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domingo, 4 de outubro de 2015

Revisitando a Nebulosa do Véu

Esta imagem mostra uma pequena parte da Nebulosa Véu, como foi observado pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA / ESA. Esta seção do escudo exterior do famoso resto de supernova está em uma região conhecida como NGC 6960 ou - mais coloquialmente - Nebulosa da vassoura da Bruxa. crédito:NASA, ESA, equipe da herança de Hubble




O Telescópio Espacial Hubble das agências espaciais, NASA e ESA fez imagens de três magníficas seções da Nebulosa do Véu em 1997. Agora, um novo conjunto de imagens espetaculares feitas com a Wide Field Camera 3 do Hubble captura essa bela remanescente estelar com detalhes novos e surpreendentes e revela sua expansão nos últimos anos. Derivando seu nome da delicada estrutura filamentar, a bela Nebulosa do Véu, é uma das remanescentes de supernovas mais conhecidas. Ela se formou da violenta morte de uma estrela com uma massa vinte vezes maior que a massa do Sol que explodiu a cerca de 8000 anos atrás. Localizada a aproximadamente 2100 anos-luz da Terra, na constelação de Cygnus, o Cisne, essa nuvem brilhante e colorida de detritos brilhantes se espalha por aproximadamente 110 anos-luz.

Em 1997, a Wide Field and Planetary Camera 2 do Hubble, a WFPC2, fotografou a Nebulosa do Véu, fornecendo visões detalhadas da sua estrutura. Agora, sobrepondo as imagens da WFPC2 com os novos dados obtidos pela Wide Field Camera 3, a WFC3, os cientistas podem ter acesso a detalhes ainda maiores de modo que eles possam estudar como a nebulosa se expandiu desde que ela foi fotografada a 18 anos atrás. Apesar da complexidade da nebulosa e da distância de nós, o movimento de algumas dessas estruturas delicadas é claramente visível, particularmente os filamentos de hidrogênio que possuem uma coloração vermelha apagada. Nessa imagem, um desses filamentos pode ser visto como se estivesse meandrando através do meio das feições mais brilhantes que dominam a imagem. 

Os astrônomos suspeitam que antes da estrela que deu origem a Nebulosa do Véu, explodir, ela expeliu um forte vento estelar. O vento soprou uma grande cavidade no gás interestelar ao redor. À medida que a onda de choque da supernova se expandia, ela encontrava as paredes dessa cavidade, o que foi formando as distintas estruturas da nebulosa. Filamentos brilhantes são produzidos à medida que a onda de choque interage com uma parede da cavidade relativamente densa, enquanto que as estruturas mais apagadas são geradas por regiões com ausência de material. A aparência colorida da Nebulosa do Véu é gerada pelas variações nas temperaturas e densidades dos elementos químicos presentes. As feições azuladas, delimitando a parede da cavidade, aparecem suaves e curvadas em comparação com os filamentos verdes e vermelhos.

Isso ocorre, pois o gás traçado pelo filtro azul tem encontrado a onda de choque da nebulosa mais recentemente, e assim ele mantém a forma original da frente de choque. Essas feições também contêm gás mais quente do que aquelas coloridas de verde e vermelho. Sendo que esse último foi excitado a muito tempo atrás e subsequentemente formou estruturas mais difusas e mais caóticas. Escondidos entre essas brilhantes estruturas caóticas, estão filamentos vermelhos finos e bem definidos. Essas feições resultantes da emissão apagada de hidrogênio são criadas por um mecanismo totalmente diferente do que aqueles que geraram seus companheiros vermelhos, e eles fornecem aos cientistas uma visão da frente de choque.

 A cor vermelha nasce depois que o gás é varrido pela onda de choque, que está se movendo a cerca de 1.5 milhões de quilômetros por hora, e o hidrogênio, dentro do gás está excitado por colisões de partículas bem na própria frente de choque.  Apesar de utilizar seis campos de visão completos do Hubble, essas novas imagens da WFC3 cobrem apenas uma pequena fração do limbo externo da nebulosa. Localizada no lado oeste da remanescente de supernova, essa seção da concha externa, está numa região conhecida como NGC 6960, ou coloquialmente chamada de Nebulosa da Vassoura da Bruxa.

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