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terça-feira, 30 de agosto de 2011

55 Cancri


55 Cancri, na constelação de Cancer é uma estrela binária que dista 41 anos-luz da Terra, onde existe um sistema planetário com 5 planetas confirmados em 2007. É também chamado de Rho Cancri no sistema de Bayer.
A primeira estrela, chamada 55 Cancri A é uma estrela parecida com o nosso Sol, a segunda, 55 Cancri B, é uma pequena estrela vermelha. As duas estrelas estão a uma distância de 1000 UA uma da outra.
Foram descobertos cinco planetas extra solares orbitando 55 Cancri, quatro comparáveis à massa de Júpiter (55 Cancri b, 55 Cancri c, 55 Cancri d e 55 Cancri f) e o quinto à de Neptuno (55 Cancri e).
Este é o primeiro sistema planetário extra solar com 5 planetas jamais descoberto.



Os americanos Geoffrey Marcy e Paul Butler anunciaram ontem a descoberta de dois novos planetas extra-solares, possivelmente de natureza similar à da Terra, mas com 10 a 20 vezes mais massa. Nos bastidores, entretanto, eles travavam uma espécie de "guerra dos mundos" contra um grupo europeu: em disputa, a primazia na descoberta desse tipo de astro.


A divulgação do feito americano foi conduzida como se tivesse sido a primeira descoberta de sua categoria, apresentada pessoalmente por Marcy, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Butler, da Carnegie Institution de Washington, numa entrevista coletiva organizada pela Nasa, a agência espacial americana.


Mas o evento ocorreu uma semana depois da divulgação de um outro achado, por um grupo liderado por Michel Mayor e Didier Queloz, do Observatório de Genebra, de um astro do mesmo tipo.


Cientificamente, os três novos planetas são igualmente relevantes. Todos eles demonstram a recém-adquirida capacidade dos astrônomos de encontrar astros menores que Júpiter e Saturno, os gigantes gasosos mais abrutalhados do Sistema Solar (com cerca de 143 mil e 120 mil quilômetros de diâmetro, respectivamente). Agora, a caça se concentra nos astros do porte de Urano e Netuno, que têm um diâmetro médio de "apenas" 50 mil quilômetros.


"Estamos começando a ver planetas cada vez menores. Planetas como a Terra são o próximo destino", disse Butler, na coletiva.


Os planetas são, grosso modo, divididos em dois tipos: gigantes gasosos, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, e rochosos, como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Destes últimos, a Terra é o maior já visto, com cerca de 12,7 mil quilômetros de diâmetro.


O principal mistério dos três novos planetas é que eles podem ser quase híbridos: similares à Terra, com solo rochoso, mas do tamanho de Urano e Netuno. Isso porque giram muito perto da estrela, onde supostamente não deveria haver gigantes gasosos.


Questão de tipo


Por outro lado, sabe-se que há muitos planetas como Júpiter perto de suas estrelas --os chamados "jupiterianos quentes"--, o que também não faz muito sentido para as teorias mais aceitas de formação planetária. Então ninguém sabe ainda dizer se os novos planetas estão mais para "Uranos quentes" ou "Terras gigantes".


Sejam o que forem, seus ambientes não são lá muito hospitaleiros. O descoberto pelos europeus, que gira em torno da estrela mu Arae, se for rochoso como a Terra, deve ter uma temperatura superficial da ordem de 600C. E esse é o mais distante de sua estrela, em que um ano leva dez dias terrestres para terminar.


No caso dos dois achados americanos, o primeiro está em torno da estrela Gliese 436 e completa uma órbita a cada 2,5 dias. O exemplo mais interessante, entretanto, é o que foi achado por Marcy e Butler em 55 Cancri --estrela-mãe de um sistema tão interessante quanto o nosso.


Já é o quarto astro descoberto em torno dessa estrela. Os três primeiros eram gigantes gasosos. Um deles, inclusive, é como Júpiter. Além de grande, está bem distante de sua estrela.


A mais nova adição é a mais próxima de 55 Cancri --com massa 12 a 23 vezes a da Terra, o planeta completa uma órbita em três dias terrestres, a uma distância média de 5,6 milhões de quilômetros da estrela. A Terra gira ao redor do Sol a uma distância de 149,5 milhões de quilômetros.


Na "guerra dos mundos" entre os cientistas, é difícil dizer quem está na frente. O grupo europeu foi o primeiro a divulgar seu planeta à imprensa, mas seu estudo, submetido à revista "Astronomy and Astrophysics", ainda não foi aceito. Ontem, a Nasa fez questão de enfatizar que os dados de Marcy e Butler sobre os novos planetas já haviam sido revisados e aceitos para publicação na revista "Astrophysical Journal".





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