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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O Pálido Ponto Azul



"A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pensem nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, em glória e triunfo, eles pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração de um ponto. Pensem nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes de um canto desse pixel contra os habitantes mal distinguíveis de algum outro canto. Seus frequentes conflitos, em sua ânsia de recíproca destruição, em seus ódios ardentes. 

Nossas atitudes, nossa imaginada auto-importância, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no universo, são desafiadas por este ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica. Em nossa obscuridade - em toda essa imensidão - não há nenhum indício de que a ajuda virá de outro lugar para nos salvar de nós mesmos.

A Terra é o único mundo conhecido, até agora, para abrigar a vida. Não há nenhum outro lugar, pelo menos no futuro próximo, para onde nossa espécie possa migrar. Visitar, sim. Viver, ainda não. Gostemos ou não, no momento, a Terra é o único lugar onde nós podemos morar. 

Foi dito que a astronomia é uma experiência de humildade e de construção de caráter. Talvez não haja melhor demonstração da tolice das vaidades humanas do que esta distante imagem de nosso mundo minúsculo. 

Para mim, ela sublinha a responsabilidade de nos relacionarmos mais bondosamente uns com os outros e de preservarmos e amarmos o pálido ponto azul, o único lar que conhecemos até agora..."

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