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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Olhando o Universo por um buraco de fechadura?






Isto é como olhar o Universo através de um “buraco da fechadura” (veja as duas imagens abaixo com as regões do céu investigadas). O Herschel tem rastreado mais de mil galáxias em uma ampla variedade de distâncias da Terra, cobrindo uma faixa que equivale 80% da idade do cosmos.
Estas observações são inéditas uma vez que o Herschel tem a capacidade de estudar uma ampla gama da luz no espectro do infravermelho.
Elas revelam o quadro mais completo do nascimento estelar, de uma forma jamais vista.


A teoria anterior


Sabemos por pesquisas anteriores que a taxa de formação estelar atingiu seu ponto máximo no início do universo, há cerca de 10 bilhões de anos (o Universo tem cerca de 13,7 bilhões de anos de idade). Naquela época, algumas galáxias estavam se formando estrelas a uma taxa de dez ou mesmo centenas de vezes mais forte do que está acontecendo em nossa galáxia hoje.
Comparando com as observações do Universo mais próximo que nos cerca, taxas de natalidade estelar tão elevadas são muito mais raras e sempre parecem ser causadas por galáxias em colisão. Portanto, os astrônomos tinham assumido que esta regra prevaleceria também ao longo da história do Cosmos desde os primórdios.
Herschel nos mostra agora que este não é o cenário observado quando se olha para as galáxias que estão muito distantes, ou seja, como elas se apresentavam há cerca de 10 bilhões de anos.






Um novo quadro majestoso


David Elbaz, da CEA Saclay, França, e colegas, ao analisar os dados de Herschel, descobriram que as colisões de galáxias desempenharam um papel de menor importância ao fomentar do nascimento de estrelas no passado, embora algumas galáxias jovens atuarem violentamente, criando estrelas em um ritmo furioso.


Ao comparar a quantidade de luz infravermelha liberada por essas galáxias em diferentes comprimentos de onda, a equipe demonstrou que a taxa de natalidade estelar depende da quantidade de gás envolvida, se não ocorrerem colisões galácticas.


O gás é a matéria-prima para a construção de estrelas e este trabalho revela uma relação relativamente simples: quanto mais gás contém uma galáxia, mais estrelas nascem.

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