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segunda-feira, 1 de abril de 2024

Explosão Solar: há razão para tanto medo?

 




Na noite do dia 21 para 22 de fevereiro, duas poderosas explosões solares foram captadas por instrumentos espaciais e terrestres, que as classificaram como um surto de classe X1.8 às 19h07 (hora de Brasília) no dia 21, e outro de classe X1.7, às 2h32 do dia 22. Consideradas as mais fortes que ocorrem em nossa estrela, elas podem também ter impactos na Terra.

A Agência Espacial Europeia (ESA) publicou em seu site que "essa explosão não foi associada a 'Partículas Solares Energéticas' (ESP) ou a uma 'Ejeção de Massa Coronal' (CME)". No entanto, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) emitiu, no dia 23, um alerta para uma emissão de rádio solar, forma de radiação eletromagnética gerada por processos de aceleração de elétrons na coroa do Sol.

Na manhã do dia 22, começaram a pipocar, em várias regiões dos EUA, interrupções generalizadas de telefonia celular das companhias AT&T, Verizon e T-Mobile, impedindo chamadas e mensagens de texto. No entanto, o fenômeno, que em seu pico chegou a afetar 70 mil usuários, não foi claramente atribuído às explosões, principalmente depois que a AT&T reconheceu que o problema foi causado por problemas de software, segundo a Reuters.



Explosões solares tem início dentro da "sopa quente" que constitui o plasma do Sol, quando partículas carregadas se chocam, formando intensas linhas de campo magnético invisíveis que se cruzam e se embaraçam. Quando esses campos se realinham de maneira repentina em regiões ativas do Sol, onde o campo magnético é mais forte e complexo, geram uma enorme quantidade de energia.

Essa gigantesca liberação de energia aquece o plasma a milhões de graus Celsius, e acelera ainda mais as partículas, gerando radiação eletromagnética. Não se trata, portando, de uma explosão física no sentido tradicional, que se propaga como uma onda de choque pelo espaço, mas um verdadeiro "bombardeio" de raios-X, raios gamas, radiação ultravioleta, ondas de rádio e, eventualmente partículas carregadas, viajando quase à velocidade da luz.

Esses "flares", como chamados em inglês, principalmente as erupções de classe X, são extremamente poderosos. A mais forte já observada até hoje, o chamado Evento Carrington de 1859, pode ter liberado uma energia equivalente a dez bilhões de megatons de TNT explodindo. A ejeção da massa coronal (CME), que leva quatro dias para chegar à Terra, chegou em 17 horas, trazendo um caos para os sistemas telegráficos da Europa e EUA.

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