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domingo, 14 de dezembro de 2014

Adeus Big Bang, olá buracos negros? Outra teoria para a criação do universo

Artist's conception of the event horizon of a black hole. Credit: Victor de Schwanberg/Science Photo Library



 A famosa teoria do Big Bang precisa de uma revisão? Um grupo de físicos teóricos sugerem que o nascimento do universo pode ter acontecido depois do colapso de uma estrela em 4D, formando um buraco-negro e ejetando matéria. Antes de tudo, vamos fazer um breve prefácio aqui dizendo que ninguém tem certeza do que originou o universo. Obviamente, os seres humanos não existiam quando ele começou a existir. A teoria mais aceita e vigente é de que o universo se formou a partir de um ponto de singularidade infinitamente denso, mas quem sabe o que havia antes disso?

Então, quais são as limitações da teoria do Big Bang? A singularidade é um deles. Ainda, é muito difícil saber o porquê de ter sido produzido um universo que tem quase uma temperatura uniforme e padrão para todos os seus locais, pois a idade dele (13,8 bilhões de anos) não deu tempo suficiente para estabelecer um equilíbrio térmico. Muitos cosmólogos dizem que o universo talvez esteja se expandido mais rápido que a velocidade da luz para que isso acontecesse, mas Niayesh Afshordi, astrofísico do Instituto Perímetro de Física Teórica, no Canadá, e co-autor do estudo, diz que até essa teoria tem problemas.

O que os físicos propõem é:

O modelo construído tem um universo em 3D flutuando em uma membrana em um outro universo 4D;
Então, se o universo em 4D tiver estrelas em 4 dimensões, essas poderiam ter o mesmo ciclo das estrelas tridimensionais. As mais massivas explodiriam, formando uma supernova e, posteriormente, um buraco negro;
O buraco negros tetradimensionais teriam um “horizonte de eventos” assim como os tridimensionais. O horizonte de eventos é a fronteira entre o interior e o exterior de um buraco negro. Há várias teorias que supõem o que acontece dentro de um buraco negro, embora isso nunca tenha sido observado;
Em um universo em 3D, o horizonte de eventos aparenta ser uma superfície em 2D. Então, em um universo em 4D, o horizonte de eventos seria uma superfície em 3D, formando um objeto que os físicos chamaram de hiperesfera;
Basicamente, o que o modelo diz é que quando uma estrela em 4D morre, resulta em uma membrana ao redor de um horizonte de eventos, ambos em 3D, que se expandem.

Porém, a teoria também tem suas limitações, o modelo não explica o porquê do universo ter uma temperatura uniforme.  Enquanto isso, o telescópio Planck, da Agência Espacial Europeia, mapeou pequenas variações de temperaturas em radiações cósmicas de fundo, que é tida como formada nos primórdios do universo. O novo modelo difere das radiações cósmicas em uma taxa de 4%, então os pesquisadores estão tratando de refiná-lo. Entretanto, eles ainda acham que o modelo vale a pena. O Planck mostra que a expansão está acontecendo, mas não mostra o porquê disso. O estudo poderiam ajudar a mostrar como a expansão é acionada pelo universo através de uma realidade tetradimensional”, os pesquisadores alegaram.
Fonte: Ciência e Astronomia. com

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