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sábado, 26 de novembro de 2011

Novo experimento cria armadilha para capturar antimatéria




Um novo projeto está em andamento no laboratório de física europeu CERN, para produzir versões de prótons de antimatéria, antiprótons, e capturá-las para estudo.
Antimatéria é o primo assustador da matéria normal. Para cada partícula subatômica regular, acredita-se que tenha uma antipartícula correspondente, com massa igual e carga oposta. Quando uma partícula e sua antimatéria se encontram, elas se aniquilam mutuamente e se tornam energia pura.
O CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear) é o lar de outras famosas experiências de física, incluindo o maior acelerador de partículas do mundo – o Large Hadron Collider, ou LHC – e o experimento OPERA, que recentemente anunciou a detecção de partículas que parecem estar viajando mais rápido que a luz.
O novo projeto, chamado Extra Low Energy Antiproton Ring (ELENA) inclui cientistas do Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Japão, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos. Sua construção está prevista para começar em 2013 e os pesquisadores pretendem produzir seu primeiro antipróton em 2016.
ELENA é uma nova unidade destinada a entregar antiprótons com o menor energia possível, a fim de melhorar o estudo da antimatéria.
Enquanto outros experimentos, como o LHC, focam na aceleração de partículas, ELENA vai usar um anel para retardar os antiprótons. Quanto mais devagar as partículas se moverem, os cientistas serão capazes de prendê-las antes delas se aniquilarem com partículas de matéria e desaparecem.
O anel desacelerador ELENA deve ser capaz de melhorar a eficiência com que antiprótons são presos. Este é um grande passo para a física da antimatéria, que não irá só melhorar o potencial de investigação das experiências existentes, mas também permitirá que o CERN suporte uma ampla gama de experimentos com a antimatéria.
As pesquisas futuras sobre o antipróton deve ajudar os cientistas a compreender a natureza fundamental da matéria e antimatéria e pode até oferecer esperança para o desenvolvimento de novas terapias de tratamento do câncer. Mais uma vez, dedos cruzados.

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