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sábado, 25 de julho de 2015

Cientistas descobrem anéis em volta de Quíron

Cientistas descobrem anéis em volta de Quíron


Quantos objetos do sistema solar têm sistemas de anéis? Se você respondeu um, você está muito atrasado. Sabemos agora de cinco, mas uma equipe do MIT pode ter produzido evidências sugerindo mais um.

Após Huygens identificar “um fino e plano sistema de anéis” em Saturno, levou 322 anos para descobrirmos que Urano também tinha anéis. Logo depois, descobrimos o mesmo sobre os outros gigantes gasosos, Júpiter e Netuno (claro que nenhum deles se compara ao formidável sistema de anéis de Saturno).

Foi muito mais surpreendente, no entanto, quando cientistas descobriram anéis em um corpo menor (objeto do sistema solar que não se enquadra na definição de planeta ou planeta anão e que não é um satélite natural) chamado 2060 Quíron. Ainda é desconhecida a forma como um objeto tão pequeno mantém sob sua gravidade um sistema de anéis, mas parece que isso pode não ser tão incomum.

Em 2011, 2060 Quíron passou na frente de uma estrela. Não somente parte da estrela ficou escondida conforme Quíron passou, mas a sua luz foi esmaecida antes e depois, o que indica a presença de algo de 300 km de cada lado do centro do corpo menor. A análise levou mais de três anos, mas agora foi publicada na Icarus.

 
A órbita alongada de Quíron o traz para tão perto do Sol quanto Saturno e tão longe como Urano. Foi o primeiro de uma classe de objetos conhecidos como CENTAUROS (acredita-se que há dezenas de milhares corpos semelhantes no sistema solar).

Amanda Bosh, do Instituto de Tecnologia de Massachussets, ajudou a observar passagens semelhantes em 1993 e 94, o que permitiu aos astrônomos estimar o diâmetro de Quíron em 180 km e detectar características intrigantes que possivelmente indicam que ele estava jorrando jatos de água ou poeira como um cometa se aproximando do Sol.

Em 2011, Bosh teve outra chance. Ela usou o telescópio infravermelho da NASA, em Mauna Kea. “Há um aspecto de serendipidade a estas observações”, diz Bosh. “Precisamos de uma certa dose de sorte, à espera de Chiron passar na frente de uma estrela que é brilhante o suficiente. Quíron em si é pequeno demais e o evento é muito curto: Se você piscar, você pode perdê-lo.”

O padrão de escurecimento que Bosh e seus colegas observaram sugere dois anéis, com cerca de 3 km e 7 km de largura, com um distância de 10-14 km entre eles. Bosh diz a teoria de jatos simétricos continua a ser uma possibilidade, mas os anéis permanentes são mais prováveis.


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