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terça-feira, 24 de outubro de 2023

Micronova

Com o auxílio do Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), uma equipe de astrônomos observou um novo tipo de explosão estelar — uma micronova.

Um novo tipo de explosão estelar foi anunciada esta semana por uma equipe de astrônomos da Durham University no Reino Unido com auxílio do VLT da ESO.

Uma nova, evento bem conhecido pelos astrônomos, ocorre quando ocorre uma explosão nuclear em uma estrela, causada pela acreção de hidrogênio à superfície de uma anã branca, levando à ignição e iniciando a fusão nuclear.

As micronovas são eventos extremamente poderosos, mas são pequenas em escalas astronômicas e muito menos energéticas as novas que já conhecemos, Ambos os tipos de explosões ocorrem em anãs brancas, estrelas resultantes da morte de uma estrela, com uma massa comparáveis à do nosso Sol, mas tão pequenas como a Terra em termos de tamanho, o que significa que são objetos muito densos.

Se uma anã branca estiver próxima a sua estrela companheira, dependendo desta proximidade a anã branca pode “roubar” material, principalmente hidrogênio, de sua estrela companheira . À medida que este gás vai caindo na superfície muito quente da estrela anã branca, os átomos de hidrogênio vão se fundindo em hélio de forma bastante explosiva. Nas novas, estas explosões termonucleares ocorrem em toda a superfície estelar.

As micronovas são explosões semelhantes, mas menores em escala e mais rápidas, durando apenas algumas horas. Ocorrem em algumas anãs brancas com campos magnéticos fortes, onde o material é encaminhado em direção aos polos magnéticos da estrela. “Vimos pela primeira vez que a fusão do hidrogênio também se pode dar de maneira localizada. O hidrogênio fica contido na base dos polos magnéticos de algumas anãs brancas, de tal maneira que a fusão ocorre apenas nesses polos magnéticos”, disse Paul Groot, co-autor do estudo e astrônomo na Universidade de Radbound, Holanda.

Estas novas micronovas desafiam a compreensão dos astrônomos no que concerne explosões estelares, podendo ser mais abundantes do que o que se pensava anteriormente.

 Embora “micro” possa implicar que esses eventos sejam pequenos, devemos lembrar que em termos astronômicos esse termo é relativo: apenas uma dessas explosões pode queimar cerca de 20.000.000 trilhões de kg.

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