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sábado, 2 de março de 2013

Cientistas criam “células zumbis” que trabalham mesmo depois de mortas




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Não é ficção científica: é realidade científica. Pesquisadores do Laboratório Nacional de Sandia, em Albuquerque, e da Universidade do Novo México, ambos nos EUA, criaram “células zumbis”, capazes de continuar a trabalhar depois de mortas. Na verdade, elas até executam algumas funções melhor do que quando estavam vivas.

A pesquisa

Os cientistas revestiram células orgânicas em ácido silícico, para que fossem capazes de resistir a temperaturas e pressões muito maiores do que anteriormente. A técnica permite que os cientistas preservem material biológico valioso, “convertendo-o em um fóssil”.
No experimento, o ácido silícico foi usado para “embalsamar” células de mamíferos até um nível nanométrico, e criar uma réplica quase perfeita da sua estrutura.
Sílica é conhecida por suas propriedades desde os tempos antigos, e é encontrada em areia e quartzo. As células vivas são revistas com ácido em uma placa de Petri e, em seguida, a solução de sílica forma uma réplica com o maior detalhe possível.
Ao aquecer a sílica a 400 graus Celsius, a parte orgânica da célula é evaporada e a solução é mantida como uma “escultura tridimensional à la Madame Tussauds” de uma célula anteriormente viva.
O processo significa que as células podem continuar a “trabalhar”, mesmo depois de mortas. Aliás, por serem capazes de sobreviver a pressões e temperaturas extremas, as células zumbis podem até executar algumas funções melhor do que quando estavam vivas.

Aplicações

Os pesquisadores acreditam que as células zumbis podem ser utilizadas comercialmente, na indústria de células de combustível, tecnologia de sensores ou descontaminação. Eles apostam na nova técnica como “o futuro da nanotecnologia”.
“É muito difícil construir estruturas em escala nanométrica. Nós podemos fazer partículas e fios, mas estruturas 3D arbitrárias ainda não”, explica o pesquisador Bryan Kaehr. “Com esta técnica, não precisamos construir essas estruturas – a natureza faz isso para nós

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