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domingo, 21 de junho de 2015

A Terra tem duas luas ?




Você já ouviu falar sobre uma segunda lua da Terra? Há várias décadas que tem se falado sobre esse assunto, mas será que isso é verdade?

O único satélite natural da Terra é a Lua que conhecemos, porém, existem outros corpos menores que acompanham a órbita da Terra em torno do Sol, e por muitas vezes, esses corpos são confundidos como outras luas da Terra, mas na verdade eles são "quase-luas".

Mas por que dizem que a Terra tem duas luas?

Como ele tem uma certa interação gravitacional com o nosso planeta, esse asteróide nos acompanha em cada volta ao redor do Sol. O termo técnico de 3753 Cruithne seria "quasi-satelite". Ele tem uma ressonância orbital de 1:1 com a Terra, ou seja, ele leva o mesmo tempo que a Terra leva para completar uma volta ao redor do Sol. Portanto, como ele orbita o Sol e não a Terra, ele não pode ser considerado como lua.

Nas imagens abaixo podemos ver a órbita de Cruithne. À esquerda, as órbitas de Cruithne e da Terra ao redor do Sol, e à direita, vemos como Cruithne é visto da Terra, em uma órbita conhecida como "ferradura".


 Cruithne poderá colidir com a Terra?

Cruithne não deverá colidir com a Terra porque sua órbita é bastante inclinada se comparada com a da Terra, porém órbitas como a de Cruithne não são estáveis. Simulações de computador revelam que Cruithne deverá se manter em sua órbita por apenas mais 5.000 anos, o que significa um piscar de olhos para o Sistema Solar.


A Terra terá duas luas

Ainda de acordo com simulações de computador, daqui a 5.000 anos, o asteróide Cruithne deverá alterar sua órbita ao redor do Sol e então passará a orbitar o nosso planeta. Ou seja, ao que tudo indica, a Terra terá duas luas daqui a 5.000 anos, mas isso não deve durar muito, uma vez que os modelos de computador também mostram que Cruithne orbitará a Terra por apenas 3.000 anos, e depois, voltará a orbitar o Sol novamente.


Outras "quase-luas" da Terra

mini luas da Terra
Asteróides capturados pela força gravitacional da Terra realizam órbitas muito estranhas porque são influenciados pela Terra, Lua e Sol. Créditos: K. Teramuru / UH Ifa

3753 Cruithne não é o único "quasi-satelite" com ressonãncia orbital de 1:1 com a Terra. Outros objetos como 2010 SO16 e (277810) 2006 FV35, entre vários outros, também são considerados quasi-satelites. Assim como o asteróide Cruithne, eles também não são considerados satélites da Terra. Muitas pessoas perguntam: mas será que a Terra já teve outras luas? E a resposta é: sim!


As luas temporárias da Terra

Em março de 2012, astrônomos da Universidade de Cornell publicaram um estudo sugerindo que asteróides que orbitam o Sol podem temporariamente orbitar a Terra. Eles também disseram que na verdade, a Terra geralmente tem mais de uma lua, o que chamam de "mini luas". Essas mini-luas têm diâmetros de alguns metros, e geralmente orbitam a terra por um período muito curto, cerca de 1 ano, e depois passam a orbitar o Sol novamente.

No ano de 2006, astrônomos da Universidade do Arizona descobriram uma mini-lua orbitando a Terra. Conhecida como 2006 RH120, ela tinha o tamanho de um carro. Essa mini-lua orbitou a Terra por menos de um ano após sua descoberta, e depois voltou a orbitar o Sol novamente.


O objeto 2006 RH120 já foi uma mini lua da Terra. O diagrama mostra sua órbita percorrida por um breve período de tempo. Créditos: Wikimedia Commons

Os astrônomos Mikael Granvik, Jeremie Vaubaillon e Robert Jedicke usaram um supercomputador para simular a passagem de 10 milhões de asteróides próximos da Terra, e constataram que a Terra captura alguns deles de tempos em tempos, fazendo com que o nosso planeta tenha mais de uma lua por períodos curtos ao longo de sua jornada.


Alegações de luas que nunca foram comprovadas

Existiram reivindicações de alguns astrônomos que acreditavam que a Terra possuía outras luas, como é o caso da Lua de Petit, (a primeira alegação de que a Terra tinha uma segunda Lua) reivindicada em 1846 pelo astrônomo francês Frederic Petit, como também a Lua de Waltemath, anunciada em 1898 pelo cientista alemão Georg Waltemath, mas todas essas alegações nunca foram comprovadas, e com o tempo foram descartadas pela comunidade científica.

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