modo pode-se dizer que escudo é um cráton aflorado ou aflorando.

Plataformas: são composições de crátons recobertas por outras formações estruturais, geralmente por camadas de sedimentos, as bacias sedimentares. São também conhecidas por embasamentos cristalinos e geralmente são formadas por regiões de depressões relativas, salvo quando a cobertura sedimentar é muito extensa.
Em geral, os crátons possuem uma grande importância para os estudos referentes à estrutura e ao passado geológico do planeta, pois apresentam uma elevada riqueza em termos de tipos e quantidades de minerais metálicos, como o ferro, o cobre, o alumínio e o estanho. Além disso, os crátons, por serem formações constituídas há muito tempo e estáveis, apresentam as mais antigas rochas do planeta.
Formam na verdade, um substrato, a base ou o "alicerce" das bacias sedimentares fanerozóicas. Na estrutura geológica do Brasil, existem várias coberturas fanerozóicas, como, por exemplo, as das bacias intracratônicas do Paraná, do Parnaíba ou Meio-Norte e a do Amazonas.

Os escudos cristalinos são as estruturas menos presentes em nosso território, constituindo cerca de 36% do país. Separados em três grandes conjuntos, denominados Escudo das Guianas, Escudo Brasil Central e Escudo Atlântico, são constituídos basicamente por rochas metamórficas (gnaisses, micaxistos, mármores e quartzitos) e magmáticas (granitos e sienitos), em determinadas regiões interceptados por falhas e fissuras na crosta terrestre que já estiveram ativas em alguma época remota.

Uma parte desses escudos é constituída de núcleos estruturados no Arqueozóico (cerca de 32% do nosso território), já sem movimentação orogenética (as placas movem-se horizontalmente e, em um possível “cavalgamento”, formam dobramentos modernos) desde o fim dessa era, há mais ou menos 2,5 bilhões de anos atrás. Tais núcleos são chamados de áreas cratônicas ou simplesmente crátons, regiões antigamente propensas ao vulcanismo.

No Brasil os principais crátons São o do São Francisco e o Amazônico.

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