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sábado, 18 de agosto de 2012

Vídeo: erupção solar incrível e belíssima



A NASA capturou no fim de semana passado, em 4 de agosto, um filamento solar superquente que entrou em erupção, formando um arco no espaço, conectando duas enormes manchas solares.
A foto e o vídeo foram feitos pelo Observatório Dinâmico Solar (ODS) da NASA, sonda que estuda a nossa estrela desde fevereiro de 2010.

O ODS, projeto de 850 milhões dólares (R$ 1,7 bi), é a primeira nave de uma frota de esforços da NASA para estudar o nosso sol. A missão de cinco anos da sonda é a principal de um programa científico chamado “Living with a Star” (“Vivendo com uma estrela”), que visa à melhor compreensão dos aspectos do sistema sol-Terra que afetam a nossa vida e sociedade (o astro pode até estrelar o fim do mundo, já que como toda estrela, pode morrer e “nos deixar na mão”).
E se você acha que o sol só serve para queimar nossa pele, saiba que ele interfere na Terra muito mais do que isso. Além de possibilitar a existência da vida como a conhecemos, muitas outras ações solares têm consequências para nós, como as erupções recentes.

Bela erupção

O filamento de erupção aparece rosa e roxo através dos filtros ultravioletas do ODS, destacando-se contra uma superfície solar de manchas verdes, amarelas e roxas escuras.
O filamento surgiu entre as manchas solares AR 1538 e AR 1540. Manchas solares são manchas temporárias sobre o sol, que parecem escuras porque são mais frias que o resto da superfície solar.
As labaredas solares e explosões maciças de plasma chamadas de ejeções de massa coronal (CMEs, na sigla em inglês) muitas vezes irrompem de manchas solares, às vezes maiores que o diâmetro da Terra.
As CMEs ocorrem quando alguma perturbação magnética muito forte causa um feixe de explosões da superfície do sol, e o material liberado – plasma, primariamente elétrons e prótons, com pequenas quantidades de materiais mais pesados tais como hélio, oxigênio e ferro – vai além da coroa solar (que seria algo como a atmosfera de nosso astro), atingindo o que orbita em volta. A explosão de 4 de agosto impulsionou uma enorme CME para o espaço.

Estamos seguros?
CMEs que atingem diretamente a Terra podem causar estragos, interrompendo temporariamente comunicação GPS, navegação por satélite e redes de energia.
A tempestade solar de sábado não causou nenhum problema grave. Apesar de não ter se dirigido diretamente para a Terra, poderia “desferir um golpe” ao nosso campo magnético. Mas esse golpe se traduziria em mais formas belas, como auroras entre 7 e 8 de agosto.
Apesar disso, devemos ficar alertas: o sol está atualmente em uma fase ativa do seu ciclo solar de 11 anos, e deve continuar a disparar grandes tempestades por um tempo. O atual ciclo, conhecido como ciclo solar 24, deve atingir seu pico em 2013.
Mas se você está com medo de alguma coisa, já adiantamos que não precisa: ninguém corre risco de vida. Você não corre nem risco de se queimar, já que a interferência causada pelo sol no nosso planeta é de natureza eletromagnética e não aumenta a temperatura ou emissão de raios ultravioleta

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