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quarta-feira, 16 de março de 2022

O Pêndulo de Foucault

 

Fig. 3 Ilustração do movimento do pêndulo de Foucault provida pela Wikipedia. Como a plataforma em que se fixa o pêndulo se move (a Terra), observadores nela verão um lento movimento do plano de oscilação (chamado de "precessão") .
Para um geocentrista rigoroso, ciente de seu conhecimento milenar, a Terra está fixa no Universo, tanto assim que todas as estrelas prestam-lhe tributo e giram a sua volta. A primeira fase da queda do Geocentrismo foi levado a cabo por N. Copérnico (1473-1443), que não achou justo que a Terra, sendo muito menor do que a esfera celeste, tivesse que permanecer fixa, enquanto que o céu, muito maior, girasse [8].  Alguns dizem que a prova definitiva do movimento da Terra - primeira centelha da libertação do fixismo geocêntrico - veio tarde demais, apenas em 1851. Nesse ano, em um interessante e simples experimento, J. L. Foucault (1819-1868) demonstrou de forma direta o movimento de rotação da Terra por meio de um pêndulo fixado no interior do Observatório de Paris.

O experimento foi replicado no grande Pantheón em Paris algumas semanas depois pelo próprio Foucault [9] e, desde então, é um demonstração fácil de se ver em inúmeros museus de ciência e laboratórios no mundo. Uma explicação simples está ilustrada na Fig. 3. A base que sustenta o pêndulo se move (porque a Terra gira!). O plano de oscilação - devido à inércia - mantem-se fixo, o que faz com que observadores na plataforma vejam o movimento desse plano, que é consequência do movimento da Terra. Em termos mecânicos, o pêndulo de Foucault demonstra a existência de pseudo forças em um referêncial chamado "não inercial", o próprio referencial da Terra movente. O movimento do pêndulo (frequência de precessão) não depende da longitude do observador, mas apenas de sua latitude, que é máxima nos polos como é fácil de se ver. Por outro lado, se a Terra é admitida fixa conforme o Geocentrismo, o movimento do pêndulo teria que ser explicado por forças adicionais de origem miraculosa.

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