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domingo, 10 de março de 2013

A biologia sintética criando vida artificial



vida artificial

De acordo com o controverso cientista Craig Venter, a vida artificial será criada dentro de quatro meses. Venter, que trabalhou em um projeto privado para realizar o sequenciamento do genoma humano, afirma que sua nova empreitada deve funcionar, e ele e sua equipe devem ter a primeira espécie sintética até o fim do ano.
Venter trabalha em projetos com este objetivo há mais de uma década, e já trabalha em projetos para utilizar a biologia sintética para criar bactérias que transformam carvão em gás natural mais ecológico, além de algas que absorvem dióxido de carbono para transformá-lo em combustível à base de hidrocarbonetos. Outros usos para a criação incluem novos modos de fabricar medicamentos e vacinas.
A afirmação de Venter foi feita depois que seu grupo de cientistas do Insituto Craig Venter, em Maryland, Estados Unidos, anunciou que haviam desenvolvido um método para transplantar DNA humano em bactérias, prometendo resolver um problema que vem atrasando o projeto de vida artificial há dois anos.
O primeiro passo em direção a esta nova descoberta foi feito em 2007, quando o genoma da bactéria Mycoplasma mycoides foi inserido na bactéria Mycoplasma capricolum. Depois disso, a bactéria se transformou na sua “invasora”.
Em janeiro, a equipe construiu o código genético de uma bactéria desde o princípio, e transferiu este genoma sintético para uma célula hospedeira para transformá-la com informações escritas por humanos. Até o momento, esta técnica ainda é problemática, pois o genoma sintético não funciona quando é transplantado para células hospedeiras.
O genoma de bactérias tem uma modificação chamada metilação, que as protegem das enzimas de restrição das células hospedeiras. O genoma sintético, entretanto, não tem essa modificação, deixando-o livre para o ataque das enzimas.
No novo estudo, a equipe de Venter fez a metilação do genoma da M. mycoides antes de transplantá-la na célula hospedeira. Assim, as células não sofreram com as enzimas de restrição e puderam agir sobre a hospedeira, transformando-a com o seu DNA. Testes estão sendo feitos com a inovação.
Hamilton Smith, ganhador do prêmio Nobel e co-autor do estudo, afirma que a pesquisa tem aplicações importantes para a melhor compreensão dos fundamentos da biologia para completar o trabalho de criar e inicializar um genoma sintético.
“Este é possivelmente uma das mais importantes descobertas no campo do genoma sintético”, afirma Smith. Seu colega Venter afirma que a pesquisa abre as portas para alterar algas e bactérias para realizar tarefas úteis: “Esta pode ser uma das mais poderosas ferramentas da biologia”, diz.

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