A sonda Curiosity, da NASA, pousou em Marte dia 05/08, planeta no qual vai passar dois anos procurando sinais de que a vida existe ou existiu ali.
Nos últimos dias, algumas fotos da nave têm sido divulgadas por cientistas e engenheiros da missão. Agora, finalmente temos a primeira panorâmica colorida do local onde Curiosity se encontra – a cratera Gale, de 150 km de largura, com o Monte Sharp no horizonte à vista.
Algum impacto ocorrido há muito tempo esculpiu este “poço enorme”, derrubando toneladas de rocha. Justamente por fazer parte da incrível história geográfica de Marte, este local foi escolhido pela NASA para essa missão. Lá parece haver muitas evidências da existência de um fluxo de água eras atrás, por causa da forma como as rochas estão distribuídas (que indica fluxo líquido).
A sonda ainda vai passar um tempo parada no exato local onde pousou, para testar seus instrumentos e equipamentos.
Composta por centenas de pequenas miniaturas (144 x 144 pixel), essa panorâmica mostra a visão que a nave tem agora do planeta. Você pode ver partes dela na foto (com um formato um pouco estranho, pois a imagem mostra uma vista de 360° em uma moldura retangular), incluindo uma de suas seis rodas à direita. Na parte inferior do meio da foto, temos a sombra do mastro onde ficam as câmaras que fizeram este panorama.
Também dá para ver que a superfície do planeta é um pouco mais brilhante ao redor da sombra das câmeras, que é um efeito
óptico chamado Heiligenschein – literalmente, “halo” ou “brilho santo”, comum quando você olha para superfícies arenosas.
Basicamente, a areia e poeira refletem preferencialmente a luz solar de volta na direção em que ela veio, então a superfície parece mais brilhante ao redor da sombra.
Além disso, devido ao ângulo de visão, você não vê sombras em torno das pedras, e isso faz o chão parecer mais brilhante.
Já a cor vermelha do planeta que você vê na foto é puro Marte, sem alterações. A cor vem do óxido de ferro – ferrugem - na forma de pó de grão muito fino, como talco. As pedras tendem a ser de uma cor basáltica, mas podem parecer vermelhas porque são revestidas com uma camada desse pó fino. Se não tivesse o pó, seria possível ver o azul-cinzento do basalto.
Agora, nos resta continuar esperando por mais fotos e fatos incríveis vindos de 250 milhões de quilômetros de distância
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