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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Aglomerado estelar superlotado

 

Os astrônomos sugerem que se um núcleo estelar tem acima de 2,2 massas solares depois de perder suas camadas externas e grande parte de seu conteúdo, ele é pesado o suficiente para dar origem a um buraco negro.

O problema disso é que os buracos negros mais leves já observados ainda têm cerca de cinco vezes a massa do Sol. A ausência de buracos negros entre cinco e 2,2 massas solares é chamada de “lacuna de massa de buraco negro” e lança dúvidas sobre o limite de 2,2 massas solares para estrelas de nêutrons.

Segundo Stappers e sua equipe, o misterioso objeto poderia ser a chave para resolver esse mistério e fechar a lacuna de massa. As estrelas deste aglomerado onde ele foi localizado estão mais firmemente ligadas do que as estrelas no resto da Via Láctea. Elas estão tão lotadas que interagem freneticamente entre si, perturbando as órbitas umas das outras e até colidindo em casos extremos.

Os pesquisadores acreditam que tal colisão entre duas estrelas de nêutrons poderia ter criado o objeto misterioso que detectaram orbitando o pulsar PSR J0514-4002E.

Descobrir a verdadeira natureza da companheira será um ponto de virada em nossa compreensão de estrelas de nêutrons, buracos negros e qualquer outra coisa que possa estar à espreita na lacuna de massa do buraco negro.

Arunima Dutta, doutoranda em Física Fundamental em Radioastronomia no Instituto Max Planck, na Alemanha, e membro da equipe.

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