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sábado, 2 de junho de 2012

O hidrogênio é o futuro do automobilismo?



A abertura de uma estação pública de reabastecimento para veículos movidos a hidrogênio no Reino Unido é parte dos esforços para criar uma nova alternativa de combustível.
Ela também é vista como um passo importante em um esquema para tornar os veículos de hidrogênio uma alternativa viável para carros a gasolina.
Um carro movido a hidrogênio é muito mais limpo do que um carro convencional, o que com certeza vai ajudar a limpar as cidades.
O veículo depende de uma célula de combustível que pega o oxigênio do ar e combina com o hidrogênio a partir de um tanque para criar eletricidade. A eletricidade é usada para alimentar os motores elétricos, que fazem o carro rodar.
Assim, os carros movidos a hidrogênio podem ser vistos como veículos elétricos, mas que não ficam limitados a carregar suas baterias.
Um carro com bateria elétrica roda cerca de 100 quilômetros (km). A hidrogênio, o veículo alcança até 500 km. E é recarregado em cinco minutos ao invés de cinco horas. De acordo com os pesquisadores, esse é, sem dúvida, o combustível do futuro.
Mais barato do que a electricidade
A criação de uma infraestrutura de reabastecimento é essencial para o futuro do automobilismo movido a hidrogênio, que alguns fabricantes veem como o chamado automobilismo de emissões zero.
Para longas distâncias, as células de combustível hidrogênio são bastante promissoras.
A implantação da infraestrutura não vai ser barata, é claro, mas pode ser uma solução mais rentável do que a criação de uma estrutura para a recarga da bateria convencional de carros elétricos (e o Brasil, ainda mais atrasado que outros países, nem carros elétricos não possui). De acordo com um diretor executivo da Mercedes, mais estações de carregamento significam mais lugares de estacionamento que são necessários porque leva muito tempo para reabastecer.
Então o custo não é definitivamente um obstáculo para entrar nessa área.
Recarga em casa
Outras montadoras estão menos preocupadas com os custos relacionados com a motorização elétrica convencional.
A BMW, por exemplo, acredita que a maioria das pessoas irá carregar seus carros elétricos em casa, por isso a necessidade de uma ampla infraestrutura não é tão grande quanto muitos acreditam.
Em 11 milhões de quilômetros de testes feitos com o consumidor, a empresa constatou que o condutor médio cobre apenas 25 km por dia – bem dentro da faixa de modernos carros elétricos.
Consequentemente, os motoristas dos testes raramente recarregavam seus carros longe das suas casas e muitos deles recarregavam apenas a cada dois ou três dias.
A Nissan concorda de que há uma necessidade muito reduzida de uma ampla infraestrutura para recarregar carros elétricos de forma rápida. Para a empresa, a rede já existente de plugues fará o seu trabalho. Afinal, plugues existem em qualquer lugar.
A empresa reconhece que são necessários alguns carregadores rápidos em todo o país para as pessoas que fazem viagens mais longas poderem completar suas baterias. Com a tecnologia existente, isso só levaria 15 minutos.
Não rivais
Hoje realmente existem apenas duas maneiras de executar as emissões zero. O carro elétrico e o carro movido a hidrogênio.
Mas é preciso escolher entre um dos dois? Nem Mercedes, nem BMW, nem Nissan acham que sim.
O carro movido a hidrogênio é apenas a adição de uma outra solução para o futuro. Uma tecnologia não deve competir com a outra, tanto quanto o diesel não compete com o motor a gasolina – ambos têm (e terão) o seu lugar.
A boa notícia é que uma parte fundamental de ambas as soluções é a bateria. Baixar o custo das baterias é, portanto, onde todas as montadoras devem investir para alcançar a emissão zero de automobilismo.
Nesse momento, as empresas estão fazendo diversos protótipos de carros movidos a hidrogênio. É uma tecnologia nova, mas até 2020 haverá milhares, senão milhões, de automóveis ao redor do mundo.
Energia limpa necessária
Veículos elétricos e veículos de célula de combustível hidrogênio têm um potencial enorme para reduzir as emissões dos carros, embora o termo “automobilismo de emissões zero” precise ser tratado com cautela.
Ambos exigem que energia seja produzida antes em algum lugar, seja para gerar eletricidade ou para criar hidrogênio.
Por isso, para garantir que o total das emissões que resultam de nossas necessidades de transporte seja mínimo de fato, a energia também precisa vir de fontes de energia renováveis como a energia hidráulica ou eólica.
Enquanto os combustíveis fósseis, como carvão e o gás, permanecem como parte da energia de uma nação, a visão do automobilismo completamente livre de emissões continuará a ser apenas um sonho

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