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quarta-feira, 10 de abril de 2024

Cometa é visto pela primeira vez no dia do eclipse e morre logo após ser descoberto

 

Batizado de "SOHO-5008", o cometa foi descoberto no dia do eclipse solar total por um astrônomo amador tailandês.

Um astrônomo amador chinês chamado Lin Zixuan estava em New Hampshire, nos EUA, para assistir e registrar o eclipse solar total de segunda-feira (8), quando acabou captando um cometa em plena desintegração.

O cometa “SOHO-5008”, descoberto em 8 de abril de 2024, mesmo dia que se desintegrou, pelo astrônomo amador tailandês Worachate Boonplod, ao analisar dados do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO). Crédito: Lin Zixuan/SOHO/ESA/NASA

Batizado de “SOHO-5008”, o objeto havia sido descoberto no mesmo dia pelo astrônomo amador tailandês Worachate Boonplod, ao analisar dados do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma parceria entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA). 

O astrônomo Karl Battams, do Laboratório de Pesquisa Naval (NRL) dos EUA, percebeu que o cometa poderia ser brilhante o suficiente para se fotografar no crepúsculo sobrenatural da sombra da Lua. “Observações terrestres de cometas que resvalam o Sol são extremamente raras, então esta seria uma ótima oportunidade para ver um cometa no eclipse”.

SOHO é responsável pela detecção de mais da metade dos cometas 

Logo depois que Zixuan fotografou o objeto, ele se desintegrou. E o SOHO já viu isso acontecer mais de cinco mil vezes. Conhecidos como “sungrazing” ou “sungrazers“, muitos deles só brilham quando estão próximos demais do Sol para que outros observatórios vejam. Portanto, eles passariam despercebidos, ofuscados pela intensa luz do Sol – se não fosse o SOHO, responsável por mais da metade das descobertas de cometas da história.

Um instrumento científico a bordo da espaçonave – o Coronógrafo Espectrométrico e de Grande Ângulo (LASCO) – usa um disco artificial para bloquear a luz do Sol. Esse mascaramento permite que os cientistas estudem a coroa e o ambiente imediatamente ao redor dele, facilitando a visualização de cometas.

A maioria dos sungrazers condenados (incluindo este) são membros da família Kreutz. Batizados em homenagem a um astrônomo alemão do século 19 que os estudou em detalhes, os sungrazers Kreutz são fragmentos do rompimento de um cometa gigante ocorrido há cerca de dois mil anos. 


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