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sábado, 15 de junho de 2013

Cientista inventa dispositivo antifuracões




Furações são áreas de baixa pressão atmosférica, que se formam sobre águas oceânicas aquecidas. A fonte da energia dos furacões é o vapor de água que evapora da superfície do oceano, alimentando a tempestade com o calor latente da condensação.
Se houvesse uma forma de resfriar um pouco a superfície dos oceanos, por exemplo misturando a água mais quente da superfície com a água mais fria que existe a partir de 100 metros abaixo da superfície, os furacões seriam menores, gerando consequentemente menor perda de vidas e propriedades.

O professor de projetos de engenharia Stephen Salter, da Universidade de Edimburgo (Escócia), teve uma ideia quando assistiu aos danos causados pelo furacão Katrina: criar bombas que empurrassem a água quente da superfície para baixo, misturando-a com a água mais gelada.
As estruturas pensadas pelo prof. Salter são tubos em forma de funil de 80 a 100 metros de diâmetro no lado superior, estreitando conforme descem para camadas mais frias. Estas “bombas Salter” seriam mantidas na superfície por anéis feitos de pneus velhos preenchidos com alguma substância flutuante, como concreto expandido.

A ideia é simples: a estrutura fica um pouco acima do mar, como uma praia artificial, e as ondas, quando passam por cima da estrutura, acabam colocando água morna da superfície na mesma. Ao fazer isto, a água que já está dentro da bomba desce mais um pouco, e a que está na extremidade inferior é expulsa com um pouco de pressão por causa da forma de funil, misturando-se com a água gelada.

O professor Salter estima que 150 a 450 destas estruturas seriam necessárias para suprimir a formação de furacões mais perigosos, afundando as águas quentes para 50 a 300 metros. As bombas Salter seriam colocadas no “corredor dos furacões”, uma região do Atlântico onde se formam as piores tempestades, poucos meses antes do início da estação dos furacões, e retiradas pouco antes das tempestades mais fortes chegarem.

As bombas Salter são econômicas, já que não necessitam de fonte de energia para funcionar; a própria gravidade e as ondas as fazem funcionar, e os custos de movimentá-las de e para o corredor de furacões é bem menor que o prejuízo que um furacão pode causar. Só é preciso acrescentar à tecnologia um tipo de sinalizador para avisar os navios, evitando colisões.
Embora o conceito já tenha sido comprovado, o professor Salter aponta que é preciso fazer estudos sobre o impacto ecológico que estas bombas teriam sobre a flora e fauna marinhas

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