O telescópio espacial Hubble, da NASA, lançado em 1990 para observar e fotografar objetos astronômicos, nos deu a chance de estudar mistérios e belezas do Universo diversas vezes.
Com um alcance de 14 bilhões de anos-luz (um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros), sofreu a primeira reforma em 1993 e desde então vêm se renovando para permitir que nós tenhamos uma melhor compreensão do espaço.
Por exemplo, com sua remodelada Wide Field Camera, Hubble registrou em luz visível a região de formação estelar 30 Doradus, na qual fica um enorme aglomerado das maiores, mais quentes e mais massivas estrelas conhecidas.
Dentro de uma galáxia vizinha conhecida como Grande Nuvem de Magalhães, localizada no coração da Nebulosa da Tarântula, que recebeu esse nome por causa de seus filamentos brilhantes que lembram as pernas de uma aranha, fica a 30 Doradus.
No centro dessa região, que contém milhões de jovens estrelas, podemos ver o aglomerado estelar R136, esculpido com formas alongadas por fortes ventos e radiação ultravioleta.
Por ser a maior região ativa de formação de estrelas do grupo local de galáxias, o seu brilho – fluorescente por causa da já mencionada radiação ultravioleta das estrelas jovens e maciças aí nascidas – é tão intenso que é perfeitamente visível a olho nu, mesmo que 30 Doradus fique a cerca de 170.000 anos-luz de distância de nós.
A maioria das estrelas desse “super aglomerado estelar jovem” tem entre 1 e 2 milhões de anos, é gigante ou supergigante, e do tipo espectral O3 (espécie de classificação estelar, que significa que elas são muito quentes e muito luminosas – milhões de vezes superiores ao nosso sol – e azuladas em cor; são as mais raras estrelas da sequência principal): 39 estrelas do R136 possuem esta classificação
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