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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

FOX vai relançar “Cosmos”, minissérie sobre ciência e história do universo




“Cosmos”, a minissérie documentário americana de 1980 que incentivou uma geração de espectadores a contemplar as origens do universo e seu lugar nele, além de tornar o astrônomo Carl Sagan uma “celebridade”, vai voltar à telinha.
Só que, desta vez, a nave será dirigida por um piloto menos “técnico”.
Na sexta-feira, a rede de televisão Fox anunciou que ordenou uma série de 13 episódios de “Cosmos: Uma Odisseia no Espaço-Tempo”, esperados para serem transmitidos em 2013.
Como parte de uma equipe criativa que inclui Ann Druyan, viúva de Carl Sagan e colaboradora do original “Cosmos”, um dos produtores executivos é Seth MacFarlane, o criador, produtor, coestrela e espírito que anima a comédia irreverente da Fox, “Family Guy” (no Brasil, “Uma Família da Pesada”, que passa no canal pago FX, da Fox).


No entanto, por trás de uma sensibilidade cômica, MacFarlane se diz também um fã comprometido do primeiro “Cosmos”, que lamenta uma sociedade moderna que ele diz ter perdido o fascínio pela ciência.
“Nós estamos obcecados com anjos, vampiros e outros enfeites”, fala MacFarlane,”quando existem coisas muito mais emocionantes e muito mais reais para se falar e animar, que estão bem no nosso quintal planetário”.


Quando o original “Cosmos” foi exibido pela primeira vez de setembro a dezembro de 1980, foi um momento divisor de águas para a ciência como tema da programação de televisão. O olhar de Sagan da existência na sua forma mais maciça e microscópica acabou sendo visto por 400 milhões de pessoas em 60 países (no Brasil, o canal TV Escola exibiu o documentário dublado em português em março de 2008), tornando-se a minissérie de televisão pública mais assistida de todos os tempos, até o documentário “A Guerra Civil”, de Ken Burns.
Porém, agora, talvez seja difícil conciliar o espírito intrépido de “Cosmos” com uma época em que a NASA não tem nenhum sucessor claro para seu programa espacial que terminou recentemente. “Quanto mais velho eu fico, percebo um padrão de letargia em nossa cultura”, diz MacFarlane. “Conquistamos a lua, e então paramos”.


Assim, Seth MacFarlane começou a conversar e conhecer pessoas interessadas no projeto de retomar “Cosmos”, não com o objetivo de visar o público que já sabe que ama ciência, mas para atingir uma maior audiência e atrair pessoas que nunca tinham pensado nas maravilhas do mundo.
Com o apoio de MacFarlane, a equipe do novo “Cosmos” conseguiu reuniões com Peter Rice, o presidente da Fox Broadcasting, e Kevin Reilly, o presidente de entretenimento da rede, que deram a série o sinal verde. A nova série será produzida em conjunto com o canal National Geographic, que mostrará episódios depois que eles passarem na Fox.


MacFarlane parece ter uma carreira de entretenimento cada vez maior. Ele também é produtor executivo dos programas de animação da Fox “American Dad!” e “The Cleveland Show”, além de estar preparando um relançamento de “Os Flintstones” para a rede, lançando um álbum pop e dirigindo seu primeiro filme, “Ted”, sobre um homem que tem um urso de pelúcia vivo.
Ele disse que seu amor pela cultura e humor “baixos” fizeram dele um homem ímpar em “Cosmos”. “Talvez eu seja a pessoa menos essencial nessa equação”, afirmou MacFarlane, “mas, apesar de ser obviamente completamente diferente de tudo o que eu fiz profissionalmente, é um território muito confortável para mim”.


Ao contrário dos shows e desenhos de MacFarlane, o novo “Cosmos” não contará com piadas de cultura pop, e será apresentado pelo cientista Neil Tyson que conta, no vídeo acima, qual o fato mais incrível sobre o Universo. 

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