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sábado, 25 de janeiro de 2014

Nossa Lua também tem água !



A imagem acima mostra a região polar sul da Lua durante uma observação realizada em 29 de abril de 2013 e levando a vantagem de uma libração favorável em latitude. Um clássico exercício quando se observa uma região como essa é tentar descobrir o nome das crateras que ali aparecem. Vamos começar pela Curtius no canto inferior a esquerda, depois passamos a Moretus, a cratera localizada no centro da imagem, com seu brilhante pico central. Um pouco além dela está a Short, e um pouco para a direita está a Newton e a Newton D, G, A e B. Um pouco mais além, quase no limbo está a Cabeus, e, emergindo do limbo, pode-se ver dois picos de montanhas conhecidos como M4 e M5. Interessante destacar também Malapert pois se fizermos uma triangulação imaginária (pontilhado) com Cabeus teríamos na outra ponta do triângulo a posição exata do Polo Sul Lunar (marcado por um x),
Esta técnica deveria chamar-se "Crater Hopping" e poderia ser usada mais frequentemente pelos observadores lunares que querem situar-se com precisão.

Outro fato interessante em relação a cratera Cabeus é que foi nela que ocorreu o impacto da sonda LCross visando comprovar a existência de água na Lua.
Os resultados do impacto confirmaram quantidade significativa de água no satélite da Terra, conforme divulgação da NASA.
A água representa um potencial recurso para sustentar uma futura exploração lunar.
Dados preliminares do LCross (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) indicam que a missão descobriu água com sucesso durante os impactos realizados em 9 de outubro de 2009, na região permanentemente coberta de sombras de Cabeus, próxima ao polo sul da Lua.

"Estamos extasiados", disse Anthony Colaprete, cientista do LCross e principal pesquisador do Centro de Pesquisa em Moffet Field, da Nasa.

"Múltiplas linhas de evidência" mostram que a água estava presente nas duas partes do material expelido pela cratera Cabeus, o que torna "seguro dizer que ela possui água", completa ele.

O grupo de pesquisa utilizou conhecidas "assinaturas" espectrais infravermelhas da água e de outros materiais e as comparou com o espectro próximo ao infravermelho coletado pela LCross para a verificação.
Cientistas especularam por muito tempo sobre a fonte de vastas quantidades de hidrogênio que foram observados nos polos lunares. As descobertas da LCross mostram que a água na Lua deve ser em maior quantidade e mais distribuída pelo astro do que suspeitado previamente.

"Estamos revelando os mistérios de nosso vizinho mais próximo e por extensão do Sistema Solar", disse Michael Wargo, cientista-chefe lunar na sede da Nasa em Washington.

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