Conta a lenda que Thor, o deus nórdico, girava o seu poderoso martelo, Mjölnir, e o arremessava a velocidades estupendas, um feito que o homem só pode sonhar. A NASA está financiando um projeto que usa uma ideia similar para lançar minúsculos satélites em direção a outros planetas.
O nome do projeto é “NanoTHOR”, e funcionará assim: no último estágio do lançamento de um foguete, ele solta um fio com alguns quilômetros de comprimento, com o nanosatélite na extremidade.
Usando o resto do combustível reservado para este feito, ele começa a girar, e quando estiver no apogeu de sua trajetória, o fio solta o satélite, arremessando-o a altas velocidades em direção ao espaço.
Esta ideia da Tethers Unlimited Inc recebeu US$ 100.000 (cerca de R$ 200.000,00) de financiamento do programa Innovative Advanced Concepts (Conceitos Avançados Inovadores, o mesmo programa que concedeu outros US$ 100.000 para o projeto da asa supersônica reversível) para começar a rodar simulações de computador e projetar o equipamento.
O objetivo é lançar CubeSats, uma classe de nanosatélites, como sondas interplanetárias. Este tipo de satélite não carrega combustível, por isto a necessidade de um mecanismo de lançamento como o NanoTHOR, que usará os restos de propelente no último estágio do foguete, além do momentum.
A equipe da Tether já experimentou durante anos vários materiais para fazer o cabo de lançamento, como o Zylon ou Spectra, que são usados em roupas à prova de balas. O desafio atual é descobrir como fazer o sistema de lançamento. A alternativa a este sistema seria o uso de um motor de foguete para dar o impulso inicial no CubeSat.
O financiamento da NASA não será suficiente para construir o sistema completo, mas a Tethers planeja usar simulações de computador para testar a ideia em um espaço virtual.
Este não é o único projeto da Tethers que ganhou o financiamento privado. Outro projeto deles recebeu incentivo, o de uma espaçonave que se constrói no espaço, usando tecnologia de impressão 3D, a “SpiderFab“.
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