Com um pouco de sorte (incluindo questões genéticas e massa corporal), uma pessoa pode sobreviver por mais de uma semana sem comida. Porém, quando fica sem água, dificilmente aguenta mais de três dias. Quem duvidaria da importância desse líquido?
Para testar até que ponto a água é essencial à vida, um grupo de pesquisadores do Instituto de Biologia Estrutural em Grenoble (França) pegou moléculas de mioglobina (proteína responsável por levar oxigênio até os músculos) e substituiu a água por um polímero sintético. Como resultado, a amostra ganhou um aspecto viscoso, como o de um xarope.
Ao contrário do que se imaginava, porém, a troca não teve qualquer efeito negativo: a “mioglobina híbrida” continuou flexível, funcional e capaz de cumprir seu papel de transportar oxigênio.
Os resultados contrariam a ideia de que, sem água, é absolutamente impossível sobreviver. É claro que há algumas limitações envolvidas: o polímero substituto, por exemplo, não ocorre na natureza, o que pode dificultar seu uso na prática. Seja como for, a ideia de “vida seca” não soa tão absurda agora
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