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sábado, 27 de abril de 2013

Organismos de 34 mil anos foram encontrados “enterrados” vivos





Essa história parece mais o roteiro de um filme de ficção científica do que realidade: cientistas encontram cristais de sal antigos, que foram desenterrados das profundezas do Vale da Morte (foto) para pesquisas climáticas.
Os cristais de 34.000 anos foram cuidadosamente embalados até que, anos mais tarde, um pesquisador jovem e desconhecido resolve analisá-los novamente e descobre que, presos dentro deles, há algo estranho e… vivo. Felizmente esta história não termina com a destruição da raça humana.

Cristais de sal crescem muito rapidamente, aprisionando definitivamente qualquer coisa que estiver flutuando por ali, ou vivendo nas proximidades, dentro de suas bolhas minúsculas de apenas alguns mícrons de diâmetro.
As bactérias encontradas no cristal, uma espécie amante de sal ainda encontrada na Terra hoje, ficaram encolhidas e suspensas em uma espécie de estado de hibernação dentro dessas bolhas. Elas estão vivas, mas não estão usando energia nem se reproduzindo.
A chave para a sobrevivência dos micróbios milenares pode ser seus companheiros cativos, as algas de um grupo chamado Dunaliella. Quando os pesquisadores foram capazes de identificar as células Dunaliella, a descoberta da fonte de energia potencial presa com as bactérias tornou possível a ideia de que estas pequenas câmaras de ar poderiam abrigar ecossistemas microscópicos.
O próximo passo dos pesquisadores é descobrir como os micróbios, praticamente passando fome suspensos em um modo de sobrevivência complicado por tantos milhares de anos, conseguiram manter-se viáveis. Os pesquisadores acreditam que eles precisam ser capazes de reparar o DNA, porque ele degrada com o tempo.

Os micróbios levaram cerca de dois meses e meio para “despertar” de seu estado de sobrevivência antes de começar a se reproduzir, comportamento que tem sido documentado em bactérias, e uma estratégia que certamente faz sentido. Com 34 mil anos de idade, as bactérias têm filhos. E, ironicamente, uma vez que isso acontece, a nova bactéria, é claro, é completamente moderna.
Das 900 amostras de cristal testadas, apenas cinco produziram bactérias vivas. No entanto, os micróbios são esquisitos. A maioria dos organismos não pode ser cultivada em laboratório, então pode ser que houvesse micróbios vivos que simplesmente não gostaram de seu novo lar o suficiente para se reproduzir.

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